Fahrenheit 451

Fahrenheit 451 Ray Bradbury




Resenhas - Fahrenheit 451


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Dandara.Luigi 13/08/2015

Fahrenhiet 451 se trata de uma distopia, ou seja, uma sociedade futurística onde o governo é totalmente controlador. A única diferença é que neste livro o assunto chave não é imposto pelo governo e sim pela própria sociedade, pela própria população. Acontece que neste lugar no futuro (*futuro para a época em que o livro foi publicado, pois percebe-se que se trata do século XXI) os livros são proibidos, tê-los e lê-los está fora de cogitação, e o fato mais triste, como já havia dito, é a própria sociedade que decidiu não lê-los mais. Eles acreditam que ler um livro trás infelicidade as pessoas, pois os livros trás sentimentos intensos, trás conversas sobre, trás discussões, trás opiniões próprias, trás revoluções e, claramente, trás infelicidade; portanto eles simplesmente resolvem colocar um ponto final. Com isso, o bombeiros, que eram responsáveis por acabar com toda a destruição que todo o fogo é capaz de trazer, agora são responsáveis por causá-lo, eles agora são responsáveis em tocar fogo em todos os livros clandestinos ainda existentes.
Contudo, existe Guy Montag, que inicialmente não passa de um bombeiro - queimador de livros; mas depois que ele conhece e começa a conversar com sua vizinha Clarisse - uma garota de dezessete anos muito incomum, que ao contrários de quase toda esta sociedade, pensa, conversa e observa as coisas ao seu redor; ele começa a refletir, começa a observar as coisas ao seu mundo. E então, quando ele está em seu trabalho e é forçado a queimar uma casa repleta de livros, com sua moradora dentro, pois esta se recusa a deixar seus 'preciosos', seu olhos se abrem completamente pela primeira vez e cogita se isso que sua profissão faz é realmente o certo.
A partir daí, com o desenrolar da história, Montag adquire para si um grande destino, que possivelmente mudará o futuro próximo.
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Shirlei.Stachin 12/09/2014

Fahrenheit 451
Farenheit 451 é afinal uma história de amor, ou melhor, de amores, o amor pelos livros e o amor de um bombeiro, Montag, pela bela, delicada e delicadamente insatisfeita Clarisse.
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Eric 23/05/2014

Um livro sobre livros...
O livro Fahrenheit 451 já é bastante conhecido e muitas resenhas dele estão na internet portanto serei mais direto e procurarei ressaltar o que mais me chamou atenção nele:

Em um futuro distópico, livros são proibidos, e aqueles que possuem livros são criminosos. Ao serem descobertos, são presos e toda sua biblioteca, incluindo sua casa, são queimadas. Num mundo onde tudo é à prova de fogo, a função dos bombeiros não é de apagar incêndios e sim de queimar livros!

Nesse cenário, o protagonista Guy Montag é um bombeiro "comum", casado com Mildred, eles levam uma vida simples e Mildred passa a maior parte do seu tempo assistindo TV, que no futuro é interativa e o modo de entretenimento mais popular do mundo. A rotina de Montag está prestes a mudar quando ele conhece Clarice, uma jovem de 16 anos de sua vizinhança, durante essa conversa ela lhe faz algumas perguntas como: "É verdade que antigamente os bombeiros apagavam fogo ao invés de ateá-lo?", "Você nunca leu um livro antes de queimá-lo?"e por fim, "Você é feliz?".

Depois desse encontro a vida de Montag nunca mais é a mesma, essas perguntas o fizeram pensar, algo muito raro nesses tempos. O que fará ele? Encontrará ele as respostas nos livros? Poderá viver ele como um fora da lei? Se os livros nos fazem pensar, o que fazer para que as pessoas tenham acesso aos livros nesse futuro onde bombeiros são carrascos? Essas são algumas das perguntas que vão prender a atenção do leitor.

Em 1966 o livro foi adaptado para os cinemas, com direção de François Truffaut. Na versão para cinema Mildred e Clarice são interpretadas pela mesma atriz, Julie Christie, a explicação para isso é que no livro as duas maiores influências na consciência de Montag ficam nitidamente polarizadas na figura de sua esposa Mildred e sua nova amiga Clarice, onde Mildred é o lado negativo que acha que ele deve se manter como sempre foi, sem refletir sobre as coisas a sua volta, um simples servo daquele sistema, e o lado positivo de Clarice que o faz questionar as coisas e buscar sua verdadeira liberdade, a de pensar...

