O Lobo da Estepe

O Lobo da Estepe Hermann Hesse




Resenhas - O Lobo da Estepe


467 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


andrecaztro 12/05/2024

Todo o final do livro no teatro mágico muda completamente a percepção que eu tinha da história, ao mesmo tempo em que se mantém fiel a todas as suas mensagens (que com certeza não entendi e absorvi por completo). Muito bom mesmo, com certeza vai valer uma releitura no futuro.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Artur42 06/05/2024

Deixei de lado quando tentei ler na primeira vez por ter achado uma melancolia meio lesa.

A tristeza do personagem é aquela boba e que ele se coloca consciente da situação, mas ao mesmo tempo não consegue sair dela. Porém o foco é justamente esse de estudar essa condição e isso vai se esclarecendo no decorrer do livro. Tanto de uma forma mais material e palpável até uma mais espiritual e profunda.

Ultrapassando dessa indagação no problema, uma resolução muito viva e transformadora. Colocando o personagem que era bobo por se levar tão a sério, em um estado de melhor consciência verdadeira por abraçar mais a vida e acreditar em um estado superior de universo.
comentários(0)comente



phdeandrade 03/05/2024

Um livro só para os loucos
Ler Hermann Hesse sempre me traz muitos aprendizados. Mais do que nunca, aprendi com este livro sobre a importância de não levar a vida tão a sério; e, fazendo isso, talvez ela realmente seja apreciada. Gostei tanto da evolução do Harry, e como no final ele faz uma burrada e é justamente nisso que ele aprende. Adorei os diálogos com Hermínia e adorei a percepção de que o ser humano não é formado por duas ou três partes, mas sim cem mil partes fragmentadas em um mesmo ser, em uma mesma alma. Aprendizado para levar para a vida. Sou grato por conhecer as obras de H.H. em minha adolescência, mas como sempre vejo em vários lugares, este é o momento decisivo para ler esse autor: os temas da formação da identidade, o desprendimento do lar, a ideia de que em nós há tudo, de que podemos ser tudo, é incrível. Sobretudo, cativante. Entrou para a lista de favoritos!
comentários(0)comente



Alice1720 28/04/2024

Ao riso do imortal
Herman Hesse escreveu um livro que deveria conduzir à redenção, como ele bem expressou no posfácio desta edição.
Harry Haller pode ser para mim um homem insatisfeito com a realidade imutável e com todas as leis que tornam a vida inevitável, tal como ela se encontra; ele pode ser um homem ávido por viver o sublime, o espiritual, tudo o que é superior e eterno; Harry pode ser alguém cujas aspirações elevadas o fizeram esquecer de que, apesar de todos os horrores da vida, deve-se viver; mas acho que, definitivamente e à parte de tudo o que eu não consegui depurar de uma existência como a de Harry (ou de Herman), Harry é alguém que precisa usar do que sobrou de sua vida para aprender a rir. Creio que seja essa uma noção apropriada para redenção.
comentários(0)comente



Jeverton 28/04/2024

Simplesmente não consigo definir se o livro é ruim ou é bom. Sinto que existe algo, não tão superficial, que talvez eu não tenha compreendido.
comentários(0)comente



Márcia 27/04/2024

O lobo da estepe, uma história pesada
Temos aqui um clássico e, por isso mesmo, precisava lê-lo. Mas, confesso que li arrastando. Não sei se eu esperava mais da obra, até por ter lido Sidarta, também de Hesse. Nada a ver uma obra com a outra.

O romance (que mais parece uma confissão) é interessante por mostrar a disputa entre os dois lados da nossa mente, que se digladiam para ter o domínio de nossas atitudes diante das demandas da vida. Harry Haller, personagem central, é um sujeito culto e autossuficiente, que não acredita nas relações humanas, despreza as pequenezas da vida burguesa e não tem vontade de se envolver com ninguém, além de ser um feroz denunciador da sociedade burguesa. Enfim, é um lobo solitário, um niilista, que vive na Berlim do início do século XX, e resolve um dia acabar com sua vida diante da dificuldade de enxergar sentido no mundo. Antes de colocar cabo de sua vida, conhece Hermínia, pessoa que devolverá, de certa forma, sua fé na humanidade. Até então, prevalecia o lobo da estepe.

O romance é meio autobiográfico, pois, à época de sua escrita (1927), Hesse passava por depressão e se sentia sozinho e alienado do mundo. Segundo Ivo Barros, prefaciador da obra, tinha uma esposa em que crise psiquiátrica e ele próprio se consultava em Luzerna com o Dr. J. Lange, discípulo de Jung.

