Resenhas - Moby Dick

Isa 20/08/2023

A história é legal, mas o autor é chatão
Aceitar passar 3 anos preso num navio com pessoas que você não conhece, caçando animais gigantescos num barquinho de nada para conseguir óleo me parece insano. Mas isso realmente aconteceu, era a vida de muita gente, como foi com o Ishmael, e girava uma economia muito importante. Nesse ponto, o livro me ganhou .

Mas o autor se empolga, começa narrações e mais narrações de detalhes técnicos que deixam tudo mais cansativo. E a vivência deles como indivíduos é deixada de lado até mais para o final.

O final do livro que faz valer a pena.
Me fez pensar em como perseguir nossos objetivos de maneira obsessiva pode deixar muita coisa passar e nos colocar num destino fatídico. Aliás, como criamos nossos objetivos? O que tem por traz dessa decisão? Será que Ahab queria a moby Dick mesmo? Será que ela era a desculpa para seu luto por ter perdido uma perna? Talvez ele só quisesse um propósito para não lidar com seu fracasso?

Enfim, a história é legal, mas o autor conseguiu deixar bem chata. Não tomaria uma cerveja com ele.

Thiago548 18/08/2023

Clássico
Essa é aquela obra que sempre ouvimos falar e muitas das vezes nem mesmo sabemos sobre o que ela aborda além da baleia Moby Dick.
Essa foi uma obra carregada de detalhes e interpretações poéticas e reflexivas sobre diversas coisas. O autor abusa da criatividade para fazer referência a bíblia, superstições, do mundo e claro da história do livro.
O livro tenta tanto fazer uma simples história de caça a baleia a algo maior e místico, e mesmo assim tenta deixar claro que é apenas uma história de caça a baleia, nada mais. Deixando aos leitores a ter suas próprias interpretações.
Os personagens são bem interessantes, o autor ao longo do livro explora dos mais importantes aos mais irrelevantes, para trazer um certo sentimento de familiaridade e importância.
O personagem Ahab tem um baita desenvolvimento, sendo muito interessante ver como sua mente funciona e como os outros a sua volta o enxergam.
Tanto o começo, o meio e o fim são bem desenvolvidos, o final no mesmo tempo simples, é grandioso e nos faz refletir sobre toda a história e inclusive fora dela.
Pra mim fica claro a vontade do autor de abordar a vingança e a caça a baleia em si, ele nos dá diversos detalhes sobre a cultura e informações da baleia e sua caça. Tornando esse um certo incômodo.
A quantidade de detalhes mesmo interessante é muita das vezes chata e entediante, muitos capítulos abordam tantas informações que você fica cansado de ler e quer logo a aventura. Sendo que muitos desses detalhes podem ser pulados sem medo pois não é uma informação importante, é apenas para ensinar aos leitores sobre os costumes, anatomia das baleias e entre outras coisas.
Enfim, esse é um livro para se ler com paciência e concentração, pois em muitos capítulos exige interpretação e paciência para as informações do livro.
Eu realmente gostei do livro e mesmo tendo algumas coisas que me incomodaram, não posso negar que esse é um baita livro e dos clássicos é um dos meus favoritos.
Recomendo!

Caroline1016 17/08/2023

Viagem completa com o Pequod
Me interessei em ler Moby Dick, a primeira vez, por simplesmente ser um clássico. Quando soube das citações bíblicas, então, resolvi encarar a leitura.
Meus momentos preferidos desse livro foram, com certeza, as divagações e reflexões filosóficas de Ismael, que, são poucas, para uma obra desse tamanho, na minha opinião, queria mais divagações, reflexões, assim gostaria ainda mais da narrativa.
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É uma obra desafiadora, sem dúvidas, com longos capítulos sobre especifidades da caça baleeira, porém, compreensível dado o momento em que foi escrito.
Ao finalizar posso dizer que é uma obra complexa. Não entrou para o rol de meus preferidos, mas valeu a pena ler.
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Algumas indagações persistem ao finalizar a obra:

