Resenhas - The Secret Garden

Vanessa.Issa 26/10/2017

Reading Challenge 2017: a book that's been mentioned in another book

Juh Lira 26/12/2017

O Jardim Secreto e a Doçura da Inocência
Mary Lennox é uma garota insuportável. Após a morte catastrófica de seus pais, a garota deixa a Índia e volta para a Inglaterra para viver com seu tio, Mr. Craven em Misselthwaite, Yorkshire, este um homem atormentado pelo passado. Sozinha e abandonada pela família, Mary é acostumada a se importar somente consigo mesma e seus caprichos. Porém os segredos de Misselthwaite, incluindo um misterioso jardim trancado por dez anos, desperta na garota grande curiosidade que irá mudar sua vida para sempre.

Publicado em 1911 na Inglaterra, O Jardim Secreto (The Secret Garden) da inglesa Frances Hodgson Burnett é considerado um dos romances infanto-juvenis mais importantes da literatura do século XX, reconhecimento que veio somente póstumo à morte da autora em 1924.

O romance é divido em duas grandes partes: na primeira parte a autora narra os fatos pelo ponto de vista de Mary, incluindo sua consciência, emoções e pensamentos mais profundos a respeito das pessoas dos quais terá que conviver em Misselthwaite e as peculiaridades das mesmas, principalmente em relação a Dickon – importante personagem da trama – um garoto encantador que vira seu amigo no meio do livro e Ben Weatherstaff, o jardineiro.

O mistério do jardim trancado torna-se a obsessão de Mary e um propósito tão forte na menina que com sua eventual descoberta, mudanças profundas acontecem na garota a ponto dela passa a ver a vida e as pessoas com verdadeira compaixão e humanidade.

A metáfora do despertar para a vida pelo jardim secreto se concretiza de forma plena no segundo protagonista da história que toma as rédeas da narrativa até o fim, o impetuoso Colin Craven, primo da garota e filho de Mr. Craven.

Órfão de mãe e abandonado pelo pai e trancado no próprio quarto por ser julgado doente, o menino acredita piamente que é um aleijado e que morrerá em breve. Cheio de birras e excessos de raiva, o encontro de ambos é um dos melhores momentos do livro, pois mostra a Mary tal como ela era como pessoa quando chegou a casa.

Se Mary tomou consciência de si mesma e das pessoas ao seu redor, o despertar de Colin quando é apresentado ao jardim com a amizade da prima e de Dickon é mais arrebatador e profundo. O sentido da vida é essencial para o ser humano para lhe dar um norte, pois sem essa bússola que o conduzirá até o final, não é de se estranhar que muitos se percam o curso da própria vida, acarretando até mesmo em doenças como no caso de Colin.

Contudo a mudança no garoto é tão profunda que é como se ele nascesse novamente. Sem saber a quem agradecer pelo milagre, sua simples razão lhe dizia para agradecer a Mágica do jardim tal como ele chamava, que não só o curou de ficar aleijado, mas também curou a sua alma – mágica esta que ele descobre mais tarde vir de um Criador, e a busca por Ele passa a ser o sentido da sua vida dali em diante.

Dickon é um personagem fácil de gostar logo de cara por ser uma criança adorável e brincalhona, ele sendo um espelho do que Mary e Colin se tornam no final do livro. De crianças birrentas, infelizes e sozinhas, é com frescor que vemos os três sendo o que são verdadeiramente: crianças que brincam, que contam piadas e que riem, ou sejam, felizes.

Este renascer afeta toda a família Craven que estava divida pela dor e pelo remorso, salvando-a de um destino melancólico. Nada mais belo este milagre vir de três crianças nas suas simplicidades de vocabulário e sentimentos, sábias o suficiente para apreciar os mistérios da existência que os adultos não conseguem entender.

A narrativa perde o tom sombrio do começo do romance e no fim é quase como se estivéssemos lendo uma outra história, pois é grande a diferença de sentimento e uso da cadência, ou seja, o ritmo das palavras colocado pela autora que é lírico e suave como uma brisa.

