O amante

O amante Marguerite Duras




Resenhas - O Amante


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Daiane316 06/06/2023

A literatura como forma de morrer para si mesmo.
Marguerite Duras, em sua obra "O amante" fulgura um complexo emaranhado que relata memórias de sua adolescência numa Indo-china pré-guerra, com uma pitada de ficção singela. Somos agraciados com um texto sutil e intenso sobre o seu precoce amadurecimento, a fuga de uma família tóxica e seu primeiro contato com o amor. Ou o que ela acha que é de fato amor. Eis um pequeno álbum de recordações, poético, intenso e de uma melancolia bonita. Acredito que o que mais feriu Duras em todo seu crescimento como mulher no ambiente em que vivia, foi expurgado de forma brilhante aqui. Recomendo!
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livrosmortificados 02/06/2023

Uma das escritas mais lindas que ja li
"O ruído da cidade está muito proximo, tão perto que ouvimos ressoar na madeira das venezianas. Ouvimos como se atravessasse o quarto. Acarissio-lhe o corpo em meio a esse barulho, a esse movimento. O mar, a imensidão, que se agrupa, se afasta, e volta."
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gabriel2621 30/05/2023

Sensual, cru e profundo.
Este romance autobiográfico de Marguerite Duras brinca com o poético e o erótico em suas linhas. Uma experiência intrigante e certamente única.
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carlineeeee 25/05/2023

Então, gostei mas senti que o livro é um grande começo kkkk amanhã é a discussão com a turma, quero ver as opiniões todasssss
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Icaro 24/05/2023

Ótimo!
Clássico contemporâneo francês, relata a vida ?autobiográfica? da autora na Indochina (atual Vietnã), colônia francesa à época. Explicitando a iniciação sexual de uma adolescente branca com um chinês rico, a autora descreve de forma magistral momentos de ódio e amor dos personagens.
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Monique | @moniqueeoslivros 18/05/2023

L'Amant
{Leitura 08/2023 - ?? França}
O amante - Marguerite Duras

Não nos damos bem com contradições. O ser humano, ao longo da história ? individual e coletiva ? já deixou bem claro isso. Pessoas que nos despertam sentimentos dúbios fazem com que as encaremos com o canto do olho. Talvez porque não saibamos o que esperar delas.

Esse paradoxo é o que mais me chama a atenção no livro de Marguerite Duras, O amante. Ainda na primeira página, ela diz que ?muito cedo já foi tarde demais em minha vida?. E com oxímoros como esse, o livro inteiro é construído. Ela é uma personagem de setenta anos que conta um episódio de sua adolescência. Episódio esse que ela lembra como se fosse uma fotografia, mas que foi uma fotografia não tirada. E, além disso, dá conta das relações dela com a mãe e os dois irmãos, e o que há de mais controverso na vida senão uma relação familiar?

A história se passa na Indochina (hoje Vietnã), quando a narradora, então com quinze anos e meio, se relaciona com um chinês que tem o dobro da sua idade. E, portanto, a referência ao título é essa, de ser alguém que ama, e não uma alusão a alguma possível traição.

Marguerite Duras escreveu O amante quando tinha, ela própria, 70 anos, e a história tem muitos traços biográficos e inspirações pessoais. A sensação é de que estamos lendo alguém que tem o próprio álbum de fotos na mão, e que está contando sobre aqueles episódios que vê ali, capturados em imagens, contraditórios porque são humanos, e totalmente reais inventados.
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Maria <3 13/05/2023

O medo na infância, e a destruição da inocência
É um livro bastante interessante, que trás muitos temas importantes, porém, é bem confuso, por mais que o livro seja curto, a autora faz mudanças narrativas frequentemente. Depois de ler o posfácio (que inclusive foi muito esclarecedor) entendi que esse o estilo de escrita da Marguerite Duras, e que é exatamente por isso que ela é tão conhecida, acredito que teria gostado mais do livro se tivesse feito algumas pesquisas antes.

