Kel Costa 06/06/2011Excelente!Ai gente do céu, que romance mais delicioso! Perdida é um conto de fadas moderno daqueles que te fazem suspirar apaixonada pelo mocinho, chorar rios de lágrimas com a mocinha e torcer para que a última frase seja “e eles foram felizes para sempre”.
Sofia é essa garota de 27/28 (não tenho certeza agora da idade exata) anos que já teve diversos relacionamentos péssimos e não acredita mais em príncipe encantado. Ela tem uma melhor amiga que é loucamente apaixonada pelo namorado e Sofia não entende como uma pessoa pode gostar tanto assim da outra.
Uma noite, enquanto comemorava com Nina – a melhor amiga – num barzinho, Sofia vai ao banheiro e, por estar um pouco bêbada, deixa o celular cair no vaso sanitário. No dia seguinte ela sai para comprar outro e inocentemente, não estranha a situação para lá de bizarra pela qual passa com a vendedora. Quando nossa protagonista sai da loja, excitada para começar a mexer no seu novo e super moderno aparelho celular, uma luz estranha sai de dentro dele e de repente Sofia se vê num lugar completamente diferente. Ou melhor, o lugar continua o mesmo, o que mudou foi apenas o ano.
Sofia dá a sorte de ser rapidamente acudida por um rapaz montado num cavalo, que vem em seu socorro quando a nota caída ali na estrada. Ela estranha as vestimentas do homem, que se chama Ian Clarke, mas acha que tudo não passa de uma encenação ou algo do tipo. Quando ela é levada para a residência dele e percebe que tudo ali é de época, a ficha começa a cair e finalmente Sofia se dá conta de que realmente está em pleno século XIX. Mais precisamente, no ano de 1830.
Sofia não tem a menor idéia de como sair dessa enrascada e enquanto não descobre como voltar para casa, ela precisa aceitar a hospitalidade do encantador Ian e sua irmã Elisa. Ela fica hospedada na casa deles, que são de uma família rica e importante na cidade, apesar de serem órfãos e morarem apenas com os criados. Enquanto a hora de voltar para casa não chega, Sofia tem que passar por um bocado de situações nada agradáveis. Não existe ainda o famoso encanamento, portanto, para usar o banheiro é necessário ir até a casinha que fica na parte externa da casa. Ela também tem que aprender a usar os vestidos bufantes e evitar não chocar muito a sociedade com seu tênis vermelho e seu vocabulário nada apropriado para a época. Porém, a maior prova pela qual Sofia terá que passar, é evitar, a todo custo, se apaixonar por Ian, já que em algum momento ela terá que deixá-lo e voltar para 2010. O problema é que Ian é impossível de não se apaixonar.
Bem, para mim foi completamente impossível mesmo não se apaixonar perdidamente por Ian Clarke. Há muito tempo eu não lia um romance tão encantador, sublime e arrebatador. Ian é a coisa mais fofa! O mais perfeito cavalheiro, mesmo quando está se segurando para não agarrar Sofia, já que isso sujaria a reputação de tão respeitável senhorita (aham rs). E Elisa, a irmã mais nova que logo de início recebe Sofia de braços abertos e torce para que seu irmão a conquiste.
Perdida me fez perder o fôlego, me fez rir das trapalhadas de Sofia e me fez chorar muito, como um bezerro desmamado. Ao fechar o livro, já senti saudades de Sofia e Ian e queria mais um pouco desse casal tão lindo. Queria poder encontrar um celular desse pelo caminho para poder ter meu conto de fadas também. Ou melhor, queria eu ter conhecido a família Clarke! Muito melhor mesmo rs
Carina Rissi escreve bem e me conquistou. A história se passa aqui mesmo no Brasil e ela conseguiu retratar um pouco dos costumes da época. Muito bem revisado (encontrei pouquíssimos erros, coisas de letra faltando e tal, mas em 2 ou 3 situações apenas) e com capítulos bem divididos. A capa retrata perfeitamente a essência do livro e há uma vantagem muito grande que eu não vejo na maioria dos livros nacionais: páginas amareladas! Muito melhor para ler.
Leia sem falta se você for daquelas pessoas que adora um romance de fazer suspirar!
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