A linguagem musical de todo o livro desperta no leitor o convite de agradecer pelo mistério da vida aos olhos de Mary, Colin e Dickon que souberam apreciá-la como um verdadeiro presente. Não é possível compreender estes mistérios completamente – e jamais o faremos em nossa condição humana – mas no final de O Jardim de Secreto as crianças mostram que é sempre possível mudar o rumo da sua história para um enredo melhor.

Lay 27/03/2015

Narra a história de Mary Lennox, que depois da morte de seus pais, vai viver com seu tio em Yorkshire, Inglaterra. Acostumada a viver na Índia rodeada de empregados e uma aia, se surpreende ao chegar na mansão de seu tio Archibald Craven, um homem deprimido e que vive a viajar, e ser deixada sozinha a não ser pela presença da bem humorada empregada da mansão, Martha, que passa cuidar das coisas de Mary. Mal humorada e mandona, Mary não gosta das atitudes ousadas de Martha. Martha fala sem parar com seu sotaque de Yorkshire, e diz para a menina que ela terá que se virar sozinha dali para frente, pois não haverá ninguém para fazer isso por ela. É com Martha que Mary começa aprender a ser bem educada, gentil, e humorada.

Com seus passeios pelos enormes jardins da Mansão conhece o velho jardineiro Ben, que lembra muito ela, com sua crises de mal humor. Por ele acaba sabendo de um jardim que encontra-se fechado há dez anos e cuja a chave está enterrada. Mary começa a sair todos os dias em busca da chave enterrada e da porta que leva ao jardim, um único ser lhe faz companhia, um passarinho. Em meio as suas buscas pelo jardim, descobre a presença de uma outra criança na casa, seu primo Colin, que em certas noites tem ataques de choro Mary descobre que Colin é muito parecido com o seu eu antigo e decidi mudá-lo contando-lhe sobre o jardim, fazendo com que o menino que pensa que irá morrer e não consegue andar, queira viver. Mary divide além das buscas pelo jardim, as histórias que Martha conta sobre seu irmão, Dickon, menino das charnecas da mesma idade de Mary, um menino simples que divide seu pouco alimento com os animais que encontra, fazendo amizades com muitos deles. Mary, Dickon ,e Colin descobrem o valor de uma amizade, vivendo uma aventura onde a mágica encontra-se dentro de cada um de nós, tudo isso em um lugar que torna-se um mundo particular para eles, o Jardim Secreto.


O livro não trata apenas da história de três que crianças que encontram um jardim e fazem dele seu mundo, mas também em uma narrativa simples e envolvente mostra os primeiros indícios da passagem da infância a juventude. Onde as primeiras amizades verdadeiras são seladas e onde começa a busca pelo sonhar em duelo com a realidade que nos cerca. As primeiras mudanças são feitas, os brinquedos mais infantis são trocados pelas conversas, passeios, e atividades com os amigos. O deslumbre do amor inicia-se, uma pequena faísca acende-se. As primeiras dúvidas surgem e também as primeiras discórdias. Adulto e criança já conversam como iguais. E aos poucos a inocência torna-se parcial, os pensamentos mais estruturados, deixa-se a criança e veste-se o jovem. Um livro surpreendente da infância em sua última e bela fase.

Gregori 21/08/2012

vocabulário complicado
Ingles dificil, nao sou muito expert entao deixei pra ler a versao em portugues.

