O conto da ilha desconhecida

O conto da ilha desconhecida José Saramago




Resenhas - O Conto da Ilha Desconhecida


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@lendoaos30 17/10/2020

Encontrei “O Conto da Ilha Desconhecida” do magnífico José Saramago por puro acaso, e me surpreendi ao perceber que nunca tinha ouvido falar dele. A leitura foi rápida, pois o conto é bem curto, com menos de 70 páginas, e em uma linguagem bem fluída.
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Saramago não é adepto da pontuação padrão e isso pode ser um desafio em uma primeira leitura, mas nada que a perseverança e a atenção não resolvam. Trazendo uma história simples, o conto não apresenta grandes complexidades de entendimento mesmo para quem ainda não está acostumado com essa escrita peculiar de Saramago.
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A narrativa apresenta um homem que resolve pedir um barco ao rei de Portugal, para, segundo ele, encontrar a ilha desconhecida. Esse é o mote de toda a história e não há muito mais a dizer sem correr o risco de estragar a experiência de descobrir o que acontece a esse homem após esse simples, porém complexo, pedido.
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Trazendo uma reflexão poética e encantadora a respeito da vida, das pessoas, e de questões existenciais, “O Conto da Ilha Desconhecida” entra fácil para a grande lista de obras impressionantes de Saramago. É o tipo de leitura que faz refletir, que diverte e que também dá um quentinho no coração. Se você nunca leu nada do autor, esse é um ótimo caminho para começar.
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E para aguçar só um pouco a curiosidade, transcrevo, em parte, o diálogo do pedido do barco, que aparece logo nas primeiras páginas e é simplesmente sensacional: “E tu para que queres um barco, pode-se saber, foi o que o rei de facto perguntou (...). Para ir à procura da ilha desconhecida, respondeu o homem, Que ilha desconhecida, perguntou o rei (...), A ilha desconhecida, repetiu o homem, Disparate, já não há ilhas desconhecidas, estão todas nos mapas, Nos mapas só estão as ilhas conhecidas, E que ilha desconhecida é essa que queres ir à procura, Se eu to pudesse dizer, então não seria desconhecida” Ah, esse Saramago!

site: https://www.instagram.com/lendoaos30/
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Luis Felipe S. Correa 17/05/2021

É preciso sair da ilha para ver a ilha
Um conto bem curtinho e de leitura bastante agradável. Saramago retrata a burocracia e o fato de, na maioria das vezes, as pessoas serem identificadas pelo que fazem e não por quem são. A busca pela ilha em uma sociedade que alegava inexistirem ilhas desconhecidas, revela uma busca mais profunda e uma analogia intrínseca com o ser e o processo de autoconhecimento.
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lendocomluli 30/11/2022

Primeira experiência de Saramago
Esse conto me surpreendeu muito! Já li vários ótimos mas esse certamente é o melhor de todos, a escrita de Saramago é TOTALMENTE diferente de tudo o que já li na vida (um diferente bom), a forma com que trabalha os diálogos é fenomenal, parece confuso à princípio, mas depois acabamos nos acostumando e a narrativa vai fluindo sem nem percebermos.

Antes de ler algo do autor pela primeira vez consultei alguns sites e vídeos e cheguei à conclusão de que esse texto seria minha melhor porta de entrada, dito e feito! Saiba que não é uma leitura fácil, daquelas que encontramos por aí no dia a dia, mas se já tens certa experiência com escritas um tanto mais rebuscadas eu - de certo - indico o conto da ilha desconhecida para começar. Mal vejo a hora de ler mais e mais desse autor português fantástico!
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Sam.Menezes 24/01/2022

Sensibilidade
O livro é curto, então não tem muito do que falar sem contar a história, mas a mensagem do autor não é complicada, ele é muito sensível e transmite a mensagem de forma simples através desse conto lindo.
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Ana Paula 01/12/2022

Uma fábula sobre nossa constante busca existencial e que faz critica às estruturas sociais, onde a "mulher da limpeza" ocupa o lugar mais baixo desta hierarquia.
Mais uma pérola de Saramago.
Yas 30/12/2022minha estante
Vai pra lista do quero ler




Lu 20/12/2022

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."
"Quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver. Se não sais de ti, não chegas a saber quem és."
"É necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós"
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Leo 11/02/2022

Perfeição
Um conto agradabilíssimo. Em que o homem enfim descobre todas as analogias sobre uma ilha. Um sonhador devotado a atingir suas metas. Vale muito. Vale uma ilha desconhecida.
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Di Pereirinha 27/01/2022

Ns oq por
Eu n gostei muito do livro msm lendo pela segunda vez. Eu n leria este livro se n fosse pelo facto de ter um concurso nacional de leitura q acontece tds os anos na minha escola, mas eu n aconselho a ler pq a leitura é um pouco secante e eu propriamente n entendi nd do livro.
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Ludine Alves 20/01/2021

[Lido] O conto da ilha desconhecida - José Saramago
Parábola sf 1. narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia.

