A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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Edilene Freitas 20/12/2020

Esse, de fato, é mais que um livro. É uma experiência sensorial e das mais difíceis que já tive até o momento com um livro. Clarice nos coloca dentro do processo de transformação interior de GH e vamos com ela do inferno ao céu, se é que isso foi uma chegada ao céu mesmo . Não foi uma leitura que me conquistou, mas foi uma experiência única.
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Dani.Odete 18/11/2023

Simplesmente Clarice!
Estou no segundo livro da autora e ainda tento entender a genialidade de alguém que tentou por toda sua vida se compreender,e nesse caso quem sou? Nesse livro o leitor tem que, obrigatoriamente entrar ou tentar entrar nos pensamentos dessa mulher incrível e muito a frente de seu tempo. Vendo que o livro tem muitas interpretações,me reservo na ignorância de dizer que ela só tentava encontrar seu lugar no mundo. E não é isso que todos nós tentamos?
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Pedro 09/07/2021

"Inumano"
Vou tentar fazer essa resenha,mas não é uma tarefa fácil.
Talvez,esse seja o livro mais complexo e profundo que eu já li.Clarice nos traz muitas reflexões e deixa aberta várias formas de interpretar esse livro.Creio eu que não decifrei nem metade do que ela quis dizer,mas o pouco que entendi é de uma magineficência extraordinária.Recomendo a todos darem uma chance a esse livro.

"O inferno pelo qual eu passara - como te dizer? - fora o inferno que vem do amor. Ah, as pessoas põem a idéia de pecado em sexo. Mas como é inocente e
infantil esse pecado. O inferno mesmo é o do amor. Amor é a experiência de um perigo de pecado maior - é a experiência da lama e da degradação e da alegria
pior. Sexo é o susto de uma criança. Mas como falarei para mim mesma do amor
que eu agora sabia?"
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Brenda Roberta 11/06/2022

somos todos o mesmo fenômeno
somos todos o mesmo fenômeno.
este é o sentimento que levo depois de sair desta releitura tendo consciência do aviso em que a própria Clarice dá no início do livro, dizendo que este, nada tira de ninguém e que é necessário certa vivência para lê-lo.


Clarice, trás aqui um fluxo de consciência e, consequentemente pensamentos, que, na verdade, são conjuntos não ordenados, que se ordenam, em um cosmos imaginário que simplesmente (ou achamos que simplesmente) é.

não esperem deste livro nada além do que ele se propõe a dar (reflexões acerca do (co)existir)), e respeitem o tempo do qual ele pede de você, para que você, possa compreendê-lo.

tenho minhas interpretações pessoais a respeito desta história, e no fim, é o que vale, não? as interpretações e como estas conversam com nós mesmos.

não é uma história literal, então a trate como tal.
sendo isto. nem mais, nem menos.
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Heitor 13/01/2021

O melhor livro que já li da escritora.
A demissão da empregada doméstica faz com que G.H visite seu quarto e lá encontre uma mobilia que difere do restante da casa, por ser mais simples, bem como espera encontrar um ambiente sujo (leia isso com toda a crítica social possível). A aparição de uma barata faz G.H. refletir sobre as mais diversas perspectivas de sua vida e da natureza humana e divina. O que é o amor? Qual o bônus da paixão? Por que tornamos Deus tão invisível? O medo nos paralisa, mas também nos faz refletir, então por que optar sempre pela paralisia? A Reflexão sobre a criação do mundo, dos animais, das impurezas, do pecado original nutrem os devaneios de G.H. A natureza humana, bem como a sua desvirtuosidade, a sua inumanização são amplamente discutidas e questionadas por G.H. Mãe, animais, amor, paixão, tudo isso não fora criado por Deus? Então por que tanto ousamos desvirtuar tais elementos? Um livro que não fala diretamente sobre romance, ou sobre paixão, mas que consegue falar mais sobre tais temáticas do que um romance ordinário. As críticas sociais que não são inicialmente enxergadas, mas que passam a ser, faz G.H ser uma personagem que se mostra apta a mudar sua mentalidade e sua sensibilidade. Um livro sobre a vida, sobre sociedade, Deus, animais, história, amor, paixão, enfim, um livro sobre o que habita uma pessoa que teme se conhecer por não se conhecer, se não pela visão dos outros. Recomendo ouvir o episódio do Podcast da Clarice, disponível no Spotify, para um diálogo complementar à obra.
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Muriel 30/07/2020