O livro é muito importante do ponto de vista que faz a pessoa reconhecer o verdadeiro poder do pensamento crítico e como isso pode formar ideais e levar a pessoa a lutar por eles, leitura obrigatória!
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Nat 19/04/2014

Em um mundo distópico, os bombeiros não são chamados para apagar incêndios, mas para iniciar queimadas. Montag é bombeiro, e sua tarefa é queimar os livros que encontra na casa das pessoas. Porque é crime ler livros. Ele é casado e aparentemente leva uma vida normal. Até o momento em que, em uma de suas queimas rotineiras, uma mulher acaba morrendo porque se recusou a se separar de seus livros. Montag começa a questionar sua vida aparentemente normal, o sistema, e passa a se interessar pelos livros proibidos. Ao ser descoberto, se torna criminoso e fugitivo.

Um livro interessante. Eu sempre tive curiosidade sobre esse livro, que aumentou depois que eu vi o filme homônimo de 1967 para um trabalho de faculdade. O conceito da queima de livros sempre me interessou, devido às razões por trás desse tipo de ação. O livro é bem melhor que o filme, mostra um lado mais humano de Montag que eu não consegui ver no filme. Vale a pena a leitura. Recomendo.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2014/04/farenheit-451-ray-bradsbury-dl-2014.html
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Anderson 15/02/2014

“O mundo estava cheio de fogo de todos os tipos e tamanhos”
Fahrenheit 451, Ray Bradbury, um livro publicado há mais de meio século atrás, mas que poderia muito bem ter sido escrito ontem. Ele nos apresenta a um mundo distópico, onde a sociedade é subjugada por um governo arbitrário, e em que a livre expressão, o espaço para o raciocínio crítico e o simples ato de ler um livro foram totalmente abolidos e quase, por completo, consumidos pelas chamas.

Nessa sociedade, para efeito de exterminar os pecaminosos livros, os bombeiros foram desempenhados para uma nova função, diferente da qual estamos acostumados...queimar livros! Para eles, é divertido, prazeroso, é motivo de felicidade. É disseminado que as pessoas que leem são antissociais, se tornam infelizes, são enganadas por estórias falsas e fazem mal aos outros. Por isso quanto menos elas lerem, quanto menos tempo tiverem para ficar confabulando ideias, quanto mais tempo ficarem em atividades físicas, quanto mais ocuparem o corpo e não a mente, será melhor para elas e para todos. Que ingenuidade...

No meio disso, quando Montag, um bombeiro exemplar, um perfeito cidadão, casado, trabalhador, um completo seguidor das regras sociais, encontra Clarisse McClellan, uma jovem diferente, com hábitos estranhos, que envolvem apreciar a natureza, começa a perceber o quão estranho é aquela sociedade em que eles vivem. Esse é o primeiro passo dado rumo à descoberta e saída de uma realidade irreal e assustadora na qual ele vivia sem perceber.

São feitas no livro várias críticas à mídia, às instituições sociais e religiosas, ao governo, ao comportamento bestializado que predomina em grande parcela da população...

“O televisor é ‘real’. É imediato, tem dimensão. Diz o que você deve pensar e o bombardeia com isso. Ele tem que ter razão. Ele parece ter muita razão. Ele o leva tão depressa às conclusões que sua cabeça não tem tempo para protestar: ‘Isso é bobagem’.”

“Cristo agora é um da família [...] Ele é agora um bastão comum de guloseima, feito de açúcar cristal e sacarina, quando não está fazendo referências veladas a certos produtos comerciais de que todo fiel absolutamente precisa.”

Um livro curto e fácil de ser lido, entretanto, que possui uma enorme significância além de suas páginas. A parte final é fantástica! Recomendo a todos, sem exceção.
Manuela 15/02/2014minha estante
Li o livro como proposta de discussão de um clube de leitura do qual participava. Foi um tapa, de tão rápido e delicioso de ler.




