A paixão segundo G.H.

A paixão segundo G.H. Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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DanielMenon 01/04/2021

Leitura muuuuuuito difícil! Foi minha primeira experiência com a Clarice. Realmente pensei que seria uma leitura mais fácil e leve.
Sobre o livro, achei a história bem peculiar. Quando comprei o livro, esperava algo totalmente diferente. Mas, ainda assim, valeu a pena!
É isto, sem mais.
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Sandro.Gomes 21/03/2022

Permita-se
Este livro é uma permissão. Nada convencional, trata-se de um grito! Um tratado filosófico, que sugiro ler em voz alta, para poder escutar a própria voz, enquanto você fala o inédito, o impensado necessário é registrado em sua mente.
Cresci com a leitura, e conforme avancei, entendi, que ele foi escrito para uma experiência única. Ele será diferente para cada leitor, e diferente a cada releitura.
ÚNICO!
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Mauro Mendes 20/03/2021

"Uma viagem pela mente da G.H."
Uma mulher de classe média alta, tem um momento de epifania ao encontrar uma barata antes mesmo de iniciar a faxina que havia programado para aquele dia no quarto da empregada que se havia demitido no dia anterior, G.H. teve uma momento de introspecção fazendo-a acessar lugares em seu subconsciente, com assuntos, questionamentos e fases da sua vida que ela sempre negou. Nós leitores faremos uma imersão na cabeça de G.H. durante os 33 capítulos que compõem esta obra de arte, a linha de raciocínio é pouco linear o que nos faz ter um pouco de trabalho para seguir sua lógica e fluxo de ideia porém ao terminar a leitura e meditar sobre o texto é fácil assimilar e compreender algumas coisas.
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Heitor 13/01/2021

O melhor livro que já li da escritora.
A demissão da empregada doméstica faz com que G.H visite seu quarto e lá encontre uma mobilia que difere do restante da casa, por ser mais simples, bem como espera encontrar um ambiente sujo (leia isso com toda a crítica social possível). A aparição de uma barata faz G.H. refletir sobre as mais diversas perspectivas de sua vida e da natureza humana e divina. O que é o amor? Qual o bônus da paixão? Por que tornamos Deus tão invisível? O medo nos paralisa, mas também nos faz refletir, então por que optar sempre pela paralisia? A Reflexão sobre a criação do mundo, dos animais, das impurezas, do pecado original nutrem os devaneios de G.H. A natureza humana, bem como a sua desvirtuosidade, a sua inumanização são amplamente discutidas e questionadas por G.H. Mãe, animais, amor, paixão, tudo isso não fora criado por Deus? Então por que tanto ousamos desvirtuar tais elementos? Um livro que não fala diretamente sobre romance, ou sobre paixão, mas que consegue falar mais sobre tais temáticas do que um romance ordinário. As críticas sociais que não são inicialmente enxergadas, mas que passam a ser, faz G.H ser uma personagem que se mostra apta a mudar sua mentalidade e sua sensibilidade. Um livro sobre a vida, sobre sociedade, Deus, animais, história, amor, paixão, enfim, um livro sobre o que habita uma pessoa que teme se conhecer por não se conhecer, se não pela visão dos outros. Recomendo ouvir o episódio do Podcast da Clarice, disponível no Spotify, para um diálogo complementar à obra.
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Mands 18/12/2021

Clarice, me dá a tua mão...
Gente, que viagem foi essa? Clarice, me dá a tua mão e vem me explicar o que rolou!

Demorei um pouco pra ler, mas sempre que pegava o livro, eu simplesmente mergulhava na história! Mas desde ontem que não consigo largar, não podia não terminar esse livro hoje!

Assim, não vou te falar sobre qual é a história. Se até G.H escreveu "A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro.", quem sou eu pra vir aqui e falar: o livro é sobre isso, isso e isso! Não é! Nada é! Apenas é! E eu adorei!

Eu tô tentando entender até agora.

Eu amei! E, com certeza, vou fazer uma releitura mais pra frente, quando tiver mais maturidade, mais bagagem...

Obrigada, Clarice, por essa viagem!
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Dilaine 07/09/2020

Esperei o momento certo
Eu queria ler esse livro desde os 15 anos, mas agora vi que escolhi o momento certo para lê-lo, esse livro foi uma conversa comigo mesma, ao mesmo tempo que a personagem conversava com ela mesma.
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Camis 01/03/2022