O livro é muito subjetivo, por vezes eu estava entendendo tudo e me identificando 100% e outras vezes me perguntando do que aquilo se tratava. A própria Clarice em uma entrevista que ela deu, fala que esse livro e as obras dela em geral, ou tocam ou não tocam, que entendê-la não é questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Então, vale a pena a experiência pra quem gosta das obras dela ou pra quem se interessa por esse tipo de leitura subjetiva/reflexiva.
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natalya 22/07/2020

A paixão segundo G.H.
As vezes precisava ler a mesma frase duas vezes pra entender o que realmente Clarice queria dizer. Muito profunda a descrição de tudo. Uma pessoa tentando se entender e sair da vida robotizada. É um livro maravilhoso e me fez ficar pensativa após a leitura!
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Frankcimarks 22/08/2020

Imanência ou mergulho ao subterrâneo do ser
Não lamento o fato de ter lido Clarice tardiamente. Certeza que ela é um tipo de escritora que requer de nós uma certa ou pretensa maturidade ( não que eu seja a pessoa mais madura do mundo, longe disso). O fato é que se eu tivesse lido um de seus livros na adolescência, talvez ( ênfase em talvez) eu jamais tornasse a ler qualquer coisa sua.

Clarice é confusão, desorganização, desconstrução, desaprendizagem. Clarice é, sobretudo, antes de tudo, estranhamento. Meu Deus! Como é estranho ler essa mulher, mas como é belo estar em contato com suas palavras! O jeito que ela descreve algo, ou pelo menos tenta; a forma de agigantar o minúsculo, como se colocasse uma lente telescópica em nossos olhos para enxergarmos os micro-organismos sob nossa pele.

Esse livro em específico te joga do alto de uma cobertura para dentro do esgoto, minha impressão foi essa, não me julgue. A paixão de G.H é uma queda livre sem paraquedas. Você sente a angustia de estar desabando e não tem onde se agarrar. Você não sabe o que está lendo, pra começo de conversa. Você apenas presume que sabe o que está lendo, mas a grande verdade é que terminará o livro e continuará sem saber o que leu. A escrita de Clarice permanecerá com o leitor por alguns dias, atordoando-o.

o que eu achei que li:

Uma mulher rica, entediada, decide arrumar a casa e vai no quartinho da empregada, demitida, para organizar o que ela pensou estar uma bagunça, afinal era o quarto da empregada. Surpresa com o que viu, o oposto do que suspeitou, vê, surgindo dos fundos de um armário, uma barata. Aqui começa a viagem de G.H, ou melhor, sua via Crucis.

Esse quartinho de empregada insignificante é o santíssimo lugar, onde a arca da aliança repousa, sob a glória do Deus. G.H, num impulso incontrolável, ataca a barata. Como nós o fazemos com aquilo que consideramos menor e indigno, simplesmente atacamos. A barata, ser misterioso, sujo, esquisito, antigo, resistente, permanece meio viva. ( não será esse o estado de todos nós nesse mundo, meio vivos?) G.H fica intrigada com a massa branca, as vísceras da barata, e depois de refletir no universo, na vida, em si mesma e em Deus, na humanidade, nas coisas, decide comungar com aquela coisa vil e come a massa branca da barata, como se comesse uma hóstia sagrada.

PUTA QUE PARIU! Genial!

Quantas interpretações possíveis Clarice nos deixou? Não é isso que faz uma obra ser grande? Em muitos momentos me lembrei de Kafka e sua metamorfose. G.H não é Gregor Samsa, não se transmuta num inseto, mas sofre uma metamorfose ao se deparar com um.

