Resenhas - A Paixão Segundo G.H.

ary.s 10/05/2023

Clarice, simplesmente brilhante!
A paixão segundo G.H. trás uma literatura brasiliense espetacular. Toda a leitura me pegou reflexiva, perplexa e conectada á narrativa, narrativa essa um tanto filosófica, que, nos faz viajar sobre várias temáticas internas de nós para com o mundo e do mundo para conosco. Foi uma leitura na qual tive que digerir cuidadosamente e devagar, pois é muito rica em reflexões. Com isso, creio que seria um ótimo livro de cabeceira.
Não tenho muito mais o que comentar, é um livro surpreendente, super recomendo se gostar de uma leitura com as características que citei acima.

Guilherme 10/05/2023

A paixão segundo gh
O livro é ótimo, curtinho, dá pra se conectar bastante com a história e entender o que a clarice quer transmitir, ou pelo menos tentar entender. Me fez adorar a literatura dela e o jeito de desenvolver histórias profundas mas não baseadas apenas em fatos mas também no espaço psicológico da personagem.

finnlandia 09/05/2023

Primeiro livro da Clarice que eu leio inteiro. Foi difícil, ainda não me acostumei com a narração em fluxo de consciência, mas é inegável a grandiosidade desse livro. G.H., também quero aprender o que é a paixão.

"O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça ? que se chama paixão."

Honeymoon 08/05/2023

Não devo ter medo de ver a humanização por dentro.
Esse é o primeiro livro da Clarice que eu leio, provavelmente eu nunca li um livro tão incomum e profundo. As 150 páginas são um labirinto de palavras, uma teia que a Clarice vai tecendo, com uma profundidade absurda e intensa. Não tenho palavras suficientes para descrever minha experiência com esse livro, mas foi surpreendente e inesquecível.

Também, no meio de tantos pensamentos de GH, não consigo decidir apenas uma frase que me marcou... pois, a cada passada de olho na página eu fazia uma marcação.

"A desistência é uma revelação. Desisto, e terei sido a pessoa humana."

"O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente."

Lorenlac 07/05/2023

Um livro, complexo, denso, cheio de analogias e reflexões. G. H. filosofa sobre a existência em si e faz questionamentos pertinentes que te fazem pensar na vida e no que você espera dela.

Um livro para ser sentido e não entendido.

Jess.Carmo 07/05/2023

Reconhecer o inumano através da barata
Acho que todo bom literato tem uma concepção filosófica que influencia a sua obra. A autora está às voltas da questão do ser. G.H é uma mulher de classe média alta que está sozinha. Foi abandonada pelo seu grande amor, abortou o que poderia ter vindo a ser seu filho e, por último, demitiu sua empregada doméstica, a única que ainda lhe fazia companhia. É a partir desse último rompimento que a história se desenrola.

Ela está sozinha em sua casa e decide desbravar o cômodo da casa onde a empregada dormia. Ela imaginava que o cômodo estaria imundo, o que nos faz perceber todos os estigmas que uma mulher de classe média alta tem daqueles que as servem. Quando entra no quarto tem a surpresa de encontrar tudo arrumado, mas não da forma que ela gostaria. Decide organizar as coisas da sua maneira, quando se depara com uma barata. Deste ponto, o texto passa a ser uma grande batalha da personagem com essa curiosa barata. É no encontro com esse bichinho nojento e particularmente aterrorizante para G.H. que ela vai se questionar sobre sua vida e sobre a humanidade.

Eu particularmente achei a forma da obra exaustante. Não há muitas conexões entre as narrativas, o que torna a leitura cansativa e confusa. Acredito que essa característica foi o que deu valor à obra da autora, mas eu particularmente não gosto. Me soa até um pouco juvenil.

Enfim, ela faz uma aposta na figura do inumano, naquilo que não queremos ver ou que foi postulado como o proibido. A barata representa justamente isso. A barata é o imundo que preferimos não lidar. G.H., em busca da sua inumanidade, decide enfrentara barata. A barata que faz parte de Deus, assim como G.H.. A barata que mostra que o mundo não é humano, assim como também não somos.

Também há uma breve reflexão acerca da verdade. Apesar da verdade ser o que é, sempre imutável, G.H. jamais poderá compreendê-la. Ela jamais poderá compreender a verdade porque a verdade não diz respeito a ela como indivíduo e particularidade. "Se a 'verdade' fosse aquilo que posso entender, terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu tamanho". Apenas o homem do futuro, que já não é mais tão humano como somos, poderia de fato compreender a verdade. Também não podemos compreender a verdade porque, segundo a reflexão da personagem, meu acesso a verdade só existe pelo esforço humano que é a linguagem. A linguagem sempre fracassa nessa empreitada. O que nos sobra desse processo é o que não podemos dizer sobre a verdade. "Só quando falha a construção, é que obtenho o que ela não conseguiu".



site: https://www.instagram.com/carmojess/

Larissa 05/05/2023

Barata é um ser vivo
Realmente as pessoas não mentiram quando disse que essa leitura era a mais difícil da Clarice. Senti muita dificuldade em terminar esse livro, não estava compreendo as divagações da G.H me sentia perdida igual a ela.

