Ana Terra

Ana Terra Erico Verissimo




Resenhas - Ana Terra


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Vitória 14/06/2015

"Sempre que me acontece alguma coisa está ventando"
O livro Ana Terra é parte da obra “O tempo e o vento” de Érico Veríssimo, foi publicado em 2005 pela editora Companhia das Letras e ao todo tem 112 páginas.
Ana terra morava com os pais d. Henriqueta e Maneco Terra e seus dois irmãos Horácio e Antônio numa estância no interior do Rio Grande do Sul, onde viviam inseguros e amedrontados pois a qualquer instante poderiam ser invadidos pelos castelhanos que deixavam um grande estrago por onde passavam, principalmente aos estancieiros, saqueando suas casas e a colheita, a principal fonte de sustento, e também violentando as mulheres da casa. Ana terra era moça solteira, tinha vinte e cinco anos de idade, e só vivia para trabalhos domésticos, juntamente com sua mãe D. Henriqueta, pois eram as únicas mulheres da casa. Ela desejava muito possuir um espelho, mas como não o tinha, olhava sua imagem na margem do rio onde sempre lavava a roupa de todos da casa. Foi quando um dia normal, realizando suas atividades rotineiras, avista um homem desmaiado na outra margem do rio, Ana se assusta e corre para chamar seu pai e seus irmãos, que estavam tomando de conta da colheita, para ver de quem se tratava. Maneco terra por sua vez decide levar o homem gravemente ferido para que sua esposa pudesse tratar dos seus ferimentos. Este homem era Pedro Missioneiro, criado em uma missão jesuítica, muito culto e com um grande conhecimento musical. Ele foi ganhando a confiança de Maneco e passou a conviver ali com todos. Ana nunca havia convivido com outro homem, além de seus dois irmãos e seu pai, e sentia algo estranho por Pedro, uma mistura de nojo com desejo. Ana percebe que o que sente é amor e se entrega totalmente para Pedro. Pouco tempo depois descobre que está grávida e conta para sua mãe, seu pai também a anuncia que já sabe do acontecido. Seguindo a tradição ancestral de que “A honra se lava com sangue” Maneco manda Horácio e Antônio matarem Pedro. Ana Terra sabia que daqui pra frente sua vida se tornaria um inferno, pois perdeu seu grande amor e seu pai e irmãos a rejeitariam para sempre. O tempo passa, a barriga cresce e logo Pedro Terra nasce, tendo seu cordão umbilical cortado pela sua avó. Passados alguns anos, D. Henriqueta morre com nó nas tripas deixando seu marido, seus três filhos e a cunhada, porém se livrando da sua sina de só trabalhar. Até que acontece o que tanto temiam, os castelhanos invadiram a estância e causaram um desastre enorme, destruíram a colheita, mataram Maneco e seus dois filhos e também os escravos que ali trabalharam durante algum tempo e o pior de tudo, estupraram Ana Terra muitas vezes. Após essa tragédia, Ana vai atrás de se recuperar tanto fisicamente como psicologicamente, buscando uma nova vida longe dali com sua cunhada e a sobrinha e também com seu garotinho Pedrinho e a partir daí a história vai se desencadeando mais e tomando um rumo melhor.
É uma leitura bem fácil e também é uma história bem comovente e envolvedora. Érico Veríssimo conseguiu fazer com que todos os leitores que lessem se apaixonassem.
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@pacotedetextos 15/05/2016

