A Resposta

A Resposta Kathryn Stockett
Kathrym Stockett




Resenhas - A Resposta


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Elielton 03/11/2016

Simples, honesto, cativante
O livro se passa na década de 60 e é narrado por 3 personagens femininas de personalidades completamente diferentes, Aibileen e Minny são empregadas negras que trabalham para famílias tradicionais na cidade Jackson, Mississipi, e mostram como era o dia a dia delas na casa das famílias.
Skeeter por outro lado é uma mulher branca, rica e amiga de quase todas na cidade, faz parte da auta sociedade de Jackson, porém não é você muito feliz com o cenário de futilidade que é obrigada a convier, depois de FORMADA na faculdade ela retorna a cidade e descobre que a empregada que a criou foi embora e ninguém explica o porque.
Essas três mulheres enfrentando as adversidades da vida em 1962 se tornam amigas. E em um estado completamente racista e preconceituoso decidem se ajudar e fazer um livro contando tudo o que as empregadas são obrigadas a passar nas mãos das patroas brancas.
A dificuldade de criar os filhos ganhando menos de 30 dólares por mês, a amizades entre pessoas sem distinção de cor, classe social ou IDADE, a história honesta e a narrativa gostosa e viciante tornam A Resposta um dos melhores e mais amados livros que eu já li.


Ps; primeira resenha que faço. É mais uma opinião do que necessariamente uma resenha.
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Bru | @umoceanodehistorias 05/09/2016

Alguns livros ficarão eternamente gravados em sua memória e você levará um tempo para decidir compartilhar a história com as pessoas, pois você quer guardá-la apenas para você. Foi isso que senti ao ler A Resposta. Escolhi guardar essa história só para mim por um tempo, pois não estava preparada para compartilhar com ninguém.

A Resposta se passa no Mississippi em 1962, quando os negros estavam em busca de direitos civis. Eugenia Skeeter, recém-formada na faculdade sonha em tornar-se escritora, mas, para sua conservadora mãe, ser escritora ruirá as mínimas chances que ela tem de se casar. Ela não liga muito para o que a mãe fala e decide ir atrás de um emprego e acaba sendo contratada como colunista de dicas domésticas de um jornal local. Após a contratação ela enfrenta outro problema: Ela não entende nada de dicas domésticas.

“Feiura é uma coisa que existe dentro das pessoas. Feia é uma pessoa má, que faz mal aos outros. Você, por acaso, é uma dessas pessoas?”

É por conta de sua falta de conhecimento que Skeeter acaba se aproximando de Aibellen, uma negra empregada de uma de suas amigas. As duas começam a trabalhar juntas na coluna, mas, quando Skeeter descobre que Aibellen possui história de todas as brancas para quem trabalhou, pensa que ela poderia escrever um livro sobre o relacionamento das empregadas com as patroas brancas, mas apenas a história de Aibellen não será suficiente, ela precisará de muitos outros relatos.

Minny é uma excelente cozinheira e melhor amiga de Aibellen, mas ela é odiada por uma das mulheres mais bem relacionadas da cidade por algo que fez e está em busca de um emprego, mas ninguém irá contratar uma negra como ela e isso é motivo para um viés de desespero, até ela encontra ruma mulher que, aparentemente tem problemas, e que decide contratá-la. Essa contratação resultará em muitos aprendizados para ambos os lados.

É em meio a vários acontecimentos que as três mulheres começam a conversar sobre a possibilidade de Skeeter escrever um livro com os relatos das empregadas e surge uma esperança de ela descobrir, finalmente, o que aconteceu com Constantine, sua empregada que, sem mais nem menos, desapareceu e da qual sua mãe não fala.

“Toda a minha vida me disseram no que acreditar, em termos de política, sobre os negros, já que nasci menina. Mas, com o dedão de Constantine pressionado contra a minha mão, compreendi que, na verdade, eu poderia escolher no que acreditar.”

