Resenhas - A Paixão Segundo G.H.

Agata28 11/11/2023

Esqueci de resenhar
A história narra a experiência existencial e introspectiva de uma mulher, Gh, que ao se deparar com uma barata em seu apartamento, desencadeia uma jornada de autoconhecimento e questionamentos sobre a vida, a morte e a essência da existência humana. A narrativa é intensa, permeada por reflexões filosóficas e uma linguagem poética única. Clarice Lispector consegue explorar temas complexos de forma sensível e visceral, levando o leitor a mergulhar nas profundezas da alma humana. É um livro que provoca reflexões e desperta emoções, deixando uma marca duradoura em quem o lê.

Natalia781 09/11/2023

Clarice, eu te amo!!!
Perfeito! Se tornou meu livro preferido da Clarice... genial como sempre, pude ler tantos sentimentos, tantas vontades e tantas possibilidades. Sem dúvidas me vi escrita em cada palavra.

skuser02844 06/11/2023

Esqueci completamente de marcar isso aqui, não gostei muito. achei meio confuso, talvez eu leia mais para frente de novo e tenha uma experiência diferente

Lucy 06/11/2023

Sangue de barata
Eu esperava "só" uma viagem psicológica e me deparei com uma viagem de ficção cientifica tal qual a de odisséia no espaço 2001.
É um tratado sobre o existencialismo e estarmos condenados a liberdade, um niilismo no cunho de nietszche, que vai mostrar pra você o processo da alteridade e da humanidade e do divino.
É um trabalho surreal de libdo e que faz a gente ter nojo enquanto nos deixa viajar nas asas de ser mulher.

Lucy 06/11/2023

Sangue de barata
Eu esperava "só" uma viagem psicológica e me deparei com uma viagem de ficção cientifica tal qual a de odisséia no espaço 2001.
É um tratado sobre o existencialismo e estarmos condenados a liberdade, um niilismo no cunho de nietszche, que vai mostrar pra você o processo da alteridade e da humanidade e do divino.
É um trabalho surreal de libdo e que faz a gente ter nojo enquanto nos deixa viajar nas asas de ser mulher.

garrettzao 04/11/2023

QUE BARATA NOJENTA
Conheci Clarice antes de sequer ter lido qualquer palavra dela. Ela sempre foi uma coisa. Algo misterioso. Quando a li, pela primeira vez, lembro que nada me tocava. Absolutamente nada. As palavras pareciam todas embaralhadas e desconectas. Desisti.

Então, muitos anos depois, eu peguei, num ato de coragem, A PAIXÃO SEGUNDO G.H pelo simples motivo do título soar bonito na boca. 150 páginas. Curtinho, vou terminar rápido - pensei.

DOIS MESES DEPOIS: aqui estou eu. E preciso escrever que Clarice foi, sem sombra de dúvidas, uma das melhores coisas que me ocorreram no ano. Eu ainda não a compreendo ao certo - desisti dessa busca, pois acho que nunca chegarei a compreendê-la, e que pecado seria isso -, mas é aí que a leitura começa, no sentido das coisas, ou melhor, no sentir das coisas.

Em cada página existia um buraco negro que me sugava para todas as imaginações, indagações, foram muitas viagens dentro de mim e por isso demorei tanto. Sem sombra de dúvidas, é cansativo assim como chegar de uma viagem distante, de muitas horas, mas com o sabor de que há uma cidade para ver, um lugar para chegar. (perdão, ainda estou contemplativo)

A PAIXÃO SEGUNDO G.H foi o livro que eu mais grifei. Não há uma página em que eu não tenha marcado. Lerei, daqui a um tempo, "Perto do coração selvagem", pelo mesmo motivo que li o primeiro, mas, agora, com um bocado de desejo pelas coisas que desconheço. Eu NÃO recomendo esse livro para (1) quem tem medo de barata, (2) nunca leu "tudo é rio" de carla madeira, " pequena coreografia do adeus" de aline bei, "terras do sem-fim" de Jorge Amado e (3) pra quem nunca leu nada de Clarice Lispector.

:)

belarules 02/11/2023

Clarice, só assim se explica, só assim se define o que eu li
Tão clarice! uma bagunça absoluta, uma confusão, um atordoamento de um ser e tornar-se humano de 180 páginas! não sei nem mensurar em estrelas. não sei se eu tenho a alma formada o suficiente pra ter lido, mas li, como uma pessoa que todo dia faz o exercício de confiança que é se chamar se "pessoa". peguei na biblioteca e tive que acelerar a leitura para devolver mas sinto que todos os livros da clarice são livros para ter, rabiscar e engolir muitas e muitas vezes.

enfim, é muito muito existencial, profundo e duro, tão duro, às vezes você não acredita no que tá lendo. mas está lá. fiquei feliz que li o livro dos prazeres antes porque é relativamente mais simples e concreto e me apresentou pra algumas peculiaridades da linguagem da clarice como "o Deus", então deixo essa dica.

