Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida

Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida Xinran




Resenhas - Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida


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Rosangela Max 30/01/2023

Marcante.
?A vida é dura para as mulheres; nenhuma dinastia nem governo algum as valorizam.?

Esta frase define bem sobre o que se trata este livro.
Este é o segundo livro que leio da autora e não me canso de horrorizar com o modo como as mulheres eram e são tratadas na China.
Este é sobre as atrocidades feitas com os bebês femininos em nome da política do filho único e também da cultura chinesa, principalmente nas regiões rurais e interioranas. Ou eram mortas assim que nasciam ou cresciam no país para serem roubadas ou compradas e se tornarem noivas-crianças e mão-de-obra escrava. Seja qual fosse o destino reservado a elas, era cruel.
Leitura necessária para se entender um pouco mais sobre a vida das mulheres na China.
Os anexos ao final do livro foram enriquecedores. Destaque para a curiosa explicação sobre as dezoito maravilhas de Chengdu.
Recomendo e leitura.
Livia Barini 30/01/2023minha estante
Achei este livro muito impactante. Até hj rezo por uma das mulheres (se não me engano a da primeira história)


Jhaze 01/02/2023minha estante
Rosangela.Max te recomendo caso ainda não tenha lido, da escritora Jean P. Season o livro Princesa: A Vida Secreta das Mulheres Árabes Por Trás do Véu Negro. Leitura difícil.


Livia Barini 01/02/2023minha estante
Jaaziel, o livro que você recomendou é uma série. A autora Jean Sasson escreveu mais dois outros livros: As Filhas da Princesa Sultana e Princesa Sultana. São livros impactantes, mas gostei mais do "Mensagem de uma mãe chinesa"


Livia Barini 01/02/2023minha estante
Jaaziel, o livro que você recomendou é uma série. A autora Jean Sasson escreveu mais três outros livros: As Filhas da Princesa Sultana, Princesa Sultana e Sultana Mais lágrimas para chorar. Li o primeiro e o último. São livros impactantes, mas gostei mais do "Mensagem de uma mãe chinesa"


Rosangela Max 01/02/2023minha estante
Olá! Li dois livros da Jean. P. Season e gostei também, mostram bem como é a vida das mulheres árabes, embora fale muito sobre as mulheres da ?realeza?.
Gosto mais do estilo de escrita da Xinran. No momento, estou amando ler livros sobre a cultura asiática (tanto de ficção quanto de não-ficção). ?


Alan kleber 01/02/2023minha estante
Já viu falar també das mulheres dos "pés de lotus"? Acho que também era na China.


Alan kleber 01/02/2023minha estante
Também


Jhaze 01/02/2023minha estante
Sim Lívia, é uma série. Eu comentei apenas sobre o primeiro porquê foi o único que li. Falta ler os outros.


Rosangela Max 01/02/2023minha estante
Alan, esse que você citou eu não conheço, mas já fiquei super curiosa. ??




Juliene.Dechichi 08/08/2021

A China da política/cultura do filho único
Tão bom quanto "As boas mulheres da China"!Impressionante pensar que além da política do filho único a questão cultural da significância do filho homem foi responsável pela morte de tantas bebês e pelo destino marcado de tantas mulheres que sofriam em silêncio pela morte ou abandono de suas filhas enquanto eram julgadas pela incapacidade de gerar um filho homem. É o lado da China que nunca seria conhecido a fundo se no fosse o relato dessas mães e pelo cuidado e busca de Xinran por essas histórias. E mais ainda o efeito desses abandonos nas jovens adotadas por famílias estrangeiras, na forma em que elas (des)conhecem suas origens..
Recomendo muito a leitura!
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Natally.Pierri 18/02/2016

