Resenhas - Sertãopunk

Marcel 23/12/2022

Sei lá, a proposta da obra parecia interessante, ao querer trazer uma nova identidade a literatura nordestina, mas se mostrou como um projeto mal executado.
Na primeira parte, a apresentação do projeto literário, parece que os autores estavam mais preocupados em criticar a visão que autores de fora do Nordeste têm da região e ainda se defender de possíveis críticas. Mas nós podemos aplaudir a ideia de apresentar o Nordeste como uma região com potencial para produção científica e para o desenvolvimento sustentável.
Aí chegamos nos contos e a decepção só cresce. Os dois únicos contos usados para defender as ideias da introdução são confusos e terminam de forma anticlimática. Sem contar que querem trabalhar inclusão, mas com personagens rasos.
Resumindo: boa ideia, mal executada.

Mayklyns 01/01/2023

A introdução de algo promissor
Entendo a primeira parte desse livro como um ensaio, ou mesmo uma introdução, para apresentação/proposição e defesa do Sertãopunk. Gosto do conceito apresentado e concordo com as razões de ele existir, como goianiense, também não me vejo representado na visão que forasteiros apresentam ao retratar a minha terra, a minha gente. Dito isso, acredito que uma versão expandida e mais trabalhada desse ensaio seria uma boa contribuição à literatura brasileira. Espero que os autores produzam tal obra, se já não o fizeram.

Quanto aos contos, são muito interessantes. O segundo ainda está amargo em minha boca, ao ponto de eu não saber bem se gostei ou o quanto eu gostei.

Vale a leitura? Diria que sim. É bom.

Nathália 03/01/2023

Talvez a ordem das coisas melhorasse a experiência.
Gostei muito da abordagem do autor sobre o Nordeste e todo estereótipo que gira em torno dessa região. Também gostei dos contos, apesar de me perder um pouco no segundo. Acho que mais contos no livro pra ilustrar o que é o ?sertãopunk? e a parte teórica do assunto somente no final, melhoraria bastante a experiência com o livro. No mais, seria interessante uma continuação principalmente pro primeiro conto.

Ketlin.Chaves 05/01/2023

Leitura obrigatória
Em apenas 50 páginas, “Sertãopunk – Histórias de um Nordeste do Amanhã” traz muitas informações e esclarecimentos interessantes que abrem um leque maior para se pensar a literatura nordestina. No final, existem dois contos que esboçam como este gênero/movimento pode ser representado.

Luiza 08/01/2023

A proposta do livro é muito interessante, o início serve como uma introdução ao conceito do "sertãopunk" juntamente com dados, informações muito interessantes sobre regionalidade, cultura, religião, vivência e ponto de vista dos escritores.

Os Olhos dos Cajueiros) ????

A narrativa e a ambientalização do conto é envolvente, clara, detalhada e bem feita. Todos os acontecimentos e o decorrer da trama te prendem desde o começo até o final e é exatamente aí que peca, o final, não sei qual foi o objetivo da G.G Diniz, mas escrever uma investigação policial futurista no nível que nos é apresentado e não finalizar??? Me senti subindo uma montanha russa, e ao chegar no topo, criando a expectativa do embalo e animação da descida (nesse caso o final/conclusão da investigação) o brinquedo simplesmente parou e broxantemente acabou passeio.

Schizophenia) ???

Se o objetivo do autor era fazer com que o leitor se sentisse dentro da mente de um esquizofrênico, o Alan de Sá está de parabéns. A escrita é detalhada e te prende por atiçar a curiosidade de enteder o que está acontecendo com o personagem e o ambiente ao seu redor. Sua falha é a clareza do acontecimento dos fatos e da narrativa, acredito que por conta do tema abordado, infelizmente achei o final fraco.

Biel 08/01/2023

Sertãopunk
Foi a primeira vez que li sobre uma discussão de como o nordeste é visto na ficção. Dentre tantas obras boas e clássicas sobre a nossa região, muitas delas se destacam justamente pelas fortes características impregnadas ao longo dos anos. Alec Silva, G. G. Diniz e Alan de Sá trazem algumas opiniões sobre isso e de como o nordeste não precisa se limitar apenas a isso. Fiquei muito feliz em saber que eles na verdade estão apresentando um novo gênero, e não vendendo um produto. O "Sertãopunk" é um conceito aberto e que pode ser explorado por quem deseja abordar sobre um nordeste utópico/distópico trazendo histórias que não se limitam aos clássicos, mas que abrem possibilidades para novos rumos dentro da região. Obrigado aos três por entregarem esse presente pra todo mundo que gosta de ficção, principalmente para aqueles que carregam o nordeste (mesmo que pouco) dentro de si.