Viagem
A começar dizendo que tive contato com Clarice desde a escola e ela me encantou aos poucos, me mostrou. Mas nunca havia lido uma obra completa dela e meu Deus. Faz jus ao seguinte: não busque entender, o que é pra ser entendido vai ser, porque é mais sobre sentir do que racionalizar. Dói buscar um significado para a narrativa de sonho acordado que ela propõe, mas nada de estranho já que ela respira epifanias. Demorei consideravelmente para lê-lo porque confesso que me perdi com ela e já não entendia os objetivos, mas ela não propõe que você entenda o que na hora que escreveu ela pensava, mas que experiencie essa VIAGEM, em todos os sentidos da palavra. Nem preparei mala. Dormi algumas vezes, fiquei necessitada, confusa, desordenada, entupida e complexada. Viver é além. Vida se me é.
manuella.rosasilva 20/03/2022minha estante
AMEI tua resenha. Expressa bem




Frankcimarks 22/08/2020

Imanência ou mergulho ao subterrâneo do ser
Não lamento o fato de ter lido Clarice tardiamente. Certeza que ela é um tipo de escritora que requer de nós uma certa ou pretensa maturidade ( não que eu seja a pessoa mais madura do mundo, longe disso). O fato é que se eu tivesse lido um de seus livros na adolescência, talvez ( ênfase em talvez) eu jamais tornasse a ler qualquer coisa sua.

Clarice é confusão, desorganização, desconstrução, desaprendizagem. Clarice é, sobretudo, antes de tudo, estranhamento. Meu Deus! Como é estranho ler essa mulher, mas como é belo estar em contato com suas palavras! O jeito que ela descreve algo, ou pelo menos tenta; a forma de agigantar o minúsculo, como se colocasse uma lente telescópica em nossos olhos para enxergarmos os micro-organismos sob nossa pele.

Esse livro em específico te joga do alto de uma cobertura para dentro do esgoto, minha impressão foi essa, não me julgue. A paixão de G.H é uma queda livre sem paraquedas. Você sente a angustia de estar desabando e não tem onde se agarrar. Você não sabe o que está lendo, pra começo de conversa. Você apenas presume que sabe o que está lendo, mas a grande verdade é que terminará o livro e continuará sem saber o que leu. A escrita de Clarice permanecerá com o leitor por alguns dias, atordoando-o.

o que eu achei que li:

Uma mulher rica, entediada, decide arrumar a casa e vai no quartinho da empregada, demitida, para organizar o que ela pensou estar uma bagunça, afinal era o quarto da empregada. Surpresa com o que viu, o oposto do que suspeitou, vê, surgindo dos fundos de um armário, uma barata. Aqui começa a viagem de G.H, ou melhor, sua via Crucis.

Esse quartinho de empregada insignificante é o santíssimo lugar, onde a arca da aliança repousa, sob a glória do Deus. G.H, num impulso incontrolável, ataca a barata. Como nós o fazemos com aquilo que consideramos menor e indigno, simplesmente atacamos. A barata, ser misterioso, sujo, esquisito, antigo, resistente, permanece meio viva. ( não será esse o estado de todos nós nesse mundo, meio vivos?) G.H fica intrigada com a massa branca, as vísceras da barata, e depois de refletir no universo, na vida, em si mesma e em Deus, na humanidade, nas coisas, decide comungar com aquela coisa vil e come a massa branca da barata, como se comesse uma hóstia sagrada.

PUTA QUE PARIU! Genial!

Quantas interpretações possíveis Clarice nos deixou? Não é isso que faz uma obra ser grande? Em muitos momentos me lembrei de Kafka e sua metamorfose. G.H não é Gregor Samsa, não se transmuta num inseto, mas sofre uma metamorfose ao se deparar com um.

Se nós observássemos mais as pequenas coisas ao redor, o que nos tornaríamos? Talvez encontrássemos Deus nas formigas, nas bactérias, nas baratas. Por que desprezamos tanto o que é menor, diferente? Por que não enxergamos Deus no outro? Deus está na alteridade e só quando reconhecemos isso, temos comunhão com seu íntimo.

Posso estar completamente equivocado quanto ao sentido do texto, mas o que importa? O importante foi a experiência maravilhosa que Clarice me proporcionou. Estou viciado nela.
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Alan360 07/09/2020

Tentei mas infelizmente não deu liga
Este foi o terceiro livro que li da Clarice. Gostei de A hora da estrela, não gostei de Felicidade Clandestina nem de Paixão segundo GH. Tentei mas infelizmente não deu liga com a autora.
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Elion.Gabriel 07/10/2020

