Resenhas - O Senhor das Moscas

Gabriel 06/04/2023

Oh livro chato da desgraça...
Tá pra ser escrito livro mais chato que esse, mds... E olha que essa desgraça só tem 200 páginas, pqp, como que pode???
Leitura sem graça, chata, arrastada, nada acontece, as primeiras 100 páginas é só descrição da ilha... é pau, é pedra, é coqueiro, é fruta, é o mar... Eu louco pra ver as crianças se matando e o escritor falando da areia da praia, do vento, das nuvens, do sol, da chuva, da fogueira.. mdssssssss
As únicas parte que presta é quando as crianças começam a discutir, aí vc fica na sede esperando que alguém vai pegar uma pedra e estourar a cabeça do outro e nada acontece... Outra parte que o livro fica perfeito é quando o senhor das moscas aparece, nossa essa desgraça de livro vai de 0 a 1000.
Além do livro ser podre a escrita do autor parece abstrata, do tipo:
"O contorno de sua face converteu-se em prata, e a curva do seu ombro transformou-se em mármore esculpido"?????
É o livro inteiro assim, esse homem descrevendo essa ilha de forma abstrata como se fosse um enigma pra gente adivinhar o que ele quer dizer, mas aí já não sei se é por conta da tradução.
Enfim... Pra um livro tão prestigiado como esse eu esperava mais, achei chato, maçante, sem graça, arrastado.. E o final... Meu Deus... Eu daria uma estrela a mais se tivesse morrido todos de uma vez.

Bruno M. Silva 04/01/2024

O que é um selvagem?
A resenha vai ser menos técnica do que eu poderia e mais emocional do que eu gostaria.

Se você faz parte de alguma minoria, não tem como não associar o livro com questões que trespassam a juventude de quase toda minoria.

Bullying deve ser algo universal entre jovens de qualquer lugar do mundo. E no livro, as crianças já são apresentadas com características disso desde as primeiras páginas.

O livro começa leve, a liberdade de não ter nenhum adulto, poder viver sobre as próprias regras. Só um apelido aqui, umas risadas ali (só?). Dão o primeiro tom do livro. A evolução é constante e bem ritmada. Vamos nos envolvendo conforme as coisas vão ficando mais difíceis pras crianças. Capítulo a capítulo, a história vai se tornando mais densa. O amadurecimento precoce forçado pelas circunstâncias não quer dizer que seja um amadurecimento completo que só o tempo permite. É a perca da inocência ao final do livro tampouco é amadurecimento completo. Saber quais regras podem melhorar a sociedade é algo que nem adultos sabem e estão em constante processo de tentativa e erro. Como exigir isso de crianças? O cenário exige e elas precisam lidar.

Os grupos, posteriormente tribos, são onde as crianças se sentem acolhidas. Pertencer a um grupo é ter proteção sobre os outros grupos, é não sofrer bullying e só fazer isso com os de fora, o que nem sempre acontece. Quem lidera não é quem tem as melhores condições de liderar, é quem se mostra mais disposto a enfrentar a todos. Isso não é algo também de adultos? Tribos punks, skatistas e tantas outras não é uma busca por pertencimento e defesa? 

Quando o conflito de divisão das tribos se dá, o livro trata de nos lembrar que apesar de todo o peso, ainda estamos lendo sobre crianças quando é dita a frase "assim não brinco mais". Porém, entretanto, contudo, o livro também vai nos lembrar que crianças também podem ser cruéis e faz isso muito bem. 

E é nessa parte que ser do estado de São Paulo vai me fazer pensar se não é exatamente assim que vivemos por aqui. Como tribos, a maior parte de selvagens, tentando sempre se dar melhor que o outro. Pedras não são despencadas sobre cidadãos paulistas, mas alguém ser pisoteado, esmagado para entrar no trem é "foi um acidente" também, ou como diria Belchior "caso comum de trânsito" sobre as inúmeras vidas perdidas por "acidentes". A loucura da sobrevivência na cidade grande me parece a mesma a qual as crianças foram submetidas no livro. 