Emi Pacheco 21/12/2013

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
Em Farehnheit 451, o leitor é apresentado a um futuro alternativo, no qual os bombeiros dão início aos incêndios ao invés de apagá-los.
Nesse futuro, os livros são coisas indesejadas, indesejáveis e ilegais – como as drogas.

As pessoas “racionais” tem medo dos livros porque estes as fazem pensar, o que normalmente as deixa tristes. Acontece que todos querem ser felizes, e se mantém bem ocupados com isso, mas na verdade acabam amortizados/anestesiados pela programação da “família” (televisor com até quatro telões que cobrem todas as paredes da sala e “interagem” com o telespectador).

Guy Montag, o personagem principal, é um bombeiro dedicado que ama seu trabalho (queimar livros) e segue sua vida tranquilo até que numa noite qualquer, retornando para casa, conhece sua vizinha Clarisse McClellan, uma jovem de dezessete anos que faz perguntas demais e fala sobre coisas que as outras pessoas há muito deixaram de observar (como a lua, a chuva, as folhas no outono).
A partir daí, o nosso personagem já não consegue mais ficar satisfeito com a forma como vê o mundo. Montag passa a perceber que nem tudo é como parece ser. As pessoas olham, mas não veem, falam, mas não dizem nada, não criam vínculos. Cercado por toda essa gente (sua mulher, vizinhos e colegas de trabalho) ele está completamente sozinho.
E assim, de forma às vezes delicada e sutil e outras vezes brutal e direta Ray Bradbury guia Montag pelo doloroso caminho do despertar; através da leitura de livros Guy livra-se dos artifícios enebriantes que o prendem a uma falsa sensação de felicidade; busca ser livre para pensar e para sentir o que quer que seja (inclusive tristeza).
Embora revestida daquilo que se pode chamar de ficção científica (futuro alternativo e maquinário sinistro como o Sabujo do quartel) Fahrenheit 451 é muito mais realidade do que ficção. Na época em que foi publicado, os Estados Unidos passavam por uma explosão de crescimento econômico – resultado da II Guerra Mundial – e pela possibilidade ilimitada de consumo. Junto com o consumo material desenvolveu-se a ideia de que se poderia comprar também a felicidade – e permanecer em eterno estado de felicidade. Os sonhos estavam à venda, e para realizá-los, bastava comprar.

Bradbury pega este ideal e o trabalha em Fahrenheit 451 criando um futuro no qual o país está em guerra, mas ninguém parece notar – afinal, a ideia de uma guerra não faz ninguém feliz. Todos estão ocupados com suas vidas, seu trabalho e a programação da televisão. Mas, por trás dessa aparente tranquilidade sintomas de algo sombrio se mostram presentes (como os jovens inconsequentes que dirigem seus carros em alta velocidade e participam de “brincadeiras” destrutivas).
O que essas pessoas parecem não saber – e que Montag irá descobrir ao longo da trama – é que essa vida supostamente feliz e agitada é, na verdade, vazia. As pessoas são infelizes, mas permanecem num constante estado de distração, para não ter que pensar sobre isso. E assim, acreditam ser muito felizes, obrigado!
A vida não faz sentido, mas é melhor não pensar sobre isso.
E é exatamente o que todos fazem.

Ou quase todos.

Em resposta a esse domínio da distração, grupos de resistência começam a se formar em locais mais afastados da constante fiscalização dos bombeiros e gradativamente começam a aumentar e a se organizar, aguardando o dia em que poderão finalmente vir à tona e, se possível, despertar a mudança na sociedade.
O trabalho é árduo, mas ainda existe esperança. É essa a mensagem final do livro, revelada quando Montag encontra Granger e os outros andarilhos que guardam na memória os fragmentos dos livros queimados, na intenção de futuramente compartilhá-los com o resto da humanidade e reconstruir um mundo devastado pela guerra e pela ignorância.
Então, o que mais tenho a dizer sobre Fahrenheit 451?

Bom, acho que eu poderia escrever um tratado inspirada com essa leitura, mas como é apenas uma resenha vou me conter e tratar do essencialmente necessário.

A linguagem é clara e simples embora o texto transmita pensamentos complexos e profundos. Não deixa de ser um romance de ficção científica futurista, categoria que eu nem sempre aprecio o que contribuiu para tornar o início do livro um pouquinho chato para mim.

