Juh Lira 06/01/2013A Sociedade do Anel: Expectativas RenovadasSem grandes expectativas eu iniciei a leitura de A Sociedade do Anel. Talvez eu tenha começado a ler as primeiras páginas do referido livro com o receio de me decepcionar como aconteceu com O Hobbit. Na época em que eu terminei de ler O Hobbit, era tal o meu sentimento de poderia ter sido melhor que eu me recusava permanentemente a não ler mais nada de J. R. R. Tolkien (e eu lembro de ter dito isso na resenha).
A saga do meu retorno a Terra-Média começou satisfatoriamente, digo isso com alegria no coração. A narração de Tolkien tem um grau de beleza e apego aos detalhes que pode cansar um leitor desavisado, mas ao mesmo tempo é belo de ser ler. O começo do livro, no entanto, é como se fosse uma prova de fogo e de resistência para o leitor, porque sim, é bem cansativa e parada a narração de Frodo e os outros hobbits deixando do Condado. De fato, a história só vai ganhar novidades com a aparição de outros personagens e a formação da Comitiva do Anel (ou Sociedade), com Legolas, Aragorn, Boromir, Gimli, Gandalf, além dos hobbits Frodo, Sam, Merry, Pippin. A partir desse ponto, é quase impossível largar o livro, mesmo com ainda o tom de monotonia em algumas passagens e diálogos – por deveras, alguns bem longos, sem mencionar as canções que povoam muito dos capítulos.
Algo que eu achei muito interessante foi a linguagem – tanto as runas quanto a língua dos elfos juntamente com os diversos povos e costumes diferentes da Terra-Média, que possui muita verossimilhança não havendo dúvidas ou “furos” no mundo criado por Tolkien. O final reserva uma reviravolta de toda a trama, deixando assim brechas para as continuações.
Digo que apesar das dificuldades em prosseguir com a leitura até o fim, o saldo foi positivo e agora sim eu me atrevo a ter expectativas para os próximos dois livros.
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