Uma profunda reflexão sobre o ?ser?.
?... ? a vida em mim e? ta?o insistente que se me partirem, como a uma lagartixa, os pedac?os continuara?o estremecendo e se mexendo. Sou o sile?ncio gravado numa parede, e a borboleta mais antiga esvoac?a e me defronta: a mesma de sempre. De nascer ate? morrer e? o que me chamo de humano, e nunca propriamente morrerei.?
Como que se fala de um livro desses, minha gente?
Sa?o tantas maneiras de fazer uma ana?lise que fica difi?cil manter apenas um foco. Poderia falar desse livro a partir de sua personagem principal G.H., uma mulher de classe me?dia-alta que vive em uma semiluxuosa cobertura; poderia aborda?-lo a partir da barata, o ser que desencadeou em G.H. as epifanias em fase embriona?ria que nela habitavam; poderia analisa?-lo a partir do ?ao na?o ser, e? que sou?;...
Mas quero falar dele como sendo uma alusa?o ao conhecimento do mundo, ao conhecer do que e? bom. Sim, somente do que e? bom, porque e? a partir do bom que se tem a maior ideia do que e? ser mal. Assim como o ?ser? mal e? o mais pro?ximo que chegamos de sermos bons, pois pelo menos seremos o oposto daquilo que buscamos ou acreditamos ser. A barata. Ah, a barata! O ser que causa repugna?ncia a quase todos, mas que para G.H., a partir do ?olhar? minucioso para o bicho, tornou-se o seu fruto do conhecimento do bem e do mal.
Como diria Clarice, esse livro nada tira de ningue?m. O que nos resta e? aprendermos com ele.
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Alefe 23/06/2023

A Confusão do ser
Uma escrita lindíssima, primeira vez que leio uma escritora, e descobri uma paixão e envolvimento em cativar o leitor com maestria. Uma obra de arte é este livro, me senti como a própria personagem, perdido entre a vida e o viver. Acredito que este livro seja uma representação em principal da adolescência, e em geral ao momento da vida onde estamos nos perdendo e encontrando.
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luizaslike 15/08/2021

quando o encontro com o arcaico muda algo dentro da gente
Começo dizendo que o entendimento dessa obra não está acessível a todos, é complexa apesar do enredo simples. A própria clarice frisou que é mais questão de sentir do que de fato entender. Nem mesmo ela entende algumas coisas. Aqui, sendo bem sintética: após dispensar a empregada e ir limpar o quarto G.H se depara com um novo mundo dentro de seu mundo. E ao observar a existência de uma barata - que a relembra da finitude humana e da imutável e antecedente natureza do inseto nojento, G.H se despe de suas antigas convicções e chega a um
novo de si mesmo. Altamente filosófica a pp incede em discussões sobre humanidade, repulsa, paixão, deus, sabores. (por ter birra de barata eu senti calafrios e muito nojo grande parte da leitura kkkk então, cuidado). É perceptível a ponta de influência de kafka "a metamorfose" na história. Felizmente o impacto da obra não cabe em uma resenha. Livros que é necessário ler para tentar chegar a uma possibilidade de o dimensionar.
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Antônio 15/09/2021

Escrever sobre esse livro é impossível. Vocês teriam que ler. É uma experiência, um estudo profundo sobre o que está por trás de tudo - humanidade, história, uma barata, amarras sociais... Clarice faz isso de uma forma bastante singular. Se em romances comuns nós acompanhamos a construção de personagens, em "A Paixão Segundo G.H." o movimento é justamente o contrário: nós acompanhamos a desconstrução da personagem principal.

Se no início somos apresentados a uma mulher que fundou a sua vida em preconceitos, racismo, elitismo, ego e sucesso, temos a oportunidade de acompanhá-la numa jornada de autoconhecimento e de desconstrução de si mesma para chegar ao fim. Ao fim do amor, da paixão, da vida humana e ao fim do fim.

É uma personagem desastrosa, assim como potencialmente todos nós somos. Nesse movimento, descobrimos coisas sobre nós mesmos (Clarice sempre faz isso) e passamos a questionar quais as estruturas que nos solidificam no meio do caminho. É preciso dar muitos passos para trás e ir para o início do início do caminho; o início da paixão; o início de tudo para entender tudo. Não se contentando em estar apenas no meio, mas fazendo o grande percurso da humanidade é que podemos encontrar a essência do que chamamos "vida".

"Sou cada pedaço infernal de mim - a vida em mim é tão insistente que se me partirem, como a uma lagartixa, os pedaços continuarão estremecendo e se mexendo. (...) De nascer até morrer é o que eu me chamo de humana, e nunca propriamente morrerei".
Mano Beto 21/03/2024minha estante
Nunca tinha lido nada dela até então. Pedi sugestão para um amigo por qual livro começar a ler Clarice, daí ele indicou este. "Após este livro ou você irá amar, ou odiar Clarice. É por este motivo que eu sempre indico este livro para quem quer conhecer Clarice".

Realmente ele tinha razão, eu amei. Concordo com sua resenha. Difícil explicar, o ideal seria ler para sentir.




Cinara... 15/02/2020

"Entendi então que, de qualquer modo, viver é uma grande bondade para com os outros. Basta viver, e por si mesmo isso resulta na grande bondade. Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela. Viver é dádiva tão grande que milhares de pessoas se beneficiam com cada vida vivida.

Perfeito! Mas se você tem fobia de baratas fique longe hahah
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