Pelo menos gostei da conclusão: para alcançar a harmonia interior é necessário aprender a viver, entender e aceitar os traços pessoais e rir das bobagens e banalidades do mundo e de si mesmo.
comentários(0)comente



Rafaela.Fuchs 27/04/2024

UOUU
É uma obra que mergulha nas profundezas da psique humana, explorando os sentimentos mais íntimos e a busca pela individualidade. Uma ótima metáfora eu diria
Hesse descreve de maneira magistral os conflitos internos de Haller, mergulhando nas camadas mais obscuras de sua mente e coração. A forma como ele retrata a solidão, a alienação e a busca por significado na vida é intensamente emocional e cativante (e completamente compreensível e identificável).
Através das experiências de Haller, o autor nos leva a refletir sobre a dualidade inerente ao ser humano e como essa dualidade pode ser reconciliada (livro trata de sofrimentos mas não é um livro de um homem desesperado mas sim de um homem que crê) Livro sobre a redenção
Esse livro mexeu muito comigo e com certeza foi um dos melhores que eu já li. O final eh surreal

?Sua existência enigmática revelar-se-ia, então, para ele, em toda a sua invariabilidade, e ser-lhe-ia impossível para sempre no futuro escapar do inferno de seus impulsos e refugiar-se em consolos filosóficos e sentimentais.?


?Harry encontra em si um ?homem", ou seja, um mundo de pensamentos, de sen-sações, de cultura, de natureza domada e sublimada, e vê também, ao lado de tudo isso, um "lobo", ou seja, um obscuro mundo de instintos, de selvageria e crueldade, de natureza bruta e insublimada.?

?O peito, o corpo, é sempre uno, mas as almas que nele residem não são nem duas, nem cinco, mas incontáveis.?

?Mas quando a felicidade me permite um pouco de reflexão, aí meu desejo não é o de mantê-la para sempre, mas antes voltar a sofrer, so que de maneira mais bela e menos lamentável do que antes. Anseio por uma dor que me prepare e me faça desejar a morte.?


?Mas quanto mais foi despertado pela vida e conduzido para dentro de si mesmo, tanto maior se tornou sua necessidade, tanto mais fundo mergulhou no sofrimento, na timidez, no desespero; mergulhou até o pescoço, e tudo o que no passado conheceu, amou e venerou como belo e santo, toda a sua fé de então nos homens e em nosso elevado destino, nada pôde ajudá-lo, tudo perdeu o valor e se fez em pedaços. Sua fé não encontrou mais ar que respirasse. E a morte por asfixia é uma morte muito dura.?

?Você trazia no íntimo uma imagem da vida, uma fé, uma exigência; estava disposto a feitos, a sofrimentos e sacrifícios, e logo aos poucos notou que o mundo não lhe pedia nenhuma ação, nenhum sacrifício nem algo semelhante.?


?E quem aspira a outra coisa e traz em si o heroico e o belo, a veneração pelos grandes poetas ou a veneração pelos santos, não passa de um louco ou de um Quixote.?



?Fiquei algum tempo desconsolada e procurei com afinco a culpa em mim mesma. A vida, pensava eu, sempre acaba tendo razão, e se a vida se ria dos meus belos sonhos, pensava, era porque meus sonhos tinham sido estúpidos e irracionais.

e percebi então, Harry, que meus sonhos estavam certos, estavam mil vezes certos, assim como os seus. Mas a vida, a realidade, não tinha razão. O fato de uma mulher da minha classe não ter alternativa senão envelhecer de uma maneira insensata e pobremente junto a uma máquina de escrever a serviço de um capitalista, ou casar-se com ele por seu dinheiro ou converter-se numa espécie de meretriz, era tão injusto quanto o de um homem como você, solitário, tímido e desesperado, ter de recorrer à navalha de barbear. Talvez a miséria em mim fosse mais material e moral, e em você mais espiritual; mas o caminho era o mesmo.?


?Vive demasiadae faminto e cheio de desejos para um mundo tão singelo, tão cômodo, que se contenta com tão pouco para o mundo de hoje em dia, que lhe cospe em cima, você tem uma dimensão a mais.?


?Sempre foi e será assim: O tempo e o mundo, o dinheiro e o poder pertencem aos mesquinhos e superficiais, e nada coube aos outros, aos verdadeiros homens, nada a não ser a morte.?