Na última página o narrador relata:" Tudo aconteceu como há 5 mil anos..."
Relembro, então, o início da história, em que nos é apresentado o profeta Elias questionando os futuros tripulantes: "Vocês sabem realmente o que acontece com o esse navio?"
Como se algo tivesse se repetindo.
Além de alertá-los para não embarcar...
Será o Pequod um navio fantasma? Esteve Ahab preso em loop, em que a história se repete e ele está tentando dar fim a sua narrativa?
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Antes do navio afundar, Ahab começa a se despedir, como se ele já soubesse que iria morrer.
Aliás, ele age como se fosse um"deus", como se nada pudesse acabar com o poderoso Ahab, quem é Moby Dick, para ousar dar fim a vida dele?
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Seria essa história um reflexo de Gênesis, onde mais uma vez o homem tenta ser deus e afunda no seu orgulho? Assim como foi com a torre de babel, caso mencionado também na narrativa...
Não sei.
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Ele já sabia para qual destino estava remando? E arrastou os outros na sua ganância, assim como Acabe que foi amaldiçoado por desejar tanto a plantação de Nabote? Sendo Acabe um rei que tinha posse de tudo...
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Se Starbuck e Stubb eram como partes de Ahab, ele os deixou no Pequod, na tentativa de protegê-los, salvando as únicas partes boas de sua personalidade?
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Bom, é uma obra aberta. E o melhor do livro, não é que ele responde todas as perguntas, mas que nos deixa fazer perguntas, que talvez, não tenham respostas, e está tudo bem, isso mostra que é uma boa história.
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Início da leitura 19/06/2023 - finalizada em 17/08/23
Só tenho de agradecer ao Clube Ethos e a Gabi por essa leitura conjunta por nos proporcionar acesso a essa obra grandiosa.

Antonio Maluco 17/08/2023

Mar
O livro conta histórias de vários personagens que são os marinheiros que se envolve com caça de baleia ??

Claudia.livros 15/08/2023

Mais uma obra de arte da literatura mundial concluída com sucesso.
E que obra!

"Trate-me por Ishmael"

No processo de leitura, somos levados pelo narrador, Ishmael, tripulante recém contratado do baleeiro Pequod, a conhecer não só o navio, como sua tripulação, seus companheiros de jornada, os preparativos da viagem e todos os detalhes que fazem parte de uma caça às baleias por volta de 1850. Conhecemos detalhes do navio e seus acessórios de caça. Nessa parte do livro ele mais se parece com um documentário. Alguns podem até achar enfadonho, mas é muito interessante.

No desenvolvimento da história, saímos de Nantucket (EUA) em uma viagem que normalmente demora vários anos para se completar. Ishmael nos apresenta seus companheiros de jornada, como Queequeg, Starbuck, Flask, Stubb, Tashtego e Daggoo e tantos outros.

E quem é o capitão do navio? O capitão é Ahab. Misterioso e cheio de segredos, é Ahab, envolvido em seu projeto de vingança contra a baleia que arrancou sua perna (Moby Dick), que nos leva nessa viagem cheia de desafios, aventuras, de vitórias e de perdas, de espiritualidade vibrante e muita superstição.

Vamos navegando, sentindo seus capítulos como ondas do mar, alguns tranquilos, outros emocionantes, encontrando referências bíblicas e referências literárias de todo tipo pelo caminho. Há Deus cristão e deuses pagãos. Há Shakespeare! O livro todo é de um simbolismo profundo.

E há Moby Dick. Vibrante e arrojada. Solitária, sai pelos oceanos, cuidando da própria vida, mas se vê um grupo de baleias em perigo, avança e destrói os inimigos. É implacável! Os humanos que sobrevivem só aumentam a lenda a seu respeito. É uma potência da natureza. Forte e indomável.

?Oh capitão, meu capitão, nossa temida viagem se completou.?

Hammer.Mariana 15/08/2023

Para onde leva a obsessão do homem
Mais um clássico para a lista.
É claro que já conhecia a história do cachalote branco - terror dos mares e baleeiros -, mas lendo a história a minha impressão mudou. É muito mais sobre a obsessão do capitão do que sobre a baleia em si.
Várias ideias e observações do autor me chamaram a atenção.
Gostei.

Dani 13/08/2023

Versão resumida e ilustrada de Moby Dick
Eu adoro ler os clássicos em versões resumidas ou ilustradas, pois não estou lendo completo, mas pelo menos estou conhecendo a obra em um primeiro encontro.
Obviamente tem muitas diferenças da obra completa para uma versão resumida, mas o que vale é a intenção e leitura, independente de como ela seja.
Gostei bastante dos personagens na história principalmente o capitão Acab, Quiqueg, Ismael e Moby Dick, claro.
Acab é um capitão rígido, mas preocupado com sua tripulação, embora cego de vingança contra Moby Dick.
Quiqueg é um selvagem canibal e arpoador principal do Pequod, logo faz amizade com Ismael e ajuda os companheiros.
Ismael é um protagonista interessante e narrador personagem nos contando sua viagem do POV de alguém que desejava explorar os mares e viver livremente.
E Moby Dick, que infelizmente, está sendo perseguida por simplesmente tentar sobreviver, ser humano nunca permitiu os animais viverem em paz desde que pisaram na terra.
É um grande livro, recomendo as versões resumidas por ir direto ao ponto, agora quanto à versão completa, deve ser mais descritiva e demorada para manter o suspense.
Satisfeita com a leitura.