Porém, o desenvolvimento da história é tão intenso e interessante que hoje o incomodo inicial não passa de uma vaga lembrança. E a mensagem de luta e esperança persiste, luminosa e inflamável:

Leitores, não desistam nunca! A qualquer momento, em qualquer lugar, alguém pode ser tocado pelas marcar que deixamos nesse mundo. Nunca deixem de compartilhar as coisas boas que vocês fazem e nas quais vocês acreditam.
Leitura recomendadíssima!

site: sentapraler.wordpress.com
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And 17/12/2013

Muito Bom
Excelente estória, pra quem viu o filme e acho diversas coisas diferentes, não se sente prejudicado em momento algum. O filme na verdade foi feito com as modificações do próprio Bradbury a pedido dos fãs. Sensacional como nos faz pensar nos dias de hoje, e aquele desfecho sempre me deixou deslumbrado.
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Jhey 08/12/2013

Recomendado
Das distopias que eu li até agora, que, confesso, não foram muitas, essa é a minha predileta. Comecei a ler sem fazer nenhuma ideia do que se tratava e me surpreendi um pouco. Posso dizer que aprendi com o que li, que houveram muitas frases que me tocaram e que, enquanto lia, fiquei me perguntando como eu me sentiria num mundo como o retratado na história, como seria se eu tivesse que seguir aquelas regras e não pudesse fazer umas das coisas que mais gosto. Me angustiei com isso, e essa sensação de angústia foi fundamental para a plasticidade da história. Recomendo!
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-.-.-.-.-.- 30/11/2013

A história situa-se em uma época futura, onde os livros e qualquer material de leitura são proibidos. Quando encontrados, são incinerados pelos bombeiros, cuja função é exclusivamente essa: queimar livros. A única forma de acesso às informações é a TV. Opiniões pessoais e questionamentos por parte da população também são vetados pelo sistema.
Guy Montag é um bombeiro dedicado e orgulhoso de sua profissão que, após conhecer sua nova vizinha, Clarisse, uma garota de pensamento livre e questionador, passa a rever o seu próprio estilo de vida e sua forma de pensar.
A história dá margem à várias interpretações. Uma delas, muito interessante e atual, seria mostrar como a TV acaba se sobrepondo à leitura e manipulando as pessoas, criando uma sociedade comodista e desestruturada.
Gostei do livro, mas acho que as ideias poderiam ter sido mais desenvolvidas. Tive a sensação de que algo ficou faltando.
Curiosidade: O próprio livro Fahrenheit 451 chegou a ser banido de algumas bibliotecas do mundo, por fazer referência, em algumas partes, ao consumo de drogas e à violência.
sonia 19/03/2014minha estante
O filme é bom, já viu?


-.-.-.-.-.- 20/03/2014minha estante
Já vi, sim, do Truffaut. Gostei. Foi o filme que me instigou a ler o livro.




Dose Literária 29/09/2013

Farenheit 451 é a temperatura exata que os livros entram em combustão e queimam....
Eu sou muito fã de distopias isso é um fato. Quando li a minha primeira (na época o Admirável Mundo Novo) eu nem sequer sonhava que havia tal termo para designar esse tipo de história. Nos dias de hoje com os livros Young Adult o gênero distópico começou a tomar lugar na prateleira de muito adolescentes na forma de livros como Jogos Vorazes e Divergente.
Porém o livro sobre o qual quero falar hoje é um livro especial para mim e também é um livro que ainda não foi resenhando aqui.
O livro Farenheit 451 foi o primeiro que li do autor Ray Bradbury (primeiro e único até agora maaaas não por muito tempo, espero). E é um livro que posso descrever certamente como único.
No enredo somos apresentados a um futuro em que o governo totalitário proíbe livros (sim, eu assim como vocês leitores fiquei apavorada com essa hipótese). A intenção com isso é que as pessoas não lendo passarão a não ter instrução suficiente ou pensamentos próprios para se rebelar contra este governo que as controla mostrando

continue lendo em http://www.doseliteraria.com.br/2013/09/farenheit-451-e-temperatura-exata-que.html
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Lis 21/08/2013