?Você já sabe onde se oculta esse outro mundo, já sabe que esse outro mundo que busca é sua própria alma. Só em seu próprio interior vive aquela outra realidade por que anseia. Nada lhe posso dar, que já não exista em você mesmo, não posso abrir-lhe outro mundo de imagens além daquele que há em sua própria alma.?


?O senhor está disposto a morrer, seu covarde, mas não a viver.?

Da próxima vez, saberia jogar melhor. Da próxima vez aprenderia a rir. Pablo me esperava. Mozart também :?)
comentários(0)comente



João 26/04/2024

O Lobo da Estepe
Livro que é totalmente diferente do que eu havia imaginado, mesmo que já tivesse lido sobre ele. Confesso que as vezes gosto de saber pouco sobre um livro para que ele me surpreenda de alguma forma. Acho que foi o livro que li de forma mais regular na vida. Entretanto, não me pareceu muito agradável, pois muitas partes desse livro não entendi e fiquei perdido com tamanhas descrições pelo narrador. Ainda assim tive muitas reflexões no livro e passei a gostar ainda mais do autor, mas não muito da escrita de Harry. Mesmo que pensava que daria uma nota mais baixa ao livro, o posfácio me agradou muito e me atraiu a retornar a esse livro em outro momento. Uma coisa engraçada sobre a edição que tenho é que ela tem cheiro de batata frita e não sei o porquê.
comentários(0)comente



Daniel Andrade 26/04/2024

Bom, mas esperava mais.
Até a página 300, estava apaixonado pelo livro. Seria, sem dúvidas, favoritado e isso e aquilo. PORÉM, as últimas 100 páginas não me agradaram nada. Nada mesmo. Talvez necessite de uma releitura aos 50 anos, veremos.
comentários(0)comente



Guilherme Duarte 20/04/2024

O Lobo da Estepe
Vamos lá, nos últimos anos eu tenho relido algumas obras de Hesse; meu primeiro contato com o autor deve ter sido há uns 10-12 anos. Obviamente não li tudo, mas (re)passei por Demian, Sidarta, Com a maturidade fica-se mais jovem, Francisco de Assis, Quem pode amor é feliz, mas sempre empacava no Lobo da Estepe.
Dessa vez, decidi seguir a leitura, e sinto que fascinação que Hesse exercia outrora em mim não ocorre mais. A obra do autor é complexa de fato, mas o Lobo da Estepe flerta tanto com a complexidade como com a chatice, e muitas vezes pendia para a segunda.
A personagem principal, Harry Haller é um cinquentão, recluso e que nutre um asco por relações sociais; logo no começo é possível notar que a personagem é atormentada pelo o que parece ser uma depressão diante da condição dele e do mundo (aquela coisa de insatisfação burguesa, descrédito em instituições, só faltou falar 'da decadência da civilização ocidental'). Cabe ressaltar que o livro é de 1927, a primeira guerra ainda era recente e a segunda já começava a dar as caras nos anos seguintes. Tudo isso traz uma certa carga emocional, mas que cara chato foi Harry Haller. Nos momentos em que ele se sente superior aos que estão com ele ou nos que tenta impor seus desejos, eu via uma pessoa egocêntrica -- e pior, parecia ver a mim mesmo em alguns momentos, que hoje entendo serem frutos de pura bobeira da minha parte. Enfim, precisava protestar porque isso me atormetou durante o livro todo, ainda mais por causa da idade de Harry.
No mais, ele conhece uma mulher e depois outras pessoas, e aí o nosso cinquentão dá uma melhorada, e se torna mais tolável e tolerante -- embora, não sei até que ponto de forma genuína. Aí no final rola uma rendeção (?) em um processo extremamente confuso, tal qual a mente do personagem. Ao terminar, me vem o questionamento do quanto daquilo tudo não era o lobo realmente ou o Harry, um tipo de embate entre físico x fantastia, utopia x realidade.
A tradução que li foi a do Ivo Barroso, já renomada. Não leio alemão então não sei o grau de complexidade da escrita original (parece ser bem alta até), mas no português as coisas não fluíram tão bem em alguns pontos. Talvez valesse a pena uma nova tradução? Não sei e tanto faz, porque temos um trabalho primoroso.
Por fim, depois desse desabafo à lá lobo da estepe/Harry Haller, acho que me aposento de Hermann Hesse para os próximos anos. Acho que O Lobo da Estepe foi suficiente; a sensação enfadonha durante e a de alívio ao fim das leituras ligaram um alerta. Obviamente que essa resenha cheia de incoerências e reclamações não dimimuem a obra e nem o autor, mas vale a leitura para aqueles que entendem a obra no seu contexto histórico e o que ela permeia.
comentários(0)comente



