Resenhas - O Marinheiro

Pote De Doçura 22/10/2021

Um mundo de sonhos
Data da leitura: 22/10/2021

Várias obras cobradas em vestibulares carregam o peso de uma linguagem mais rebuscada e longe do nosso cotidiano. A versão que eu li, na verdade, estava em português do Brasil, mas ainda assim carregam essa dificuldade a mais para nós, estudantes de ensino médio.
No começo eu achei mais enrolado, mas em determinado ponto fui me conectando à história e me desligando da forma como tinha seu português, fui sentindo tensão e medo juntamente com as personagens. No fim, devo dizer que é um teatro muito bom de ser lido.

Amanda 09/10/2021

Reflexivo
Confesso que demorei mais tempo lendo o prefácio com análise da obra da minha edição (Editora Unicamp) do que o livro em si, até porque precisei ler para o vestibular hahaha
É uma leitura rápida, porém bastante reflexiva e que denota uma necessidade maior de abstração. Toda a confusão das veladoras sobre o passado, os sonhos e a própria existência perdem-se naquela torre de janela única, trazendo dúvidas e medos sobre a realidade da situação. Toda a trama, atrelada às obras e aos heterônimos de Pessoa, conferem ainda uma nova análise possível, o que transforma a obra a cada momento que se pensa sobre ela.

ggabiprado 24/09/2021

Fascinante
É o primeiro livro em estilo de teatro que eu leio, eu amei muito a história e todo o conceito sobre tudo ser um sonho e nada ser real.

Tori 19/09/2021

Eu aproveitei bastante essa leitura, e apesar de ser um pouco densa, tem um enredo bem interessante e complexo. É um clássico um pouco diferente, escrito em forma de um drama a ser encenado, e eu recomendo demais.

okkmaria 13/08/2021

Gritaria, caos e confusão
Dividindo o livro em 3 partes:

Primeiro temos uma introdução que era pra ajudar e me deixou mais confusa do que eu já estava. Enrolaram muito pra sanar as dúvidas e explicar a obra, senti que poderiam ter resumido 20 páginas em umas 5.

Depois tem a obra que eu achei boa, gostei de verdade. Apesar de ser beeeem confusa (Fernando Pessoa você precisava de terapia) me fez pensar sobre alguns assuntos que nunca nem passou pela minha cabeça, leituras assim me fazem bem.

Por último fala um pouco sobre o autor, suas crença e afins, acho importante ter isso no livro.

Enfim, o maior problema pra mim foi a introdução mesmo e é uma leitura difícil de compreender.

mia 03/08/2021

surpreendente
por estar lendo apenas devido aos vestibulares, esperava que fosse um livro lento e chato - assim como a maioria, mas a história, apesar de curta, me prendeu e acabei gostando muito mais do que o esperado.

Brun0 26/07/2021

Escrita envolvente, introdução excelente e ótimas reflexões
O livro, nessa edição específica, conta com umas dezenas de páginas de introdução, contando a respeito do livro e do seu autor, que é uma figura muito interessante e curiosa por si só, junto com sua obra, isso só melhora e se intensifica, visto que o livro traz uma construção básica de cenário, ambientação e personagens, mas dá espaço para um mar de reflexões e discussões a respeito de inúmeros temas, além do mais, a escrita, por ser destinada ao teatro, é simples e faz com que você queira ler mais e mais. Por fim, a obra conta com anotações que elucidam usos arcaicos ou incomuns à língua portuguesa, facilitando ainda mais a leitura do livro

Eduarda.Silva 15/07/2021

um texto dramático de Fernando Pessoa...
O Marinheiro não é um poema como constam nos seus livros mais famosos, é um texto dramático (escrito para ser encenado)

Foi publicado na revista Orpheu, considerado o marco inicial do modernismo em Portugal (1915)

A peça segue o Paulismo, estilo literário criado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, possui sua base em: reflexão, introspecção e sonho/realidade.

Sua estrutura se dá nos nomes, falas dos personagens e rubrica (instruções), lembrando que o foco está nas reflexões e não nas ações dos personagens, então a peça é completamente estática.

Se dá em um quarto de um castelo antigo, onde três mulheres velam um corpo, essas mulheres não possuem nomes, são chamadas de as três veladoras. A 1° propõe que contem sobre o passado, a 2° após se questionar, assume a voz e questiona a vida contando a história de um marinheiro que naufragou e ficou isolado em uma ilha, onde para passar o tempo, recorria aos próprios pensamentos/reflexões.

Acredito que o objetivo da peça era de mostrar que o pensamento e a imaginação possuem muita importância, porque mesmo sem conhecer (qualquer coisa), podemos imaginar.

booksdalaus 17/06/2021

resenha o marinheiro
Peça teatral escrita em 1915 pelo poeta português Fernando Pessoa, O marinheiro é leitura obrigatória para o Vestibular da Unicamp. E interessa também a todos os apreciadores da boa literatura. Esta edição, com introdução, comentários e notas de Marcos Lopes e Ana Maria Ferreira Côrtes, traz ao leitor dicas importantes para a compreensão do texto. Fernando Pessoa (1888-1935) é um dos maiores poetas da língua portuguesa. Sua poesia foi publicada sob vários heterônimos, dos quais se destacam Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Escreveu também contos, crônicas, ensaios e dramaturgia, entre outros gêneros literários.