Menininhas chinesas
Livro baseado em relatos reais contados pela jornalista Xinran que no decorrer de sua vida conheceu histórias de mamães chinesas que precisaram abandonar suas filhas mulheres em meio à Revolução Cultural, principalmente pela desvalorização do sexo feminino e política do filho único.
O objetivo de Xinran é contar os motivos reais pelos quais as menininhas foram abandonadas, e de alguma forma, estreitar a ponte entre sua mãe chinesa e suas filhas.
Mulheres que precisavam ter um filho homem para auxiliar no trabalho e poder manter a sobrevivência da família precisaram fazer escolhas que tornou sua própria existência sem valor, muitas vezes enlouquecendo ou vindo a tirar sua vida, tornando a China um dos países com maior incidência de suicídio entre mulheres de 15 à 34 anos.
Este livro proporcionou sensações de diversas naturezas. Ora tristeza, ora revolta, ora empatia.
Umas das melhores leituras que tive e indico principalmente para toda a população que ainda acredita na diferença entre gênero e desvalorização da mulher como indivíduo livre e digno de respeito.
Outro aspecto importante a ser mencionado é o amor existente nas mamães ocidentais que adotaram filhas chinesas. Vale como lição para todas as pessoas que buscam um filho, mesmo que não de sangue, mas de coração.
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Gabi Araujo 21/12/2021

"Resolver uma bebezinha"
Ler Xinran é maravilhoso, porém, não é fácil. Com 10 relatos reais, este livro nos mostra a dura jornada de mães chinesas que tiveram que abrir mão de suas filhas para ter "melhores condições de vida" ou continuar tentando o esperado filho homem.
Tão incrível quanto "As boas mulheres da China", diria que este é ainda mais emocionante.
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Luciana 21/01/2021

Dilacerante! Esse livro não é um soco, é um espancamento completo, dói em todos os lugares!
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Aline 22/01/2021

Genocídio de meninas
As Boas Mulheres da China já havia me dado um panorama bem amplo de como é difícil ser mulher na China. Eu imaginei que Mensagem de uma Mãe Chinesa Desconhecida repetiria muitas das histórias do primeiro livro e traria alguns poucos fatos novos. Me enganei absurdamente. Em Mensagem de uma Mãe Chinesa Desconhecida Xiran detalha como a pobreza, uma política de distribuição de terras arcaica, que premiava apenas o nascimento de meninos, e a política do filho único (que vigorou de 1979 a 2015) provocaram um verdadeiro genocídio de bebês do sexo feminino. Quando não mortas em seus primeiros segundos de vida (muitas vezes pela própria mãe), as meninas eram abandonadas. As que tinham sorte, passavam a viver em orfanatos precários que pouca ajuda recebiam do Governo.
As histórias são de cortar o coração. Como mãe, o livro me tocou profundamente. Não por acaso a China é um dos poucos países no mundo em que o índice de suicídios entre as mulheres é maior que entre os homens. Viver com a culpa de ter matado ou abandonado uma (ou muitas) filhas é de fato enlouquecedor.
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C Paula 18/06/2021

Muito bom,narra a situação das mulheres na China que apesar de todo progresso tecnológico apresenta ainda muito preconceito em relação às questões do universo feminino.
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Jamile 23/05/2022

Xinran tem todo meu ?
Eu sou fã de Xinran desde as boas mulheres da China, e a cada leitura dela, eu me apaixono mais.
O sofrimento das mulheres chinesas, sempre contextualizados com dados históricos e tratados de forma tão respeitosa e única, é o tema central dos seus escritos.
Leiam Xinran. Leiam "As boas mulheres da China", "Compre-me o céu" e "Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida" e descubram a China pelo olhar sensível de uma mulher falando do sofrimento de outras mulheres!
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Thalya 19/02/2023

As mães de meninas chinesas sofrem mais
"Mensagem de uma Mãe Chinesa Desconhecida" (2010) da autora Xinran ? chinesa que hoje mora no Reino Unido ? traz dez relatos de mães que, por alguma razão, tiveram de abandonar ou até matar as suas próprias filhas, seja pela política do filho único, existente até pouco tempo, ou por razões patriarcais, relacionadas também às políticas governamentais, como não deixa de ser, afinal cultura, história e Estado se conectam.

Logo, ao levantar as falas de mães diferentes e de diversas partes do país, a jornalista e escritora nos mostra uma faceta complexa e contraditória desse grande território, focando, principalmente, na China rural, presa a antigas concepções e olhares limitantes sobre as mulheres, como: meninas não poderão trabalhar, são frágeis; não conseguirão manter e liderar as famílias; elas exigirão gastos, nunca ganhos. Ou seja, em muitos lugares, ainda estão presente ideias antiquadas sobre o gênero.

