akamarcelorocha 16/12/2023
Eu não esperava por isso. Havia algum tempo que eu tinha adicionado o livro a minha lista de leituras. Mas sempre empurrei para depois. Não achava que a sinopse do livro me agradava. Mas claramente, nunca julgue o livro pela capa. E como dizer, Procura-se um namorado não era nada que eu esperava, mas tudo que eu precisava.
Luc, é o típico de personagem fudido da cabeça que todo mundo ama e odeia ao mesmo tempo. Oliver é bem o príncipe encantado que todo gay quer ter nos braços. E definitivamente não são nada que combinem até que combinam. Eu não diria que é algo de enemies to lovers, mas definitivamente um "os opostos se atraem" e eu detesto esse termo, mas claramente eu acho que combinam com eles, pois no fim eles não são tão opostos.
O começo do livro me parecia bem arrastado, mas desconfio que seja mais meu não hábito de leitura nesse ano que tornou o começo bem mais difícil. O livro tem um começo lento pra padrões de romance mas não o torna entediante. Procura-se um namorado é o tipo de romance clichê em que os dois personagens precisam de uma coisa do outro para chegarem em algum lugar. Mas definitivamente não é um clichê chato. Eles aprendem, digamos mais Luc aprende, que nem tudo é ganhar ou perder. O romance, que era para ser apenas um "trabalho" se torna parte da mudança e acredito eu que apensar de vermos pouco de Oliver durante o livro, pois estamos dentro de Luc, dos dois. Claramente Oliver tem aquele ar de maturidade, mas a bagunça de Luc, põe ele em situações que ele mesmo se questiona se ele é mesmo maduro e vemos isso não apenas no ápice do livro, mas durante todo o decorrer.
O incrível ao meu ver, e que torna o livro um pouco especial, é que você acredita que Oliver é o príncipe que vem ao seu resgate. E no fim não é bem assim. Acho que Luc é o personagem que mais sofre mudanças e o que mais aprende a lidar consigo mesmo. Ver cenas clássicas se repetirem algumas vezes torna aquilo tão humano. O livro é obviamente um aprendizado sobre como se valorizar e se sentir completo com ou sem alguém, mesmo que esse alguém seja uma pessoa incrível, ou não.
O livro de Alexis Hall, deixa um gostinho agridoce entre aprender sobre quem é você e como outras pessoas, e aqui não me refiro apenas a um namorado, podem agregar a você, mesmo que você tenha colocado uma máscara para ser uma pessoa que não é. Aprender amar alguém é mais simples do que aprender a amar você mesmo. Claro que quando se tem uma pessoa talvez o fardo seja mais fácil de carregar.