Excelente!
Dia desses, escrevendo um conto novo, me veio à mente a inspiração para uma das personagens. Encaixando-se naquilo que eu desejava escrever, pensei em uma com as características de Ana Terra, personagem de um livro homônimo e d?O Tempo e o Vento, ambos do Erico Verissimo. No entanto, pra isso, seria bom saber direito como ela era; foi por isso que resolvi ler essa obra, um clássico da literatura regionalista brasileira.
Engraçado que, aqui pras bandas de cima, quando se fala em literatura regionalista, geralmente se pensa automaticamente nos autores daqui do Nordeste; ou, pra ser mais correto, nos autores que falaram sobre o Nordeste. No máximo, o mais ao sul a que chegamos é Minas, apesar de eu refutar essa pecha de regionalista a Guimarães Rosa (ele é muito mais que isso ? na verdade, ele e muitos outros, mas isso é assunto para outro post). De toda forma, foi com certa resistência que resolvi encarar Ana Terra.
Sabe quando você tem um preconceito? Ou um pré-conceito? Como todos, felizmente, esse era infundado. Que livro massa!
Achei que fosse encontrar uma leitura enfadonha, arrastada, repleta de termos desconhecidos (não só por se tratar de palavras não adaptadas à minha realidade, mas sim por excesso de erudição ? como sabemos que alguns escritores, infelizmente, o fazem); que fosse ter que ficar direto recorrendo ao dicionário? Qual nada!
O livro conta a história de Ana Terra (ooooh!), a filha de Maneco e Henriqueta Terra, para quem, sempre que ventava, alguma coisa acontecia. Aqui, lembro que Ana Terra é parte d?O Tempo e o Vento, obra-prima de Erico Verissimo, uma verdadeira saga sobre a formação do Rio Grande do Sul.
A história se passa no final do século XVIII, um período recheado de conflitos entre portugueses, espanhóis e indígenas naquela região do sul do ?Brasil?. Ana Terra vivia em uma estância isolada, no interior ?gaúcho?; seu cotidiano, como de muitos daquela época, era na lavoura, sendo a natureza sua principal companheira e de onde sua família tirava o sustento. Assim, vivia em constante estado de vigilância, temendo invasões, saques e pilhagens.
Certo dia, Ana encontra, à beira de um regato, ferido, Pedro Missioneiro. Sua família o acolhe ? Maneco Terra muito a contragosto, pois desconfiava do que poderia advir à sua família se se relacionasse com um índio, mas aos poucos passa a usufruir de sua mão-de-obra nos afazeres no campo. Pedro Missioneiro, com uma cultura sofisticada, pareceu encantar pouco a pouco a família, de modo que a repulsa inicial de Ana Terra à sua figura acaba convertendo-se em desejo. Afinal, ela ali, sozinha, sem nunca ter tido contato com um homem? O que acontece em seguida já se pode imaginar. Isso porque não chegamos nem à metade do livro!
É de se supor, então, a questão da honra ? ?Honra se lava com sangue!? (p. 43).
Claro que Ana Terra engravida.
Mas o que vem depois? Não vou dar spoiler. Espero, de verdade, que vocês leiam. E apreciem a leitura tanto quanto eu!
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Nayara Ghist 19/07/2016

Uma certa Ana Terra
Nunca tinha lido na escola e achei fantástico principalmente por ser um livro escrito do ponto de vista de uma mulher. Retrata a força de Ana que apesar das adversidades encontra forças para criar o filho e torná-lo um homem de bem. Tudo é duro e austero na vida de Ana. Tudo parece mais duro ainda pelo fato de ela é uma mulher. O destino das mulheres nessa história é esperar. O tempo passa muito lentamente e torna-se subjetivo sendo marcado não pelos acontecimentos históricos, mas pelos eventos da vida individual e coletiva. E o vento também se faz presente: "Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando", diz Ana Terra. Achei a frase belíssima.
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gabi1692 08/01/2023

? "ao ver-lhe o sexo a avó resmungou: 'mais uma escrava'."

? "mas uma pessoa pode lutar contra a sorte que tem. pode e deve"

? "... bibiana ouvia a avó dizer quando ventava: 'noite de vento, noite dos mortos' ".

confesso que de primeira eu julguei mesmo, geralmente eu não gosto mto de livros que se passam nessa época do brasil e além disso, tinha um certo receio com érico veríssimo. mas eu gostei, acho que não é qualquer um que vai gostar do enredo, porém o livro é bom. é daqueles livros que a gente realmente entra na história e quando chega no clímax não consegue parar de ler. além disso ele nos aproxima da cultura dessa época (que por sinal eu morro de raiva) e mostra a dor daquelas pessoas. tem várias frases marcantes. eu ainda acho que a ana terra devia ter mais atitude, eu queria que ela falasse com o pai dela: "se vc quiser comida no prato e roupa limpa vai ter que pelo menos olhar na minha cara"; mas dá pra entender o pq dela não fazer isso. esse ano eu queria ler a trilogia toda desse livro, confesso que estou com um pouco de medo de não gostar, não sei o motivo.
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Sabrina 23/08/2023

Erico Verissimo aparentemente não tem erro. Leio e gosto. Mistura fatos com ficção de um modo tão bem feito que tudo vira poesia pra mim. Seus personagens são apaixonantes e suas mulheres, um espetáculo! Talvez algum dia eu consiga ler todas as suas obras, espero que sim, porque sei que vai ser bem escrito, bem narrado e me deixará apaixonada.
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Miria80 31/10/2014