Tal como em "As Boas Mulheres da China", da mesma autora, podemos enxergar a brutalidade, as violências e os crimes cometidos contra as mulheres, tudo em nome de culturas tradicionais e da manutenção do poder masculino. E para além disso, temos acesso às vozes apagadas e os sentimentos mais duros sobre ser mulher em um país do outro lado do planeta, distante do Brasil, contudo, próximo em muitos sentidos. Conseguimos nos identificar e embora possa ser uma leitura árdua, é também bela, porque retrata toda a vontade de recolher e manter a memória sobre essa história, mesmo que seja sombria.

Xinran reconstrói o modo de ver a China, bem como, a nossa experiência sobre a leitura e a escrita, já que ela coloca os holofotes sobre mulheres que "ninguém" enxergaria ou ouviria no cotidiano; ela abriu a possibilidade de que elas falassem o que tanto guardavam e o que as corroía por dentro, destinando a obra às filhas adotadas ? por estrangeiros? que desejam entender os motivos que fizeram com que as suas mães decidissem tomar medidas tão drásticas.

Leitura mais do que indicada.
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Lari 01/12/2020

Um presente para mulheres adotadas
Há livros que chacoalham - e ensinam, fazem pontes. Xinran fez um excelente trabalho de dar um pouco de resposta às meninas chinesas. Quem conhecer alguma menina chinesa adotada, esse é um ótimo presente ? Sinto que tenho algo em comum com todas as mulheres adotadas mundo afora. Como se compartilhássemos um sentimento íntimo e particular que só a gente entende. Algo que muita gente não conhece - e pode até achar bobo - de querer entender o motivo de existir entre duas linhagens distintas. É um lugar não lugar no mundo. Mistério e reconstrução. Nisso, qualquer coisinha ajuda a narrar nossa história. Sei que nasci em Pirassununga e isso é sim interessante de se saber. Também sei meu aniversário, o tipo sanguíneo da minha mãe biológica (pode ser útil de alguma forma. A saúde é um mistério), a hora exata do meu nascimento (amém mapa astral hehehe).

Acontece que meu coração aperta ao saber que mulheres chineses da minha idade, e principalmente as mais velhas, podem não saber nada disso. Praticamente nenhuma sabe. Não saber o próprio aniversário, a própria cidade, não poder nem postar meme de signo, vejam só. Coisas para uns pequena, para outros gigante. "Ah, mas é só inventar uma data", as pessoas dizem, mas não é bem assim. Sentir-se vazia da própria história, não saber se foi amada ou rejeitada, tem sim seu peso. Na China, falta documentação. Sem registro, sem passado.

E tem também o ser mulher. Na China a adoção é total ligada ao machismo, tradições arcaicas, pobreza e solidão. Que dor ler a história dessas mães! Há crianças raptadas e mães que tentam o suicídio.

No Brasil, já conversei com várias adotadas com medo de serem sexualizadas por parentes - e umas realmente foram! Mulheres que sentiram que os homens da família tratavam elas muito diferente das parentes de sangue. Por mais que em toda família possa, infelizmente, existir abuso, para uns realmente o sangue é uma barreira.

Já repararam como falam sobre adotadas? "Mas e se alguém se apaixonar por ela?". A primeira diferença que uma menina adotada pode sentir é essa: a sexualização. O jeito que julgam diferente se um priminho beijar a priminha de sangue e a priminha adotada.

Isso só para pontuar que ser mulher - e ser adotada - tem seu peso diferente no mundo todo.

Vejam, refletir isso não quer dizer não amar a família adotiva- isso é outro tabu. Ter que um filho provar amor é um tanto quanto absurdo.Sempre friso isso, porque não é como se eu fosse imune às críticas. Ainda há o estigma que faz com que filhos adotivos tenham que ser perfeitos e calados em relação ao passado - ou são chamados sem dó de ingratos. Mas todo filho tem o direito de ficar chateado com os pais, não? Assim como todos os pais tem seus dias de cansaço, raiva, impaciência. Famílias de verdade!

