Budapeste

Budapeste Chico Buarque




Resenhas - Budapeste


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Cadu 09/01/2021

Genial
O livro é bastante interessante, mas o modo como a temática e a narrativa colidem ao final é genial e o livro beira a poesia em sua conclusão mesmo sendo uma narrativa.
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Duka 24/12/2020

O compositor renascentista
Não são poucos os casos em que indivíduos são capazes de trabalhar com diversas áreas do conhecimento, sobretudo nas artes. Entretanto, são raros o que o fazem com tamanha maestria e excelência, como Chico Buarque. O cantor, compositor, dramaturgo, e agora romancista, é um ponto fora da curva do mundo artístico, de modo que é capaz de transitar fluentemente entre as artes.

Em Budapeste, consegue elaborar uma história em que o enredo é personagem secundário, o que abre espaço para o destaque do personagem, senão personagens principais, uma vez que a dualidade do protagonista se encontra tão acentuada que quase ganha forma e métrica ao longo do livro. Sob essa ótica, observa-se que a forma se sobressai frente ao conteúdo, ja que os aspectos textuais, como a linguagem e seus artifícios, as metáforas, e principalmente a metalinguagem, desempenham um papel ativo na construção do enredo.

Desse modo, este livro concretiza o talento artístico de Chico ao consagrá-lo como um grande expoente dos artistas mulfuncionais, o fica claro com o seu repertório produzido na carreira. Assim, Budapeste é a pincelada final que faltava para consumá-lo como um verdadeiro compositor renascentista, capaz de aprender e viver entre seus domínios, da música à escrita e do português ao húngaro.
Izabel Flores 24/12/2020minha estante
??? livro tao bom quanto essa resenha




Raphael 20/12/2020

A versatilidade de um gênio da linguagem...
Eu que sou fã do Chico Buarque da música -  compositor e intérprete - acabo de travar o meu primeiro contato com o Chico Buarque da literatura. E tenho que prestar todas as homenagens à versatilidade de um gênio da linguagem, à completude do "artista brasileiro".  Reconhecer os méritos do livro, no entanto, não quer dizer que eu tenha adorado "Budapeste".

A leitura demorou para engrenar e faltou pouco para eu abandonar o livro pela metade, talvez contagiado pela falta de espírito de seu protagonista, um artista sem ambição, que não  anseia a glória, que não sonha com o reconhecimento, que se deixa explorar pelo seu "sócio", que deseja mesmo permanecer na sombra, como um fungo, e que mesmo no âmbito doméstico, nos papéis de marido e de pai, é um ser apagado, sem presença. José Costa não é apenas um "escritor fantasma". Ele é mesmo um indivíduo espectral. Como alguém escreveu no skoob, José Costa é o protagonista coadjuvante.

Aliás, o verdadeiro "protagonista" do livro é a língua. Transitando entre o Rio de Janeiro e Budapeste, entre a língua portuguesa e a língua magiar, entre Wanda e Kriska, vai se construindo um romance em que brilha o amor à palavra.

No fim, fico feliz por ter persistido. Ali pela segunda metade do livro a coisa começou a fluir, a narrativa me envolveu e concluí a leitura de um só fôlego. E achei o desfecho da narrativa bastante surpreendente, criativo, inteligente.
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Bru 10/11/2020

estava curiosa para ler esta obra de Chico Buarque. Uma instigante história sobre um ghost writer, pouco carismático, em uma intensa crise existencial, que acaba criando uma vida dupla. Por diversas vezes durante a narrativa nós conseguimos sentir a sua angústia.

