A Revolta de Atlas

A Revolta de Atlas Ayn Rand




Resenhas - A Revolta de Atlas


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Phelipe Guilherme Maciel 21/01/2018

Não sei se defino a primeira parte como conto de fadas ou se foi apenas indecente mesmo.
Quero deixar claro que estou falando apenas pela parte 1 do livro. Eu esperava muito mais. Me considero liberal e acho Ayn Rand um grande nome na filosofia politica mundial, com uma biografia absurda. Mas o que é isso? Li inclusive uma resenha aqui no Skoob mesmo que a leitora mandava eu me preparar para um cenário onde pontos de vista conflitantes iriam se chocar violentamente e teria uma overdose de filosofia. Além dela, diversos grandes nomes da economia brasileira e mundial dizem que esse livro é fundamental. É... Passou muito longe. Ou lemos livros diferentes.
Estou com um sentimento absurdo de decepção.

Todos os personagens do livro ou são super heróis e claro, ilustram o capitalismo, ou são completos idiotas e representam o socialismo. Tudo bem que isso parece muito com o estilo literário do romantismo, enquanto eu lia, lembrei demais dos livros de José de Alencar, mas não consigo enxergar como isso se aplicaria num livro que vai discutir toda a ideia filosófica da pessoa.

O enredo é basicamente:
O mundo está tomado de países populistas e socialistas e os Estados Unidos é a única nação capitalista, mesmo assim, decaindo também. Todos os grandes nomes da economia, artes, esportes e etc estão desistindo da vida e se aposentando ou desaparecendo. Alguns poucos capitalistas continuam tentando sobreviver e sempre são barrados por "vilões" socialistas que tentam atrapalhar seu negócio ao máximo por pura inveja, e quando tudo dá certo, lhes tomam o trabalho duro na mão grande.
O livro é apenas uma sequencia de feitos milagrosos onde os capitalistas, suplantando todas as dificuldades que os socialistas lhes impõem com sua ignorância, incompetência, e corrupção. E no momento que eles atingem a gloria, os invejosos criam uma lei que usurpa aquilo que eles criaram, os forçando a começar tudo do zero mostrando novamente que eles são superiores a todos eles. E esse é o mote do livro. Até quando eles conseguirão isso? Quando Atlas vai encolher os ombros?

Eu esperava ver verdadeiros embates entre antagonistas fortes e inteligentes com os protagonistas do livro. O que recebo, são dezenas de paginas de um diálogo chato, onde homens irretocáveis e sem maculas conversam com ignóbeis idiotas que mal sabem o que estão fazendo. Esperava muito mais.

Eu havia separado um pacote inteiro de post its pensando que marcaria o livro inteiro mas não usei nem 10 marcadores direito, e os usei para marcar alguns dos personagens importantes e alguns eventos importantes no livro, pois não houve nenhum diálogo que ensinasse algo importante, ou que discutisse os diversos pontos de vista sobre economia, política, e sim diversos diálogos entre alguém que está sempre muito superior em relação ao seu interlocutor, pois é burro demais ou emocional demais para entender seu pensamento superior.

Um adendo que devo fazer: Sei que o livro é da década de 50, mas Ayn Rand era uma mulher muito inteligente e eu não sei como ela pode criar uma personagem feminina tão poderosa como Dagny Taggart e a transformar num animal subjugado quando está se relacionando com homens sexualmente: Servil, submissa, algumas vezes até humilhada. Alguns eventos ali demonstraram até uma certa violência. As cenas onde ela viaja nos trens de sua família são muito mais sensuais que as cenas de sexo. Isso é um problema no livro.

Não sei se defino como conto de fadas: O Socialismo é a bruxa má sempre pronta a fazer maldades e usurpar o que não é dela, e o Capitalismo é o herói maravilhoso montado a cavalo, sempre disposto a colocar as coisas em ordem e salvar a princesa. Ou se foi indecente, no sentido de realmente considerar que todo mundo é idiota e corrupto se não pensar daquele modo. E se o sentido fosse esse, é triste a perda da oportunidade de criar um romance para explicar aos mais leigos de uma forma exemplificada todo seu pensamento, baseado naquilo que seus opositores vivem pregando. Seria perfeito.

Vou ler o segundo livro pois acho que não deve ser somente isso. Esta resenha, repito, diz apenas o que sei até o ponto que li deste livro, não estou falando pela obra completa, mas pela primeira parte.
Craotchky 21/01/2018minha estante
Essa discrepância de opiniões não deve se derivar de vocês terem lido um livro diferente, mas deve indicar que a leitora citada é provavelmente é bem diferente de você.


Phelipe Guilherme Maciel 21/01/2018minha estante
Sim, com certeza somos leitores diferentes. E a comparação não é com a leitora, usei ela somente como exemplo de que realmente todos falam muito bem do livro e ATÉ agora não vi os motivos de tanta exaltação. Isso é uma parcial.


EA 21/01/2018minha estante
Estou lendo o livro II, que é bem melhor que o I. Mas lendo sobre suas expectativas, creio que ainda estará aquém.
De qualquer forma, vale manter a leitura.


Phelipe Guilherme Maciel 21/01/2018minha estante
Eloiso, só de ouvir essa sua confirmação de que o 2 é melhor que o 1, já fico revigorado de continuar, porque o cansaço estava grande. Eu entendo que ela fez algo que era comum na epoca do romantismo: Criar o personagem perfeito, imaculado, cheio de virtudes, lendo esse livro eu lembrava de José de Alencar. Mas o problema é que os diálogos ficaram muito fracos. Mas no livro 3 eu farei uma resenha definitiva e talvez mude de ideia.