Tratam a adoção como tratam os depressivos: como se fosse mimimi. Mas não é. A diferença consiste em enxergar a adoção sem romantização. E cuidar psicologicamente, respeitar a necessidade de se entender as origens.

A adoção está cada vez mais sendo menos tabu, ainda bem. E se tem mais registros, mais debates - isso no mundo todo. É bom saber que o mundo caminha para isso ? enquanto vamos nessa transformação, sigo falando! Adotados: contem comigo
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Carla.Zuqueti 20/11/2012

Emocionante
Livro que complementa um tema inciado em "As Boas mulheres da China". Desta vez, focado nas mães chinesas e suas perdas, seus sofrimentos, suas angústias por sua impotência para dar um futuro às suas filhas. Muitas histórias emocionantes de mães que tiveram as frustrações por não poder exercer a maternidade, por não poder proteger seus filhos e uma reflexão da própria autora quanto ao seu relacionamento confuso com sua mãe. Muito bonito, recomendo.
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Gabi.Maia 04/02/2024

Maes e filhas abandonadas pelo Estado
Livro com histórias reais de Xinran jornalista chinesas que depois de muitos anos na China, se muda para fora do país.
Histórias sobre o período e pôs período de Revolução Cultural na China em que leis de controle da natalidade trouxeram O filho único e fizeram milhões de famílias abandorem suas filhas mulheres.
O livro traz o sofrimento dessas mães e a busca da identidade e do amor dessas folhas abandonadas e adotadas.
Livro interessante mas precisa estar preparada.
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Joaoitalo18 15/04/2022

Cartas que deviam ser lidas por todos nós.
Um livro muito emocionante e que trás um choque de realidade.
Fiquei muito tocado pelas dificuldades que as mães chinesas passam por simplesmente serem mulheres ou por dar a luz a uma menina.
Óbvio que não só ocorre na China ??, mas ver o como é algo comum o assassinato de crianças em um país com uma população que ultrapassa 1 bilhão de pessoas me deixa bastante abalado.
Quantas pessoas ainda precisam morrer antes dessa cultura global machista de achar que o homem e superior?
Eu pensava que com a globalização e o aumento do conhecimento nos dias de hoje fariam com que menos pessoas morressem pela ignorância de outros, mas atualmente parece que estamos apenas retrocedendo na história.
O livro e um respiro de esperança em meio a tanta maldade, ele consegue mostrar que mesmo com tanta tristeza é dificuldade a mulher ainda consegue lutar e vencer.
E mostra para as criança adotadas como suas mães biológicas ainda amam elas. ??
Eu amei muito o livro, já recomendei para umas 5 pessoas,E pretendo recomendar para muito mais?

Xinran ?
shotrai 26/05/2022minha estante
Na verdade esse período já passou, ela contou oq era vivenciado na época. Hoje a lei ja permite ter até 3 filhos por lá, pois está muito baixo o índice de natalidade depois de que ter um filho apenas virou algo cultural na China. Mas os tempos mudaram, a China hoje é um dos melhores países para se viver, conversei com uma brasileira morou 5 anos lá e até engravidou lá. Então, não fique preso ao que aconteceu e que ela relatou no livro, ela quis dar ênfase e trazer o sofrimento de muitas mulheres q tiveram de passar por tudo aquilo. Para não ser algo esquecido ou banalizado apenas, ela trouxe um lado da história que ninguém sabia e nem o governo chinês quis ?dar palco? a isso.




Fernando Lafaiete 05/01/2020

Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida: Por que minha mãe chinesa não me quis?
******************************NÃO contém spoiler******************************

Mergulhado em uma extrema melancolia e tristeza provenientes de relatos dolorosos e descrições absurdas capazes de chocar o mais incrédulo dos leitores; "Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida" da autora Xinran, publicado pela editora Companhia das Letras em 2011, é um soco no estômago e uma obra necessária, questionadora e muito mais que reflexiva. Cruel em seu cerne e sensível em suas camadas primárias, a obra nos leva a encarar situações horrendas de um país misógino, hipócrita e patriarcal, através de relatos de mães chinesas que foram obrigadas a abandonar suas filhas ou até mesmo permitir que elas fossem assassinadas minutos depois de terem nascido. Como lidar com tamanha crueldade e como se colocar no lugar dessas mulheres? Como ler uma obra de tamanho cunho crítico e emocional sem julgar a cultura, as políticas e as atitudes narradas?