Mari M. 13/08/2023

Um clássico que retoma a antiguidade
Li e ouvi Moby Dick sem expectativas, mas é impressionante o quão rápido foi e o quão interessante foi saber mais sobre uma história marítima. Profundo, com uma linguagem de tirar o fôlego. As referências às epopeias gregas, à batalha épica ao fim foram realmente maravolhosas. Não chegou a ser um livro perfeito, pois pra mim as descrições da anatomia e morte da baleia foram um pouco demais pro meu gosto. Mas não tem como negar que é bem imponente, assim como a própria personagem central.

Gabrielli 11/08/2023

O grandioso épico americano
Não existe nada como Moby Dick e nunca existirá. Quem só enxerga uma caçada nesse livro infelizmente não entendeu o objetivo da literatura.

Por meio de um livro grandioso (como o próprio Melville explica em um dos capítulos, não poderia ser um livro pequeno para tratar de um objeto tão grandioso), o autor traz referências bíblicas e literárias quase infinitas, reflexões filosóficas e espirituais, termos náuticos técnicos e, sobretudo, a busca do entendimento da alma humana.

Para mim, o que há de melhor na obra é isso: o livre-arbítrio contra o destino, o bem e o mal dentro de cada ser humano e a luta contra as forças da natureza. Natureza esta que segue seu curso, independentemente da nossa teimosia.

A releitura do meu livro preferido de todos os tempos só fez com que ele fincasse raízes ainda mais profundas no pódio. Um clássico que merece muito mais do que a alcunha de "um livro sobre caça às baleias", o que infelizmente joga a 'nota' dele lá embaixo. Provavelmente não existe tratado maior contra a caçada do que esse livro: uma ode à natureza que só Melville conseguiria deixar tão poética, e ao mesmo tempo tão sombria e amendrontadora.

Isasc.exe 10/08/2023

Muito bom e completo, é incrível como você se inteira desse universo da caça de baleia pela forma didática do livro. Não conheço o autor (e nem pesquisei) mas é notável como a escrita me faz acreditar que esse livro é realmente um diário de estudos e lembranças do protagonista Ismael. No fim, a baleia branca que dá nome ao livro é a que menos aparece e, por mais que guie e dê um fim a história, não é a mais importante.
Pena que é taaaao grande e atrapalhou um pouco meu ritmo de leitura, o que fez dele meio desagradável em vários momentos (principalmente no final). Isso porque tem capítulos falando até da solda do arpão pra matar a Moby Dick ??
Tirando isso, um dos melhores livros que ja li

Botrola 07/08/2023

É difícil falar sobre um livro tão profundo e subjetivo como este. A forma que o autor usa a história para passar grandes mensagens é surpreendente, a principal sem dúvidas é como a vingança nos leva a um lugar pior de onde saímos.
Ponto relevante a quem se interessa por essa leitura se da pelo fato de ser extremamente lenta e muitas vezes cansativa, isso ocorre pois o livro não se resume a história principal,se desvia consideravelmente pelas inúmeras mensagens que o autor nos passa,muitas por histórias que apenas depois de refletir conseguimos entender de modo claro aquilo que se foi transmitido. Outro ponto a se considerar é o grande número de capítulos que não fazem muito sentido e que podem ser ignorados pelo leitor sem sentimento de culpa.
Concluindo ?Moby Dick? é um livro excelente mas que deve ser lido com calma e com boa bagagem literária, que não foi meu caso, e por isso tive minha experiência afetada,justificando minha avaliação do livro.

Claudia 07/08/2023

Moby Dick
Confesso que esperava um livro com uma história de um cara obcecado por uma baleia que quase o matou,mas não. Não foi nada disso que aconteceu. Não costumo ler sinopses de nenhum livro e por isso não sabia realmente o que esperar, porém achei bem maçante, que detalha coisas demais sobre tudo o que acontecia nos barcos baleeiros e sobre toda anatomia de baleias. Enfim, nos poucos capítulos que realmente importava, ou seja, a perseguição - até que foi boa a narrativa.

Rosie 05/08/2023

Como Satã, não quis descer até o inferno sem levar uma parte vigorosa do céu.
Como começamos a falar sobre este livro e sobre a baleia mais famosa do mundo? haha

Estive por muitos anos loucamente namorando esta história e não me achando preparada o suficiente para ela. Não poderia estar mais enganada possível!

Moby Dick foi meu primeiro livro de temática náutica e de uma experiência riquíssima.

O livro aborda temas bem interessantes e ele se abre em um infinito leque que vai além do "uma baleia assassina". O livro nos trás cultura, nos trás diferenças, companheirismo, intrigas, religião, leis, anatomia das baleias, os tipos de baleias e suas funções e para que elas servem no mercado.