Lucas.Sousa 26/02/2018minha estante
Tem que olhar o contexto histórico em que a obra é feita: anos 50, após a guerra. Revoluções socialistas irrompiam e eram traídas aos montes pela burocracia stalinista, o que deixa a marca do socialismo como "autoritário" e de uma "corja de imcompetentes", o ocidente, tentava frear esse movimento propagando as ideias dominantes feitas aquém da realidade concreta, isto é, ideologia. O estilo romântico é puro pastiche.
Os EUA eram invencíveis militarmente, mas não podiam usar da força devido à possibilidade de destruição total, por isso utilizam-se dos meios de produção do consenso. O livro de Ayn Rand serviu a esse propósito, e deu certo, junto com todo o aparato hegemônico cultural. Não à toa de 45 a 75 é chamada de A Era de Ouro do Capital.


Phelipe Guilherme Maciel 11/04/2018minha estante
Lucas, obrigado pelo comentário. Li a Obra completa. Eu esperava muito mais dele. Entendo que a Ayn Rand queria passar a filosofia dela da forma mais simples possível para que todos pudessem entender nesta obra, e isso ela faz muito bem. Você consegue entender bem os conceitos da filosofia de Ayn, sem precisar sofrer muito. O que acabou por empobrecer o livro na minha opinião é a idiotização que as visões opostas às dos protagonistas são apresentadas, e a pobreza de alguns diálogos chave, que justamente apresentam as idéias de Ayn de forma mais vigorosa.


Francielle Lima 31/07/2018minha estante
A Dagny neste primeiro volume é a típica mulher que as mulheres da década de 50 eram na visão da Ayn, destruidora de padrões, mas que não podem esquecer do sexo, penso que se todas as cenas mais sexuais fossem retiradas do livro, falta não fariam.


Alípio 14/12/2019minha estante
Eu diria que é simplesmente a personalidade da Dagny, pois mulheres desse porte não faltaram de eu ter conhecido.
Em minha opinião pessoal ela se tornou muito mais completa dessa forma, do contrário seria apenas um robô ou uma TEA ou TPA.




Luan Coutinho 07/04/2024

Quem é John Galt?
Para mim, esse livro apequenou o termo "perfeição". Conseguiu superar (e com muita margem) o que eu poderia chamar de ápice literário. Ayn Rand nos presenteia com um livro filosófico mascarado através de romances, política, mistérios, investigação e muito mais.

Entendo porque muita gente não gosta dele também, é muito duro, muito crítico, praticamente ofensivo. As vezes até um pouco cruel, mas nunca ignorante. Se exagera, é por meio da ficção; se critica, é de forma construtiva; se ofende, é porque é verdade.

Acho que não tinha momento melhor de ler esse livro do que agora, me identifiquei de forma inimaginável, não só com as ideias que a autora coloca em sua história, mas com o enredo em si. A forma como eu estava tão imerso na leitura que queria saber o significado das coisas, que entendia a entonação de cada frase, que imaginava cada cena como se aquilo fosse tão simples de imaginar. Não teve um livro até hoje que tenha marcado tantas frases (e capítulos inteiros) como esse, mesmo sendo bastante desafiador.

Aos que instantaneamente tentam diminuir a leitura por não concordarem com a autora, só provam mais uma vez que ela está certa. E quem nem sequer dá uma chance de começar, tentem. Há algo de bom em ler coisas que você não concorda 100%, permita-se pensar e quem sabe formular até mesmo uma contra argumentação.

Realmente não sei o que acrescentar a essa resenha, esse livro me deixou sem palavras, é o melhor e mais importante que já li até hoje. Meu único medo é não conseguir ler nada mais à altura...
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Ivan 06/03/2021

O mais importante são os valores defendidos no livro
O livro é extenso e alguns trechos são um pouco cansativos. Preparem-se para dedicar um bom tempo para sua leitura. Na parte final do livro, tem um discurso de aproximadamente sessenta páginas! Mas o livro é bom, com personagens fortes e com uma boa narrativa geral. Mas é a filosofia enaltecida pelo livro que representa o valor mais importante e justifica a leitura! É uma chamada a reflexão.
Trata-se de um romance filosófico que ocorre em uma época imprecisa, quando forças políticas de esquerda estão no poder. Os EUA é um dos últimos países ainda capitalistas, mas estão em decadência e sua economia caminha para o colapso. É evidenciado de forma clara e transparente o conflito entre o estado e a iniciativa privada.
A intervenção estatal sufoca qualquer tentativa da iniciativa privada de reerguer a economia. Então os principais líderes, em diversos setores, começam a desaparecer misteriosamente. Aos poucos o Estado vai se apossando de suas propriedades e invenções, mas não consegue mantes os negócios lucrativos como outrora.
É fácil traçar um paralelo com o que está ocorrendo no mundo atual. Permite uma reflexão sobre os efeitos de longo prazo do socialismo e do capitalismo.
Excelente livro de Ayn Rand. Com seus personagens fascinantes, ela defende princípios de sua própria filosofia (objetivismo): a defesa da razão, do individualismo, do livre mercado e da liberdade de expressão, bem como os valores segundo os quais o homem deve viver – a racionalidade, a honestidade, a justiça, a independência, a integridade, a produtividade e o orgulho. Apresenta uma relação com a moral dos fracos de Nietzche, para o qual o fraco fez o forte se sentir culpado de sua força. Sem os grandes empreendedores não haveria sociedade, não haveria pensamento, inovação e tecnologias, por isso o nome do livro. Atlas é o deus que carrega o mundo nas costas.
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lightweaver 24/12/2021