Só no final do livro que comecei a engatar e sentir as analogias/metáfora. Como pode uma pequena barata provocar uma epifania sobre o sentido da vida e do amor.

"O que estou sentindo agora é uma alegria. Através da barata estou viva estou entendendo que também eu sou o que é vivo"

Gabriela 04/05/2023

Apenas ser ? isso me daria uma falta enorme do que fazer.
Interessante, mas bem difícil de prender minha atenção. Nas últimas 30 páginas comecei a gostar e entender mais lkkkkk, antes disso tava bem perdida e confesso que irritada com o fato da mulher NÃO ENTRAR NO QUARTO NUNCA ??????? A cada capítulo ficava esperando que ela fosse entrar mas nada??.culpa minha pelas expectativas que criei lendo a sinopse, mas né?sinto que fui enganada?.mas tudo bem.

O que será que a Clarice tomava hein

Layane38 01/05/2023

Profunda viagem?
Pegue um vinho, ouça uma boa música e aprecie essa obra de arte. Esse seria o conselho que eu teria me dado. Paixão segundo GH, promete te levar ao mais profundo da sua vida, cada leitor terá uma interpretação e tudo dependerá do estado emocional. A cada título, página o sentido muda por completo, mas no fim tudo fará sentido. (Pelo menos parece fazer). Ler Clarice é se redescobrir como pessoa.

Eduarda1118 01/05/2023

Resenha a paixão segundo G.H
O que dizer sobre esse livro meu primeiro lido da Clarice Lispector nunca fui fã de literatura clássica mas esse livro me encantou de um jeito inexplicável um livro pequeno mas extremamente reflexível posso dizer que refleti minha vida toda lendo ele algumas pessoas dizem que choram ao ler mas eu não derramei uma gota de lágrima todos deveriam ter a chance de conhecer o livro e a Clarice Lispector pois é encantador. G.H uma mulher rica, fina mas que só foi entender o conceito da vida dentro do quarto da sua empregada onde encontrou a barata e foi lá que conseguiu compreender um pouco mais da vida, quem diria que apenas uma barata poderia mudar tanto na vida de uma pessoa ?!?Quem tiver a ?oportunidade de ler esse livro leia, definidamente meu favorito da Clarice

Bea 30/04/2023

Denso
Eu não conseguiria fazer uma resenha de respeito nem se eu quisesse. Para mim, a leitura foi extremamente densa, pois a personagem fez uma introspecção tão profunda me carregando junto com ela que chega em um ponto que eu fico muda, igual a personagem. Fico confusa. Fico perdida. Por isso um livro tão pequeno me fez passar dias para terminá-lo, pois não foi uma leitura fácil para mim. Além disso, tinha de aproveitar dias que eu estava mais tranquila, com minha mente mais tranquila e, de certa forma, tranquila comigo mesma para poder embarcar nessa leitura, pois sabemos que ler Clarisse não é buscar entender, é sentir.

Eu sinto que terei de ler e lerei novamente, e mais uma vez, e mais uma vez, e sei que será como se eu estivesse lendo pela primeira vez, mas fazendo uma descoberta nova junto com G.H.

fumarola 29/04/2023

"então pela porta da danação, eu comi a vida e fui comida pela vida. Eu entendia que meu reino é deste mundo. E isto eu entendia pelo lado do inferno em mim. Pois em mim mesma eu vi como é o inferno"

Alessa_08 27/04/2023

"Toda paixão é uma cerimônia de adeus"
Sensacional! Meu primeiro e maravilhoso contato com Clarice. Demorei bastante para ler, mas valeu muito a pena! Eu amei. A escrita é impecável, a leitura é única e sensorial!
Pretendo fazer uma resenha adequada para o livro, mas no momento é isso!

iaiazinha 26/04/2023

É uma narrativa muito introspectiva e densa, onde acompanhamos GH em um momento de extrema reflexão e de crises existenciais. Ela se perde em seus próprios devaneios sobre questões muito profundas, como a vida, deus, a identidade, etc, e suas reflexões levam o leitor a também entrar nessas reflexões, muitas vezes até perturbadoras. É impressionante a capacidade de Clarice Lispector de escrever um romance sobre um único momento, e este ter tamanha profundidade.

dluvhes 24/04/2023

Eu quando mato uma barata e tenho uma epifania
Eu amo como a clarice entra em uma filosofia hipnótica e que é impossível vc não viajar tbm

não é pra entender, é pra sentir