Num primeiro momento pensei que seria muito estranho ver a Skeeter escrevendo sobre as negras, pois as empregadas ali presentes eram empregadas de amigas dela e muitas coisas que as amigas brancas não contam para as outras seria revelado, mas isso só serviu para provar que não conhecemos quem está ao nosso lado. Uma pessoa que aparenta ser boa pode tratar seus empregados como lixo e alguém que aparenta ser ruim pode tratar seus empregados com muito carinho e respeito. Além disso, vemos que as empregadas foram mais mãe do que muitas mães e isso, desculpem, dói, pois, ver uma mãe não dando atenção para o filho, é doloroso demais.

A história foi muito comovente, pois conhecemos várias facetas da época e como os negros eram discriminados. Onde já se viu um negro só poder utilizar um banheiro fora da casa dos brancos? Ser criado um projeto com aprovação, praticamente unânime, para que isso aconteça? Pois é, isso acontecia em Mississippi em 1962 e, desculpem, mas ainda acontece muito hoje em dia, pois o preconceito move muitas pessoas. Se as pessoas desse livro existissem de verdade e lessem essa obra, perceberiam que essas negras, que tinham lugar específico para tudo, foram mais mãe de seus filhos do que ela que estavam preocupados em não deixar o negro fazer isso ou aquilo e que deixaram de lado o cuidado com o filho.

“Quando tinha um aninho, Mae Mobley não parava de me seguir aonde quer que eu fosse. Batia cinco horas, e lá tava ela, pendurada no meu sapato Dr. Scholl, se arrastando pelo chão, gritando como se eu não fosse voltar nunca mais. Dona Leefolt, ela olhava com o olho apertado pra mim, parecia até que eu tinha feito alguma coisa errada, e desgrudava o bebê chorão do meu pé. Acho que é o risco que se corre, quando deixamos outra pessoa criar os nossos filhos.”

Esse livro é um tapa na cara para as pessoas que possuem preconceito e esperam sempre o pior dos negros. Com uma narrativa intercalada entre os pontos de vista da Skeeter, Abellen e Minny, é um livro que recomendo para todos, até para aqueles que odeiam o próximo, pois poderão aprender muito. Devo ressaltar, entretanto, que essa obra me lembrou muito O Sol é para todos e, inclusive, cita a obra em alguns momentos e isso foi mágico, pois o livro da Harper Lee foi uma obra que não foi tão impactante quando li, mas acho que foi o momento e senti muita vontade de reler.

site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2016/08/resenha-resposta-kathryn-stockett.html
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Nurayme 30/08/2016

Histórias Cruzadas pode ser descrito como o livro que todo ser humano deveria ler. Com um enredo incrível, e personagens fortes, Kathryn Stockett mostra aos seus leitores como uma questão "simples" de banheiros que separam homens de cor pode ser avassaladora. O livro trata de maneira sarcástica o preconceito mascarado, onde brancos julgam-se superiores a negros. Com passagens fortes, e emocionantes, nos mostra tamanha ignorância do ser humano, que pensa ser melhor que o outro por conta de sua cor.
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Dani 11/08/2016

Resenha: A Resposta, Kathryn Stockett
Aibileen é uma das muitas empregadas domésticas negras no Mississippi. Ela costuma pegar trabalhos onde pode cuidar das crianças brancas e, por consequência, se apega á todos os bebês assim como eles se apegam a ela. Ela está criando agora de seu décimo sétimo bebê branco, uma menina adorável mas que não consegue o menor carinho da mãe.
Minny é amiga de longa data de Aibileen, uma cozinheira excelente. Seu único "defeito" é sua personalidade; ela é briguenta, não leva desaforo dos patrões brancos, perdendo muitos empregos por isso.
Eugenia, de apelido Skeeter, está do outro lado. Ela é branca, acabou de terminar a faculdade e está de volta à cidade para morar novamente com os pais. Mesmo tendo muitas amigas de influência ali, ela não agrada tanto à mãe, tanto pela altura, seus cabelos rebeldes, quanto pela personalidade e ambições.

"Seja boazinha com as meninas negras quando estiver lá", disse mamãe uma vez para mim, e me lembro de ter olhado para ela, achado aquilo estranho e dizendo: "Por que eu não seria?". Mas minha mãe nunca se explicou.

