Nathy215 26/08/2020Fútil? Você que deixou a empatia cair em algum lugar.Antes de qualquer coisa, amei a escrita da autora e a fluidez dos textos.
Ouvi tantos comentários sobre a protagonista ser fútil e mimada, que me senti lendo um livro diferente.
Jenny não tem um problema com redes sociais, ela realmente está doente, se deixou tomar pela ansiedade e pelo trauma da perda do bebê, tudo que vem depois são reflexos, ela não chegou onde chegou porque era fútil e vazia, ela foi se perdendo aos poucos até virar a sombra de quem um dia foi.
Ela tem todo potencial pra ser uma pessoa incrível, mas também tem um trauma não tratado, o que muita gente não entende.
Jenny é gente como a gente, uma pessoa normal, que achou nas redes sociais uma forma (não saudável) de lidar com seu trauma.
Quem hoje pode dizer que não tem um vício? Que não é ansioso ? Que não tem um trauma ? Que as dificuldades que enfrentou, não formaram quem você é?
Kelly é uma pessoa legal sim, mas é "normal" né? É muito mais fácil gostar de alguém que não apresenta traumas e que leva uma vida "normal". Já Nicolette, tem seu trauma também e isso reflete em suas atitudes e até na profundidade dos seus sentimentos pela protagonista, onde ela diz que encontrou uma identificação.
As vezes as pessoas não conseguem se expressar, mas estão machucadas e muitas vezes não conseguimos entender e julgamos.
E como é bom ter um livro escrito por uma mulher, com mulheres se apoiando e sendo amigas, até nas coisas simples.
Se esse livro não te despertou empatia, tá lendo errado en....
(e claro, sem palavras pro Art, mais do mesmo)