Aqui o sentido da palavra "amante" está muito longe daquilo que estamos acostumados, não tem nenhuma relação com traição, na verdade se refere à um amor que a sociedade reprova. Além de acompanharmos essa relação um tanto peculiar, acompanhamos também a relação da protagonista com a mãe e os irmãos.

Essa vida familiar é cheia de amor, ódio e miséria, e certamente o medo da infância.
A protagonista nos fala sobre a loucura da mãe, e a crueldade do irmão mais velho, além de narrar o episódio de sua iniciação sexual. Todos esses elementos são autobiográficos, o que faz com que "O Amante" seja ainda mais trágico do que parece.
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Maria.Thereza 12/05/2023

Nao amei nao , confesso! traz um apecto historico da indochina e da França mas realmente nao curti tanto a narrativa . Eh mais densa e nao me prendeu
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Carolina 08/05/2023

A despeito do título, não há sequer uma gota de amor neste livro
Eu poderia selecionar diversos trechos da obra que me agradaram por serem bem escritos e criarem um clima aflitivo interessante. Mas infelizmente, há vários outros que não funcionaram para mim, e da obra como um todo também não gostei.

Não sei dizer exatamente o porquê de não ter gostado. Estava a pensar sobre isso, mas é difícil definir. Num esforço, eu diria que talvez seja porque não há amor no livro.

A protagonista, com apenas 15 anos, parece não saber direito o que quer nem o que está fazendo, o que é perfeitamente compreensível. Mas vamos percebendo que ela não é uma boa pessoa. A própria se descreve como "perversa", e tal qual ela é - perversa, pervertida, perturbada. O momento da história é o de descobrimento da sexualidade, que vai sendo narrado na forma de fluxo de consciência, não cronologicamente, misturando diversos desejos, medos, tudo um tanto caótico, o que faz sentido. Mas a menina, que resolve por se prostituir, entregando-se a um homem rico por dinheiro (ainda que nessa experiência encontre também prazer e talvez o amor [sic]), não faz isso apenas pela pobreza, mas também porque claramente tem más inclinações.

O milionário chinês de 27 anos, por sua vez, também não ama a menina, pois não sacrifica nada por ela (muito pelo contrário...). Ele a deseja, a quer, ao que parece intensamente, como um vício, uma doença, mas é só isso...

Logo, a trama principal do livro que trata do relacionamento dos dois "amantes" (que nessa história não tem o sentido "daquele que ama" mas apenas de "adúltero" mesmo), ainda que tenha uma ou outra passagem bacaninha, quase por completo me causou desgosto.

Gostei mais de algumas "side quests", por exemplo, as narrativas sobre os irmãos. O irmão mais velho da protagonista é claramente psicopata, e ficou muito bem descrito tanto nas suas maldades quanto nas consequências delas, o que rendeu algumas boas cenas.

O livro está repleto de sentimentos, mas o amor, sequer como sentimento, está presente ali. É uma situação complicada, repleta de orgulho e ignorância. A protagonista sofre, as demais personagens sofrem também, todos estão sofrendo apenas como decorrência do próprio egoísmo, nunca por amor.

Para mim, esse livro carece de alma, de espírito, de algo que insufle nele vida. Não posso falar sequer que as personagens são decadentes, pois toda a sua existência já se deu na lama, eles não sofreram uma queda de um estado para o outro, o seu estado sempre foi o da imundície, não morreram, mas já nasceram mortos.