A Resposta é um livro que se passa no ano 1962 e possui estas três protagonistas, todas se conectando realmente quando Skeeter, que deseja ser escritora, decide escrever uma obra que relatasse a vida das empregadas domésticas de cor. Ela consegue a colaboração de Aibileen e Minny, que contarão suas histórias boas e ruins, porque nunca ninguém parou para pensar no lado delas.
É um livro bem grandinho em número de páginas, e me surpreendi em como fui cativada desde as primeiras linhas e não consegui parar de ler mais. Li em três dias e foi mesmo uma ótima leitura, em vários aspectos.
O livro discorre sem pressa, construindo de forma excelente cada personagem, realmente fazendo-os parecer pessoas que existiram, com o cenário aberto da mesma forma. Foi bem estranho, para mim que vive nesse século, ler sobre esse passado tão (ainda bem) diferente dos dias de hoje, onde há essa segregação de raças. Grande choque de realidade, ainda mais porque é uma luta que continua. Triste ver como pessoas que são diferentes mas iguais, no fim das contas, serem tratadas como seres inferiores.
Houveram, claro, muitas reflexões, mostrando a luta contra o racismo, além de outros pontos abordados, como pessoas que vivem de aparências, hipocrisia e coragem também, colocar o que você acha justo na frente do que os outros podem pensar.
O final de A Resposta chegou cedo para mim que estava tão apegada à estória, mas não tenho nada do que reclamar. Gostei como ficou bem realístico, sem um "fim." e só. Uma leitura que realmente me marcou e acho que todos deveriam tentar também.

site: https://danielabyrinth.blogspot.com.br/2016/08/resenha-resposta-kathryn-stockett.html
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Gulliter 17/07/2016

Inesquecível
Tive o prazer de ler este livro por causa do filme. Não me arrependo nem por um momento. A história é simplesmente uma das mais sensíveis que já pude desfrutar. A forma simples, divertida e honesta como a autora retratou o preconceito com as domésticas negras dos anos 60 foi o que me deixou tão satisfeito com a leitura. Sempre recomendarei.
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Thalita Branco 26/06/2016

Resenha ~ A Resposta - Kathryn Stockett
Eu tive um pequeno surto quando descobri que o filme Histórias Cruzadas é baseado em um livro. E encontrei um pequeno entrave. Eu queria o livro com a capa antiga, não a igual ao poster do filme. Eu não costumo ter esse problema, mas gente, essa capa é linda demais! Procurei, encontrei em um sebo e foi só alegria.

Aibileen é uma empregada doméstica que está criando a sua 17º criança branca. Sua melhor amiga, Minny, também é empregada e a melhor cozinheira da região. Skeeter é recém formada e deseja virar jornalista ou escritora, ou preferencialmente os dois. O livro é narrado em primeira pessoa por essas três personagens e dividido em capítulos intercalados entre elas, retratando principalmente a vida de empregadas domesticas negras no racista Mississipi dos anos 60.

Skeeter não encontra a empregada que a criou, Constantine, quando sai da universidade e volta para casa. Passa a tentar descobrir o que ocorreu com ela. E passa também a se incomodar com o tratamento dispensado as empregadas de suas amigas. Elas cuidam das crianças, fazem a comida, limpam a casa, muitas vezes amam os patrões, e muitas vezes os patrões as amam, mas não podem usar o mesmo banheiro dos brancos. Com o conselho "escreva sobre aquilo que te incomoda", Skeeter, com a ajuda de Aibileen, resolve escrever um livro com as histórias dessas mulheres. Mas é claro que a coisa não é assim tão simples.

Por conta da escrita envolvente, história bem contada e personagens cativantes, o livro é muito agradável de ler. Conforme vai avançando, as histórias das empregadas vão surgindo. Algumas são engraçadas, outras emocionantes, e outras tantas revoltantes. Os capítulos narrados pelas empregadas são feitos como se houvessem sido escritos por pessoas simples, com pouca instrução, cheios de pequenos errinhos de gramática, cheios de charme. O filme é extremamente fiel e tão emocionante quanto o livro. Uma daquelas histórias que ficam na cabeça por dias e dias.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Xica Inbox 28/04/2016