O Moby Dick por muiiiiitas partes é mais um fantasma ou uma lenda, durante toda a história. Os personagens falam dela, mas nunca à virão pessoalmente, então é só "disseram que..." Como também temos um capitão problemático, com um desejo insaciável de vingança e que claramente ele só poderá viver a vida novamente quando esta cachalote estiver morta.

Ao todo é um livro que demanda tempo e demanda um estudo durante toda a leitura. Típico livro que recomendo já falando "não é um livro sobremesa e sim o prato principal" Este livro precisa ser degustado aos poucos, você precisa prestar atenção nas suas referências, em seus personagens e nas informações técnicas e históricas que o autor coloca no meio do caminho.

Por muitas vezes a frequência do livro cai. A leitura fica pesada, por conta de vários termos técnicos. Um pouco lenta, já que em algumas situações eles não passam por nenhum perrengue. Ás vezes fica curioso, mediante às histórias contadas pelos tripulantes.

Enfim, Moby Dick é um livro que todos devem ler. Um livro que merece releitura. Um livro que trás inúmeros conhecimentos.

Eu tenho um pavor de mar, não suporto escutar nem o barulho de ondas que já me deixa ansiosa. Ler um livro sobre uma baleia, um livro no oceano e querer manter essa vibe náutica para as próximas leituras, me ensinou muito como pessoa!

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"Deus, que transes de tormenta suporta o homem consumido por um incomensurável desejo de vingança! Dorme com os punhos cerrados; e acorda com suas próprias unhas sangrentas cravadas nas palmas da mão."

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Uau, obrigada por ler até aqui.

bjss e se cuide :)

Cris.Olczyk 04/08/2023

Trecho que não se encontra nesta versão, mas que amo:
-¡Ah tú, claro espíritu del claro fuego, a quien en estos mares yo adoré antaño (...), hasta que me quemaste tanto en el acto sacramental que sigo llevando ahora la cicatriz! Te conozco, y ahora conozco que tu auténtica adoración es el desafío. No has de ser propicio ni al amor ni a la reverencia; e incluso al odio, no puedes sino matarlo (...) No hay necio sin miedo que ahora te haga frente. Yo confieso tu poder mudo y sin lugar, pero hasta el último hálito de mi terremoto, la vida disputará el señorío incondicional e integral sobre mí. En medio de lo impersonal personificado, aquí hay una personalidad.

Aunque sólo un punto, como máximo: de donde quiera que haya venido; a donde quiera que vaya; pero mientras vivo terrenalmente, esa personalidad, como una reina, vive en mí, y siente sus reales derechos. Pero la guerra es dolor, y el odio es sufrimiento. Ven a tu más baja forma de amor, y me arrodillaré ante ti y te besaré; pero en tu punto más alto, ven como mero poder de arriba; y aunque lances armadas de mundos cargados hasta los topes, hay algo aquí que sigue indiferente. Ah tú, claro espíritu, de tu fuego me hiciste, y, como auténtico hijo del fuego, te lo devuelvo en mi aliento. (...)

?Confieso tu poder sin lenguaje ni lugar; ¿no lo he dicho así? Y eso no se me arrancó a la fuerza, ni ahora suelto estos eslabones. Puedes cegar, pero entonces puedo andar a tientas. Puedes consumir, pero entonces puedo ser cenizas. Recibe el homenaje de estos pobres ojos, y estas manos que los cubren. (...) Pero aun cegado, te seguiré hablando. Aunque seas luz, saltas saliendo de la tiniebla; ¡pero yo soy tiniebla que sale de la luz, que salta de ti! Cesan esas jabalinas; abríos, ojos; ¿veis o no? ¡Ahí arden las llamas! ¡Ah, magnánimo! (...) Pero tú eres sólo mi padre feroz: a mi dulce madre no la conozco. ¡Ah, cruel!, ¿qué has hecho de ella? Ahí está mi enigma: pero el tuyo es mayor. Tú no sabes cómo has nacido, y por ello te llamas inengendrado; ciertamente no conoces tu comienzo, y por ello te llamas incomenzado. Yo conozco de mí lo que tú no conoces de ti mismo, oh tú, omnipotente. (...) A través de ti, de tu ser llameante, mis ojos abrasados te ven confusamente. Ah tú, fuego expósito, ermitaño inmemorial, tú también tienes tu enigma incomunicable, tu dolor sin participación. Otra vez aquí con mi altiva agonía, leo a mi progenitor. (...) salto contigo; ardo contigo; querría soldarme contigo; ¡te adoro en desafío!

Herman Melville