A Casa da Madrinha

A Casa da Madrinha Lygia Bojunga




Resenhas - A Casa da Madrinha


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Eduardo 27/09/2009

A casa da madrinha
Escrito por Lygia Bojunga, "A casa da madrinha" conta a história de Alexandre, menino pobre, morador da favela carioca, que parte numa viagem em busca da casa de sua madrinha. A realidade do menino é opressora: a família o pressiona a deixar a escola (um dos poucos espaços em que o menino alimentava sua imaginação) para vender guloseimas na praia e assim ajudar com o orçamento familiar, que cada vez mais se aperta. O maior amigo do menino é Augusto, o irmão mais velho, que o apóia e faz de tudo para manter o menino na escola. Mas chega a hora em que não dá mais para protelar isso, e Alexandre deixa a escola. Então, numa conversa, Augusto conta para o irmão da existência de uma madrinha que o menino não conhecia. Essa madrinha tinha uma casa maravilhosa, onde se realizam todos os desejos. Uma casa com conforto, num lugar bonito e alegre, onde há tempo de sobra para brincar e ser feliz. Não se trata de uma simples casa, e sim de um convite à fantasia; à fantasia que a realidade dura tenta ofuscar.
Quando o irmão Augusto troca de cidade por conta do trabalho, Alexandre se sente sozinho, já que seu ambiente familiar é de pouco diálogo. Assim, decide partir em busca de seu sonho. Joga tudo para o alto e parte.
E parte sozinho. E sem medo. No caminho, seu destino se cruza com o Pavão, bicho curioso, que tem uma história tão difícil como a do menino.
Bojunga, com sua linguagem dinâmica, abre a história com Alexandre e Pavão já na estrada, fazendo shows para arrecadar comida e dinheiro. No show eles conhecem Vera, menina que vive em realidade bem diversa (área rural, com um ambiente familiar estável, economicamente). Para Vera -que mesmo diferente de Alexandre, compartilha dos mesmos sonhos e desejos que ele - o menino vai contando a sua história e a do Pavão. Alexandre é um menino de histórias. E Lygia Bojunga também: faz desfilar diante do leitor uma gama de personagens curiosos como a Gata da Capa, o Seu Joca do pandeiro entre outros.
A autora usa o recurso fantástico em sua narrativa (há o Pavão e a Gata que falam, os meninos inventam coisas com o pensamento) e faz muito bem, pois é disso que se trata a busca de Alexandre: da busca da fantasia, do encontro consigo mesmo, do encontro com o menino sonhador e criativo que ele é. A viagem de Alexandre não se trata de uma fuga, de uma alienação. Buscar a casa da madrinha (que o irmão Augusto define como uma graça de lugar, uma casa mágica, onde os desejos se realizam) é buscar a fantasia. E a imaginação, a fantasia nada tem de alienação. Quem se aliena cai no nada, ou no escuro (em dado momento, Alexandre, Vera e o Pavão se defrontam com o escuro e eles o vencem). E quem fantasia vive outro mundo, recria a realidade.
E ao recriar a realidade, eles amadurecem. Aprendem. Trata-se uma viagem em busca da fantasia que não deve nunca adormecer nas pessoas. Ao dizer isso, estou falando da viagem de Alexandre e seus amigos até a casa da madrinha, mas essas palavras servem também para outra viagem: a viagem fantástica que faz quem lê “A casa da madrinha”, de Lygia Bojunga.
Assis Editora 26/12/2009minha estante
A Casas da Madrinha está sempre à disposição, mas somente os vencedores são capazes de visitá-la. Afinal, uma das tarefas mais árduas do ser humano é permitir que os sonhos ganhem vida, ainda mais quando tudo parece impossível, como a vida de Alexandre. Creio que a frase chave é: "Creia que é possível!".


Lyssa 21/09/2012minha estante
Muito boa sua resenha, adorei!


Eduardo 22/09/2012minha estante
;)


Belle 16/12/2014minha estante
Fantástica a sua resenha, Eduardo! Eu creio que nunca devemos deixar adormecer a nossa criança interior, pois é ela quem nos chega nos momentos mais difíceis para nos trazer um pouco de esperança na vida. Vamos dar um "viva" à fantasia e à imaginação que Lygia Bojunga tão bem nos faz resgatar nessa fantástica obra da literatura nacional. Livro nota dez! Recomendadíssimo! Mas leia com a mente aberta e disposta a viajar na fantasia e deixá-la nos ajudar a compreender as diversas críticas que surgem no decorrer da leitura... Lindo demais!!! Indispensável!!!


