A mão esquerda da escuridão

A mão esquerda da escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Nath 13/05/2021

Uau
Fantástica narrativa, mesmo quando me pegava sem entender absolutamente nada do que estava lendo, devido as palavras desconhecidas pelos dicionários das variadas linguagens humanas, e das profusas descrições, longe de serem cansativas. Uma leitura envolvente, convidativa, fez-me enxergar um novo modo de vida e uma nova realidade bem distante da qual me adequo. Vi-me sob o yin-yang - a luz é a mão esquerda da escuridão.
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Raiane 15/05/2021

Foi meu primeiro contato com ficção científica e confesso que inicialmente senti dificuldade de engatar na leitura, principalmente por causa das nomenclaturas novas e, algumas vezes, seus complexos significados. Mas, depois dos primeiros dois capítulos já consegui mergulhar na história e viajar junto com o Genly Ai para o planeta Gethen.

Algumas partes do livro se arrastaram pra mim pelo excesso de descrição da paisagem, mas isso é algo pessoal. É claro que um livro que traz um planeta totalmente desconhecido por nós deve trazer bastante descrições para nos ambientar da melhor forma possível.

Sobre a história, como viram na sinopse, existe uma comunidade universal em que estão "reunidos" representantes de todos os planetas com vida existentes. Genly Ai, um terráqueo, é enviado, sozinho, para dialogar com os governantes do Gethen, que ainda não faz parte da comunidade.

Os moradores do planeta Gethen não têm gênero definido, não são apenas homens ou mulheres: cada pessoa é os dois/nenhum, e periodicamente exterioriza características femininas ou masculinas.

Essa questão do sexo, para mim, é a mais interessante dentre tudo que é abordado no livro, pois o fato de ser narrado pelo próprio Genly traz a perspectiva que nós mesmos teríamos se estivéssemos no lugar dele e é a que temos ao ler o livro.

Por muitas vezes, o personagem é passível de críticas, por ter pensamentos machistas propositalmente colocados pela autora como reflexões para nós, leitores.

Muitas outras pessoas que leram e eu relatamos dificuldade para imaginar os personagens, justamente devido à questão do gênero. Afinal, considerando a nossa construção social, como imaginar alguém que não é nem homem, nem mulher? Mas, para mim, isso é o que torna o livro ainda mais interessante.

Por fim, a autora não explora tantos personagens e os dois principais são realmente os mais desenvolvidos e que ganham o nosso coração durante a leitura. Não falarei muito sobre o segundo personagem fora o terráqueo Genly Ai pra não dar spoilers. Mas a história é linda e deixou um gostinho de quero mais no final, que foi emocionante!

Recomendo muito o livro pra quem gosta de ficção científica e também pra quem ainda não conhece, como era o meu caso. Foi uma experiência incrível!
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Paloma 18/05/2021

Alteridade
Que leitura rica! Nos provoca tantas reflexões sobre a existência humana e nos apresenta uma nova perspectiva do que é (e o que pode ser) o Ser Humano. É desconcertante a crítica e a quebra dos papéis de gênero que a Úrsula faz; um elemento tão definidor na nossa sociabilidade. Um baita exercício de alteridade.

Não consigo falar muita coisa para não dar spoiler, mas considero essa uma leitura quase que obrigatória para os amantes de literatura em geral.

ps: Para quem não tem muito contato com ficção científica talvez encontre algum desconforto na experiência de leitura, eu sou uma dessas pessoas. Mas por gostar muito dos principais - na minha opinião - elementos desse gênero: estranhamento e reflexão filosófica; ainda sim gostei bastante da experiência de leitura.
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Kauana.Palma 24/05/2021

Primeiro aspecto que deve ser pontuado é que a leitura deve começar pelo último capítulo, um glossário sobre os termos do mundo em que a história se passa.

A história demora um pouco a engatar em especial pela utilização de termos? específicos. Talvez quem diga a dica anterior se situe com mais facilidade.

O livro retrata a missão diplomática de um humano em um dos muitos planetas habitados por outros tipos de humanos. Em Gethe os humanoides são andróginos, manifestando sua sexualidade apenas em um período específico do mês, podendo por vezes desempenhar o papel feminino e por outras o masculino.

