Fernanda631 31/07/2023
Treze à mesa
Treze à mesa foi escrito por Agatha Christie e foi publicado em setembro de 1933.
Treze à Mesa é mais um caso onde o detetive Belga Hercule Poirot está acompanhado de seu fiel amigo Hastings, mas desta vez a história começa de uma maneira bastante inusitada. A famosa e bela atriz Jane Wilkinson aborda o detetive com a seguinte frase: “Monsieur Poirot, não sei exatamente como, mas preciso me livrar do meu marido!”.
Poirot e Hastings vão a um teatro londrino assistir à apresentação do espetáculo da atriz americana, Carlotta Adams, que fazia muito sucesso nos palcos ingleses, devido as suas imitações e representações impecáveis, mas que também tinham um tom humorístico.
Carlotta encenava várias peças de curta duração – que terminava com a imitação de pessoas famosas do cinema, inclusive Jane Wilkinson, que também carregava o nome de Lady Edgware, outra atriz de grande fama entre os ingleses e que, por coincidência, se encontrava na plateia assistindo a encenação na companhia da estrela também em ascensão, o ator Bryan Martin. Hastings fica surpreso ao notar a presença de Jane e por a atriz assistir à peça de Carlotta de uma forma humorada.
Jane é uma personagem que pensa apenas em si e esquece do mundo. Tudo deve girar em torno dela e do que ela fala. É uma personagem esperta e, às vezes, se mostra inteligente e outras vezes, não. O que é estranho, não é? Nesta noite, ela faz um pedido inusitado a Poirot, algo que ele jamais fez, mas havia algo que o intrigava nessa história toda. Jane Wilkinson queria se separar de Lorde Edgware que não queria dar o divórcio de jeito nenhum e incube Poirot dessa tarefa. A famosa e bela atriz Jane Wilkinson aborda o detetive com a seguinte frase: “Monsieur Poirot, não sei exatamente como, mas preciso me livrar do meu marido!”. Que citei no começo da resenha.
Poirot, é claro, fica intrigado com algo nessa história e aceita ajudar a atriz, mostra a ela que pode ser manipulado com sua beleza e deixa-a no comando. Ao meu ver, parece que ele espera que algo deve acontecer, ou pelo menos, é o que sente e por isso se deixa influenciar por Lady Edgware que, em certo momento, fala de como o atual marido é ruim e que não quer mais ficar presa a ele, pois se apaixonou por outro e que ele é tão ruim, que duvida que Poirot irá convencê-lo de dar a ela o divórcio e, seria mais fácil matá-lo e descreve como faria. Mas todos acham que ela fala da boca para fora e mudam de assunto, até a noite acabar e todos irem embora.
Poirot que estava decidido a ajudar a atriz e consegue falar com Lorde Edgware, um homem inescrupuloso, mas que recebe Poirot em sua casa muito bem. A conversa foi rápida e Lorde Edgware surpreende Poirot dizendo que vai se divorciar de Jane e que já havia enviado uma carta para ela, há 6 meses, a informando. Isso intriga ainda mais Poirot. Ele e Hasting ao sair, vão logo dar esta informação a Jane, que fica imediatamente feliz.
Poirot volta para casa, ao lado de Hasting, com a pulga atrás da orelha. O que aconteceu com a carta que Lorde Edgware enviou para Jane Wilkinson? Alguém não queria que Jane recebesse aquela carta?
Os fatos estranhos não param por aí: o marido de Jane, Lord Edgware é assassinado, sendo apunhalado pelas costas em sua própria sala. A principal suspeita? Jane Wilkinson, que foi vista na casa do marido durante o período do assassinato. O problema é que a atriz tem um álibi: ela estava em um jantar com outras doze pessoas no exato momento do crime. Como é possível que ela esteja em dois lugares ao mesmo tempo?
Se você acha que as coisas estão esquisitas, outras pessoas morrem na medida em que a narrativa ocorre, na tentativa de fazer com que Poirot não desvende o mistério. Ninguém está seguro e praticamente todos os envolvidos possuem alguma motivação para realizarem os assassinatos.
Com uma mistura de pistas falsas, situações complexas e perguntas sem respostas, o detetive terá que utilizar todo seu conhecimento e lógica para compreender todas as particularidades do caso, cabendo ao leitor e o Hastings ficarem perdidos ao tentar desvendar esse inteligente e complexo mistério tentando adivinhar quem é o(a) assassino(a).
Os personagens são bem construídos e cativantes, cada um tendo sua própria personalidade, conflitos e ambições, aqui nota-se que desta vez a autora decidiu não adicionar muitos como em outras histórias. A ambientação é feita de maneira bem interessante, imersa no tema da vida de atrizes e atores, ou seja: pessoas ricas e famosas.
No entanto, a história se arrasta em alguns momentos da narrativa, algumas coisas demoram a acontecer e várias pistas são dadas. Por fim, a fórmula que a autora usou na história é repetida de outro livro, pelo menos em partes. Juntando tudo isso é possível desvendar bastantes fatos, mas ainda assim te desafio a descobrir quem é o(a) assassino(a).
O livro, Treze à Mesa, tem tudo o que eu disse acima. É intrigante, inteligente e muito genial. Toda a trama é formulada e, claro, tem como intuito nunca nos dizer, ao longo da história, quem é o assassino no final, até porquê todo mundo é suspeito, pelo menos, nos livros da autora. Todos têm uma razão para matar a vítima, que nesse caso, é Lorde Edgware e, mesmo que você desconfie de um, que tem uma razão mais forte para matá-lo, outro também tem um motivo e assim a história vai acontecendo.
Narrado em primeira pessoa pelo capitão Hastings, que ficamos sabendo de toda a trama acompanhando sua visão e impressão dos fatos, das atitudes tomadas pelos personagens nos dando pistas pelas suas observações e nos desviando sem querer do assassino, afinal, Hasting não é como Poirot que percebe os mínimos detalhes importantes de todos os acontecimentos.
Poirot e Hastings vão a um teatro londrino assistir à apresentação do espetáculo da atriz americana, Carlotta Adams, que fazia muito sucesso nos palcos ingleses, devido as suas imitações e representações impecáveis, mas que também tinham um tom humorístico. Carlotta encenava várias peças de curta duração – que terminava com a imitação de pessoas famosas do cinema, inclusive Jane Wilkinson, que também carregava o nome de Lady Edgware, outra atriz de grande fama entre os ingleses e que, por coincidência, se encontrava na plateia assistindo a encenação na companhia da estrela também em ascensão, o ator Bryan Martin. Hastings fica surpreso ao notar a presença de Jane e por a atriz assistir à peça de Carlotta de uma forma humorada.
Narrado em primeira pessoa pelo capitão Hastings, que ficamos sabendo de toda a trama acompanhando sua visão e impressão dos fatos, das atitudes tomadas pelos personagens nos dando pistas pelas suas observações e nos desviando sem querer do assassino, afinal, Hasting não é como Poirot que percebe os mínimos detalhes importantes de todos os acontecimentos.
Treze à mesa é um bom livro, para ler com calma, se entretendo a cada página. Você certamente não estará conhecendo o melhor de Agatha, mas vai adorar a interação da dupla Poirot e Hastings e a engenhosidade na resolução do caso.