AleixoItalo 03/11/2019Para o dia dos mortos, fica a indicação desse que é considerado um dos maiores livros da literatura mexicana, e que melhor capta esse aspecto de sua cultura.
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A jornada de Juan Preciado, que promete a mãe em seu leito de morte procurar o pai desaparecido : Pedro Paramo. O que ele não esperava, era que na cidade natal do pai, não restam mais vivos, e são todos defuntos os que interagem com Juan e compõe a narrativa.
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A sinopse parece sugerir uma história de terror, mas na verdade é uma fábula dramática sobre o passado violento daqueles defuntos que viveram uma vida tão árdua que parecem não conseguir descansar.
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É considerado um dos precursores do realismo fantástico, e uma das maiores influências para Gabriel Garcia Márquez. É impossível ler Cem Anos de Solidão , e não ver uma semelhança com Pedro Paramo, tal qual aquele menino que mesmo tão diferente, mantém as feições dos pais.
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No mais, um livro que capta a história violenta do próprio México, nascido e perpetuado em meio de revoluções e autoritarismo por parte tanto de seus "coronéis" quando do tráfico de drogas. Uma narrativa aonde cada defunto tem sua história sofrida pra contar de como foi sua vida, seu próprio quinhão de tristeza.
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Uma verdadeira obra prima, e tão pequenininha (que tristeza!), que merece ser lida pelo menos uma vez a cada ano! Q livro bonito!