A paixão segundo G. H.

A paixão segundo G. H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Idayane.Ferreira 21/04/2024

Falta apenas o golpe de graça- que se chama paixão
Finalizando o 12? livro do box especial da Clarice Lispector me dou conta de que dei 5 estrelas para mais um livro dela. Isso significa que amei profundamente cada um dos livros até agora? Não. Mas tenho amado a experiência, esta tem se mostrado profunda e imersiva. A sensação é que nunca retorno das leituras a mesma que era ao início. A paixão segundo G.H é desses livro que a gente acessa com os sentidos e como Clarice já avisa no início, ?a possíveis leitores?: ?Aquelas que sabem que a aproximação do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente - atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar?, ao final é realmente um livro que nos vai ?dando pouco a pouco uma alegria difícil; mas chama-se alegria.?

Chego ao final da leitura com várias sensações, inclusive de que há, verdadeiramente, muitas forma de falar de uma barata.
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Lets Aquino 21/04/2024

?Eu sou mansa mas minha função de viver é feroz.
(?) sou tão maior do que aquilo que eu chamava de "eu" que, somente tendo a vida do mundo, eu me teria (...) Sou mais aquilo que em mim não é.?

Neste post eu trago alguns dos MUITOS trechos retirados da leitura ?A Paixão Segundo G.H.? de Clarice Lispector para tentar trazer um pouco dessa obra que é mais que prima, considero uma joia entregue à humanidade.

Não quero ser presunçosa, mas este livro não é para todos, Clarice não é para todos. E com isso, tampouco quero dizer que sou capaz de resenhar e explicar Clarice, pois isso sim seria uma grande arrogância.

Esta é minha segunda leitura de G.H. e fiquei ainda mais embasbacada a cada página pois, não se trata de um romance, mas de um livro filosófico que destrincha a razão da existência da humanidade, dos seres vivos, dos cosmos e de Deus. 

G.H. é uma mulher da alta sociedade que, ao deparar-se com uma barata, sai de sua zona de conforto e passa a questionar a própria existência e significância no mundo.

Clarice neste livro, traz questionamentos sobre os porquês do mundo, da História, da ciência, da alma. Embora um livro pequeno, é denso e extremamente profundo, por isso pouco compreendido, pois como a autora mesmo diz, é um livro para ser sentido e lido por pessoas de alma já formada.

É impossível não ter crises existênciais depois dessa leitura e ficar com aquela famosa ressaca literária. No final do livro há a frase "Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. (...) A trajetória somos nós mesmos. Em matéria de viver, nunca se pode chegar antes."

A única coisa que posso dizer é: leiam! Com calma, com vontade, em algum momento da vida e principalmente, releiam, pois é o tipo de livro que será sempre como uma estreia.
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asteuwick 20/04/2024

Lucas 23:31
Cito a Bíblia? Não. Cito Clarice Lispector.

Tentar explicar G.H. pode ser um caminho errôneo. Como ela mesma diz: "Pois como poderia eu dizer sem que a palavra mentisse por mim?"

Mas talvez arrisco uma opinião.

A trajetória para o alcance do nirvana. Foi esse o sentimento que tive ao finalizar a obra, e só o tive quando li as últimas palavras.

Durante toda a leitura me veio muitas ideias, pensamentos e reflexões, a conclusão do que de fato acontecia ali, somente me veio no final. E isso é algo bem interessante por conta de tudo que se fala no livro.

Ler Clarice sempre é um remédio à alma, eu particularmente me sinto revigorada, renascida de certa forma, após ler um curto trecho.

Sem dúvidas um livro que merece ser lido mais de uma vez, apesar de hoje eu não o achar mais tão complicado, ainda percebo como é difícil se tirar tudo dele em apenas uma leitura, até porque em diferentes fases da vida, ele poderá ter diferentes significados.
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Bruno 19/04/2024

Releitura.
O livro mastiga você e não se importa muito com isso. Ele desconcerta a gente o tempo todo. Ele lhe enche de questões mas dá pouquíssimas respostas. Do nada você começa a chorar.
Eu terminei de reler ele hoje e a sensação foi a mesma nas duas vezes: parece que me jogaram completamente desarmado numa selva, e o maior perigo nessa selva é o humano. é como se ele fosse o completo oposto do ser real.
Toda a experiência é meio xamânica e isso não mudou na releitura. Parece que se eu ler esse livro daqui duas semanas, eu vou descobrir outras infinidade de coisas que eu deixei passar nas outras leituras.
É estranho um livro mexer de forma tão intima nas pessoas, mas para Clarice essa parece ser a unica maneira de se fazer.


Reli agora na versão física. Essa edição especial de capa dura é linda demais.
Fernando.Subra 25/04/2024minha estante
Resenha linda!




José 18/04/2024

Impecável
Não há palavras que descrevam o que é ler esse livro. Uma crise existencial poética que te abala em cada palavra!
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ifskimbrly 18/04/2024

Complexo
Foi o primeiro livro que li da autora, e ao mesmo tempo que eu achava que tava perdida eu também conseguia entender exatamente o que ela tava passando, coisas que so uma menina/mulher entenderia. Mesmo achando ele um pouco complexo gostei bastante do livro e pretendo ler mais dela!!
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legolas_ 18/04/2024

Imagine essa mulher no master chefe ?
hmmmm baratinha ao molho cristo sla

livro maravilhoso, como sempre. A clarice nao decepciona nunca.
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karoline53 16/04/2024