Resenha Crítica do Livro "A Resposta" e de sua adaptação "Histórias Cruzadas" (The Help)
Que tal conferir o vídeo com minha resenha? ;)

site: https://www.youtube.com/watch?v=JH_mZ_s614c
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CLEUSA 13/04/2016

um LIVRAÇO!!!
Zapeando pelos canais de TV, deparei-me com um filme que, logo de cara, despertou meu interesse. Pela história, pelas questões levantadas como racismo, segregação racial, pobreza, alcoolismo, agressão às esposas pelos maridos e outros assuntos espinhosos: "Histórias Cruzadas" conta a história de duas empregadas domésticas negras e uma repórter branca em meados dos anos 60. Um bom roteiro com bom elenco contando uma boa história. Como sempre, nestes casos, fui atrás do livro e encontrei "A Resposta" de Kathryn Stockett. Gente, este livro é fantástico! Todas as questões abordadas no filme em uma narrativa fluente e agradável. Alternando os narradores entre Aibileen e Minny e Skeeter é possível ver os três lados de uma mesma história e como cada uma é afetada pelas próprias ações e pelas circunstâncias que as cercam. Em um período de mudanças nos Estados Unidos, o livro contempla vários fatos interessantes como a aparição do primeiro televisor colorido, a morte de Keneddy, a luta de Martin Luther King pelos direitos do negros, sem tornar o livro chato ou ficar se aprofundando nestas questões de maneira óbvia. Enfim, um LIVRAÇO!!! Merece 5 coraçõezinhos com louvor. rsrsrs
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Luciane 02/04/2016

Tocante
Um livro maravilhoso. Por meio de uma narrativa envolvente, conta a história de três mulheres em Jackson, Missipippi, nos anos 60, que tentaram, do seu jeito, iniciar uma mudança na forte segregação racial daquela época.
"-Já vi antes, Eugênia. Às vezes, as pessoas têm um sopro de força. É uma dádiva de Deus, acho. Para que elas possam seguir adiante e terminar suas tarefas. Mas isso é tudo, querida. Não espere mais."
[...]
"-Por que você não poderia fazer isso agora? - perguntei, pois estou buscando um futuro para mim mesma. Gosto de ouvir sobre as possibilidades das outras pessoas.
Ele franze as sobrancelhas para mim.
-Porque eu não conseguiria deixar você."
[...]
"Ele me entrega o livro.
-Sabemos que você não pôde pôr o seu nome nele, então todos nós colocamos nossas assinaturas para você. - Abro o livro e lá estão, não trinta nem quarenta nomes, mas centenas, talvez uns quinhentos, nas primeiras páginas, nas páginas ao fim do livro, espalhados pelas margens. Todas as pessoas da minha igreja e pessoas e outras igrejas, também. Oh, eu simplesmente começo a chorar. É como se dois anos de trabalho e de tentativas e e esperança explodissem, tudo de uma vez só. Então, todo mundo entra numa fila vem me abraçar. Dizer como sou corajosa. Eu digo que há muitas outras pessoas que também são corajosas. Desteto ter toda a atenção pra mim, mas dou graças a Deus que eles não mencionam nenhum nome. Não quero que elas tenham problemas. Acho que eles nem sabem que Minny tá no livro".
[...]
"Então, o reverendo me entrega uma caixa, enrolada em papel branco, amarrada com uma fita azul-clara, as mesmas cores do livro. Ele estende a mão sobre a caixa, como uma benção.
-Este aqui, este é para a senhoria branca. Diga a ela que a amamos, como sendo da nossa própria família.
Este livro é do Grupo Livro Viajante


site: http://www.skoob.com.br/topico/grupo/1284
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Mônica 26/03/2016

A Resposta
Apesar deve ser uma ficção, posso imaginar quantas mulheres negras sofreram os preconceitos relatados no livro.
Como as pessoas era hipócritas, as negras podiam cuidar dos filhos, mas eram visto com tanto preconceito.
Sinto vergonha da raça humana quando penso na escravidão, no preconceito e em tantas outras atrocidades que essa raça fez e faz até hoje, sempre por causa do mesmo motivo: diferença entre as pessoas e a ganância.
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Hayanne Lins 27/02/2016

Um dos melhores livros que já li!!!!!!
Se eu te disser que sua vida vai mudar quando ler esse livro, acredite em mim, porque quando se trata de livros, eu não brinco em trabalho! Terminei de ler agora e só consigo dizer uma coisa: leia tudo, de uma ponta a outra, e me dê um abraço por ter te indicado um livro tão perfeito!

