A Escrava

A Escrava Maria Firmina dos Reis




Resenhas - A Escrava


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sammy 08/11/2022

À frente do seu tempo
Em mais um retrato da sua época, Maria Firmina potencializa o seu discurso a partir da sua perspectiva sendo uma mulher negra em um Brasil escravocrata e nesse conto dá voz para aqueles que não tinham espaço no cenário nacional, de tal forma que somos transportados para uma narrativa dolorosa e agonizante, ao mesmo tempo que temos a presença de uma mulher branca com ideais abolicionistas, assim trazendo mais uma vez um elemento revolucionário em um contexto sócio-político em que esses discursos não eram aceitos. Uma experiência de leitura que me fascinou desde o primeiro momento e fica aqui a minha admiração pela autora.
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Lore 01/11/2022

A escrava - Maria Firmina dos Reis
Tudo se inicia em um salão cheio de pessoas bem distintas da alta sociedade, que depois de muito conversarem chegam a um tópico cuja divergência de opiniões é nítida: o elemento servil, o escravo. Nessa discussão, se sobressai a de uma dama de sentimentos abolicionistas, que desmascara a moral cívica e religiosa dos escravocratas, com um discurso impecável acerca da hipocrisia com a qual eles encaram a escravidão. É tanto que ela faz uso do maior símbolo do cristianismo como alegoria, Jesus Cristo:

" Levantai os olhos ao calvário, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:
- Para que se deu em sacrifício, o Homem de Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah!
Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!?"

Depois disso, a narradora descreve um dos muitos exemplos vivenciados por ela, a triste história de Joana e seus filhos; para provar que o escravo é e sempre será uma vítima.

Maria Firmina dos Reis é uma ótima escritora. Sua narrativa, com pouco mais de 20 páginas é tão preciosa que acaba por expressar a voz dos escravocratas, na qual aparece a figura do senhor dos escravos fugidos e seus capachos; a voz dos abolicionistas, em que aparece a dama supracitada; e a voz da escravizada, que é Joana, a escrava; sem prejudicar o entendimento do leitor, ainda gerando comoção pelos personagens do conto.

Uma pena que obras assim tiveram que ser escritas por conta do mal humano em se apropriar da fraqueza das minorias para subjugá-las. A Escravidão é um mal que nunca será esquecida.
Max 01/11/2022minha estante
Ótima resenha!?


Lore 02/11/2022minha estante
Obrigada ??




Isabelly389 17/08/2022

Obra literária para a UEMA 2022

O conto se inicia em um salão onde pessoas da "sociedade" discutem vários temas até que começa o debate sobre o "elemento escravidão". Nesse momento, a personagem "Uma Dama" entra em cena, fala e inicia uma discussão focada, tornando-se a narradora da trágica história da personagem Joana, uma escrava fugitiva. Joanna foi uma escrava libertada aos cinco anos de idade, e dois anos depois de se tornar livre, ela foi reescravizada. Indignada, ela continuou fugindo. Após anos de violência, a personagem enlouqueceu, principalmente depois que seus filhos, seus gêmeos de oito anos Carlos e Urbano, que foram vendidos no tráfico interprovincial e levados para o Rio de Janeiro.

É uma narrativa curta, mas, mesmo assim, não deixa de ser tocante e ao mesmo tempo emocionante. Maria Firmino entregou tudo nessa obra, a levesa e fluides dos fatos narrados são excelentes e, sem contar, a importância da denúncia da escravidão.
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Aline Tavares 16/08/2022

Louca ou oprimida?
"Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será, um grande mal."

Uma história sobre uma mãe que tem seus filhos arrancados de si por um senhor de engenho e desde então "age como louca". Mas será ela insana ou apenas uma mulher escravizada, uma mãe que perdera seus filhos e é obrigada a servir e obedecer o homem que a fez tanto mal?

O único defeito dessa obra é que a narração é confusa e, por vezes, a gente não sabe quem tá falando com quem. Mas a mensagem dessa história é essencial. Apenas leiam!
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Nat 25/07/2022

Leitura rápida e emocionante!
Amei, essa história é emocionante pelo menos foi pra mim. A história da escrava sendo contada por alguém da "alta sociedade ". É incrível ver a hipocrisia dos que diziam que eram contra a escravidão na verdade mas na verdade se sustentavam a partir da escravidão. Um ótimo livro, queria que todos pudessem ler.
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die 22/07/2022

do meu país São Luísss ????????????? fico chocada como essa história consegue ser tudo em apenas 25 páginas!
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Kirley 14/07/2022

Lido para a cadeira de "Literatura Brasileira I" da faculdade.

