Brina.nm 29/03/2018tudo e nada ao mesmo tempo...Bom, tenho que começar essa resenha dizendo que estou bem decepcionada. Comigo, com as divulgações, com o livro, com tudo! Hahahaha! Eu estou começando a ler mais ficção científica, e quando soube desse livro que é "UM CLÁSSICO DA FICÇÃO CIENTÍFICA" fiquei bem empolgada, pois se é pra começar vamos começar por um bom, vamos começar pelo que está sendo adaptado pela DISNEY. Mas quando comecei a ler, não deu. Não desceu, e tem tantas coisas erradas nesse livro que eu não sei se o problema foi comigo, foi com a história, o hype, ou sei lá o que.
Basicamente Uma Dobra no Tempo é um livro onde conhecemos Meg, uma garotinha de aproximadamente 12 anos que é bem deslocada na escola, e só é boa com números, ela tem três irmãos, sendo que o que é mais ligada é Charles Wallace um garotinho de 4 anos extremamente inteligente, ele sabe o que ela está pensando sempre, e é seu melhor amigo.
Uma bela noite uma senhora estranha entra em sua casa e todos parecem tratá-la bem demais, apesar de não a conhecerem, Meg acha aquilo muito estranho, mas mais estranho ainda é logo no outro dia embarcar em uma jornada com seu irmão de 4 anos, um colega de escola com quem ela nunca conversou direito, a velhinha da noite passada e outras duas mulheres tão estranhas quanto ela. O objetivo? Salvar seu pai, que está muito bem vivo e necessitando de ser resgatado.
“Pensar que sou um bobão faz as pessoas se sentirem superiores – disse Charles Wallace. – Por que eu deveria acabar com essa ilusão?”
Bem é basicamente aí que o problema do livro começou pra mim. Como o livro é bem fininho a história é rápida demais. Não sabemos porque o menino é tão inteligente, não somos preparados para tal jornada, não conhecemos Calvin, e logo estamos em uma jornada "épica" entre dimensões para salvar o pai dos meninos.
Não são dadas muitas explicações durante a história, basicamente quando surge algo que desconhecemos a resposta é sempre "seu Planeta é muito atrasado, você não entenderia" e isso me incomodou muito, porque realmente eu queria entender, e acredito que explicações poderiam ter sido dadas mesmo os personagens sendo crianças, afinal se eles eram tão inteligentes entenderiam não é mesmo?
As três mulheres que acompanham os garotos são a parte mais interessante do livro, pois elas são bem peculiares, e são meio que 'seres divinos' então elas não sabem se expressar para humanos direito, da maneira que estamos acostumados. Mas teve uma delas que mais que incomodou, a que falava citando poemas, músicas e principalmente a Bíblia. Buscando algumas referências para fazer essa resenha descobri que o livro era uma ficção científica cristã, e olha digo com toda sinceridade que isso não combinou muito, pois ao mesmo tempo que tinha seres de outros planetas super desenvolvidos, a autora queria falar que o "mal" que eles estavam lutando era tipo Lúcifer, e que até Jesus já lutou contra ele enquanto viveu. (momento ateia revirando os olhos com essa explicação)
Outro ponto que não me desceu foi o quanto essas crianças são chatas. Desculpa pessoal mas a Meg é um embruste, eita menina birrenta do caraio! Ela é insuportável, toda hora faz birra com as coisas que quer, não sabe esperar, dá chilique por coisa que já explicaram pra ela, sinceramente ela parecia a que tinha 4 anos, Charles também ficou meio incoerente, porque ele é super inteligente ~leitor de mentes ~ mas em alguns momentos continua agindo como uma criança bobinha de 4 anos, e Calvin coitado, ficou ali de cenário, porque não fez praticamente nada o livro todo hahaha.
O texto tem uma revisão impecável, porém a repetição do nome Charles Wallace a cada página me incomodou mais. Teve uma página que eu contei o nome dele nove vezes, e em todas as vezes que chamavam o menino era citado os dois nomes, TODA VEZ. Ninguém chama o irmão pelos dois nomes o tempo todo, ainda mais um menino de 4 anos. No fim eu já estava toda estressada com esse nome porque não aguentava mais eles falaram toda hora.
“É tão assustador quanto empolgante descobrir que matéria e energia são a mesma coisa, que tamanho é uma ilusão e que o tempo é uma substância material. Temos como entender, mas é muito mais do que podemos compreender com nossos míseros cérebros de ser humano.”
O livro não tem muita aventura também, achei que os três iriam nessa jornada por Planetas e dimensões diferentes e que eu iria me animar durante a difícil caçada pelo pai, mas tudo foi resolvido fácil demais, rápido demais, e quando eu vi já tinham terminado a aventura, eu fiquei lá com aquela cara de: UÉ, já acabou?
E a minha última crítica é a questão da ficção científica. Eu não li muitos livros do gênero, mas por ser um clássico achei que a história iria envolver várias viagens por Planetas, várias explicações legais, e basicamente não teve nada disso. O negócio de falarem toda hora que meu planeta não era desenvolvido e cortarem o assunto me deixou bem frustada, e terminei o livro bem triste mesmo.
Sendo bem sincera, não queria fazer essa resenha tão negativa, mas não me empolgou em nada essa leitura. Eu tentei, eu comecei a ler sem saber de nada, sem nem mesmo ver os trailer do filme, mas a cada página tudo ficava pior e quando as coisas pareciam que iam melhorar o livro acabou, assim, do nada. É realmente uma pena porque eu estava empolga com esse livro, a edição é maravilhosa e estava namorando ela na pilha de leitura a um tempão, eu detesto ficar com esse sentimento de frustração depois de me decepcionar com um livro que eu queria muito, mas infelizmente não dá pra mentira pra vocês e dizer que amei um livro que não me agradou em nada.
O segundo livro já está sendo lançado, e não sei bem se quero continuar as 'aventuras' desse trio, algumas coisas me agradaram é claro, mas os defeitos são marcantes demais para pensar em passar por eles tudo de novo hahah
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http://www.stalker-literaria.com/2018/02/resenha-uma-dobra-no-tempo-1-madeleine.html