Jonatas.Levi 19/03/2015minha estante
qual o auge do livro casa da madrinha


Heitor.Machado 26/04/2020minha estante
esse livro .... como posso dizer ..... ele e ??




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tufão 03/07/2021

Eu quero ir pra casa da madrinha
O livro A Casa da Madrinha é um livro bem envolvente, a história te faz mergulhar e querer devorar tudo em poucas horas. A escrita de Lygia com os personagens cativantes é que tornam essa história uma das melhores obras que já li.
Eu recomendo demais esse livro genial, tive que ler para um trabalho da universidade, mas foi uma grata surpresa. Não quero revelar muitos detalhes sobre a trama, pois creio que já tem muitas resenhas aqui que fazem isso muito bem. A Casa da Madrinha é um livro perfeito para ler numa tarde de chuvosa de sábado deitado agasalhado com uma xícara de café, eu recomendo e tenho certeza que vocês não vão se arrepender de ter lido.
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Isa 15/07/2021

Livro favorito desde a minha infância
Quando eu era criança encontrei esse livro na biblioteca da escola, desde então era um livro favorito. Adorava a aventura de Alexandre e sempre fiquei muito curiosa sobre o pavão. Há anos procurei ele pra comprar porque queria ler de novo e entender o que acontecia com o pavão, porque com a minha cabeça de criança eu interpretei de outra forma. Agora achei o livro, reli e toda a fantasia que eu via com meu olhos de criança pobre do interior, hoje li com uma carga pesada de mágoa. Esse livro é uma crítica social cruel. Em todas as suas nuances, em toda a criatividade e imaginação do Alexandre, sua vontade de fugir da realidade, seu trajeto, tudo. Um livro delicado mas difícil de digerir. E não é porque a autora escreve de uma forma cruel, muito pelo contrário, a inocência com que acompanhamos a trajetória do Alexandre é o que faz refletir a respeito da nossa sociedade, da pobreza, do desamparo e sobre os alexandres que estão por aí em busca de um alívio da realidade. É cruel porque é real. Além da crítica com a ?escola osarta do pensamento? ainda me deixa intrigada
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thecruelj0 25/04/2023

Livro emocionante
Li em poucos dias, devido a escrita fluída e simples. História envolvente e emocionante, a escritora aqui foi simplesmente cirúrgica.
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Ana 26/01/2023

Fantasia e realidade
Ler A Casa da Madrinha, uma das obras mais reconhecidas e aclamadas da escritora brasileira Lygia Bojunga, é uma experiência que pode mudar a percepção do leitor sobre as coisas, o mundo, a vida, a infância e a realidade. Com simplicidade e um fluxo narrativo muito característico do universo da literatura infantojuvenil, Bojunga nos presenteia com a história de Alexandre, um garoto pobre que vive aventuras ao lado de sua amiga Vera, do Pavão ? animal encontrado no meio de sua jornada e logo promovido ao posto de amigo ?, da Gata da Capa e de tantos outros personagens do universo fantástico que encantam e emocionam. Confesso que fiquei um pouco impaciente com os capítulos muito longos (por isso dei 4 estrelas), mas a história de Bojunga com certeza ganhou meu coração.
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NaGabiâ¡ 06/09/2023

Achei maravilhoso, mesmo que tenha uma linguagem culta pois é de quando o cruzado era moeda, tem uma vibe energética e aventureira de uma criança que tem muitos sonhos, o livro pode ter muitas interpretações pelo tanto de metáforas que ele tem, elas trazem muitas lições importantes prós jovens, e, é cativante não muito porém eu não esperava nada e me entregou praticamente tudo. Eu gostei e tô gostando até agr.??
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Lina 14/12/2022

Li em grupo na escola, é um bom livro, ver a história da vida do Alexandre pelos olhos infantil, uma história que chega até ser bem triste,
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Elaine 16/04/2021

Eu li esse livro quando era criança ainda e foi uma de minhas primeiras leituras, resolvi ler novamente pra agora visualizar com um olhar mais maduro. Apesar de ser infantil ele nos mostra muito a diferença social e como isso impacta nossas crianças das periferias. Alexandre suporta toda a fome, e o fato de ter que trabalhar ainda criança, para ajudar a família. com muita imaginação e alegria. Senti tristeza ao ler com esse olhar mais realista, porém ao me entregar a imaginação e fantasia me diverti muito.
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Francisco240 23/12/2020

Livro infantil que quase me fez chorar...
Ler uma historinha infantil às vezes é bom pra aquecer o coração!
????
Renato 25/12/2020minha estante
Inclusive tem um livro intitulado "Vamos Aquecer o Coração" (ou coisa parecida) que é ótimo. É do Mauro Vasconcelos. Continuação de O Meu Pé de Laranja Lima.