site: www.sentido--literario.com
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Beatriz 19/02/2016

A Resposta/ Ajuda/ Historias cruzadas
O ano é 1962, o lugar é uma cidadezinha no Mississípi. a situação é de pura desigualdade social e segregação. Em 2011 Kathryn Stockett, publicou um livro sobre empregadas negras de mulheres brancas de uma cidadezinha extremamente preconceituosa. Se isso te lembra um filme com Emma Stone , é porquê é o livro que deu origem ao filme. O livro foi o que deu origem ao filme chamado Historias Cruzadas, e eu não tinha visto ou ouvido nada parecido com isso.

A narrativa principal roda entre 3 corajosa mulheres, a branca Skeeter e as empregadas negras Aibileen e Minny. A diferença de seus pontos de vistas, suas historias e personalidades dão uma leveza singular ao livro. Nos fazendo conhecer melhor cada personagem a partir do jeito que fala e como pensa.

Confesso que torci um pouco o nariz por ser uma escritora branca falando sobre negros, o que eu acho meio conflitante e um pouco sem sentido. E o fato de ser uma ficção me deixou um pouco chateada ao pensar em todas as historias reais incríveis e que precisariam ser contadas que ninguém contou, que ninguém escreveu. Mas isso se perdia em minha mente conforme a leitura ia se desenrolando; a profundidade do tema, das personalidades e dos acontecimentos me fizeram entregar meus sentimentos inteiros ao livro.

Eufemismo seria dizer que é emocionante, é mais do que isso. É como ler um pedaço de vida, com partes dolorosas, partes felizes, partes tensas e partes que a gente queria que fosse de outro modo, mas sabe que não seria nada alem do que é.

São vários personagens, mas não me perdi em nenhum, me apeguei a força de Minny a doçura de Aibee e cresci um pouco com Skeeter. Que acredito que teve o maior destaque evolutivo na trama, seguido por Minny. Vemos Skeeter crescer, deixar sua personalidade original se destacar e aprender com os feitos que acontecem.

A linha temporal do livro é outro ponto positivo, não tive monotonia nas mais de 500 paginas, pelo contrario. A jogada da autora em escrever o livro em primeira pessoa de 3 personagens tão diferentes foi o fermento do bolo, víamos a mesma pessoa em 3 visões diferentes, o que contribui muito para a ideia de que a personalidade não é algo tão simples e imutável quanto imaginamos. Eu sempre quis mais e mais, e quando chegou ao fim, chegou ao fim do desfecho, tudo de encaixou no lindo quebra-cabeças de um jeito meio vida. Com a sensação de que um desfecho é o começo de outra cosia.

A autora não forçou, em nenhum ponto o bom senso do leitor com os fatos que ocorriam, as cosias simplesmente eram, a personalidade dos personagens foi tratada de forma tão real, frágil e complexa como é na vida. Com varias facetas, com varias interpretações. Acredito que o foco do livro, como o próprio livro diz em uma parte, tem deixado alguns leitores meio desambientados, o livro não é sobre racismo, trata de racismo, segregação e de machismo sim, mas apesar de tudo o livro é sobre a vida, vida de pessoas ambientada no ano de 1963.

Os pontos que foram meio inúteis e que por vezes eu não quis ler, foi as partes que Skeeter narra, as vezes com tudo o que estava acontecendo, sua vidinha meio vazia era a ultima coisa que eu queria saber. Mas estava lá então eu li. Seu romance foi meio longo e massivo demais. Eu não queria saber quantos cubos de açúcar a sua mãe colocava no chá, quantos graus estava sua casa, queria saber mais sobre a relação de amor entre a empregada Aibee e a menina branca MAE Mobely, queria saber os pontos de vistas cômicos e únicos de Minny.

Ao comparar o livro com o filme me deixou triste que o foque principal seja dado a mulher branca, Dona Skeeter, já que no livro claramente o foco principal é de Aibileen. Outra coisa que me deixou desgostosa foi as varias mudanças de nomes que a mesma historia teve, The help, A Resposta, Historias cruzadas, isso deixa tudo muito confuso. O filme é ótimo como filme, mas todos deveriam ler A Resposta, deixar Aibee falar conosco, rir com a brutalidade de Minny e crescer com Skeeter.



TRECHOS DO LIVRO

"Olho ao redor pra ver quem tá aqui, pensando que preciso convidar mais algumas empregadas pra nos ajudar, agora que parece que conseguimos despistar a dona Hilly. Trinta e cinco empregadas já disseram não, e eu sinto como se tivesse vendendo uma coisa que ninguém quer comprar. Algo grande e fedorento, como Kiki Brown e seu aromatizante de limão. Mas o que faz de mim e Kiki exatamente o mesmo tipo de pessoa é que eu tenho orgulho do que tou vendendo. Não posso evitar. A gente tá contando histórias que precisam ser contadas." - Aibileen

"São todas essas pessoas brancas que fazem eu chegar no meu limite, essas pessoas brancas, ali em pé, na vizinhança negra. Pessoas brancas com armas apontadas pros negros. Porque, quem vai proteger os nossos? Não existem policiais pretos. " - Aibileen

"Ela prefere ficar sentada aqui fora com a empregada do que lá dentro, vendo a mãe olhar pra qualquer lugar, menos pra ela. É como um desses pintinhos que fica confuso e acaba indo atrás da pata em vez da galinha. " - Aibileen

"— Pode ser que não aconteça nada — digo, me perguntando se alguém vai chegar a comprar o livro.
— Bem, eu tou contando que vai ser bom — diz Aibileen. Minny cruza os braços sobre o peito:
— Então é melhor eu contar com uma coisa ruim. Alguém tem que fazer isso."

"Não dou bola pra poder comer num balcão com gente branca. Dou bola pra se daqui a dez anos uma mulher branca vai chamar as minhas meninas de sujas e acusar elas de roubar prataria." - Minny

"— Quando pedi um aumento, eles me deram. Quando precisei comprar uma casa, eles compraram uma pra mim. Dr. Tucker veio em pessoa até a minha casa e tirou uma bala do braço do meu marido porque ele ficou com medo de Henry pegar alguma coisa no hospital dos negros. Trabalho pro dr. Tucker e pra dona Sissy há quarenta e quatro anos. Eles são bons pra mim. Lavo o cabelo dela todas as sextas-feiras. Nunca vi aquela mulher lavar o próprio cabelo. — Ela para pela primeira vez na noite, parece solitária e preocupada. — Se eu morrer antes dela, não sei como é que a dona Sissy vai fazer pra lavar o cabelo. "

"Toda a minha vida me disseram no que acreditar, em termos de política, sobre os negros, já que nasci menina. Mas, com o dedão de Constantine pressionado contra a minha mão, compreendi que, na verdade, eu podia escolher no que acreditar." - Skeeter

site: https://aquimerablog.wordpress.com/2016/02/19/the-help-a-resposta-resenha/
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. 10/02/2016

Gostei bastante. É daqueles livros que tratam assuntos pesados de maneira fluída. Por mais que em grande parte do livro consigamos dar boas risadas, também nos deparamos com cenas que dão um embrulho, às vezes no coração, às vezes no estômago.
O mais marcante da leitura pra mim foi sentir o absurdo de algumas situações e logo depois lembrar que no Brasil ainda vivemos algo semelhante... A exemplo do banheiro separado para os empregados e como muitas vezes as crianças são mais criadas por babás e domésticas do que pela família (filme recente com Regina Casé “Que Horas Ela Volta”!)
E nossa, eu sei que é difícil, mas a tradução total destruiu o nome do livro "The Help".
Muitas vezes pesquiso algo sobre o autor na internet, de vez em quando uns dados biográficos jogam uma nova luz sobre a história e eu fiquei um pouco surpresa quando vi que a autora era branca. Daí fui ler uns artigos na internet e resolvi anexar esses dois aqui.
http://bookriot.com/2015/09/21/feel-white-authors-writing-black-stories-blackout/
http://www.theroot.com/articles/culture/2013/05/should_a_white_writer_tackle_black_characters.html
Bom, é isso. Se não ficou claro, super recomendo! :D
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