O protagonista nos leva a reflexões dos papéis sociais do homem e da mulher, bem como do quanto a sexualidade constante, tida como aberração no planeta cenário da história, pode influenciar nossas atitudes cotidianas e políticas.

Considerando que foi publicado em 1969, quando as discussões de gênero eram menos discutidas, a ficção fica mais interessante.

Opinião: de início a leitura é confusa, depois de engatar na história o leitor fica esperando que toda a descrição de cenários leve a um final que não chega. Gostei da leitura, mas não recomendaria.
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Caetano.Bezerra 31/05/2021

Entendo quem não gostar por não achar dinâmico, e de fato a grande trama do livro não é tão importante. Entranto, o caminho pra se chegar a ela é excelente.

Explorar questões de gênero e suas implicações através da ficção científica, criando uma visão de fato social da coisa, é incrível. Se em Asimov a ficção científica é (exageradamente) técnica, em Le Guin ela é ciência social.

A forma como ela descreve os povos ali, sua cultura, de uma visão a partir da mentalidade deles me pegou muito.

Na trama, a relação ente Estraven e Genly Ai é ótima de se acompanhar e acrescenta muito ao objeto da trama.

Não esperava gostar tanto ao começo da leitura, mas adorei ao final.
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Laurenice.Caprini 02/06/2021

Forte
Bom demais ler com a galera e descobrir que esse sci-fi está mais próximo da realidade do que gostaríamos de admitir. Personagens fortes com final nostálgico.
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Danila 05/06/2021

Primeiro Le Guin
No começo ele causa um estranhamento, mas ali pelo meio me vi tão envolvida pela história... É muito mais do que uma ficção científica, trata de amor genuíno, de amizade, de respeito, confiança... Me tocou profundamente.
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Fabio293 07/06/2021

Surpreendeu
O livro tem uma construção de mundo espetacular. Traça paralelos entre as civilizações desses mundos de forma espetacular. É a história tem uma narrativa espetacular. Com certeza procurarei mais obra da autora.
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Vick 07/06/2021

Jovem se apaixona por livro sem pé nem cabeça após meses lendo uns YA ruim que dói
Esse tipo de livro realmente me faz lembrar pq eu adoro ficção cientifica, por mais que tenha tido pontos que me incomodaram, eu simplesmente não consigo dar menos que 5 estrelas. Não diria que é um livro complexo (mas também pode ser entendido assim), mas com muitossss detalhezinhos, só o prefacio já é incrível e eu AMOOOOOOOO de paixão esse tipo de construção de mundo que se aprofundam em literalmente todos os detalhes.

Bom, sobre o livro mesmo, até a metade ele vai bem, quando você começa você fica mais perdido que cego em tiroteio, são trocentas palavras novas com umas coisas que nunca viu na vida, aí você me pergunta, tá, mas depois isso é explicado? Sim e não, muitas coisas são explicadas direitinhos, outras são explicadas por metáforas e outras simplesmente nós imaginamos o que significa, pq acho que essa exatamente foi a intenção, pq o protagonista da história, ele também tá perdido, ele não sabe o que significa tudo, então acaba que essa "confusão" se torna parte da história, da imersão.

Um ponto bem chatinho, que dá aquele canseira e que se intensifica muito lá pra metade do livro são as descrições do ambiente, eu, particularmente não tenho problema nenhum com descrições sobre a religião, a genética, as lendas (a parte da política também incomoda pouquinhos, pq novamente são 294817427 nomes que você não consegue gravar e se perde, mas acaba sendo necessário), mas agora, 10 páginas pra falar dumas montanha de gelo é foda, mas ok, aceito, dei aquela puladinha marota em umas passagens e vida que segue.

Outro ponto que me desagradou um tico foi o final, que é bem corrido e só a tristeza, porém, colocando numa balança, a criação desse mundo é TÃOOO FODA, as discussões sobre família, gênero, sexo (que muitas vezes partem dum ponto do ponto de vista meio machista e genitalista do nosso narrador, mas neh, nada é perfeito), religião, política, etc etc etc que acabou compensando sabe.