Juro por minha vida... e por meu amor á vida... que jamais viverei por outro homem... nem pedirei a outro homem... que viva... por mim.
PROPÓSITO & PROPOSTA: Ayn Rand nasceu na Rússia em 1905 e saiu de lá em 1926, 21 anos vivendo nos momentos mais sinistros do país proporcionou a ela não só crescer num dos piores momentos da história como também presenciar momentos marcantes como a revolução dos Bolchevique em Outubro com Lenin assumindo as rédeas da Rússia, finalmente destronando a monarquia, e pondo em prática o seu Marxism–Leninism. Ela e sua família tiveram a sua propriedade tomada por commies e foram obrigados a fugir e foi ai que o verdadeiro pesadelo começou. Milhões morrendo de fome, trabalho forçado, e execuções políticas. A mensagem sombria do auto-sacrifício florindo enquanto a inveja, ressentimento e ganância devoravam a Mãe Rússia. A chegada na Terra dos Livres em 1926 exerceu um forte impacto na Ayn e ela rapidamente se tornou fã de carteirinha da democracia Americana e Capitalismo, e que serviu como contraste com as experiências que ela teve na opressiva União Soviética. A filosofia dela se desenvolveu a partir dessas ideias Americanas e são completamente opostas ao que ela viu e viveu na União Soviética e que essa era basicamente um lugar não fundado no direito individual de seus cidadãos e sem nenhuma liberdade para qualquer um ir atrás de sua própria felicidade. Ela chegou no USA com um aviso sobre o preço a ser pago, que precisa ser pago, em nome da Utopia. Um preço bem Vermelho. Eu acho que isso vai servir de base para os outros tópicos que eu vou abordar no resto desse TCH (trabalho de conclusão de história) e o propósito aqui é claro porque sem ele nós não existimos. Fomos criados pelo propósito. Propósito que nos conecta. Propósito que nos motiva, que nos orienta e que nos faz agir. Propósito que define. Propósito que nos une. Saque do propósito. Stalinism só foi implementado em 1927 e foi até 1953, foram vários anos de Gulag, scary as [*****].

WORLD BUILDING: Para mim esse livro poderia ser facilmente categorizado como uma Distopia mas o forte viés Filosófico colocaria esse livro em algum tipo de Distopia Filosófica ou algo do gênero, enfim, ela se passa no USA mas é uma versão muito diferente da original porque o cerne político é abertamente uma República Social e é altamente implicado que a maioria dos países nesse universo são todos comunistas ou estão no spectrum socialista e é o caso do próprio USA nessa história, logo no começo já percebemos que todo o sistema se aproxima de um grande colapso econômico com a escassez em massa de alimentos, negócios falindo e uma baixa cada vez maior em produtividade. Eu não vou entrar em detalhes mas cada tipo de governo possui o seu próprio sistema econômico e não existe nenhuma dúvida de que o capitalismo é de fato o melhor de todos se considerarmos que esses sistemas trabalham em um framework que geralmente envolve produção, alocação de recursos, distribuição de mercadorias e serviços e o capitalismo é o melhor em oferecer isso e no que diz respeito a atender necessidade do maior número de pessoas com produções em massa e também há as leis trabalhistas para que as coisas não saiam do controle. Mas o capitalismo, mesmo em toda a sua glória, não vem sem um preço e o nome desses são os monopólios mas eu não vou entrar nisso agora e sim em outro tópico. Voltando ao assunto, socialismo geralmente é um spectrum para uma sociedade passar do capitalismo para o comunismo mas o USA nesse livro é um Estado Socialista onde o Conselho de Unificação cria leis e obstáculos para que no fim eles controlem todos os meios de produção e eventualmente adquirindo todas as propriedades privadas do país e virando o maior dos monopólios e nesse ponto eles são os únicos que podem te dar um trabalho, os únicos que podem escolher quem é promovido, quem vai ganhar dinheiro, quem vai ficar no comando das fábricas e quem vai limpar o chão. Com as conexões certas, conhecendo o topo da cadeia alimentar, uma vaga bem confortável poderia ser oferecida em um piscar de olhos, tendo ou não o mérito para tal, e esse é um dos muitos motivos da falência econômica porque colocar pessoas incapazes e incompetentes em posições de autoridade não é uma boa ideia e no final a impressão de dinheiro sempre aposta corrida com a fome que mata os cidadãos. Você não podia sair do país também.

Subversão e Propaganda: Eu não toquei nesse assunto no tópico anterior porque um tópico inteiro seria melhor para falar sobre isso. O procedimento necessário para um país inteiro fazer uma transição tão radical quanto sair do capitalismo e ir para o socialismo e chegar ao comunismo é bem assustadora e gradual, quase inescapável. Envolve um Sistema cujo o único objetivo é a realização de engenharia social com o objetivo absoluto de alinhar o pensamento do maior número de pessoas em algum tipo de politicamente/socialmente correto e usando as mentes alinhadas para irem contra os que não se alinharam e perpetuar esse processo até que não sobre mais nenhuma mente realmente livre porque liberdade de pensamento é algo que o Sistema repudia. Um outro método para forçar um comportamento é deformando o idioma. Outro ponto crucial nesse Sistema era usar os rádios, jornais e cartazes para espalhar a propaganda e ninguém ousava dizer algo sobre isso porque eles não eram donos de nada, e não queriam morrer, e então o controle da narrativa estava assegurado e quem controla a narrativa controla o passado, futuro e o que as pessoas devem ou não saber. Crianças, a parte mais importante para um sistema desses realmente prosperar é a subversão absoluta de crianças nos campos de doutrinação mais conhecidos como escolas, essas escolas irão se certificar de que essas crianças em 3 gerações dali para frente sejam os maiores agentes do Sistema e em 5 gerações com um processo desses sendo aplicado sem parar, xeque-mate. Antigamente as barreiras geográficas impediam que esse tipo de poluição migrasse para outros países mas hoje em dia, já que estamos todos conectados pela internet, é muito fácil que todo o mundo seja alvo de algum tipo de subversão e forçados a algum tipo de pensamento de grupo. Todos os registros são destruídos ou falsificados, todos os livros são reescritos, todos os quadros são repintados, todas as estátuas, todas as ruas, todos os edifícios são renomeados, todas as datas sào alteradas. E o processo continua dia a dia, minuto a minuto. A história se interrompeu. Nada existe além de um presente interminável no qual o Partido sempre tem razão.