Foi um livro extremamente impactante pra mim porque eu não conseguia não fazer associações a cada capítulo lido. Antes fosse cruel demais para ser verdadeiro, mas infelizmente é verdadeiro demais pra ser cruel porque parece que já perdemos nossa humanidade e nos comportamos feito selvagens. Eu disse que seria uma resenha mais emocional do que técnica e até bastante pessoal, o que me desagrada um tanto. Rs

O final me desagradou um tiquinho pela interrupção abrupta, mas nada que prejudique uma obra tão primorosa quanto essa. 

Resenha feita por um preto de periferia que posteriormente foi estudar em colégio particular. Eu mesmo! 

Vanessa 29/07/2016

Nada contece!
Nada acontece, a história não se desenvolve. Os personagens não te surpreendem. Enfim, não gostei da leitura.

Dai Solyom 27/12/2023

O seu direito termina quando começa o do outro
O que seria da sociedade atual sem regras? Sem limites? Sem consequências?

O que você faria se tivesse a certeza absoluta que não haveria represálias?

Id, Ego e Superego.

Seres humanos teoricamente são racionais, porém o que acontece quando ele ultrapassa o limite do considerado certo e errado?

Sobrevivência do mais forte.

Nessa obra atemporal somos apresentados a personagens incríveis e ricos, que no transportam para o "e se", cultivando nossa imaginação para nos colocar na mesma posição de todas aquelas crianças.

O medo do desconhecido, o poder da imaginação e da sugestão.

Livro caótico, violento e perturbador.

Tudo que a gente gosta ?

Ronaldo 29/08/2017

Ralph chorou pelo o fim da inocência, pela escuridão do coração humano...
Livro interessantíssimo, retrata bem a que ponto pode-se chegar o ser humano de acordo com suas necessidades e suas influências. Qual o limite da moralidade e da ética? É possível o ser humano perder a racionalidade? Veremos isso neste livro mágico que define nós em geral, nós seres humanos.

@aprendilendo_ 01/08/2021

Resenha de Senhor das Moscas
Após um misterioso desastre de avião, um grupo de crianças encontra-se completamente perdido em meia a uma ilha deserta. A partir disso, tem-se o desenrolar de uma trama sombria acerca da selvageria e da busca por sobrevivência dos jovens ilhados. Publicado pela primeira vez em 1954 e escrito pelo vencedor do Nobel de Literatura, William Golding, “Senhor das Moscas” é considerado um dos grandes clássicos de todos os tempos e um gigantesco tratado acerca da condição humana e sua selvageria.

Em primeiro plano, com uma narrativa em terceira pessoa, a obra tem um início abrupto, sem muitas explicações acerca do contexto mundial ou dos personagens. No entanto, por meio de uma ótima estética textual, repleta de ambientes e cenas detalhadas, somos rapidamente imergidos ao drama da ilha, enquanto acompanhamos o processo de organização das crianças e suas consequentes desavenças. Nesse sentido, surge a grande característica da obra, que é a progressão de uma inquietude e perigo em torno dos meninos, trazendo uma verdadeira sensação, não apenas de realidade, como de urgência e crueldade na trama. Dessa forma, mesmo antes de atingir a metade, a história consegue gerar um impacto singular no leitor, tornando-o completamente absorto nos acontecimentos.

De outro lado, acerca dos personagens, tem-se uma demonstração incrível da crueldade e loucura humana em momentos de selvageria. Nesse contexto, a obra é extraordinária na caracterização dos conflitos internos e externos dos meninos, gerando uma perene sensação de desconforto no leitor enquanto acompanha uma nítida aura maligna surgindo no âmago de alguns personagens, ao mesmo tempo em que outros amadurecem em meio ao sofrimento. Por isso, torna-se nítido o motivo de “Senhor das Moscas” ser mundialmente conhecido como uma espécie de tratado político e moral, afinal, o livro consegue, com maestria, demonstrar toda a corrupção humana na busca pelo poder.

