Resenhas - Moby Dick

maiasag 29/07/2023

Moby dick
Uma versão minimalista do clássico Moby dick, muito interessante. Futuramente pretendo ter a oportunidade de ler o clássico completo

LenSa 27/07/2023

Sem dúvidas, esse foi o livro mais difícil de terminar. Ele faz muitos rodeios desnecessários. Com certeza, o autor teve muito trabalho de pesquisa para escrevê-lo.
Eu não gostei, mas entendo o fato dele ser um clássico.

"Ah, clareiras verdejantes! Ah, paisagens infinitas sempre primaveris na alma; em vocês ? embora há muito ressecados pela seca mortal da vida terrena ?, em vocês, os homens podem ainda correr, como jovens cavalos sobre os frescos trevos matinais; e, por alguns momentos fugazes, sentir em si o frio orvalho da vida imortal. Oxalá essas abençoadas calmarias durassem. Mas os fios da vida, já mesclados e ainda se mesclando, são tecidos segundo a tessitura e a trama: calmarias cruzam-se com tempestade, uma tempestade para cada calmaria. Não há progresso constante e sem retrocesso nesta vida; não avançamos por meio de gradações fixas, e, quando chega a última, paramos: ? passando pelo feitiço inconsciente da primeira infância, pela fé impensada da meninice, pela dúvida da adolescência (o destino comum a todos), depois pelo ceticismo, mais tarde pela descrença, repousando por fim no ponderado Se da vida adulta. Ao chegarmos lá, porém, passamos por tudo mais uma vez; e somos bebês, crianças, adultos e Ses eternamente. Onde fica o porto final, e onde não mais levantamos ferro? Em que éter de êxtase navega o mundo, do qual nem os mais exaustos um dia se cansarão? Onde estará escondido o pai do enjeitado? Nossas almas são como aqueles órfãos cujas mães solteiras morrem no parto: o segredo de nossa paternidade jaz em seus túmulos, e lá devemos descobri-lo."





"Mas ao carregar sua história de uma linguagem e de uma série de efeitos novos, calcados na oratória religiosa, no teatro inglês e grego, na ensaística, na filosofia e, por que não, na teologia, ele o tempo todo sublinha a necessidade de reconhecer que por trás de tudo isso há algo mais. Há muito mais. Mas que esse significado maior só pode existir porque se trata apenas e exatamente das coisas que estão ali. Elas são exatamente e apenas o que são."
"O gesto subversivo, e poderosíssimo, de Melville, parece ser exatamente o avesso da travessura do pintor belga René Magritte, que nos mostra um quadro com a representação de um cachimbo e, abaixo dela, o texto que afirma ?isto não é um cachimbo?. Moby Dick nos mostra um mundo carregado de sentidos, homens, metáforas, imagens, palavras e ações todas prenhes de um significado maior, quase cósmico, e no entanto repete o tempo todo, como um mestre zen, ?isto é apenas uma baleia?. Julgue por conta própria."

lendocomgabriel.r 26/07/2023

Moby Dick
Eu acho que a leitura não deu certo pra mim, porque eu coloquei muita expectativa devido a @sabrinnatalks do Instagram ter lido,mas ele n é ruim, só que é muita enrolação pra um livro que em 150 ficaria ótimo ?, ele se resume em baleias é óbvio, só que eu esperava bem mais kkkk

Fabi 26/07/2023

Jornada Fantástica
Com uma gama de sentimentos misturados, terminei essa jornada que foi ler Moby Dick. Que livro!!! Aliás, que obra-prima!!! Comecei a ler em março e confesso que alguns capítulos são bem cansativos. Melville é bem descritivo sobre o funcionamento de um barco baleeiro, a rotina desses marujos, a estrutura e os diversos tipos de baleias etc. Em determinado momento, para aliviar o cansaço e um pouco da vontade de abandonar, eu aceitei que era uma oportunidade de aprender muito sobre esse universo. Comecei inclusive a pesquisar algumas particularidades sobre as baleias que eram descritas no livro. Mas o final... Ah! o final... foi lido em desespero, com ansiedade, com avidez. Que final. Como a criatividade humana é fantástica!!! Como as peças se encaixam e fazem o queixo do leitor cair. O meu caiu. Tudo acontecendo, eu querendo ler, gente querendo falar comigo e eu pedindo pelo amor de Deus para me deixar quieta porque eu precisava acompanhar aquele final que senti como se fosse ao vivo. Fantástico. Quando consegui respirar, digerir, pensar e voltar para a realidade, comecei a reler alguns destaques que fiz e ... Nossa!!!! Que livro bem escrito. Que personagens: Ahab, Ismael, Starbuck, Stubb, Queequeg, até o Pequod e todo o seu significado. Acredito que cada leitor vai ter sua análise sobre a vingança desenfreada que Ahab busca por Moby Dick o ter mutilado. Antes de ler, achava que esse livro era sobre Ahab x Moby Dick. Agora entendo de outra forma e o desfecho corrobora isso, no meu entendimento. Terminei o livro desejando ter o poder de esquecer tudo só para ter a sensação de ler aquele final de novo. Demorei tanto a ler esse livro pelo volume, não me arrependo, tudo tem seu tempo. Quando o li, foi maravilhoso. Agradecida por esses sentimentos.