TEOLOGIA: Ayn provou um ponto extremamente interessante nesse livro e eu duvido muito que ela tenha feito isso conscientemente. A maioria das revoluções socialistas/comunistas buscam destruir sistematicamente as religiões e antigamente na USSR eles usavam posters para espalhar essas ideias e o público dessas propagandas costumavam variar mas o alvo primário eram as crianças, o sistema dava para as crianças a imagem de que a igreja não era importante e que elas eram as mais educadas e as pessoas mais velhas eram ultrapassadas e isso criava uma divisão nas famílias porque os mais velhos possuíam mais experiência de vida e vivendo tantos anos em um ambiente extremamente hostil como a Rússia naqueles anos tornava eles sábios na arte da sobrevivência e com bastante conhecimento sobre o que estava acontecendo e o laço biológico fazia com que eles se importassem mais com a família do que o Governo e isso representava um problema que precisava ser resolvido e o método mais eficaz é apelar para as crianças e fazer com que elas causassem a ruína da família e faziam isso reforçando a ideia de que elas eram superiores. O estado passava a representar compaixão e a família passava a representar opressão. Algo similar aconteceu na Alemanha nazista, você precisa permitir que as crianças sejam livres e isso aconteceu em muitos regimes mas quando se trata de alguma revolução da asa esquerda, geralmente, é sempre assim que funciona a respeito de religiões. Outro alvo desse tipo de propaganda era a classe trabalhadora, esses eram encorajados a serem propriamente comunistas e uma forma de fazer isso é se livrando de todos os itens relacionados a religião porque a tese era que eles não precisavam dessas coisas mais porque eles já estavam vivendo na Utopia e não há espaço para religião em Utopias. Uma vez que você se livra das religiões em uma sociedade o resultado geralmente é uma sociedade sem código moral algum e coisas interessantes acontecem quando você não tem um fator religioso te falando que certas coisas são erradas e nesse ponto é dever do Governo assumir o lugar de guia espirital e colocar os seus amados cidadãos no caminho certo. Em suma um dos únicos métodos de combater o comunismo naquela época era carregando conhecimento e os únicos fazendo isso eram os representantes religiosos, eles ofereciam para as pessoas uma perspectiva diferente e por causa disso eles simplesmente não eram autorizados a coexistir porque a ideia de um sistema comunista é ter certeza que o controle da mente das pessoas pertencia a eles e para isso a sua voz precisa ser a única sendo ouvida. Para melhor ou pior, a mensagem é clara, religião e religiosos e o declínio destes costumam sinalizar que coisas estranhas estão acontecendo e vão continuar a acontecer. Não tem como negar, nenhuma civilização realmente prospera, sobrevive ou consegue se sustentar espiritualmente sem estar ancorada em uma religião. Até mesmo países comunistas usam a imagem do percursor do sistema como figuras que transcendem o domínio humano, seres humanos geralmente são religiosos por natureza. É a alma da civilização, é o guia e o código moral, é algo usado para tornar as pessoas melhores e para que saibam valorizar, é um dos pilares usados para julgar o certo e o errado e se perguntar o motivo disto. É o lugar que as pessoas devem ir quando precisam de formação espiritual. É o bálsamo para a alma. É a liberdade compartilhada na busca de significado e precisa ser compartilhado porque religião não pode ser individual, e nesse caso não seria uma religião, e sim uma crença. Sure, depende da religião e o que eu disse se aplica mais ao Cristianismo, Budismo e Candomblé. Religião também não é para os fracos, existe uma linha tênue entre uma adoração saudável e o fanatismo que prega o ativismo, já conheci pessoas fanáticas nessas religiões e não foi nada lindo e é um pouco sinistro. Todos esses dogmas praticados por religião não podem existir em sistemas políticos como Socialismo e Comunismo. Não, eu não sou uma pessoa religiosa mas eu gosto de estudar história e religião como hobby, não curto teocracia e nem nada dessas coisas mas a religião é um frágil escudo que deveria proteger a sociedade de coisas perigosas que podem acontecer. A parte interessante é que esse livro prega o Objetivismo e este não curte muito o Cristianismo e do mesmo modo que a Ayn provou, de certa forma, que uma sociedade não funciona sem religião, ela apenas substituiu o Cristianismo por outra religião, uma que o messias é John Galt. O pessoal do Vale possuem uma visão ampla sobre santos e pecadores, possuem também seus rituais e liturgias envolvendo o prédio do motor sagrado do Galt e até Mandamentos. Definitivamente não é um culto, Galt abraça o Individualismo e prega que é dever de todos os seres humanos serem felizes mas as implicações são que seguir o seu sistema de valores é o único modo de chegar nisso e sempre reconhecendo que o sistema dele é o melhor e que todos devem se juntar a ele, não, definitivamente não é um culto. Os guias do Objetivismo são princípios que deveriam ser seguido, isso eu não nego, coisas como Racionalidade, Independência, Integridade, Honestidade, Justiça, Produtividade e Orgulho, Galt quer que as pessoas encarem a vida de cabeça erguida e olhos abertos em ordem de viver uma vida moral, ignorância e fingimento são imorais.