“Senhor das Moscas” é um livro imersivo e impactante, o qual manifesta, com maestria, as minucias da personalidade humana e sua maldade intrínseca.
Nota:9,6
Instagram: @aprendilendo_

(lidos só 2021 em diante) 21/01/2023

Aquele conceito de desumanização...
Esperava-se uma degradação gradual dos garotos. Senti isso narrado de modo desbalanceado. Nos primeiros capítulos já humilharam o Porquinho. Fizeram bully. Era pra ir piorando. Mas não.

Daí ora estavam bonzinhos, ora estavam briguentos. Não foi uma putrefação gradual; vez ou outro o lado maléfico surgia de modo súbito. Isso não me apeteceu muito.

Eu estava para dar 6 estrelas. Mas como as duas últimas páginas foram do melhor jeito possível, subiu pra 8.

Fui pego de surpresa com a conclusão, pois agora o Ralph e todos os garotos terão que voltar a conviver como gente fora da ilha. Eu, se fosse o Ralph, jogaria feitiços maléficos pra cima de todos eles.

Só não achei a escrita perfeita nessas três últimas páginas pois ficou muito autoexplicativo. A descrição do que ocorria já bastava. Mas não. "O garoto tá chorando por isso e isso, pensando nisso" quebrou um cadinho da imersão. Detalhes, apenas.

Final mentalmente agradável, apetitoso.

Imagina tu ser resgatado, juntamente com o resto da turma que tava doidona e tentando te matar? Bom demais! Todos zeraram a vida, vão reiniciar fora da ilha. Daí fica o questionamento, merecem perdão?

Ao fim de uma guerra, quem até há pouco se matava, entrega as armas e volta a conviver. O fim de um contexto selvagem deve gerar perdão ou certas selvagerias merecem ficar no histórico da pessoa e servir de condenação?

E o velho de hoje que no passado foi criança nazist@ e chutou um judeu? Como deve se olhar para ele atualmente?

Creio que o livro venceu o prêmio Nobel por levantar essas questões psicológicas e sociais, extremamente pertinentes.

"Sombras e Árvores Altas", e U2.

A título de curiosidade, a banda irlandesa tem uma música chamada "Shadows and Tall Trees" cujo título foi uma referência a esse capítulo do livro.

Gostou segue no insta que lá tem mais resenhas
@literatura.retumbante

Leticia 26/07/2020

Senhor das moscas, uma obra que traz o descompasso que há entre o desejo, indivíduo e civilização. A partir da queda de um avião em uma ilha inabitada, observamos um grupo de crianças tentando sobreviver sem a presença de adultos.

Enquanto os interditos da liberdade individual, as restrições, as leis ainda vigoravam (relacionadas as figuras de Ralph e porquinho) eles conseguiam viver em parcial harmonia, havia a tentativa de manejo dos conflitos, havia uma formação social menos violenta. A partir do momento que os conflitos entre os membros se tornam maiores há uma ruptura no grupo, e consequentemente em sua formação, e passa a vigorar a lei do mais forte, e a barbárie entra em cena.
Sem as proibições, os regulamentos que possibilitam a convivência coletiva, tem-se possibilidade de se fazer em cima do outro, tomar/matar/comer. Vemos isso claramente na figura de Jack.

Quanto a noção de que existe uma maldade intrínseca ao ser humano, não é algo que eu concordo. Pois, para ser bom ou mal pressupõe uma representação do que é ser bom ou mal. A criança não nasce desejando o mal, ainda não há um eu, não teria como ela ser boa ou má, ela vai aprender isso a partir dos significados que vão ser internalizados ao longo da vida.

Quanto a leitura do livro achei bastante fluida, mas por ter inciado a leitura com muitas expectativas acabei me decepcionando um pouco, mais ainda sim uma excelente obra.