Lorena 08/02/2023

O futuro do nordeste
É difícil explicar em poucas palavras o que é a experiência Sertãopunk. Mas numa tentativa, é uma amostra de um movimento literário que tem tudo para ser gigante.

Precisamos dessas histórias, nós nordestino precisamos nos enxergar nessas histórias, para que o nordeste literário saia somente da seca e miséria e mostre seu verdadeiro potencial. Louvável iniciativa.

Bibia Bolacha 21/02/2023

A estrutura do livro me lembra a de um manifesto em certos aspectos, especialmente porque mais de sua metade é dedicada a assentar os fundamentos teóricos, sociais e éticos do movimento sertãopunk, como uma corrente literária e estética alicerçada na celebração da riqueza cultural nordestina. Os autores bebem das fontes do afrofuturismo e do solarpunk de forma muito consciente e madura, e isso se reflete nos dois ótimos contos ao fim da obra. O primeiro conto, ?Os olhos dos cajueiros?, de G. G. Diniz, me cativou imensamente, pra mim é a melhor parte do livro. Muito orgulho desses expoentes da ficção especulativa brasileira e da importância política desse livro!

Alisson175 22/03/2023

Cativante
Então, o manifesto foi riquíssimo. É muito cativante ver os diferentes pontos de vistas do que seria um gênero futurista tipicamente do nordeste: seria plural. Eu tbm não entendo o apelo do cangaceiro como figura nordestina pq fora das mídias suldestinas (engraçado, o corretor corrige tanto sudestino quanto suldestino, a pessoa marcada é só o nordeste né) nunca tive contato com suas histórias, mas isso é experiência pessoal de alguém soteropolitano e meio desligado. Enfim, achei uma discussão interessante.

Os contos em si são bem diferentes um do outro. Gostei da pegada policial do primeiro e do seu fim menos óbvio. O segundo já tive menos afinidade, apesar da boa escrita, pq detesto narrativa creapypasta de pokémon. Da uma canseira... Sinto que a narrativa não me recompensou. Mas ambos mundos são uma delicinha bem criada

Cezar 25/03/2023

O primeiro conto é bem tanto faz, pq termina do nada, EU QUERO SABER QUEM É O ASSASSINO MEU POVO, o segundo é meio confuso até chegar no final, mas é bonzinho, o livro é bem curtinho, muito bom pra passar o tempo

Valentimrock 07/04/2023

Ideia muito boa
Mas precisa ser mais trabalhada , metade do livro e mostrando o universo ciberpunk do sertão , o 2 conto e muito legal mas bem curto , e o terceiro só fui entender no fim

Milena Calikoski 10/04/2023

SertãoPunk
Eu achei bem interessante a ideia do movimento, como pessoa que mora no sul a maioria das informações que temos sobre o nordeste são sobre e a seca e elementos mais genéricos da cultura. Eu discordo de alguns pontos, mas acho importante difundir a cultura nordestino a partir de perspectivas diferentes.
Estava gostando do primeiro conto, até que ele terminou quase sem aviso e sem uma conclusão satisfatória.
O segundo conto eu gostei mas ainda acho que poderia ser um pouco mais longo, tendo um desenvolvimento melhor.

Alessandra 04/05/2023

Ameei! Muito bom dar de cara com leituras de qualidade, que se passam no meu contexto de vivência e que pensa criticamente como estamos escrevendo literatura brasileira. Já quero ler mais

Luiz Santiago 24/06/2023

Uma maravilhosa proposta
Acho a ideia do Sertãopunk incrível. A construção do gênero, as imensas possibilidades de trabalho e o olhar para o futuro e para o Nordeste do Brasil são coisas que encantam na leitura desse curto, mas ótimo livro.

[Plano Crítico]
planocritico.com

Joy Alves 02/07/2023

Gostei que antes de apresentar os contos, os autores explicam o que é esse movimento literário, o sertãopunk, suas referências e intenções. Achei muito interessante e fiquei muito curiosa em ler mais obras com temáticas do sertãopunk.

Sobre os contos, a ideia de ambos é muito boa, e realmente me prendeu, mas me deixou com gosto de quero mais, sobretudo porque os contos tem finais em aberto. Eu fiquei meio frustrada porque acho que poderiam ter sido mais desenvolvido, tanto a história dos personagens, quando os cenários descritos.

Mas, essa foi uma excelente experiência pra conhecer esse movimento literário que tem como foco narra história que tem como cenário um futurístico Nordeste brasileiro. Recomendo super!