Posso elogiar a escrita de Marguerite Duras e dizer que creio no seu talento para escritora. Talento, porém, usado na criação de narrativas defeituosas, infelizmente.
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Lu Mendes 06/05/2023

O amante de Margarite Duras
Eu esperava outra coisa dessa obra.
Senti que foi uma eterna introdução !
A obra é linda e poética, mistura tempos de memória diferentes, mas não me pegou de jeito!
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@Marverosa 04/05/2023

Um dos melhores
Uma das melhores autoficções que já li. Ela vai e volta no tempo e personagens, sem notar deslizamos no livro.
O amante é um dos temas da revelação de relações familiares e valores da época.
Fantástico
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Sara Vitoria 24/04/2023

Leitura catártica
A sensação de ler esse livro é agridoce, senti como se algo tivesse corroendo dentro do meu peito e a identificação com a protagonista que chegava a sufocar me fizeram deixar um tempo a leitura e voltar novamente. É uma surpresa pra mim quando livros que não vi sendo recomendados me impactam dessa forma (acredito que deveria ser mais comentado).Marguerite Duras proporciona uma narrativa crua, dolorosa e de certa forma poética. É como se ela encontrasse acalento em seu relato pessoal com um texto que aparenta um monólogo e que transborda pelas páginas sentimentos inomináveis. Entendi que demorei para ler porque a sensação era de estar invadindo sua história, sua privacidade e ela não poupa palavras para descrever até os detalhes mas sórdidos da época. Duras conta sua história mas com uma narrativa original e marcante. A autora descreve momentos íntimos , e dinâmica familiares com maestria. Recomendo a leitura para todos que querem a prova de que literatura pode ser catártico.
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GG 19/04/2023

Um tanto incômodo
O amante se passa na Indochina, onde hoje é o Vietnã. Lá mora uma família francesa, branca e pobre, formada por uma mãe depressiva, um filho mais velho vagabundo e aproveitador, um filho mais novo medroso e de saúde frágil, e uma filha jovem e de corpo infantil, que deveria virar professora de matemática.

Com grande carga autobiográfica, a novela passa a sensação de estar sendo contada por uma senhora durante uma conversa, é um texto fragmentado, que vai e vem no passado.

Há trechos na relação entre ela e o chinês que foram bem incômodos para mim. Essa dualidade de uma relação entre amantes,
- na qual ironicamente não há traição, pois são duas pessoas que se envolvem afetivamente, daí serem amantes - e, em razão da idade (ela tem 15 e ele quase 30), ela se sentir cuidada como filha (já que a narração é contada a partir do ponto de vista dela), inclusive em momentos em que estão sozinhos (e estou usando essa palavra como eufemismo), é, pra dizer o mínimo, esquisita.

Quando comecei a leitura, achava que o amante era o chinês e que o romance era o ponto central da coisa e que as relações familiares dela algo secundário. Ao final, percebi que era o contrário: as relações familiares, principalmente o tratamento diferenciado dado pela mãe ao filho mais velho e como isso afetou a dinâmica entre eles e a vida dela foram, tão ou mais importantes que a presença do chinês em sua vida. A devoção da mãe ao filho mais velho reverberou na vida dela de tal maneira que me faz pensar que o verdeiro amante da história é ele.
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Luiza 17/04/2023

A mãe, o amor e o amante
Neste breve romance de Marguerite Dunas a simplicidade é o que me me aproxima do livro, a verdade dita sem passar pelo filtro do medo. Apesar de deixar a desejar em diversos momentos, é uma leitura gostosa, curta, porém nos traz profundas reflexões sobre família e realidade.
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Jacques.Bourlegat 13/04/2023

O Amante
A impressão que tive na leitura desse livro é que algo foi quebrado, vários pedaços amontoados encontram-se no chão, percebemos algo cintilante, algumas cores vivas e começamos a catar pedaço por pedaço. E a medida que vamos reconstituindo a peça, percebemos se tratar de um vaso ricamente trabalhado, com ornamentos rebuscados, uma obra de arte sem dúvida! Talvez, essa tenha sido a intensão da autora, quem sabe? Nos convidar a reconstruírmos página após página a vida de sua família, do seu relacionamento conturbado com a mãe, de uma paixão com um jovem chinês rico, mas assim como não sabemos exatamente com qual pedaço do vaso estamos lidando, nos aventuramos no vai e vem de pedaços temporais que a autora escolheu para reconstituir o vaso de sua vida e de uma história de amor que ela somente lembrará com nostalgia do amante do qual desdenhava, quando já era tarde demais...
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