O livro é bom. Porém, acredito que sua importância seja muito mais pela parte histórica do que por entretenimento. A história contada também é extremamente triste, mas mesmo assim, é um livro belo. Afinal, Érico Veríssimo é único!
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Marília 31/01/2014

O vento da mudança
Ana Terra personagem fundante da história que compõe a trilogia de "O tempo e o Vento" do autor gaúcho Érico Veríssimo constitui-se na heroína romântica que dá início a geração da família Terra-Cambará. Residente do "cafundó", nos reclames da própria personagem que sonha acordada com seu retorno à civilização. A tapera que pertence a seu pai, abriga Ana, seus pais, irmãos, cunhada e mais tarde, estas mesmas terras abrigará também Pedro Missioneiro, índio intelectualizado que despertará em Ana um sentimento que a moça jamais havia experimentado. Este romance será a perdição da heroína que enfrentará a forte ventania dos conflitos que ecoavam mesmo nos lugares mais recônditos do Rio Grande do Sul. Dentre eles o medo instaurado de uma ameaça que lhe presenteará (em termos troianos) com períodos angustiantes de espera e aflição, a impossibilidade de viver o seu recém descoberto amor e o enfrentamento contra os preceitos de seu pai à este respeito. O resultado deste feito dará início a toda genealogia da família que despertou a curiosidade de muitos leitores nos últimos tempos, devido sua adaptação para o cinema. O final desta estória surpreendente de força e enfrentamentos de circunstâncias sempre cambiáveis é surpreendente e avassalador, prepare os lenços de papel e reserve um tempo para a leitura de um dos fragmentos mais lindos da trilogia, Ana Terra o primeiro vento da mudança que será lembrado até a ultima gota do tinteiro de Veríssimo.

site: http://mariliaspingolon.blogspot.com.br/
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Carol1349 06/01/2022

"sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando"
Ana Terra é um livro curto, fluído que narra a vivência dos Terra, tendo como personagem principal Ana Terra, mulher forte, da mente muito evoluída para a sua vivência e tempo. Uma leitura dolorosa e precisa. Impossível não terminar o livro sem fazer de Ana uma de nossas personagens favoritas.
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Ana 28/08/2018

Tesouro Nacional
Ana Terra é uma linda história sobre a resistência feminina em meio a um ambiente hostil no Sul do Brasil de meados do século 18.
Enredo: A protagonista mora na estância do pai, onde todos só fazem trabalhar de sol a sol para garantir o sustento do lar. Um dia, aparece por lá um índio, Pedro Missioneiro, e Ana se apaixona por ele, gerando posteriormente um filho ilegítimo do rapaz.
Sofre muito, mas as adversidades da vida lhe dão a resistência necessária para encarar o mundo que a cerca.
Eu havia lido esse livro ainda na infância, há quase vinte anos. Reli há pouco tempo, e com a mesma emoção dos meus nove anos de idade. Uma obra linda de um de nossos maiores escritores, e de fácil leitura. Recomendo.
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Gabi 08/01/2023

Ana Terra, a bixinha
Amei amei amei. Só espero que Ana Terra seja realmente fictícia viu, porque a bisha sofreu, comeu não só o pão mas a pizza inteira que o diabo amassou.
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Leide.Madalena 23/02/2020

Ana Terra
Ana Terra ganhou meu coração, mulher forte e guerreira mesmo para sua epoca...
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Andressa 03/02/2022

Uma vida simples e sofrida ,rodeada por medo e uma paixão q foi consumida e arrancada tão precocemente ...
Apesar de ser um livro pequeno é muito completo e envolvente
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Xaaaa 31/08/2021

hum?
Nem estou com paciência de escrever uma resenha pra esse livro. Eu estava gostando muito da história! As coisas desenrolaram muito rapidamente, e isso me incomodou um pouco; E quando chegou o final, algo aconteceu e não goi resolvido.

Frustrante não ter um bom final essa boa obra? Não recomendo.
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maryelli0 31/01/2023

Magnífico
Uma escrita impecável, um livro histórico muito bom, super imersivo e chocante!!Amei ler e recomendo.
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Camyli Augustin 09/09/2022

Caramba
Que livro triste, fiquei realmente impactada, no começo não gostei muito dos personagens, tirando Pedro que me encantou desde o começo, porém quando começo a gostar deles eles começam a morrer, é um livro incrível, cheio de críticas e nos mostra uma outra realidade, adorei saber de alguns fatos históricos exclusivos do meu estado!
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