Com certeza eu vou ler esse aqui de novo!! meu favorito dos que já tive a oportunidade de ler de Clarice e acho sensacional, tive que escrever sobre ele. toda vez que vejo alguma discussão relacionada a esse livro e sobre seu entendimento sempre me deparo com algum comentário falando da complexidade do pensamento e da escrito e que nem todo mundo consegue ler. é um fato, porém ao mesmo tempo que essa discussão vem, me lembro da entrevista que Clarice fez pouco antes da sua morte onde deixou claro que sua arte "toca ou não toca". acho que esse livro é sobre isso. sobre subjetividade. na entrevista ela conta que um professor de letras a disse que leu esse livro 4 vezes e não conseguiu entender, já uma jovem de 17 anos disse para a própria Clarice que a paixão segundo GH era seu livro de cabeceira.
tenho um caderno que anotei todas as frases e passagens desse livro que me invadem e posso dizer que me tocou, e continuará tocando porque não será a última vez que terei contato com essa obra excepcional que nos leva a questionamentos existenciais e sobre o "ser". me toquei inteiramente com esse livro e pretendo continuar deixar as obras dessa artista continuarem me tocando. amo-te, Clarice! ?
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Rodolfo Vilar 14/04/2024

Se fossemos resumir a obra ?A paixão segundo G.H.? em poucas linhas, seria assim: Numa certa manhã, entediada por ter demitido sua empregada e estar pensando demais sobre a vida, G.H. resolve arrumar a sua casa, começando pelo próprio quarto da empregada, quando ao adentrar se surpreende com desenhos de giz na parede e o pior, uma barata a lhe encarar dentro do armário. Ponto.

A narrativa de Clarice Lispector poderia ser bem superficial caso apenas se resumisse ao tempo na sua forma concreta. Porém o que acontece ao leitor é um mergulho na cabeça da personagem, proporcionando uma experiencia transcendental de sentidos, sensações e questionamentos. Por ter uma narrativa constituída de fluxo de pensamento, Clarice estica esse tempo ao máximo, explorando os medos, as dúvidas e suas reflexões num sentido do que seja a vida, seu núcleo e cerne para a compreensão do que seja o todo, o divino, a coisa. Por isso que cada leitura de Clarice é uma experiência única de indivíduo para indivíduo, sendo uma identidade.

A narradora convida o leitor a adentrar o seu mundo, a segurar a sua mão, num alerta de que a leitura pode ser algo traumatizante ou transcendental. Não à toa que em seu prefácio Clarice diz que ?ficaria contente se seu livro fosse lido apenas por pessoas de alma já formada?, num aviso incômodo como num alerta para aqueles que procuram uma narrativa fechada e precisa, quando na verdade encontrarão mais dúvidas que fatos.

É nesses momentos de epifania, sua marca registrada, que Clarice encontra a sua voz interior, marcada pelo peso da vida, pela transcendência da palavra e pelo cutucar da ferida. Não se tem mais sobre o que falar da narrativa, apenas lhes convidar para tomarem da experiência.
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cherry.pie 14/04/2024

Voltar a ler Clarice depois de tantos anos foi definitivamente uma experiência. me encontro apaixonada e ainda chocada com esse livro.
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Naiara Heres 14/04/2024

Valorizar os momentos de tédio
Se eu escrever que entendi tudo o que a Clarice quis desbravar nesse livro, vou estar mentindo. Sinto que vou entendê - lo por completo daqui algum tempo, alguns anos, ou talvez não vou entender, e tudo bem. Por enquanto, me contento com o que eu entendi - e um dos ensinamentos foi: valorizar os momentos de tédio, eles são preciosos e capazes de mudar a sua vida - e fico feliz por isso. Clarice é simplesmente fenomenal!
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iris 14/04/2024

No começo não estava entendendo nada, e no fim parecia que eu estava no começo.

Peço para desconsiderar a 0 estrela que dei, isso não significa que não gostei, mas sim que não tenho uma nota para atribuir ao livro.

Esse é o 5º livro que li da Clarice, depois de passar por títulos de sua bibliografia como felicidade clandestina, perto do coração selvagem, a hora das estrelas e o livro dos prazeres, eu inocentemente achava que estava finalmente habituada com estilo de escrita da Clarice, mas após ler uma paixão segundo GH, entendi que estava profundamente enganada.

No começo, a história é ?lúcida? e consegui entender bem qual seria o enredo, mas depois a narrativa começa a vagar por um caminho que tornou impossível de acompanhar. A leitura passou a ficar muito confusa e entediante, e a partir daí passei a torcer para que o livro terminasse logo porque não aguentava mais.
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Tábata Kotowiski 14/04/2024

G.H. decide limpar o quarto de empregada em seu apartamento, encontra uma barata e dá uma viajada, resultando numa série de reflexões existenciais. G.H. usa cada objeto, cada poeira, como gatilho para essas reflexões. Clarice dificulta a vida de nós, reles leitores (falo por mim, pelo menos) não seguindo uma narrativa linear, fazendo muitos questionamentos, sem oferecer respostas definitivas.

O enredo é fragmentado, obscuro. Me senti perdida em meio as divagações filosóficas e as metáforas abstratas. A narrativa é excessivamente introspectiva, com monólogos que se perdem na sua própria profundidade. Parece que o leitor é alienado e não envolvido na leitura. Do tipo, tô tendo uma crise existencial por aqui e filosofando sobre o assunto, se quiseres entender, se vira nos 30 porque não vou desenhar!

E tudo por conta de uma barata! Quem se questiona tanto ao ver uma barata? Fiquei indignadíssima com isso. rsrsrs

Moral da história: Barata também é filosofia (já diria Kafka).

Moral da minha história: Não tenho a alma formada.
Ondas Superficiais 15/04/2024minha estante
Gente, que viagem é essa kjkjkjkjk




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