Mari 12/04/2024

Uma leitura que me deixou de ressaca literária, mas que me despertou diversas reflexões. Sobre quem sou, como me vejo e como permito que as outras pessoas me vejam. Até que ponto somos nós mesmos diante de cenários distintos, ou melhor... até que ponto um "eu" existente deixa de agir para que outro possa entrar em cena? Psicose? Não.. não é exatamente disso que se trata a obra. A leitura é uma provocação filosófica dessas que todo indivíduo deve passar em algum momento na vida... bom mesmo que seja em vários. De qualquer forma, o personagem principal, Harry Haller, nos faz mergulhar em seu autodescobrimento e nos permite aprofundar em seu outro eu, o lobo da estepe. Ao longo da obra podemos perceber que na verdade quem está se desnudando é o próprio leitor. Por fim, deixo como sugestão que se entenda mais sobre a vida do autor antes de iniciar a leitura, pois se observa notável influência pessoal na obra. Obrigada, Harry.
comentários(0)comente



Day Mannrich 10/04/2024

Gostei muito desse livro. Fui profundamente impactada por ele e pelos dilemas do personagem. Profundo e melancólico.
comentários(0)comente



Diacrônico 29/03/2024

O lobo da estepe
Existem muitas formas de se contar uma história, e sob o ponto de vista do leitor, digo isso sob minha modesta opinião, que não basta apenas contar uma história, a narrativa precisa trazer o leitor para a jornada e assim fazer com que participe e seja carregado pela imersão.

Não se conta uma boa história, apenas quando o enredo é bem amarrado e a narrativa seja fluída , a leitura transmite sensações, e em ? o lobo da estepe ? isso é definitivamente posto à prova.

A leitura de um livro tão complexo, rico em alegorias, sensações, poderia dizer inclusive, que possui várias camadas, mas não, esse livro não tem simetria, ele não traz conforto, base sólida em sua estrutura, ele mais parece um delírio, uma sufocante é proposital exibição de guerra que acontece dentro de nós, algo que a psicanálise trata como depressão, forte crise existencial, monotonia, inconformidade cultural e suas novas tecnologias, dificuldades de lidar com o novo e com as mudanças, insociabilidade, uma fase turva e que mergulhamos juntos na narrativa. É insalubre, sufocante e totalmente proposital, temos ali uma dualidade permanente que envolve a trama, do início ao fim, e seu desfecho traz uma mensagem de esperança.

Esse livro requer tato, sensibilidade e muita, muita paciência, pois a narrativa sucumbe em pensamentos tão pesados, em declive, em queda livre para alguém que não enxerga plenitude, não vê esperanças nas pessoas, em seu modo de vida, em seu aspecto social, em sua forma de enxergar a beleza ou a ausência dela.

Flerta com o caos, traz uma vasta e sinuosa transição ao mundo novo encontrado através do uso de drogas, da libertinagem e da entrega, algo bem incorporado também por Huxley em suas obras como admirável mundo novo e portas da percepção, e é evidenciado também pelos modelos sociais que em 1927 estava justamente, se preparando para uma nova onda de guerra, afinal , estamos falando de uma obra escrita na Alemanha no período entre I e II guerra mundial.

Esse livro me desafiou, demorei pra pegar seu ritmo, mas com certeza, foi uma experiência incrível ler um livro tão atual é que daqui a poucos anos terá seu aniversário centenário.

Uma obra que fala, que tem corpo e é completa para todos nós, que possui o pensamento livre da mudança a partir da crise, da insanidade, do tempo e da fortaleza que criamos em volta de nossas rasas percepções do que é a vida em sua forma mais completa.

Espetacular.
JULIANA_PFRANCO 06/04/2024minha estante
Realmente, acertou já no início da resenha: ?parece um delírio!?
E em vários adjetivos que veio a citar.




Luisa1106 26/03/2024

Então...
Li o livro, mas sinto que ainda preciso de muita releitura e reflexão para compreender e avaliar este livro adequadamente, portanto, avaliei de maneira mediana. Mas com certeza, conforme as releituras, a nota irá certamente mudar.
comentários(0)comente



467 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR