jonathanrausch 15/12/2021
Um ótimo começo para ler King
1922
A primeira história, 1922, conta a história de uma família envolta por um dilema sobre suas terras e, pai e filho, definem que a melhor forma de resolver o problema é matando a esposa-mãe.
A história narra os sentimentos e os pensamentos dos personagens. Relata o que ocorreu e nós visualizamos o que poderia ter sido resolvido facilmente caso tivessem aceitado a venda das propriedades conforme a outrora vivente queria.
É uma história bem narrada e difícil de largar, que mostra que as nossas escolhas refletem na atualidade e como elas podem, e com certeza vão, assombrar o restante das nossas vidas.
Gigante do Volante
Tess, uma escritora com seus 30 anos (ou talvez mais) é estuprada após fazer mais uma de suas palestras mensais em uma cidade vizinha e pegar um atalho para chegar mais rapidamente em casa. Em meio aos turbilhões de pensamentos sobre denunciar ou não denunciar, resolve acabar com aquela dor de uma vez por todas. King não poupa palavras, é tudo muito bem descrito, eo desenvolvimento é afiado.
Melhor que o primeiro conto, trabalhando sobre a psiquê humana como poucos sabem trabalhar. Há razão em toda loucura eo mestre do horror sabe bem por isso no seus personagens, mas sem deixar a dádiva do plausivel de lado.
Extensão Justa
Streeter é um cara completamente azarado; perdeu a namorada para melhor amigo, o ajudou a se tornar rico em um momento em que achou que estava acoplando a sua vingança e, embora agora casado com uma mulher que ama e tenha seus filhos bem resolvidos, tem câncer e não pode aproveitar nada disso o tanto quanto desejaria. Bem, era isso que ele pensava, até nosso bom e velho palhaço travesso dar as caras para fazer o jogo virar.
O final é realmente anticlímax, mas para quem conhece Pennywise não esperaria menos que isso, crueldade sem fim até o último segundo, então é aceitável e tão Derry como sempre o foi.
Um Bom Casamento
A história de uma esposa que conhece tão bem o marido quanto qualquer outra, ou seja, não conhece, embora todos os detalhes cotidianos sejam o vel que une o relacionamento de ambos, para ser cortado só necessita de uma única conversa. Por azar havia uma caixa e essa polpava o marido da conversa (que talvez, em seu íntimo, queria muito ter. Sua criança interior adoraria).
O segundo conto que mais curti do livro, Tess tem uma personalidade rica (segundo conto) e neste há falta dessa amostra de personalidade, para qualquer esposa se ver com a possibilidade do medo real ao ler o conto, não sendo por isso um aspecto negativo, mas um aspecto pessoal que me atraiu mais para a história de Tess.
Uma coletânea de contos que vale e muito. Reúne, talvez não o sublime de King no gênero, mas boas histórias sobre a crueldade humana, onde o sobrenatural é mero figurante.