Confesso que esperava um pouco mais da escrita, mas considerando outros trabalhos, a autora é muito talentosa, e esse conto tem muitas nuances pertinentes para o debate sobre escravidão
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Amandinha_13 09/07/2022

Ótimo conto
É bastante pertinente! A considerar a época que foi escrito (1887), falar sobre escravidão, principalmente uma mulher falar sobre a escravidão, era algo arriscado. Mas como Maria Firmina do Reis não tinha medo de nada, arriscava e inovava sempre que podia, fez um trabalho excelente em publicar este conto numa revista e expor fortemente suas opiniões controversas ao público.
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Bruno.Coelho 24/06/2022

À frente do seu tempo
O livro é um conto absolutista e muito à frente da época, quando foi escrito.
Entendo que algumas palavras usadas na época hoje são tensas. Mas é bom saber que existiam pessoas que sempre usaram do seu privilégio para militar (no bom sentido) a favor dos que não tinham voz.
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OS-LIVROS-NA-VIDA 19/06/2022

Eu amei esse livro, esse livro me trouxe um sentimento muito grande, vai ser uma história marcante pra mim.
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Maria 16/06/2022

A ESCRAVA
Maria Firmina dos Reis | Editora: Hedra Ltda | ????,8 (4,8)

Esse livro a qual estou fazendo a resenha é um conjunto de obras da escritora Maria Firmina dos Reis, uma mulher romancista que teve suas obras silenciadas durante a sua época (tanto por ser negra quanto por ser mulher). Essa antologia consiste em dois contos e um conjunto de versos feitos pela autora e que foram reunidos intenção de conservar a imagem e patrimônio da escritora.
Eu gostei muito da obra, embora a sua linguagem seja um pouco difícil em comparação com outros escritores como José de Alencar ou outros romancistas da sua época, Maria Firmina trás a sua identidade e protesto através de uma literatura abolicionista e nacional, com todas as características da escola literária romancistas, que são elas: o amor, a morte, o nacionalismo, a crítica à escravidão e etc.
O conto que mais me chamou atenção foi o conto que dá o título do livro, "A escrava", a qual tem como personagem principal uma mulher branca abolicionista que conta uma situação vivenciada por ela ao ter compaixão de uma escrava que era considerada "louca" e só vivia fugida. Ao longo da história é relatado a vida dessa escrava e em como a senhora consegue a abolição do filho da escrava. Essa obra foi, inclusive, cobrada na última prova no vestibular da @uemaoficial junto com a obra Canaã, de Graça Aranha, ambos com temáticas parecidas, mesmo sendo de épocas diferentes.
Não recomendo para quem está começando a ler agora, apenas para aqueles que tem um certo nível de leitura, eu particularmente sofri um pouco lendo esse livro, precisei voltar muitas vezes para poder entender alguns termos, porém, a maior vantagem nesse quesito é que o livro é curto e dá para ler em menos de 2 dias, sem contar que é uma obra que buscar recuperar a imagem dessa escritora do Maranhão que tanto buscou falar através dos seus versos, mas que hoje é aclamada.
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Nara 14/06/2022

É um conto de fácil leitura, a edição da editora Galera fez um ótimo trabalho. Uma obra tocante, primeira obra que leio da Maria e despertou minha curiosidade em relação às outras obras já escrita pela mesma.
Nara 14/06/2022minha estante
Meu corretor mudou o nome, a editora é a: Galuba.




mellkyemile 08/06/2022

Meu primeiro contato com Maria Firmina.
Escrito no auge dos debates abolicionista no Brasil (1887), Maria Firmina nos conta a história de Joana, que assim como inúmeras escravizadas foram mortas pela brutalidade da escravidão.

Nesse conto, a história é contada em segundo plano por mulher abolicionista que acolhe Joana (a protagonista) nos seus últimos suspiros de vida. Narrando as dores físicas e mentais, vemos pelo ponto de vista de uma escravizada os sofrimentos acometidos pela escravidão.

Com certeza eu recomendo MUITO essa leitura. Um conto super curto, apenas 40 min de leitura. Tenho certeza que ninguém vai se arrepender. E essa edição esta maravilhosa ?
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Izinha 25/05/2022

"A escravidão, ela é, e sempre será um grande mal."
Valeu UEMA.

A escrava é, definitivamente, um conto que aborda vários eixos sociais e que até hoje são recorrentes na contemporaneidade.
Eu realmente achei que não gostaria, mas a Maria Firmina dos Reis, nordestina, escritora e a primeira romancista negra, me provou o contrário e de fato me surpreendeu com este conto. Trazendo consigo uma narrativa impecável sobre a minoria, sobre os senhores, sobre uma senhora branca declaradamente abolicionista e o mais incrível é que a autora foi sim audaciosa pra fazer um livro cuja temática era voltada pra um cenário da escravidão, sendo que o contexto sócio-político da época era completamente complexo, ou seja, isso é quase um achado histórico né?!
Enfim, Maria Firmina tem a minha admiração.
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Sarah 23/05/2022

Necessário ?
Maria Firmina dos Reis foi a primeira romancista negra do Brasil. Teve sua obra silenciada por anos.

O conto "A escrava" começa já em um ambiente privilegiado da elite, onde uma senhora, claramente abolicionista, discursa contra a escravidão. Ela questiona a moral s fé dos cristãos escravocratas: se o sangue de Jesus nos fez livres, então porque os negros ainda eram escravos?
Ela conta a história da escrava Joana e seu filho Gabriel. Joana teve seus dois filhos (gêmeos) vendidos como escravos para a província do RJ, quando eram apenas crianças. Devido ao roubo e tráfico dos filhos, junto com todos os açoites e torturas, Joana enlouquece.

Um conto curto que perpassa pelas dores da escravidão e põe em pauta a necessidade de igualdade, humanidade e solidariedade.

Li pra prova da uema e confesso que foi a melhor obra que a uema já pediu. Necessária!!
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