Mhery 10/04/2021

um clássico, vencedor do Nobel, que não funcionou pra mim
o início da minha história até chegar nesse livro ocorreu da seguinte forma: comecei a ler distopias atuais, que são mais voltadas para o público YA. me vi sedenta por mais e mais livros distópicos e/ou de ficção científica, voltando nos anos até chegar nos clássicos, e nos primos dos clássicos. com isso, "senhor das moscas" entrou na minha lista - pois não é uma distopia, mas serve como uma alegoria.

por conta disso, cheguei para ler a história com muita vontade de saber o que acontecia. me surpreendi ao perceber que o livro é até bem fino. iniciei a leitura, que por algum motivo não me cativou. não sei se o autor poderia abrir mão de descrever tanto a paisagem ou o local onde os personagens estão, para seguir no caminho de expressar mais os sentimentos dos personagens (e até mesmo ter uma narrativa individual, ou alternada entre mais de dois ou mais personagens). digo isso pois o fato que ocorre, e está descrito na sinopse, é bem catastrófico por si só, e acho que seria interessante saber o que se passa na mente desses personagens que aparentam não se conhecer.

puxando o gancho, pontos que me incomodaram (mas que faz com que a história sirva como alegoria - MINI SPOILER AQUI!): o fato que que não se sabe o que aconteceu com os destroços do avião, como os personagens saíram quase que ilesos do acidente e o qual era o destino desse vôo (tinham crianças MUITO pequenas!). (FIM DO MINI SPOILER)

o decorrer da história não me prendeu tanto assim, passei batido por alguns trechos descrevendo paisagem. o livro passa uma agonia pra quem lê, pois é uma situação muito desoladora, e a cada dia mais (com razão) os personagens vão se transformando em questão às suas personalidades que mal foram moldadas, e perdendo as esperanças de que vão voltar pra realidade em que viviam (tal qual brasil em 2021 com as vacinas do corona vírus).

no final, um plot twist acontece, e a última página super me cativou. mas só ela. acho que por conta da virada que aconteceu subitamente (mas que diferentemente dos pontos que ressaltei acima, é plausível).

enfim, é uma leitura rápida, caso você tenha o mínimo de vontade de ler, acredito que valha a pena. para que você tenha opinião própria e saiba de fato o que acontece - e talvez possa ter algum aprendizado com isso.

três estrelas, pois prometeu e não cumpriu, para mim. (mais uns parênteses pra finalizar)

anarontani 11/05/2021

entendi a proposta do autor, mas achei o desenvolvimento da história pobre e raso.

psraissafreire 26/04/2023

Eu tenho medo da humanidade
*Se um dicionário virasse uma resenha*

EU, pronome. Designa a pessoa que fala, escreve, age e/ou se refere a si mesma, normalmente, funcionando como o sujeito numa oração.

O eu é uma palavra muito utilizada por nós (parece até uma brincadeira de pronomes, olha só), mas poucas pessoas realmente refletem sobre o que são e o que fazem no mundo. E quando digo refletir sobre o ser e o fazer é em relação a tudo, tudo, especialmente a DIFERENÇA que fazem. A partir do momento em que você tira um pedaço do seu tempo para se perguntar "quem sou eu?", a resposta pode não ser tão agradável assim. Ainda mais quando se lê um livro como ?O Senhor das Moscas? de William Golding. Colocar-se como centro de uma análise é mais do que se perguntar sobre si; é também prestar atenção nos outros. Afinal, todos aqui somos humanos, certo? Mas o que é ser humano?


TENHO, verbo. Vem do verbo ter. O mesmo que: experiencio, efetuo, defino, trago, ocupo, apresento, hei, julgo, conservo.

Confesso que conservo um grande receio em relação à raça humana, pois observamos a cada dia do que ela é capaz para alcançar seus objetivos. Toda a criação da moral, da ética... Tudo isso parece ser uma maneira de criarmos e ditarmos a ideia do que é certo e errado para domarmos nossos instintos, nossas verdadeiras vontades do contexto biológico. Se não fossem esses ideais, o que seríamos e faríamos?

"Tenha o coração de uma criança". Quem nunca ouviu isso na vida? Crianças remetem pureza, inocência, bondade... Aquilo que nós adultos deveríamos ter mais em nossas almas. Entretanto, os dois são humanos, tanto crianças quanto adultos. Até onde vai a inocência e a pureza em uma situação desesperadora? Por meio de uma escrita objetiva, o autor demonstra de forma aterrorizante aos poucos a perda de civilidade daquelas crianças dentro de uma ilha deserta, onde elas estão completamente sozinhas; quer dizer, com uma espécie de monstro à espreita. Todavia, quem é o verdadeiro monstro?