Criada em 1979 com intuito de diminuir o crescimento populacional do país; a rígida política do filho único (exclusivamente para filhos homens), serviu apenas para sufocar e escravizar emocionalmente as mulheres do país; além de criar um déficit entre homens e mulheres, causando um desequilíbrio social grave.  Infanticídio, abandonos e negligencias parentais e governamentais são cometidos com normalidade e muitas vezes sem remorso algum.  Situações que nos amortecem e nos revoltam conforme vamos avançando na leitura.

"O negócio do aborto se tornou um ótimo caminho para se ganhar dinheiro rapidamente, e anúncios para esse tipo de serviço eram afixados em toda parte das periferias das cidades. Quase nenhuma das estudantes que engravidavam ficavam com o bebê. As famílias chinesas disputavam os meninos, mas os bebês do sexo feminino inevitavelmente terminavam em orfanatos. Essa é provavelmente uma das razões para o aumento dramático nos números de bebezinhas em orfanatos chineses de 1990 em diante, e também para a instituição governamental de 1992 que permitiu a adoção internacional"

Com uma escrita simples e com uma agilidade ímpar em descrever sentimentos únicos e empáticos, a autora, também jornalista popular, nos encanta com suas palavras tão bem escolhidas, nos agraciando com uma obra jornalística de alto nível literário. "Mensagem de uma mãe chinesa desconhecida" me deixou tão chocado, que passei horas tentando digerir tudo que havia lido e tentando desesperadamente entender como o ser-humano consegue ser tão cruel.

"Um número incontável de mulheres oriundas de zonas rurais comete o suicídio ingerindo pesticidas. Em um relatório das Nações Unidas de 2002, a China ficou em primeiro lugar na lista de suicídios femininos, e ingestão de pesticidas era o método preferido. A China é um dos poucos países em que mais mulheres que homens cometem suicídios."

Muito parecido em sua estrutura com o que encontramos em "A Guerra tem rosto de Mulher" da autora Svetlana Aleksiévitch, a obra de Xinran dá voz as mulheres chinesas, deixando suas vozes ressoarem pelas páginas de forma arrebatadora.  O livro é fantástico, desafiador e muito, mas muito triste. Muitos afirmam que não existe nada mais forte que amor de mãe. Mas lendo esse livro, confesso que passei muito tempo questionando tal afirmação. Consigo entender um pouco, mesmo que muito pouco, todo o sofrimento tanto das crianças abandonadas quanto das mães que as abandonaram ou "as assassinaram". Imagino a dificuldade de quem adota uma criança chinesa em responder a tão temida pergunta: Por que minha mãe chinesa não me quis? Terminei o livro e agora parafraseio uma indagação apresentada no livro aqui resenhado.

O que é natureza? O que é amor de mãe?
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Maiara.Alves 05/01/2020

Um livro para ser lido, pensado e sentido.
"Toda mulher que já teve um bebê sentiu dor, e as mães de menininhas têm o coração cheio de tristeza."

Xinran aborda com delicadeza um dos aspectos mais cruéis e polêmicos da sociedade chinesa contemporânea, e dá voz às mães que não puderam vivenciar a plena maternidade por terem dado à luz bebês do sexo feminino.
O mais incrível é que, através da narrativa simples, a autora conseguiu deixar leve a leitura de um livro que eu considerei muito mais que pesado. É um livro ao mesmo tempo reflexivo e doloroso. Eu li chorando em diversas partes, seja pelo desespero das mães que entregam ou matam suas filhas, das que se matam por isso, seja pelo desespero dessas filhas em saber porque foram abandonadas e levadas para quilômetros de distância de sua terra natal.
Indico a todo mundo, principalmente às mulheres. Mães ou filhas.

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