Francisco240 25/12/2020minha estante
Já ouvi fala desse aí com lima


Francisco240 25/12/2020minha estante
Inclusive acho que já peguei nele em algum momento




Sarah Bastos 01/11/2012

A casa sagrada
O protagonista Alexandre é um garoto pobre do Rio de Janeiro que vende sorvete para ajudar nas finanças da família.

Na escola em que estudava, Alexandre se divertia e aprendia com uma professora inspiradora que incentivava a imaginação das crianças através de ensinamentos lúdicos e de um ambiente favorável à criação, mas a instituição era tradicional e arcaica e acabou ceifando e censurando as tentativas da esforçada professora. A cena em que a professora conta a Alexandre que perdera sua mala de surpresas é recheada de simbolismos e metáforas.

Alexandre, devido a partida do irmão Augusto para São Paulo, acaba deixando a escola para trabalhar mais e ajudar a família. Augusto, antes de partir conta a Alexandre sobre a casa da madrinha, um lugar mágico onde todos os desejos são realizados, e promete que quando voltar de São Paulo os dois irão para lá.

Como Augusto não aprece no verão, Alexandre decide ir sozinho à casa da madrinha, mesmo não sabendo onde ela fica, e no caminho encontra o Pavão.

O Pavão de rara beleza havia sido maltratado por seus cinco antigos donos que o exploraram e tolheram sua imaginação, “lobotomizarando-o” na escola Osarta (“atraso”, ao contrário).

Os dois começam a fazer apresentações pelo interior afora e em uma delas, Alexandre conhece Vera, garota rica que era controlada pela mãe obcecada por relógios.

Eles ficam amigos e Vera o esconde na casa de ferramentas de sua fazenda até que seus pais descobrem e a obrigam mandar Alexandre embora.

Juntos, eles resolvem fugir para a casa da madrinha e fantasiam um cavalo que os levaria além das cercas da cidade. Ao chegar à imaginária casa da madrinha, a maleta desparecida da professora está lá e o irmão Augusto também. Eles vivem um clímax, até que Vera, já presa aos conceitos sociais e adultos, se preocupa com seus deveres e resolve ir embora. Augusto desparece e no plano da realidade tudo parece mais sombrio e melancólico, Alexandre a leva embora e retorna com seu Pavão para casa mágica.
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Alex_Cossta 11/03/2023

Passatempo de qualidade!
Esse livro é muito bonito e sutil. A inocência infantil é uma beleza inenarrável.

Alexandre, o personagem principal, me cativou, bem como o Pavão. Há um otimismo, leveza e força peculiares nestes dois personagens, que enfrentam suas dificuldades usando a imaginação.

É interessante como a autora, Lygia, sempre dá vida a objetos inanimados e vozes aos animais (este é o segundo livro que leio dela).

Isso me faz refletir sobre a natureza, como somos todos uma grande unidade e feitos pelo mesmo Criador. A dissociação entre nós e a natureza é uma estupidez.

A questão do atraso do pensamento do Pavão me fez refletir muito sobre como a sociedade tenta fazer isso conosco para nos emburrecer.

Em suma, fiquei apaixonado pelo livro.

Talvez porque eu nunca tive o costume de ler livros assim infanto-juvenil, e essa foi uma experiência nova (e deliciosa) para mim, que com certeza ampliou meus horizontes e minha capacidade de imaginação.

Gratidão.
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Mel Fernandes 10/06/2021

Outra lembrança de infância
Eu gostei tanto, mas tanto desse livro (deve ter sido um dos primeiros de minha vida de leitora voraz), que décadas depois eu busquei na internet pra comprar de novo. E minhas filhas leram e também se encantaram. E levei elas pra assistirem a montagem teatral/musical dirigida por Herson Capri no Rio. Realismo fantástico infanto-juvenil. Mas de uma profundidade de fazer inveja a muito livro para adultos.
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