Fahrenheit 451

Fahrenheit 451 Ray Bradbury




Resenhas - Fahrenheit 451


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Aline Stechitti 12/07/2013

Os livros são um perigo ao poder
Ray Bradbury - 256 páginas - Globo de bolso

"Os bons escritores tocam frequentemente a vida com os dedos, os medíocres apenas a afloram, de passagem. E os maus violam-na e abandonam-na às moscas. Compreende agora de onde vem o ódio, o terror aos livros? Eles mostram os poros do rostos[...]. Vivemos em um tempo em que as flores se esforçam por subsistir por si mesmas, e não pela terra rica e pela chuva benfazeja".

Bombeiros queimando livros, que agonia, não?

Ser proibido de ler, de ter individualidades, de se destacar intelectualmente. Viver em uma sociedade fútil e violenta.

Fahrenheit 451 é mais uma distopia adicionada a minha lista. Creio estar muito viciada nesse tipo de história, principalmente pelo que ela faz com a gente, como nos deixa pensativos e críticos com relação as coisas que acontecem com a sociedade da qual fazemos parte.

Este, em particular, é um livro de narração bem dinâmica. O autor consegue te deixar com a sensação de que está correndo, se agoniando ou mesmo tendo inúmeras visões, em vários ângulos diferentes, junto com o personagem. É uma leitura muito boa, sem rodeios, vai realmente direto aos pontos principais.

Porém, mesmo essa dinâmica sendo ótima para prender o leitor, eu fiquei meio chateada de ver que o mundo distópico de Bradbury ficou meio distante pra mim. Eu queria saber mais sobre ele, me aprofundar, conhecer melhor como aquilo tudo funcionava. Mas mesmo assim o conteúdo desta obra é excelente.

Gostei muito dos personagens, principalmente do Capitão Beatty e de Clarisse. O primeiro então me surpreendeu muito, porque eu imaginei outra coisa a respeito dele até certa altura do livro.

Diferente de "1984" e "Admirável mundo novo", não achei esse livro tão pessimista quanto a visão de futuro, na verdade o achei até bem esperançoso. Mas é melhor não dizer muito para não contar o que acontece.

Enfim, recomendo muito essa leitura aos amantes de livros, aos fãs de distopias, ficção e suspense. A linguagem não é difícil e com certeza é uma leitura muito instigante.


site: http://alinestechitti.blogspot.com.br/
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Tatah 06/05/2013

Ah, essa alienação gostosa.
Taí um livro bacana. Legal ver o autor floreando o texto pra dar o ar poético que um livro geralmente nos faz imaginar que deva ter (ou talvez seja um tradutor muito ávido a usar palavras como PROBÓSCIDE), e até mesmo a beleza na descrição das sensações dos personagens ao se encontrarem ou olharem pra uma paisagem. Bem diferente da galera que ficava presa nas telas nas paredes, conversando com os personagens bobões que acabavam virando "a família". Digno, digno.

É assustador também ver o quanto em 1953 o Bradbury conseguiu prever uma sociedade hedonista e alienada pela mídia. Hoje em dia as pessoas tem seus personagens de séries, filmes e até novelas como sua família verdadeira, buscando muito mais neles alguma relação que com sua família de sangue, real. O bom dessa visão é que mostra que, à princípio, nada disso é errado: o prazer é instantâneo e satisfaz momentaneamente a pessoa. Mas o vazio da superficialidade dessa relação, ao longo dos anos, é avassalador. Não precisa que estejamos à margem de uma guerra para nos deixarmos enganar por tudo isso ou então que peguemos a querosene para literalmente queimarmos livros. Acredito que já estejamos na fase da simplificação das coisas, com essas séries de livros absurdamente mal escritos e superficiais que tem tomado a lista dos mais vendidos em todo o mundo. Resta a nós, os que percebem isso, absorver o que podemos e nos encher de conhecimento para, silenciosamente, salvar o mundo do vazio completo e, metaforicamente, a grande cidade avançada de virar uma pilha de farinha de concreto.
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Ju 19/04/2013

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
O livro fala sobre um tempo em que tudo que faça as pessoas pensarem é terminantemente proibido. Livros são queimados por bombeiros, cuja função passa a ser atiçar o fogo ao invés de acabar com ele. O simples fato de andar a pé é considerado um crime contra o estado, por fazer as pessoas pensarem. Os carros só circulam com velocidade acima de 100 km/h com o mesmo objetivo. As televisões são do tamanho das paredes, fazendo com que as pessoas só recebam informações sem ao menos ter tempo para questioná-las.