O mais interessante foi a linguagem do livro, e como a língua é tratada aqui, principalmente o português e o húngaro. É uma história para ser relida, mesmo no início sendo um pouco cansativa, mas acredito que possamos aprender e interpretar essa obra com outras perspectivas, principalmente o final.
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Yohan.Barbato 21/10/2020

Um livro que por si só é uma viagem!
Vamos do Rio a Budapeste, mas também pela vida indecisa de um homem, entre seu amor por duas mulheres, dois países e duas línguas.
Chico Buarque é um escritor excelente, mas não se engane, ele não lhe dará descanso ou tempo de tomar folego, seus capítulos são grandes, e sua narrativa bem conectada.
A história desse homem em duas culturas levará você da indignação a confusão e depois ao deslumbramento.
Uma verdadeira história de um escritor fantasma ou de um homem que prefere as sombras.
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Bosco (José) 07/10/2020

Mais comentário que resenha: acabo eventualmente voltando a esse romance -- já é o terceiro passeio. Gosto da ambientação, do protagonista, e de toda a exploração sobre a identidade: literária ou real.
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Naiana 01/10/2020

Assim-assim...
Há muito não leio um livro escrito em primeiro pessoa e não me recordo de já ter lido uma obra como esta foi escrita, os diálogos estão no meio do texto demonstrados as vezes através de dois ponto precedidos pela informação de quem os falou, ou apenas entre vírgulas e você só descobre quem os disse após serem ditos. Toda a perspectiva da trama é dada por quem o escreve, tudo se resume ao que ele crer ou imagina, não temos ideia do que os demais envolvidos pensam ou agem de fato, afinal José Costa ou Zosze Kósta é quem comanda a história.
Budapeste conta a vida de José Costa, um autor anônimo que ganha a vida escrevendo textos, artigos, monografias, discursos, entre outros gêneros textuais, de forma confidencial para quem precisa, gostando de ser anônimo e saboreando sua glória através de terceiros. Tem um ciúme extremo pela sua escrita, que o leva a conflitos com sua esposa e sócio, e um belo dia resolve participar de uma conferência de autores anônimos. Em um retorno de uma dessas conferências acaba fazendo um pouso forçado em Budapeste, onde se apaixona pela língua local e não consegue tirá-la da cabeça e em meio a mesmice de sua vida, que muito o desagrada resolve ir a Budapeste e lá desbravar essa língua que tanto o encantou. Acho que já falei demais do livro então vou parar por aqui para não dar spoilers...
O livro não é ruim, mas também não foi algo excepcional para mim, a leitura é fluida, principalmente por ser um livro curto, algumas vezes me lembrou Machado de Assis em Dom Casmurro, com suas desconfianças e imaginação aflorada, onde não conseguimos ter a percepção dos outros envolvidos na trama, talvez por isso também tenha ficado um pouco de pé atrás com a obra. Mas acredito que cada livro tem o seu leitor, alguns amarão, outros podem odiar, para mim foi razoável, acho até que poderia reler em outro momento, quem sabe até não tenha uma visão diferente, afinal, como Dom Casmurro, que também não é minha obra favorita de Machado de Assis, a cada leitura que fiz tive novas percepções do livro, quem sabe se um dia eu resolver ler Budapeste novamente a minha percepção sobre esta obra de Chico Buarque também não venha a ser outra.
Enfim, parafraseando o livro, ele para mim foi "Assim-assim"...
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Lud 01/09/2020

Genial
Um dia vi uma entrevista com Chico Buarque em que ele disse que se considerava melhor escritor do que letrista, e eu que não tinha lido nenhum livro dele duvidei.
O livro é tão genial que tô até agora me perguntando quem é o autor! E o personagem principal é tão bem construído que consegue provocar os mais variados sentimentos na gente: de raiva à admiração!
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Fernando Campos Kanigoski 20/08/2020

Uma história super gostosa de se ler e que tem um final simplesmente perfeito.
O tema sobre "autoria de obras", assim como também o de "riquezas linguísticas e culturais de um país estrangeiro", está presente e infiltrado na obra de forma sublime!
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Hel 18/08/2020

todo dia ele faz tudo sempre igual
a narrativa tá ok
a prosa tá ok
a história ok
o húngaro tá ok
brota em budapeste pra felicidade da sua ex
rskhalil 21/12/2020minha estante
Eu AMEI essa resenha!