O Terror do Saque Espiritual: Esse é o termo mais fascinante que eu já tive o prazer de entender, e isso em 26 anos de vida, racionalizar como um termo tão fantasioso pode acontecer aqui mesmo na vida real é incrível. Quando eu li e reli o capítulo da Cherryl no terceiro livro, ANTIVIDA, eu pensei que a Ayn havia sofrido o mesmo e teve o seu espírito roubado e degradado mas ela fala com conhecimento que também poderia significar que ela apenas sabe muito sobre o assunto já que ela o viveu enquanto ainda estava sob a bandeira vermelha da USSR. O que temos nesse universo de Atlas é uma sociedade que viveu pelo menos 3 gerações sob um Sistema que prega que o bem social é a maior das virtudes e o bem individual é a maior das ganâncias, todas as pessoas que seguirem a estrada em busca da própria felicidade estão diretamente contra o estabelecimento e contra o bem social e portanto essas precisam ser ostracizadas pelo bem maior social. Muitas pessoas olharam para isso achando que os protagonistas eram apenas muito egoístas e seres sem alma mas você precisa entender a raiz dessas implicações que o Sistema aplica na sociedade, ele está sistematicamente impedindo pessoas de terem uma paixão. E paixão é mesmo a palavra-chave porque um sistema social desses não enxerga que a ideia que algumas pessoas que trabalham mais que as outras, que algumas pessoas possuem paixão pelos seus trabalhos e projetos é visto como algum tipo de mito capitalista, todo mundo é exatamente o mesmo e quem diga o contrário está mentindo sobre ter ou não uma paixão desse tipo. O sistema não acredita na verdadeira paixão que uma pessoa pode sentir pelo trabalho de sua vida, não acredita no chamado que as pessoas podem ou não sentir a respeito de suas futuras profissões, não acredita que pessoas podem ser melhores do que elas são atualmente e evoluir, todas as diferenças como habilidade, talento, competência, educação, experiência pessoal são, para o sistema, um mal a ser corrigido porque todos devem ser absolutamente iguais em suas capacidades e com o bem social ditando tudo que eles podem ou não fazer. Agora vem a parte realmente interessante, as pessoas que mais estão entranhadas nesse modo de vida começaram, eu acho que inconscientemente, a praticar o saque espiritual que é quando eles acham as pessoas que ainda possuem vontade de viver e fazem com que essas pessoas abdiquem elas mesmas em nome do saqueador. Vimos isso acontecer com o James, ele quer ser amado pela Cherryl mas a ideia dele ser amado pelas qualidades que ele pode ou não ter é impensável para ele e é assim que o saque espiritual funciona, eles forçam ou esperam que essas pessoas deem tudo de si e ofereçam tudo de si para os saqueadores espirituais porque esse é o único modo deles se sentirem vivos, os saqueadores procuram meios de terem tudo aquilo que pessoas como Rearden ou Francisco mas sem ter que SER o que eles são. Imerecidos em Espírito. E é exatamente por isso que os civis, personagens que não sejam os protagonistas, não são personagens caricatos. Eles estão em diferentes processos de subversão, principalmente aqueles que trabalham controlando a população, James é aquele que mais sofreu as influências do estabelecimento e é também o primeiro a sofrer as consequências de se viver daquele jeito. O sistema fala sobre Direitos mas não sobre Responsabilidades, fala sobre Aliviar Sofrimento mas não sobre Criar Maravilhas, fala sobre Sobrevivência mas nada além Disso, falam sobre estar Vivo mas não sobre Viver uma vida inteira. Creepy as [*****] se vocês me perguntarem.

Pessoas de Interesse: Agora é chegada a hora de falar sobre os egoístas, os vilões, a fonte de todos os problemas sociais nessa maravilhosa história. Inicialmente eu pensei em fazer um tópico para cada um desses personagens mas mudei de ideia porque todos eles possuem algo em comum e possuem mais similaridades entre eles do que diferenças fundamentais, Ragnar é uma exceção mas ele é louco. Para começar, todos esses nojentos estão contra o estabelecimento desse universo, e francamente, a maior parte desse livro fala sobre esses indivíduos que não fazem parte do rebanho social, são pessoas ousadas o bastante para falar o que acham e fazer o que querem fazer e procurando a própria felicidade e infelizmente, esses egoístas nojentos, fazendo todas essas coisas são vistos com desaprovação e não como pessoas que estão apenas abraçando coisas como liberdade e auto-estima. Esses personagens são aqueles que entregam pensamentos profundos e ideias que podem ou não ser do interesse do leitor, e não se importando, não sendo sensíveis para com os pensamentos do bem social, como eles ousam! Essas criaturas! O governo só quer a oportunidade para serem carinhosos, gentis e demonstrando que podem cuidar de sua população como uma mãe cuida de um filho recém-nascido, uma mãe carinhosa que está sempre pronta e ávida para educar e guiar o seu filho corretamente e sempre sabendo o que é bom e o que não é bom para o pirralho que acabara de nascer e começou a crescer e esses hereges ousam fazer todas essas coisas horríveis, precisam queimar, estão contra o bem social.