Lizaamane 25/07/2023

História cativante
Com certeza não é um livro para se devorar em um dia, essa leitura deve ser apreciada lida com calma. Para mim foi uma aventura, me senti realmente dentro do navio Pequod. Apesar de alguns capítulos serem maçantes isso é facilmente ignorável já que outros capítulos principalmente o final foram inesquecíveis de tão bons. Vale a pena passar por essas partes mais chatinhas do livro para chegar ao fim dessa história maravilhosa.

Mariana 24/07/2023

07/10
É um livro muito grande e longo, ele é extremamente pesado, então é horrível de ler, mas a leitura é boa (eu resumiria em 200 páginas no máximo).

Sara 23/07/2023

Sobre baleias e sobre homens
"Vê! Moby Dick não te procura. És tu na tua loucura, és tu, que o procuras"
É um clássico muito bem construído que capta coisas como a ganância humana, a violência e a obsessão que pode levar a grandes atos impensados e tragédias, o livro começa divertido e em sua segunda parte parece mais um tipo de jornal, no entanto a força descritiva da narrativa te faz sentir o balanço do barco e o cheiro de maresia em uma sensação sinestésica, o final é arrebatador quando eles finalmente enfrentam Moby Dick e quando se mostra uma jornada cheia de baixas e sem a morte grandiosa que Ahab nos leva a esperar durante a narrativa, no final dessa edição tem uma explicação muito boa sobre questões interpretativas relacionada ao navio e a baleia representarem o fim de "um sonho branco da América" e das influência de Shakespeare na escrita pra construir a narrativa, vale muito a pena ler essa parte final, eu sonhei com esse livro quando comecei a ler de tanto que descrições me impactaram, eu recomendo muito

Dearibeiro 20/07/2023

Da adolescência
Conheci Moby Dick na escola quando peguei o livro emprestado na biblioteca.

Me lembro de ter aprendido muito sobre os termos utilizados pelos marinheiros durante as navegações.

A história me deixou fascinada.
É sempre uma experiência incrível ler um clássico.

maia.clf 19/07/2023

Interessantíssimo. É uma adaptação e, por isso, imagino que deixe de lado descrições e informações importantes. Mas, ainda assim, descreve bem uma ideia que eu interpreto como:
Não é possível julgar elementos da natureza moralmente, como bons ou ruins. Desta forma, é inútil querer "se vingar" da natureza e implica apenas em cegar-se para ir ao encontro de um destino que já se sabe qual será.
Além disso, o livro também traz momentos de questionamento não só sobre a natureza humana, mas também das relações sociais.

Brenna24 18/07/2023

Viste a baleia branca?
Pois bem, chegada ao fim desta viagem?.

Sinceramente, eu gostei mas é impossível negar de que Ismael divaga por deverás vezes, o que torna escruciante a leitura de alguns capítulo (como aquele em que ele fala sobre cetologia).

A história por si me conquistou justo nos capítulos iniciais, onde somos apresentados ao narrador-personagem e a sua trajetória ao mar (e claro, passando por Queequeng, a quem se tornou amigo leal). Vemos também Ahab, o obcecado capitão do navio Pequod, um homem de somente uma perna viva e que está obcecada por uma baleia branca (vulgo Moby Dick) que arrancou uma parte de seu corpo.
Logo de início é visto presságios de que está viagem seria repleta de mau agouro e realmente foi!

Gostei muito do toque sobrenatural que ronda certos personagens. Creio que uma das cenas que mais gostei é na primeira aparição dos clandestinos do navio, eles surgem como sombras e na frente deles há Ahab, com seu cajado e sua perna de marfim. Eram como demônios que vieram por buscar sua alma.
Outro lado interressante é o misticismo por cima de Moby Dick, ele é como um boato que se espalha de boca em boca, algo que reina há muitos anos, algo estranho que não morre, algo estranho que está em todo lugar ao mesmo tempo, algo estranho que consegue sair vitorioso independente do que. Adorei esse detalhes mas volto a ressaltar o quão cansativos firam alguns capítulos que era somente descrições sobre funcionamento do navio, processo de despachamento do animal, etc...Pode pular a vontade que não fará diferença na leitura coisas como essa (falo por experiência própria, eu não pulei e mesmo assim não serviu de nada).

Pois bem, geral foi de vala. A obceção de Ahab levou todos, exceto Ismael, a um trágico fim. Moby Dick permanece vivo enquanto os cruéis canibais, que a tanto o persegue, naufragaram e afundaram na loucura de seu velho capitão.