Me lembrou um pouco Despertar da Octávia Butler, que foi outro livro que eu adorei, por trazer exatamente isso, trazer nós como os alienígenas, mas eles também e tudo de jeito, sei lá, meio antropológico/cientifico/psicológico/biológico mas tudo isso dentro da ficção e é tudo uma mentira (alguém pega essa referência, obrigada), enfim, é isso, fez sentido essa resenha? Não, mas é exatamente sobre isso.

PS: Ignorem esse povo chato falando que é ruim, pq minha opinião que é a que vale e é bom sim bjos
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Rodrigo 09/06/2021

Uma obra antropológica
Mais do que ficção científica A Mão Esquerda da Escuridão é uma obra antropológica.

Temas socioculturais, tecnológicos, políticos e religiosos são tratados na obra com tamanha perfeição que nos faz imaginar como seria nossa sociedade se descobrisse que no universo existe um planeta tão diferente do nosso e ao mesmo tempo muito semelhante.

Imaginem vocês, uma terra onde os indivíduos são homens e mulheres ao mesmo tempo que não são nenhum? Qual o resultado de uma incrível jornada em um planeta dominado pelo frio constante? Ficaram curiosos? Recomendo a leitura...

O livro faz parte de um conjunto de obras chamado Ciclo de Hainish sendo o quarto a compor o Ciclo. Não existe ordem cronológica para as publicações, então, não tem problema começar por ele.

Um ponto negativo na edição foi a falta de um glossário com alguns termos utilizados no livro, também achei falta de um mapa do planeta em que passa a história, apesar de ter achado vários na Internet, acredito que iria agregar valor a edição da Aleph.
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Myy 11/06/2021

Muito bom! ??
Fiquei bem confusa no começo mas depois que entendi tudo que se passava a história se tornou extremamente envolvente. Aquela sensação inexplicável que sinto ao ler livros de ficção maravilhosos como esse.
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Moony 19/06/2021

eu amo um livro
é uma coisa tão singela o que a Ursula fez aqui. criando um planeta totalmente diferente do nosso na forma de Gethen - "o trabalho do escritor é mentir", como ela mesma disse -, a escritora fala diretamente de nós, da nossa alma que nos constitui enquanto humanidade, da sombra do fascismo que se avizinha de qualquer regime descuidado sem sequer citar o termo uma única vez.

é magistral e muito amplo, a tal ponto que chega a ser irritante simplificarem a relevância dessa obra apenas ao pioneirismo da discussão de gênero. A Mão Esquerda da Escuridão tem muito mais a oferecer; a outra mão, afinal, é nada menos que a luz.

obrigado, Ursula, por iluminar o caminho tantas décadas atrás e continuar relevante até hoje!
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karine 08/07/2021

impossível não dar 5 estrelas pra esse livro aaaaaaaaaaaa
a escrita me surpreendeu muito, é bem comum eu sentir dificuldade em alguns livros de sci-fi porque são bem descritivos (e inteligentes), mas a da ursula flui muito bem!
espero ler o segundo logo logo
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LUNII 10/07/2021

Incrível!
Sempre tive muita curiosidade de ler esse livro da Úrsula e fico muito contente em saber que não me decepcionei.
O livro conta a história de Genly Ai, um personagem en[*****] em paz, para o planeta Inverno. Ele está indo em diplomacia, buscando conquistar os líderes desse lugar para fazer parte de uma aliança de outros planetas, que trocam informações entre si, visando o bem de todas. A questão é, essa é apenas a introdução do personagem, pouco vai importante esse sistema político ao longo do livro. Mas sim, a relação de Ai com os seres daqueles planetas, que são um tipo de humano, mas sem gêneros entre si, não há homem e mulheres, apenas seres humanos sem sexo.
Acho que a forma como a autora aborda isso é muito legal, a ambientação é perfeita. Ela teve um grande cuidado a criar essa mitologia, não é atoa que esse livro é de extrema importância, me fez ficar toda apaixonada por ficção cientifica.

Esse livro trás uma mensagem muito bonita, ele fala que nós seres humanos, apesar de todas as nossas diferenças, de cor, de gênero, classe social etc, somos no fim, todos iguais.
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