Francisco "PLAYBOY" d'Anconia: Esse aqui é o meu personagem favorito, o modo como ele é construído é genial, ainda mais no contexto dessa história, tudo o que a história oferece nos dois primeiros livros sobre ele são peças e elas só fazem algum sentido no terceiro livro mas isso é em questão de Plot, as filosofias que ele tem a oferecer nos primeiros livros da história são as mais fascinantes, o monólogo dele sobre Dinheiro e Relacionamento é o que todas as pessoas deveriam ter no background de suas mentes. i digress. Francisco tem seus hobbies, quando o leitor é exposto ao que ele tem a dizer você é obrigado a considerar que talvez esse personagem não seja aquilo que todos falam e ele apenas gosta muito de cultivar a imagem de playboy mimado que não sabe gerenciar o próprio negócio e seu passa tempo favorito é zombar e manipular as pessoas. Ele é foda. Admito que toda vez que ele entrava em cena para insular o caos eu estava ali bem ao lado dele para ver o que ele ia aprontar daquela vez e o modo como ele desempenha o papel de manipulador vingativo é digno de Oscar, se é que Oscar vale de alguma referência hoje em dia, mas nem sempre ele se diverte com as atuações e os momentos onde a máscara quase desmancha são os momentos em que ele interage com Digny e Rearden. Relação dele com o Hank é baseada nos valores que os dois compartilham e vivem por, no final do dia você deseja que o final deles seja trabalhando juntos em alguma caverna minando ferro e cobre e construindo seus sonhos. Todas as relações desse livro partem de algum princípio filosófico e profundo, a relação desses dois é uma prova que é muito melhor ter amigos e não aliados, no final do dia você não vai ter o amor e o coração da pessoa mas as bases, valores e objetivos que os dois escolheram viver por ainda estarão lá. E isso é um reflexo, o modo como escolhemos nos relacionar com as pessoas diz mais sobre a gente do que qualquer outra coisa. Amigos, não aliados. O personagem do Francisco também trabalha na premissa de que o passado é sim importante e serve como base para o tipo de pessoa que você vai se tornar, a história que ele compartilha com a Digny é uma parte essencial para a história já que o fato deles terem crescido juntos fez com que eles desenvolvessem e compartilhassem os mesmos valores e ambos possuem ancestrais com legados que serviram de inspiração e diferente do Galt e Rearden que começaram suas histórias pobres, esses dois nasceram ricos e com legados e não tiveram que construir seus negócios desde o começo. Fica bem claro que Francisco teve um impacto na formação do personagem da Digny, o caso de amor que eles tiveram e o modo como ele terminou pavimentou e muito o modo como a Digny se relacionaria com pessoas como Rearden e Galt, a coisa toda é bem irônica, quase sombria, porque o pobre Francisco vinha fazendo a sua greve pelo bem de sua amada mas isso também traz consigo uma lição importante, por mais que o passado exerça a sua influência nas pessoas, algumas experiências não podem ser repetidas ou replicadas. Digny e Francisco compartilham o passado mas nunca vão poder voltar para ele.

O ELEFANTE NA SALA: Sure, eu gosto de capitalismo, eu gosto de capitalismo por todos os motivos que eu falei nessa resenha mas não podemos ignorar o óbvio problema causado por ele hoje em dia, Ayn cometeu umas falhas bem interessante no modo de pensamento dela mas eu não culpo ela por isso, não sabendo onde ela nasceu e onde ela cresceu. Primeiramente porque ela viveu em outra época e eu duvido que ela tenha sequer considerado como que seria o futuro, será que a palavra "redes sociais" passou pela cabeça dela? Nunca passou pela cabeça dela que pessoas abdicariam as liberdades e pensamentos mais básicos. Eu acho que na mente da Ayn monopólios simplesmente não poderiam existir em um mundo com tantas pessoas livres e definitivamente não no USA com tantas pessoas podendo ter oportunidades com o mercado livre, eu acho que nunca passou pela cabeça dela que Redes Sociais e Wokeism fossem monopolizar a mente de tantas pessoas e que as pessoas fossem se permitir serem monopolizadas e influenciadas desse jeito. Nunca deve ter passado pela cabeça dela que chegaria uma geração e um momento na história onde as pessoas literalmente fossem glorificar a fraqueza porque é isso o que acontece quando você fala para as pessoas que a fonte de todos os problemas são externos e não internos. Então, monopólio. Sabe, em muitos sentidos da palavra, já estamos vivendo em uma distopia ou algum tipo de universo cyberpunk mas a gente não percebeu isso ainda. Negócios como Big Tech, Big Corporações, esses monopólios que controlam as mentes e o mercado da civilização e a escala em que eles existem é simplesmente incompatível com uma sociedade livre. Inovação deveria ser integrado tendo como base tradição e valores e quando uma sociedade é reformada por essas Big Corporações é claro que vai dar ruim e é esse o estado em que estamos hoje em dia e vai ficar muito pior enquanto a internet não começar a ser tratada com cautela e algo assim só vai rolar quando uma merda muito grande acontecer ou quando países começarem a decair e a degradar e talvez nem assim, vivemos em um mundo que busca te distrair e cada vez mais o número de coisas que te força a pensar, realmente refletir, só diminui.
Gean 24/12/2021minha estante
ISSO SIM QUE É UM TCH!




alissonfrts 29/12/2023

Para os que querem ser protagonistas de suas vidas.
Ayn Rand é uma filósofa que defende muito o individualismo, fala muito sobre o estado vs mercado privado. Só que o livro não é técnico, é uma história com vários personagens fodas, cheia de detalhes e daria fácil uma série de 5 temporadas. Mas se fosse pra destacar uma coisa seria essa questão do individualismo/egoismo. Fica bem claro que o ser humano só se desenvolve e as coisas só evoluem quando ele tem como centro seu próprio benefício (sem deixar de ser ético ou cometer crimes obviamente). A primeira vista isso parece meio ?mau? e ?desumano? mas só se tem uma sociedade de qualidade quando essa dinâmica é aplicada.