Est_Toriv 11/06/2021

O Marinheiro, de Fernando Pessoa
Estou começando a ler os livros que os vestibulares cobram, e O Marinheiro, Fernando Pessoa, foi um deles.

Um livro curto, que por sorte consegui achar no Kindle unlimited. Foi minha primeira experiência com uma obra desse renomado autor brasileiro; admito ter me impressionado com todo a questão filosófica que tal obra abrange.

O Marinho retrata uma peça teatral estática que sobre 3 donzelas, não têm nomes, que estão velando um caixão de uma quarta numa torre. Com discussões filosóficas e existencialista, elas relembram sobre o passado e sobre os sonhos.

O final, admito ter sido um pouco confuso. Graças a nota da editora de Montecristo fui capaz de entender: "Presas à realidade, têm como fuga para a liberdade o sonho e a própria morte. A aproximação do dia traz uma vontade desesperadora de "acordar" e ver que tudo não passou de um sonho."

Portanto, recomendo a todos lerem essa obra de Fernando Pessoa, mesmo que seja apenas para a prova da Unicamp, ou, até mesmo, outras provas.

juliajunq 26/05/2021

Antecessor de ?Mensagem??
A peça é super rápida de ler, mas o vocabulário pode confundir quem não está acostumado com obras antigas. Sobre a estética literária, penso que Pessoa antecipa o sentimento da grande glória da pátria perdida que aparece fortemente em sua obra-prima.

bren 01/05/2021

Reflexão
Foi um livro bem gostoso de ler. A maneira que o autor abordou as personagens sem nomes e apenas clamando-as de 1ª, 2ª e 3ª eu achei bem legal. Não achei que iria gostar da história, mas o jeito como elas questionavam a própria existência foi muito interessante.
De fato, se não tivesse lendo para prestar o vestibular eu não teria nem me interessado em ler, mas ainda bem que tive a oportunidade de conhecer essa obra.

Barbara.Oliveira 21/04/2021

Grande obra de poucas páginas
Me surpreendi com a leitura...

Questões existenciais profundas apresentadas em uma peça de 30 páginas, com um rico trabalho com a linguagem.

A apresentação da edição da Unicamp ajuda muito na compreensão da simbologia envolvida na peça e provavelmente me fez aproveitar e gostar muito mais dessa leitura.

Dá vontade de ler mais Fernando Pessoa s2

Uma observação interessante é que, além dessa peça, o vestibular da Unicamp de 2021 e/ou 2022 (não lembro) também pede a leitura do conto O espelho, de Machado de Assis. Eu li esse conto logo antes da peça O marinheiro e acho que os temas envolvidos nas duas obras conversam muito. O conto do Machado reflete sobre a possibilidade de existirem vários eus, várias almas, enquanto a peça de Pessoa reflete sobre a própria existência, sobre o que é real ou não, sobre o sentido da vida. Em muitos momentos as três personagens da peça se questionam sobre quem elas realmente são, foram ou serão, e o conto do Machado fala sobre como essa percepção de si e do outro pode variar... acho que faz sentido fazer essa relação entre as duas obras.

É isso, recomendo muito! Principalmente essa edição ;)

Fla :) 12/04/2021

O marinheiro, Fernando Pessoa
publicada em 1915, a obra possui uma escrita bem antiga e bem formal, que acaba por fim sendo um pouco cansativa. No entanto, eu gostei do livro.
é uma peça de teatro cujo drama é estático, ocorre em um castelo durante um velório de uma morta na presença de três irmãs. Não há nenhuma menção dos nomes das irmãs ou da falecida, durante o livro as irmãs são diferenciadas por primeira, segunda e terceira. As irmãs conversam durante a madrugada sobre o passado, e fazem algumas reflexões psicológicas sobre o presente e o passado. Durante a conversa, as irmãs começam a relatar alguns sonhos seus, dentre esses, a segunda irmã conta a historia de um marinheiro, que por sua vez sofre um naufrágio e fica sozinho em uma ilha inventando situações para sobreviver, as falas do marinheiro se envolve com a perspectiva de sonho e realidade que essas irmãs vivem.
Eu gostei, foi um livro interessante de se ler, fiquei um pouco perdida e confusa mas li depois algumas outras informações sobre o livro que me ajudaram a entender.

:)

Angelica75 31/03/2021

Drama de Fernando Pessoa.
Texto dramático estático, feito para ser uma peça de teatro.
Três mulheres, irmãs, velando o corpo de uma outra mulher, elas conversam entre si esperando a noite passar.
É um texto reflexivo, introspectivo, muitas vezes não sabemos o que é sonho e o que é realidade.
A segunda irmã é a que mais tem voz. Elas não tem nome no texto. Começam a conversar e a segunda irmã disse que tem uma história pra contar de um marinheiro naufrágo, que também está muito reflexivo em uma ilha deserta. O texto gira em torno disso é de um sonho que esse marinheiro teve. Não necessariamente tem um começo, meio e fim.
O que vale é a metáfora de refletir sobre a vida na ilha, ou refletir enquanto a noite do velório passa.