Mari.Alves 17/08/2020

Demorei muito pra iniciar essa leitura, mas achei ótima! O final perfeito pra essa trama!
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Ilana 31/07/2020

pensando pensamentos
desses de ler em uma sentada. adorei o fluxo de pensamento, as repetições enfáticas e a construção do texto. parágrafos longos, mas tudo acontece bem rápido. gostei das conexões dentro da história e da imprecisão na passagem de tempo.
a questão é: não tenho certeza se entendi, mas sinto que era essa mesmo a intenção (?). se não for, de qualquer forma, fica por isso mesmo.
bom pra ler quando não se quer pensar em nada, porque José Costa já pensa demais.
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Gabriel Varizi 26/07/2020

A genialidade de Chico Buarque além da música
"Nunca julgue um livro pela capa", diz o ditado, mas o retruco afirmando que é praticamente impossível não se sentir instigado e curioso ao pegar em mãos o exemplar de "Budapeste" da Companhia das Letras com capa e projeto gráfico de Raul Loureiro. A frente do livro contém seu título, o nome de Chico Buarque e um trecho inicial, ao contrário da parte de trás, cujo título é alterado para "Budapest" e o autor se torna Zsoze Kósta. Já me senti atraído para começar a leitura a partir dessa pequena inquietação.

O terceiro romance escrito pelo cantor e compositor Chico Buarque, já em suas primeiras páginas, mostra que está aqui pra afirmar que a genialidade do artista não está presente apenas na música, como também nas palavras escritas para obras literárias. O livro narra a história de José Costa, um bem-sucedido ghost-writer do Rio de Janeiro que, em um retorno de viagem, acaba em Budapeste, lugar onde é iniciada sua história e apresentada a dualidade que começa a integrar sua própria vida: Brasil e Hungria, português e húngaro, Vanda e Kriska, e Buda e Pest cortada pelo rio Danúbio.

Com uma escrita fluida – porém ainda cirurgicamente bem pensada – a narrativa em primeira pessoa conta os diversos episódios passados pelo protagonista depois desse evento. Chico usa palavras simples para entrar na cabeça da personagem e descrever angústias, reviravoltas e situações inusitadas. Alguns pontos da escrita, como esse “blasé” ao descrever certos acontecimentos estranhos, me lembraram bastante o estilo de Camus em "O estrangeiro".

“Budapeste” é um livro rápido e gostoso de ler, que ao mesmo tempo choca e prende o leitor com seu vocabulário cotidiano e bem trabalhado na sonoridade das palavras, com uma forte presença metalinguística. Foi uma leitura muito proveitosa, e as reviravoltas fazem com que seja impossível não levar o livro para o cômodo que for, tendo como clímax o final, que me surpreendeu bastante. Recomendo demais para os que querem conhecer mais da literatura brasileira contemporânea e Chico Buarque!
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Bruno Oliveira 20/07/2020

ESCREVER É UM DOM
Já tive a oportunidade de ler este livro de Chico Buarque em outro momento, se não me engano, logo após o lançamento do mesmo, e lanço a proposta aos pais que, antes de entregarem um livro nas mãos de um filho, leiam o livro antes.

Da mesma forma, a internet e porque não os amigos de seus filhos, precisam de um olhar apurado de voces.

Estes textos do Romance de Budapeste, podemos dizer que há alguns personagens chaves. Como Tereza, Vanda e Kriska além da intrigante empresa: Cunha e Costa Agencia Cultural

Enfim, logo no inicio, parece que temos textos soltos, parece um livro sem sentido, no entanto, continuem lendo.
É fantastico.

O desfecho de cada segmento da estoria de José Costa nos leva à entender que sempre há alguem à tirar proveito de nossas habilidades, por mais que não estejamos prontos à dar créditos ao que rebecemos de Deus, como Dom.

Sim. Escrever é um Dom!

Chico Buarque, mesmo que não admita, possui isso.

E como ele sabe disso, consegue escrever isso de forma tão clara que nos sentimos resilientes ao seu comportamento social (Ou seja, essa brinca com nossa ignorância).

E agradecemos ao Chico pelo trabalhoso texto, mesmo parecendo ignorantes, entendemos um pouco os seus textos.

#LendoComHadassa
#LendoParaHadassa
#leitura
#ChicoBuarque
#Budapeste
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