Você dá um presente pra sua namorada, leva ela pra sair, pq quer ver ela feliz, sim, mas ainda mais pq quer que a relação seja boa, pq sabe que isso vai te fazer bem, pq gosta dessa relação e da companhia da sua parceira. Não existe nenhuma ação que o ser humano tome sem que ele calcule mesmo sem perceber, os benéficos que aquilo vai trazer pra ci mesmo. A consequência é que os dois lados ganham.

Eu lembro da forma como funcionava um restaurante que trabalhei nos EUA num intercâmbio que fiz. Tudo era por pontuação, por horas trabalhadas, ninguém ganhava um centavo em cima do outro. Se tu quisesse ganhar mais, tudo bem, tu se especializava e dava pro restaurante um serviço de maior qualidade (entender tudo sobre vinhos por exemplo). Como consequência o cliente era melhor atendido, ficava mais satisfeito, gastava mais, o restaurante ganhava mais, e eu como funcionário tbm ganhava mais. No dia que eu quisesse ir embora mais cedo eu simplesmente comunicava e entrava em acordo com a equipe e ia embora, pq preferi meu tempo livre a remuneração, e quem optou por ficar lá trabalhando até tarde pela minha ausência ficou com a fatia da remuneração que eu abri mão. Ninguém extorquiu ou obrigou ninguém a fazer nada, ninguém trabalhou por ninguém, todos saíram ganhando pq cada um estava pensando individualmente em si mesmo.

Diferente do Brasil, onde se tem um braço populista e socialista muito forte onde tu vai nos Correios, e o cara que trabalha lá, independente de estar fazendo um serviço bom ou ruim, ganha a mesma coisa, sem subir de cargo ou poder ser demitido. Ele vira um zombie sem objetivo algum, os clientes são mal atendidos, e o governo não tem evolução nos serviços. Mesmo no mercado privado, tu é obrigado a bater ponto e ficar sentado até horário x mesmo que tenha que fingir que tá produzindo, pq é das 8h às 18h.

Óbvio que se trata de uma filosofia e nem tudo precisa ser levado à risca, mas simpatizo com a base de pensamento até mesmo por já ter vivido ela na prática como mencionei sobre o restaurante. Eu acho que quando você está ciente disso, enxerga as coisas de uma maneira mais clara e não fica tão vulnerável a sentimentos, ou atitudes das outras pessoas. Pq é o comportamento humano.

Mesmo quando tu faz algo por caridade, uma doação, ou ajuda alguém, é pq aquilo genuinamente te faz bem acima de tudo, só fosse um fardo pra você, tu não faria.

Agora imagina uma história de 1200 paginas com diversos personagens riquíssimos em detalhes sendo contada em torno disso, vários empresários fodas com ideias e linhas de raciocínio ainda mais fodas? esse é o livro basicamente.
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VictAria109 14/03/2023

Releitura
Recomendo a releitura desse livro, para quem já leu uma primeira vez.

A experiência é muito boa, além de você entender melhor a filosofia objetivista presente na obra.

- Srta Taggart, quem é John Galt?
- Somos nós!

Se você não se arrepia com essa parte, você está lendo errado.
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Ana Carolina 14/10/2012

A Revolta de Atlas - Volume I
Assim como o titã que foi condenado por Zeus a carregar o céu sobre os ombros, os pensadores, os que propõem soluções para os problemas e aqueles que surgem com novas ideias são condenados a viver com os mesquinhos, com aqueles que nada de útil produzem. Esse é o grande peso que carregam.
Assim como Nietzsche diz que não é destino dos grandes ser espanta-moscas, Ayn Rand nos fala que devemos seguir as nossas ideias, os nossos sonhos e simplesmente ignorar aqueles que nada têm a construir, deixá-los "às moscas". Muitas "almas grandes" mudam seus objetivos por acreditar que a verdade sai da boca imunda da massa, mas Rand reforça que de nada importa essa massa. Importantes são os que fazem acontecer.
Esse é o peso que Atlas, ou alguns de nós, carregam: o peso de um grande e pesado céu da imbecilidade e mesquinhez humana.
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Cris.Aguiar 03/03/2024

Demorei?
Realmente cada livro tem seu tempo.
Depois de 3 tentativas de leitura nesses últimos 15 anos, agora foi tão ?devorável? que não sei porque não consegui antes.
Você pode até não concordar com a linha filosófica de Ayn Rand, mas ler esse livro é no mínimo importante para reflexão.
Recomendo.

Bora pro vol.2
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Patresio.Camilo 24/03/2022

FINALMENTE ACABEI
Quem é John Galt? Basicamente o livro vai ficar quase a sua totalidade com essa pergunta.
O começo do livro é interessante, e começa com uma empolgação.
Depois vai ficando enfadonho, na realidade bem repetitivo.
Alguns personagens são muito bem trabalhados, com destaque para os do clã Taggart e para Hank Rearden e Francisco D'Anconia.
As histórias até que são bem trabalhadas e as não ficaram pontas soltas, mas como disse por vezes fica muito repetitivo o mesmo discurso e tal, enfim, acho que poderia ter cortado umas 300 páginas e o livro ainda seria grande e menos cansativo.
Sei que vai vir aqueles que vão falar: Ah você não entendeu o livro e blá-blá-blá. Mas sim, eu entendi o livro e não o estou desmerecendo, e acho que sim, todos devem lê-lo.
Uma sugestão, o livro é divido em três partes, então talvez seria interessante alternar, ler uma parte, ler outro livro e assim creio que ficaria menos cansativo.
Enfim, espero que gostem da leitura e tenham uma experiência melhor do que eu.
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João Pedro 07/07/2022

A = A
?Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.?