livrodebolso 14/10/2019

O primeiro livro que li em inglês sem saber nada do enredo me surpreendeu de maneira ímpar: apesar de, aparentemente, ser literatura infantil, a família da protagonista, Mary, morre toda de cólera logo na primeira página, deixando a menina, de apenas dez anos completamente sozinha, sem nem mesmo suas aias para cuidar dela.
Apesar de tratar-se de uma tragédia, a relação de Mary com seus pais não era das melhores, sendo ela fruto de uma gravidez indesejada e criada por suas empregadas em uma colônia inglesa na Índia, rendendo-lhe pouca, ou quase nenhuma tristeza de fato.
A criança, cheia de frescuras, é enviada para a mansão de seu tio na Inglaterra, uma estrutura gigantesca nos arredores de um pântano. A indiferença do tio para com a pequena é de dar pena; ou seria, se Mary não despertasse tanto a antipatia de todos.
Logo que chega, é levada para um quartinho no interior do labirinto em que morará e conhece Martha, sua criada. Porém, diferentemente das anteriores, esta não a trata como um rainha, e insiste para que a menina deixe de ser tão mimada.
Além disso, Martha convence Mary a brincar no pântano, onde a menina encontra um jardim trancado. Rapidamente ela se torna obcecada por descobrir os segredos do Jardim Secreto.
Mais tarde, sua atenção fica dividida entre outra preocupação, além de cultivar suas plantas: ela encontra o filho de seu tio, Colin, criança deficiente desenganada pela medicina que se recupera lindamente por conta da mágica existente no Jardim. .
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Toda a delicadeza com que o livro é narrado faz com que o leitor acabe por evoluir internamente como aconte com Mary e Colin: duas crianças chatas e egoístas que entendem o significado da gentileza e empatia, e se esforçam para fazer brotar um Jardim de vida onde só existia mágoa e tristeza.
Um livro nos moldes de Pollianna, que nos deixa uma importante mensagem: "se você olhar bem, verá que o mundo todo é um jardim", e todo jardim merece ser cultivado.

Rox 18/05/2015

Amar este livro não é algo opcional!
Fiquei simplesmente apaixonada por esta história! Na verdade, eu já apreciava bastante a respectiva adaptação em filme, então no começo pensei que não me empolgaria muito ao ler o original. Qual foi a minha surpresa quando me deparei com uma trama ainda mais sensível e mágica do que a que já tinha assistido tantas vezes na televisão quando era criança! Nossa, estou sem palavras!
A protagonista, Mary Lennox, era uma garotinha frágil, azeda e egocêntrica, isso devido principalmente ao fato de que a mãe dela era terrivelmente ausente, e ela não tinha ninguém que pudesse ensiná-la qualquer noção de limites. Depois de um surto de cólera em que ninguém sobrevive, Mary se vê literalmente sozinha na Índia, e é encaminhada para a casa de seu tio Archibald Craven, em Yorkshire, para que ele pudesse ser o seu tutor, já que agora era uma garota órfã.
É na casa de seu tio, um estranho casarão com uma centena de quartos fechados e um jardim trancado que ninguém entrava há dez anos, que a garota descobre que há muitas coisas na vida que ela tinha simplesmente ignorado; e aprende a gostar das pessoas, gostar de si mesma, a se importar com um mundo que vai além de suas próprias vontades.

Saiba mais sobre o livro nesta página:

site: http://www.docesonhoalado.com/2015/05/livro-the-secret-garden-em-ingles.html

Glória 27/01/2024

Agora eu quero fazer jardinagem
Um livro infantil muito fofo. Com personagens adoráveis (e levemente mimados) que te cativam muito. Desde o primeiro capítulo a história já me deixou empolgada para o que via a seguir. Acho que se você gosta de obras como Nárnia, provavelmente vai amar essa.

No entanto, um desconforto que eu senti durante a leitura foram os comentários (um pouco frequentes) em relação a Índia e negros de uma forma que eu achei... não muito adequada? Eu não sei dizer se racismo ou xenofobia são as palavras certas, mas na minha opinião é algo que passa perto demais para o meu conforto. Não considero uma leitura prejudicial, mas precisa sim de um certo olhar crítico. Se uma criança tivesse contato com essa história, eu recomendaria que fosse feito um acompanhamento por um adulto que a guie, para evitar que alguns comportamentos, comentários e/ou preconceitos sejam internalizados pela mesma.

Fora isso, é uma história bem inspiradora, talvez você termine pronto para montar seu próprio jardim.

Lorena Almeida 04/03/2024

Emocionante
Foi muito divertido ir nessa aventura com os personagens e vislumbrar toda a inocência infantil e pessimismo adulto. Faz tempo que não leio um livro tão bonito.

Caroline 17/03/2020

O livro especial
The Secret Garden é um livro especial. Ele mostra que a amizade e o amor podem melhorar a vida das pessoas. Um livro que leva o leitor para a infância e emociona.

beatriz.v 09/04/2016

Adorável
Literatura infanto-juvenil capaz de agradar adultos também.
Eu adorei !