São maioria os leitores dessa história que buscam nas situações inverossímeis e nas frases de efeito que mais parecem ditados ("Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar", "É necessário sair da ilha para ver a ilha. Que não nos vemos se não saímos de nós próprios", "Quero encontrar a ilha desconhecida, quero saber quem sou eu quando nela estiver") uma mensagem escondida, uma interpretação definitiva que foi a pretendida por Saramago ao escrever a história.

A parábola do homem que espera por três dias na porta do palácio do rei para lhe pedir um barco, mesmo sem saber navegar, almejando encontrar a Ilha Desconhecida que acredita que existe, certamente pode ser lida e interpretada de forma a encontrar não apenas uma, mas diversas lições, provérbios, máximas. Eu, no entanto, fico com a beleza óbvia da narrativa sobre o sonho que, mesmo com muito esforço e determinação, não foi exitoso e se redesenhou e se redescobriu, escrita no português mais garboso que o mundo já viu.
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Livrissimu 09/06/2019

O conto da Ilha Desconhecida, do ganhador do Nobel José Saramago, foi lido em 2012 e relido nos 30 minutos de voô entre Goiânia e Brasília. Foi muito interessante perceber as diferenças no grau de absorção e interpretação da obra, pude ver coisas que haviam passado totalmente em branco e entender coisas que só foram possíveis devido ao fato de que minha bagagem de vida aumentou, pois a literatura nos cativa na medida em que nos vemos nela. Esse obra foi, aos 15 anos de idade, meu primeiro contato com autor, o qual tornou-se rapidamente, conforme me aprofundava em sua escrita, um dos meus favoritos. Depois que você supera o ‘’modernismo’’da estruturação do texto, com suas pontuações e diálogos estranhamente marcados no meio dos parágrafos, as coisas fluem que é uma beleza.

Aqui Saramago pinta cenas metafóricas em diversos momentos, girando em torno de um homem que insistentemente pede ao rei que lhe dê um barco para ir em busca de uma ilha desconhecida. A partir dessa premissa simples, surgem variados questionamentos filosóficos e existenciais… afinal, a ilha desconhecida não passa de uma imagem, uma miragem, a qual não é palpável, mas é visível. A ilha é, na realidade, o desejo de fazer sentido e ter propósito na vida, ou seja, o homem é a ilha e achar a ilha é achar a si mesmo. O conto também pincela críticas aos meandros políticos e o ferrugem das engrenagens burocráticas, ilustrado na figura do rei e seus funcionários.
NOTA: 9,5/10

TRECHOS:
-Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós.
-Gostar é provavelmente a melhor maneira de se ter, ter deve ser a pior maneira de se gostar.


site: Insta: @livrissimu
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Lorena.Mireia 05/10/2019

Em busca do desconhecido
Uma obra curta, daquelas para ler em uma sentada numa tarde de folga, foi ideal para um contato inicial com o aclamado escritor português José Saramago.
O livro retrata a jornada de um homem que vai à presença do rei da nação para pedir um barco para chegar a uma ilha desconhecida. Ele, insistentemente, aguarda ser atendido pessoalmente pelo monarca. Este, por sua vez, ignora as petições do povo, impelindo ao cansaço, com uma série de burocracias. Contudo, após certa morosidade, seu pedido inusitado é realizado.
Entrementes, a mulher da limpeza do palácio real também decide embarcar na viagem rumo à ilha desconhecida. Tal empreitada torna-se objeto de pilhéria para centenas de pessoas. Não obstante, a dupla segue resoluta no seu propósito.
A obra constitui-se uma analogia ao ser humano em busca do autoconhecimento e de coisas novas que lhe confiram uma realização pessoal. Tal como ocorre no conto, grande parte das pessoas preferem ficar no comodismo e ir se ajustando às conveniências sociais, pois sair da zona de conforto, viver experiências inéditas, ou seja, a busca de um novo e desconhecido horizonte requer coragem, foco e determinação.
Outro aspecto relevante reside nas relações hierárquicas, pois nesta história ninguém tem nome, todavia, os personagens são identificados apenas pelas papéis profissionais que exercem. Logo, temos aí uma crítica sutil à sociedade que reduz um indivíduo, com todas as suas complexidades, à sua respectiva ocupação.
Devido ao modo peculiar da escrita do autor, esta obra é aconselhável para quem deseja conhecê-lo.
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Dada 30/06/2021