MEDO, s.m. Estado emocional provocado pela consciência que se tem diante do perigo; aquilo que provoca essa consciência.

Todos temos consciência das consequências em que sujeitamos nossos semelhantes. Ter medo é algo inexplicável ocasionado por diversos fatores que se interligam e estão no nosso âmago, como um aperto que desperta a ansiedade e o pânico. Ter medo do seu próximo é ruim; ter medo de si mesmo é ainda pior.

DA, contração. Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino.

HUMANIDADE. s.f. Natureza humana; reunião das características que são particulares à natureza humana.

O retrato de Golding sobre o lado mais obscuro da humanidade é surreal de tão bem feito. Em diversos momentos eu parava pra pensar e ficava "isso é o que negamos a nós mesmos". Pensamos o tempo todo que "nunca faríamos x coisas" porque "isso é errado, é antiético". Entretanto, e se vivêssemos num mundo sem ética, sem moral? E se só valorizássemos nossos instintos?

Então é... EU TENHO MEDO DA HUMANIDADE.

Atila.Carlos 19/04/2021

Uma alegoria da nossa sociedade
Até onde vai a maldade humana? Ou melhor, onde começa a maldade humana? Com que idade começa? Você acha que sabe a resposta? Se sim, talvez se surpreenda após a leitura dese livro.

Um grupo de crianças de uma escola sozinhos numa ilha deserta após um acidente de avião. Parece um enredo inofensivo mas não se engane. Essa história pode fazer você perder o sono, ou a fome. Ou os dois.

Além de uma bela trama, eu classificaria essa história como uma alegoria de nossa sociedade. A forma de como essas crianças de idade, esteriótipos e educação diferentes se organizam e, principalmente, se desorganizam, é um reflexo do que os adultos fazem, logo, o que nos fazemos ou somos capazes de reproduzir. 

Não tem como não se envolver com a história e lembrar de alguns personagens após a leitura. Na verdade eles ficarão em minha memória por algum tempo. Peguei o livro com um sentimento de que poderia me surpreender e dessa forma se sucedeu. 

Enfim, tentei verbalizar o que senti com essa leitura sem dar spoilers. E se você ainda está em dúvidas de ler esse livro, quem está perdendo é você!

Carol Nery 22/04/2017

Estarrecida, porém justificada
Iniciei essa leitura com dois amigos leitores da melhor qualidade. Queríamos adentrar a realidade de mais um livro altamente recomendado e ganhador de prêmios.
Apenas com a sinopse nos norteando, entramos inocentemente nesta realidade que de repente, se depararam esses jovens inglesinhos.
O início dessa história é contagiante e a vontade era de não respeitar o limite estipulado de leitura para aquele primeiro dia.
Talvez, analisando psicologicamente o perfil de seres humanos que se veem longe da civilização e das regras pré-estabelecidas, podemos perceber que o estado de harmonia é circundado por uma tenuíssima linha imaginária.
O que nos separa de animais irracionais? Até onde nossos medos podem nos levar? Qual é nossa verdadeira natureza? Se ninguém está vendo, qual o meu limite? Existe maldade? Existe crueldade?
Como serão os dias desses jovens meninos deixados ao deus-dará de uma ilha deserta sem qualquer supervisão, provisão ou preparação?
Se jogue de cabeça! Mas, não se assuste se a natureza humana se demonstrar nua e crua, assim, na sua cara!

Rodrigo1001 10/04/2017

Selvagem e caótico (Sem Spoiler)
De modo geral, tive uma experiência muito boa com este livro. O apelo psicológico do enredo empurra a leitura para a frente - embora as coisas tenham realmente engrenado pra mim somente a partir do capítulo 6. Deste em diante, a história se torna selvagem, caótica, densa e super viciante! O final é uma apoteose: cheguei na última página quase sem fôlego e com um nó enorme na garganta... é bem tenso e muito bem narrado. Tudo se encaixa, você deixa o livro de lado com a cabeça borbulhando e a certeza de que valeu muito a pena. Invista seu tempo, pois a chance de decepção é praticamente nula.