Samantha 31/10/2023

Leitura difícil
Já tinha tido contato com Clarice, lendo "A hora da estrela", que foi uma leitura maravilhosa, mas "A paixão segundo G.H" já foi mais difícil, por ser mais monótono e também, algumas partes conseguia entender e sentir, mas a maioria fugia da minha compreensão, acho que por não ter minha alma já formada. Espero uma melhor experiência com os outros dela.

sofialuvsbooks 30/10/2023

Clarice Lispector é um sentimento!
Deixar a minha racionalidade de lado e ler esse livro com o coração aberto foi uma das melhores decisões que eu fiz, é impressionante como Clarice consegue descrever exatamente as coisas que eu sinto e penso.

Leitura Aguçada 28/10/2023

Clarice é sem sombra de dúvida, uma das autoras que eu mais gosto.
Clarice nos traz nessa obra incrível. G.H é uma mulher que bem sucedida financeiramente e profissionalmente, mas ao demitir sua empregada, resolve ir até o quarto para limpa-lo, para então receber a próxima empregada.
Ao entrar no quarto, ela da de cara com uma barata.
Clarice nos fazer ter vários sentimentos.
Assim como G.H queria sentir, ela também buscava entender seus sentimentos.
Clarice é pra sentir, e não entender.

"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar."

J..... 27/10/2023

É um livro com muito sentimento. A escrita da clarice é sem igual, e é impressionante como tem muito da própria clarice na personagem . Recomendo bastante.

Mikaelle 23/10/2023

Um mergulho no EU
?Viver não é coragem, saber que se vive é a coragem!?

Em seu livro ?A paixão Segundo GH", Clarice Lispector escancara, através de uma breve e complexa narrativa, a condição humana.

Nesse livro, a personagem GH nos convida a mergulhar profundamente em nós mesmos e é aí que mora a beleza dessa leitura.

Clarice nos apresenta, através dessa obra, a complexidade da vida e nos mostra que viver não basta, temos que estar cientes da nossa existência, e para que isso aconteça precisamos saber quem de fato somos para além do olhar de outrem. 

E essa tarefa não é fácil de se realizar. Derrubar as máscaras do EU já construído é uma tarefa dolorosa, pois muitas vezes precisamos nos perder antes de nos encontrar. E ?perder-se é um achar-se perigoso.?

Ademais, GH também nos convida a viver o momento presente sem enfeitá-lo com um futuro que o redima. Afinal, se estamos aqui e agora, por que não nos permitimos encontrar a alegria nesse instante?! ?Hoje me exige hoje mesmo.?

A Paixão Segundo GH é uma leitura incrível, tem uma narrativa poética, filosófica e por vezes enigmática? 

É uma leitura que nos mostra que podemos encontrar beleza até nos momentos mais obscuros?

É uma leitura que questiona a filosofia maniqueísta de bem e mal, certo e errado, afinal, tudo isso depende de um ponto de vista?

É uma leitura que por vezes vai soar incompreensível?

Mas como diz Clarice: ?Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras.? 

marcela115 23/10/2023

Intrigante
No início não estava gostando muito mas depois comecei a me "simpatizar" pelo livro, mas as outras obras da Clarice são bem melhores que essa ? essa é sempre a mesma coisa e muito monótona.

Alan.Nina 22/10/2023

Cópia fiel
Um livro extremamente prolixo, e embora tenha ótimas e criativas sacadas, é visualmente pobre e organicamente denso (o que é bom).
Ocorre que essa densidade é toda emulada do pensamento Sartreano de ?O ser é o nada?, num movimento que retoma antíteses (organização/desorganização, luz/trevas, etc) rumo à construção de um sujeito fragmentado.
Inclusive ao falar da barata, vemos o Sartre de ?A náusea? em suas páginas, em um caleidoscópio que, infelizmente, não consegue transpor a masturbação filosófica. Ao menos reconhece sua pequenez, sendo sincera ao final, dedicando-se ao impasse da vida.

Juh 22/10/2023

Um livro que causa estranhamento desde a primeira frase. Um mergulho profundo nas emoções, na essência, na identidade de G.H. Do encontro com uma barata, ela reflete sobre a própria vida congregando passado e futuro naquele exato momento. Esse movimento epifânico suga a gente de modo muito violento. Sentimos a repugnância, o asco, o nojo, alegria comparativa, o gosto neutro da vida de G.H.

"Só então minha natureza é aceita, aceita com o seu suplício espantado, onde a dor não é alguma coisa que nos acontece, mas o que somos. E aceita a nossa condição como a única possível já que ela é o que existe, e não outra. E já que vivê-la é a nossa paixão. A condição humana é a paixão de Cristo. [...] A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes. A via-crucis não é um descaminho, é a passagem única, não se chega senão através dela e com ela."