Trate de agarrar sua própria tábua e, se você se afogar pelo menos morra sabendo que estava no rumo da costa
Fahrenheit 451, a grande obra de Ray Bradbury atendeu completamente às minhas expectativas. Trata-se de uma distopia, uma das primeiras a serem escritas. A história se passa em um tempo desconhecido, numa sociedade onde os livros são proibidos, e a responsabilidade de queimá-los é dos bombeiros, uma referência ao mesmo tempo sutil e escancarada, aqueles que deveria proteger contra o fogo são aqueles que o causam. A população é alienada e vive para cumprir suas obrigações e se divertir com os aparelhos modernos que as ocupam por horas e horas, parece familiar? Também achei, apesar de ter sido lançado em 1953 o livro trata de uma situação que nunca foi tão atual, a alienação causada por parte da mídia e do governo.
Guy Montag é um bombeiro, sua profissão é queimar e destruir. Um dia ele conhece Clarisse, uma garota de dezessete anos que não tem nada a ver com as outras meninas da sua idade, ou de qualquer outra pessoa.
“É que gosto de observar pessoas. Às vezes ando de metrô e fico olhando e ouvindo o que elas dizem, Tento imaginar quem são e o que querem e pra onde vão.”
Clarisse gosta de observar, aprender, entender e acima de tudo, pensar. O convívio com a menina leva Montag a questionar sua profissão, sua vida, a relação com sua esposa, Mildred, completamente alienada e sem consciência e até mesmo a sociedade onde vive e que ajuda a manter.
“E de uma hora pra outra ela ficou tão estranha que ele mal acreditou que a conhecia.”
É ai que ele começa a se interessar pelos objetos que tem a obrigação de destruir. O que leva as pessoas a arriscarem suas casas e suas vidas por meros objetos sem valor? O que os livros tem que os tornam tão importantes?
“O que há de tão encantador no fogo? Seja qual for a nossa idade, o que nos atrai nele? É o moto-perpétuo; a coisa que o homem queria inventar mas não conseguiu. Ou o movimento quase perpétuo. Se a gente o deixasse queimando, ele superaria a duração de nossa vida.”
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Aline Stechitti 12/07/2013

Os livros são um perigo ao poder
Ray Bradbury - 256 páginas - Globo de bolso

"Os bons escritores tocam frequentemente a vida com os dedos, os medíocres apenas a afloram, de passagem. E os maus violam-na e abandonam-na às moscas. Compreende agora de onde vem o ódio, o terror aos livros? Eles mostram os poros do rostos[...]. Vivemos em um tempo em que as flores se esforçam por subsistir por si mesmas, e não pela terra rica e pela chuva benfazeja".

Bombeiros queimando livros, que agonia, não?

Ser proibido de ler, de ter individualidades, de se destacar intelectualmente. Viver em uma sociedade fútil e violenta.

Fahrenheit 451 é mais uma distopia adicionada a minha lista. Creio estar muito viciada nesse tipo de história, principalmente pelo que ela faz com a gente, como nos deixa pensativos e críticos com relação as coisas que acontecem com a sociedade da qual fazemos parte.

Este, em particular, é um livro de narração bem dinâmica. O autor consegue te deixar com a sensação de que está correndo, se agoniando ou mesmo tendo inúmeras visões, em vários ângulos diferentes, junto com o personagem. É uma leitura muito boa, sem rodeios, vai realmente direto aos pontos principais.

Porém, mesmo essa dinâmica sendo ótima para prender o leitor, eu fiquei meio chateada de ver que o mundo distópico de Bradbury ficou meio distante pra mim. Eu queria saber mais sobre ele, me aprofundar, conhecer melhor como aquilo tudo funcionava. Mas mesmo assim o conteúdo desta obra é excelente.

Gostei muito dos personagens, principalmente do Capitão Beatty e de Clarisse. O primeiro então me surpreendeu muito, porque eu imaginei outra coisa a respeito dele até certa altura do livro.

Diferente de "1984" e "Admirável mundo novo", não achei esse livro tão pessimista quanto a visão de futuro, na verdade o achei até bem esperançoso. Mas é melhor não dizer muito para não contar o que acontece.

Enfim, recomendo muito essa leitura aos amantes de livros, aos fãs de distopias, ficção e suspense. A linguagem não é difícil e com certeza é uma leitura muito instigante.


site: http://alinestechitti.blogspot.com.br/
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