Um livro simplesmente fantástico. Certamente uma das obras filosóficas mais influentes no Ocidente contemporâneo.

A doutrina Objetivista encontra-se aqui em seu estado mais puro.

O Homem como um fim em si. O trabalho como sua grande realização. A mente e a razão como suas principais forças motrizes.

É impossível ler Rand e não se sentir imediatamente inspirado a ser melhor (para si, evidentemente).
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Faluz 24/07/2022

A REVOLTA DE ATLAS. - Ayn Rand
Ficção americana - Literatura distópica.
Ayn Rand foi uma filósofa que nasceu na Rússia no início do século XX e sua família se viu desprovida de seus bens na Revolução de 1917. Menos de dez anos depois se fixaram nos EUA.
Assim quando ela escreve de maneira muito interessante essa distopia, ela tem cristalizada a sua discordância com as idéias do coletivismo e de maneira incisiva adota os preceitos do individualismo americano que a época do lançamento de seu livro, final da década de 50, se apresenta como a American Way of Life.
Repete exaustivamente os valores do individualismo como se estivesse realmente tentando martelar as idas em nossa cabeça.
Apresenta seu herói como um salvador da pátria e o faz passar por um calvário parecido com a crucificação. Entretanto é por demais absoluta em suas convicções. Não há nuances na existência dos personagens: existem os ideais, os que devem ser descartados e um limbo em que se encontra toda a humanidade.
Escrevo no Brasil de 2022 onde um empresário acaba de declarar que o ideal para a nossa sociedade seria a desigualdade, pois ela é que nos move a ação criativa. Esse senhor concorda plenamente com os valores aceitos pela autora.
Não concordo com muitas de suas ideais mas é uma trama interessante, repetitiva algumas vezes com sua ânsia de tentar convencer. O capítulo 7 do terceiro livro é um exemplo disso.
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Kássio Meniglim 04/05/2021

"Quer conhecer o caráter de uma pessoa? Dê poder a ela".
O livro retrata muito os dias de hoje (não só os de hoje).
Abre a mente do porquê as pessoas que nos governam fazem o que fazem.
Corrupção, burocracia, criação de impostos inescrupulosos. O termo "ladrão de mentes" se adequa bem ao contexto, onde pessoas que não produzem nada, querem "tomar posse" das pessoas que produzem.
O livrou me ajudou a entender um pouco mais sobre o moral e caráter de determinados grupos de pessoas, dado um contexto.

Eu gostei muito do livro. A leitura flui bem!
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Bruna.Guralh 13/01/2023

Leitura indispensável
Ayn Rand apresenta através do livro sua filosofia: o objetivismo. Acho que a autora conseguiu com êxito expor sua filosofia mesclada às características de um romance. Todos os aspectos foram bem trabalhados, assim como os personagens incríveis, todo bem desenvolvidos. Em alguns momentos achei a história prolixa mas ao final percebi que tudo se encaixou.
Ayn retrata uma sociedade entregue à mediocridade,marcada pela relativização de tudo, e com uma intervenção total do Estado na sociedade em decadência; com personagens marcantes lutando por sua liberdade, individualidade, propriedade...princípios basilares da filosofia de Rand.
O mais interessante é perceber que ideias apresentadas pela autora nesse livro, escrito em 1957, retratam muito da nossa sociedade atual, tomada por ideias coletivistas e uma grande relativização de tudo, em que muitas vezes a busca pelo sucesso, riqueza, a ambição, são vistas como coisas ruins, como se pensar em si mesmo e em seus próprios objetivos fosse uma coisa ruim, e que gerasse uma "dívida" com o mundo. Adorei a leitura, muito válida para conhecer o pensamento de Rand. Com certeza lerei outras obras da autora!
Gustavo446 13/01/2023minha estante
Resenha incrível, irei seguir a recomendação




VictAria109 12/10/2020

Leitura obrigatória
Acredito que seja uma leitura extremamente necessária nos dias de hoje.

Quanto mais você se aprofunda na leitura, mais você começa a identificar certos pontos com a realidade - o que é assustador - considerando que o livro foi escrito em 1957 e é uma ficção.

Conforme a história vai se desenvolvendo, você aprende sobre os valores morais fundamentais da filosofia de Ayn Rand, a qual se chama Objetivismo.

A filosofia do objetivismo pode ser resumida em quatro princípios básicos:

a) a realidade objetiva existe, independente da observação do homem;

b) a razão é o único meio de o homem perceber o real;

c) cada indivíduo é um fim em si mesmo, não devendo sacrificar suas vidas por outros, nem sacrificar os outros por si;

d) o capitalismo é o único sistema moral capaz de garantir as liberdades políticas econômicas e individuais.

Através desse romance, Ayn Rand expõe a sua visão de mundo. Assim, podemos observar uma valorização da meritocracia e qual é a ética do capitalismo liberal.

O livro nos entrega uma importante mensagem:
?O que aconteceria se a liberdade econômica fosse perdida?
O que seria do mundo, caso as pessoas que agem e que possuem os mais altos valores morais, o abandonasse??

- Mas afinal, quem é John Galt?

Uma parte que achei muito interessante foi a forma como a autora vê a fé e a religião.
Um trecho do livro nos mostra um pouco a respeito:

?Há quem acredite que sua vida pertence a Deus, outros que ela pertence ao próximo. Ou seja, aqueles que acreditam ser necessário sacrificar-se em nome de fantasmas que estão no céu, ou incompetentes que estão na Terra. Sua vida pertence a você e o bem consiste em vivê-la?.
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