Impecável
Quando peguei o conto ontem à noite, queria apenas a leitura rápida para antes de dormir. No entanto, escolhi muito mal, já que, ao cabo da história, eu estava completamente desperta. E como poderia ter sono? O livro tinha acabado de mudar a minha vida!
Alê | @alexandrejjr 22/08/2021minha estante
Que comentário bonito, Dada! Parabéns.




Helder 26/02/2020

Desafie-se!
Você já leu Saramago? Não? Então venho lhe dizer que O Conto da Ilha Desconhecida é um bom começo para quem deseja conhecer a escrita diferenciada deste escritor sensacional.
Lançado no Brasil pela Cia das Letras, é um livrinho pequenino, com pouco mais de 60 paginas e diversas ilustrações e que poder ser lido em uma hora.
Num castelo Real existe o Portão das Petições, e é lá que se encontra o Homem, que tem um pedido a fazer ao Rei, e somente ao Rei.
Mas o Rei prefere ficar no portão dos Obséquios, onde recebe coisas das pessoas.
É lá que ele se encontra quando é informado que no Portão das Petições existe um homem que deseja lhe falar, e empacou na fila dos pedidos, dizendo que só sai de lá após fazer o pedido diretamente ao Rei.
O Rei está acostumado a delegar a seus subalternos, que delegam a outros subalternos que delegam a outros subalternos a atividade de escutar as petições do povo.
No momento, o nível mais baixo desta “cadeia burocrática” é a Mulher Da Limpeza que ouve a pedido do Homem e faz com que ele chegue até o Rei, que sem opção, vai até o Homem e ouve seu pedido:

- Eu preciso de um barco!

  - E para que precisa de um barco?

  - Para ir até a Ilha Desconhecida!

O Rei acha aquilo ridículo.

  - Já conhecemos todas as ilhas! - O Rei lhe diz

Mas isso não convence o Homem, que só tem uma certeza em seu ser: Ele precisa encontrar a Ilha Desconhecida e ver quem é ele ali.
O Rei, após tanta insistência acaba aceitando dar-lhe um barco.
Mas a sina do Homem não termina ai, pois ele precisa de uma tripulação.
Mas como convencer aos marinheiros que levam uma vida tranquila a caírem no mar em busca de algo desconhecido que pode nem existir?
Em um conto pequeno para ser lido em uma hora, José Saramago nos traz diversas reflexões, nos mostrando que não devemos nos contentar com aquilo que já conhecemos.
Temos que estar abertos para o novo, e assim como o Homem, buscar Ilhas Desconhecidas e descobrir como somos nestes lugares.
O pequeno texto de O Conto da Ilha Desconhecida nos mostra que devemos sempre querer mais.
Devemos sair da nossa zona de conforto e não nos contentarmos com aquilo que já conhecemos, mesmo que o mundo ao nosso redor insista em que fiquemos no mesmo lugar, simplesmente porque nós e o mundo já estamos acostumados.
O homem vive sempre num embate com aquilo que todos estão acostumados, com as ideias preconcebidas e com o medo do desconhecido.
Desacostumemo-nos com o rotineiro.
Busquemos o desafio.
Queiramos sempre ser mais.
E que a gente consiga se ver de fora de nossa nova ilha desconhecida e que essa seja uma bela visão!
Jéssica Rodovalho 15/04/2020minha estante
Que resenha maravilhosa. Amei


Helder 15/04/2020minha estante
Muito obrigado. Este livro é uma belezinha mesmo. Dá pra ler rapidinho .




bia 21/02/2023

Cara o saramago conseguiu escrever ao mesmo tempo um livro que meu primo de 7 anos ia gostar e um livro que me fez refletir muito, esse cara é um genio
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