Se nós observássemos mais as pequenas coisas ao redor, o que nos tornaríamos? Talvez encontrássemos Deus nas formigas, nas bactérias, nas baratas. Por que desprezamos tanto o que é menor, diferente? Por que não enxergamos Deus no outro? Deus está na alteridade e só quando reconhecemos isso, temos comunhão com seu íntimo.

Posso estar completamente equivocado quanto ao sentido do texto, mas o que importa? O importante foi a experiência maravilhosa que Clarice me proporcionou. Estou viciado nela.
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DanielMenon 01/04/2021

Leitura muuuuuuito difícil! Foi minha primeira experiência com a Clarice. Realmente pensei que seria uma leitura mais fácil e leve.
Sobre o livro, achei a história bem peculiar. Quando comprei o livro, esperava algo totalmente diferente. Mas, ainda assim, valeu a pena!
É isto, sem mais.
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Sandro.Gomes 21/03/2022

Permita-se
Este livro é uma permissão. Nada convencional, trata-se de um grito! Um tratado filosófico, que sugiro ler em voz alta, para poder escutar a própria voz, enquanto você fala o inédito, o impensado necessário é registrado em sua mente.
Cresci com a leitura, e conforme avancei, entendi, que ele foi escrito para uma experiência única. Ele será diferente para cada leitor, e diferente a cada releitura.
ÚNICO!
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Cinara... 15/02/2020

"Entendi então que, de qualquer modo, viver é uma grande bondade para com os outros. Basta viver, e por si mesmo isso resulta na grande bondade. Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela. Viver é dádiva tão grande que milhares de pessoas se beneficiam com cada vida vivida.

Perfeito! Mas se você tem fobia de baratas fique longe hahah
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Mands 18/12/2021

Clarice, me dá a tua mão...
Gente, que viagem foi essa? Clarice, me dá a tua mão e vem me explicar o que rolou!

Demorei um pouco pra ler, mas sempre que pegava o livro, eu simplesmente mergulhava na história! Mas desde ontem que não consigo largar, não podia não terminar esse livro hoje!

Assim, não vou te falar sobre qual é a história. Se até G.H escreveu "A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro.", quem sou eu pra vir aqui e falar: o livro é sobre isso, isso e isso! Não é! Nada é! Apenas é! E eu adorei!

Eu tô tentando entender até agora.

Eu amei! E, com certeza, vou fazer uma releitura mais pra frente, quando tiver mais maturidade, mais bagagem...

Obrigada, Clarice, por essa viagem!
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João 29/02/2020

Sempre quis ler algo da autora, porem não gostei muito realmente como é avisado no começo da leitura. Lerei quando estiver mais maduro
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Camis 01/03/2022

Viagem
A começar dizendo que tive contato com Clarice desde a escola e ela me encantou aos poucos, me mostrou. Mas nunca havia lido uma obra completa dela e meu Deus. Faz jus ao seguinte: não busque entender, o que é pra ser entendido vai ser, porque é mais sobre sentir do que racionalizar. Dói buscar um significado para a narrativa de sonho acordado que ela propõe, mas nada de estranho já que ela respira epifanias. Demorei consideravelmente para lê-lo porque confesso que me perdi com ela e já não entendia os objetivos, mas ela não propõe que você entenda o que na hora que escreveu ela pensava, mas que experiencie essa VIAGEM, em todos os sentidos da palavra. Nem preparei mala. Dormi algumas vezes, fiquei necessitada, confusa, desordenada, entupida e complexada. Viver é além. Vida se me é.
manuella.rosasilva 20/03/2022minha estante
AMEI tua resenha. Expressa bem




Rod. 19/04/2021

G.h é maravilhosa.
A narrativa desse livro é fantástica. Clarice, como sempre nos fazendo refletir sobre os mais diversos temas da humanidade. Questionando a nossa forma de vida e como os sentimentos humanos nos impactam de diferentes formas de acordo com a nossa idade.
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