Thaci 17/07/2023

Foram 7 dias bem interessantes ao lado de Moby Dick, surpreendentemente foi muita fluída, eu esperava que com tantos termos náuticos e descrições marítimas e detalhes sobre a baleia fosse ser cansativo mas até que achei bem interessante, descobri coisas que nem se quer havia pensando sobre.
Fiquei sentindo quanto as baleias que eram caçadas ao decorrer do livro e como elas eram mortas e todo processo de tirar pele, óleo e tudo o mais, me deu uma pena mas entendo que era fonte de renda desses homens na época. Outro ponto que gostei no livro foi que ele desecou não apenas as baleias como o próprio ser humano, ele trás diversas reflexões sobre a natureza humana, principalmente sobre o medo, vingança, vaidade. A relação do Ismael com o canibal foi muita boa e gostaria que tivesse detalhado mais durante a travesia no mar, o começo da amizade dele é hilário, eu amei, o conflito religioso deles também é algo que nos da o que pensar.
Achei interessante também as várias referências que Herman faz, principalmente (e, obviamente) a bíblia, sobretudo a Jonas, que foi engolido por um peixe grande, o que mais seria além de uma balei? Pois sim, descobri só por causa desse livro que é verdade que uma baleia não consegue engolir um ser humano, a exceção de uma única, a Cachalote que tem espaço para engolir mas não somos o seu alimento, ainda bem.
Aliás, a Moby Dick é uma cachalote branca, a espécie mais rara e eu pesquisei e descobri que uma foi supostamente vista em 2021, bom, percebi pelas resenhas que não fui só eu que fiquei viciada em baleias lendo Moby Dick kkkk.

Obs.: Eu gostaria de ressaltar que a edição da Antofagica é perfeita, não me incomodou nenhum pouco ela ser absurdamente grande.

Vivi 17/07/2023

Leitura 72 - Moby Dick - Herman Melville

Acabeiii... aqui a vida está bemmm corrida mas jamais deixarei meu amor pelas letrinhas se perder.
Foram quase 2 meses de um relacionamento sério por aqui.

Não vou me alongar muito acredito que muitos de vcs já leram e se deliciaram com essa escrita tão teatral.
Toda essa aventura em busca da lendária baleia branca vai muito além do que parece ser. Na realidade é um completo estudo sobre o homem com todos os seus porquês, todos os seus medos, o seus demônios que são colocados em suas vinganças. Pois é sim
uma história sobre obsessão e vingança, mas também sobre outras pessoas que se deixam envolver nas lutas de outras pessoas. É sobre homens que querem apenas ganhar a vida em um período em que várias nações ao redor do mundo cometeram atrocidades horríveis contra as populações de baleias deste planeta.
Tem muita aventura aqui , as vezes até louca mas... um panorama bem interessante do bicho homem.
Além de ter amado preciso dizer.... o que é essa edição maravilhosa !

Mylena.Esteves 17/07/2023

Ainda no mundo baleeiro rs
Eu achei todas as partes do livro instigantes? Não, mas a maioria até dessas partes mais "chatas", me transmitiu algo. Eu passei o mês inteiro falando de baleia para o meu marido rsrsrs, técnicas, equipamentos e, principalmente, do perigo de caçar baleias. Fora a tristeza e pena que deu de ler essas partes. Gostei muito do livro e estou muito feliz de, enfim, ter realizado essa leitura.

Yentl 16/07/2023

Um gigante (quase?) imbatível
Moby Dick para mim foi uma experiência, em partes, árdua. O começo fluiu muito bem, até mais ou menos a página 100, mas se tornou maçante até mais ou menos a página 400, quando voltou a fluir novamente. O problema é que, para vencer essas 300 páginas, eu levei meses a fio, pois nunca me animava para ler descrições técnicas pra lá de enfadonhas de barcos, baleias e caça. Parecia até outro livro dentro do livro legal que eu queria voltar a ler, sabe?
Queria ouvir mais sobre Ishmael, Queequeg, Ahab e o Pequod, mas aqueles capítulos intermináveis estavam no meio disso. Sem contar que eu tive certa dificuldade em imaginar certas coisas que Melville descrevia, e não pela qualidade da descrição, mas pela pura ignorância em relação aos assuntos tratados. Por fim, decidi enfrentar os capítulos desinteressantes e foi a melhor coisa que eu fiz.
Na fase em que fiquei de saco cheio do livro cheguei a duvidar dos motivos que o fazem um clássico, mas aproveito a oportunidade para me redimir e dizer que entendo, enfim, o porquê Moby Dick é um clássico: apesar das tecnicidades, o livro narra uma história épica, com emoção e reviravoltas, além de ser muito bem escrito. Não há como negar a qualidade da obra, ainda que algumas partes tenham me desagradado. Fico feliz de ter vencido essa leitura e indico que você, caro leitor que está lendo a minha resenha neste momento, também o faça. Conhecer os clássicos é ter para sempre um pedacinho da história viva dentro de si. Nem sempre é fácil, mas sempre vale a pena.

nimoriarty 15/07/2023

Bem meio-termo
Essa resenha será mais curta que as demais porque eu não vejo necessidade de dar nomes aos bois, isso significa que essa obra para mim é uma montanha russa. Ou seja, horas ela é empolgante e te prende facilmente e nas demais você é bombardeado por excesso de especificações e detalhes, além que um vocabulário MUITO náutico ( o que já era de se esperar vindo de Melville, que por um bom tempo teve as navegações e o mar para chamar de lar).