"Mas e tempo para pensar? Quando você não está dirigindo a cento e sessenta por hora, numa velocidade em que não consegue pensar em outra coisa senão no perigo, está praticando algum jogo ou sentado em algum salão onde não pode discutir com o televisor de quatro paredes. Por quê? O televisor é 'real'. É imediato, tem dimensão. Diz o que você deve pensar e o bombardeia com isso. Ele tem que ter razão. Ele parece ter muita razão. Ele o leva tão depressas às conclusões que sua cabeça não tem tempo nem para protestar: 'Isso é bobagem!'." (Página 122)

A história é muito boa, mas eu não gostei muito da forma como ela foi escrita. No começo eu meio que demorei pra entender o que tava acontecendo, mas depois deu pra ler direitinho.

Enfim, é um livro que eu acho que todo mundo deve ler pelo menos uma vez na vida, porque ele faz você pensar no que tá acontecendo, faz com que a gente queira mudar nossas atitudes (ler mais, ver menos tv rsrs) pra não acabar como alguns personagens do livro. Recomendo a leitura! =)
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Milla 16/02/2013

Muito bom. Só que não
Fahrenheit 451 é uma distopia publicado pela primeira vez em 1953 que retrata uma sociedade futurista. Universidades, escolas e conhecimento não têm nenhum significado e os bombeiros têm como função incendiar livros.
Basicamente é isso.


Montag é um bombeiro casado com Mildred. Sua esposa passa o dia inteiro numa sala com telões cujos programas interagem e são a "família". Embora Montag não goste desses telões, ele é quem trabalha para comprá-los a fim de manter sua esposa ocupada. Por ser um bombeiro, ele passa o dia no quartel e lá, quando recebem um chamado, eles vão até a casa do criminoso, ateiam fogo em seus livros e prendem a pessoa.

As coisas continuam sendo normais. Queimar livros é um prazer. Até que Montag topa com Clarisse, uma menina diferente que conversa com ele (conversar é uma coisa completamente anormal). E entre um diálogo e outro, onde ela fala sobre coisas como a chuva e as estrelas (afinal, quem se interessa pela chuva e as estrelas?), ela pergunta se ele é feliz e aí a vida dele muda.

Ele começa a se questionar sobre o que tem nos livros, sobre por que queimá-los e sobre a sociedade ao seu redor. Mas pensar é muito perigoso.

Gente, um livro com uma ideia tão inteligente, mas que me deixou tão decepcionada. A forma que a trama é conduzida não me envolveu, li o livro bem rápido, mas estava achando maçante e desconexo. As frases parecem ser aleatórias, os pensamentos dos personagens seguem tortuosas linhas incompreensíveis.

Muitas coisas retratadas são geniais, Bradbury descreve uma realidade completamente crível, onde só o que importa é o prazer e a velocidade, as pessoas vão se alienando cada vez mais. O pensamento não tem significado, não é incentivado. Tudo é muito prático, instantâneo, momentâneo. Ele não inventa carros que voam, nem desmata todas as florestas, mas ele cria carros que só andam em alta velocidade, televisões e programas que absorvem as pessoas, escolas que mantém os filhos longe dos pais, pessoas que não sabem conversar sobre coisas que não sejam dinheiro, roupas.

Das poucas distopias que li, essa foi uma das que mais consegui acreditar. As casas são à prova de incêndio, os bombeiros servem para destruir qualquer possibilidade de livros contaminarem as pessoas com suas ideias.

O que tirou a grandiosidade de Fahrenheit 451 para mim, foi a forma que o autor conduziu uma história que tinha tudo para ser brilhante. Recomendo mais ou menos.
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Bruno 14/01/2013

Boa leitura
Em tempos de internet, redes sociais, BBB, mensagens subliminares e controle estatal dissimulado a obra impressiona.

É estranho ver como o autor conseguiu prever parcela do que acontece hoje no mundo real nesta obra de ficção passados mais de 50 anos de sua criação (e o pior de tudo: se dar conta de que muito do que ele escreveu está por vias de se tornar realidade!).

O livro narra um mundo em que bombeiros não apagam fogo, mas sim põem fogo (em livros! - supostos instrumentos da discórdia).

A sociedade é controlada, telas impõem comportamentos de massa e o pensar livre é perigoso.

O enredo impressiona mas nem tudo é perfeito...

Personagens poderiam ter sido melhor aproveitados (precipuamente Clarisse).

O final que rumava de uma maneira brilhante acabou prejudicado(não vou falar as razões sob pena de spoiler).

De todo modo, leitura recomendada!
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GuidoBR 07/01/2013

Um livro pra se reler.
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Gabriele 07/08/2012

Fahrenheit 451 é uma distopia ambientada nos Estados Unidos, onde ler é proibido. E 451 Fahrenheit é a temperatura na qual o papel do livro pega fogo e queima.
No livro de Ray Bradbury, os bombeiros são quem queimam os livros. Não quem apaga incêndios, eles são os que começam. Montag é um bombeiro que nunca tinha parado para se perguntar o por quê de tudo isso. O por que ele tinha esse trabalho e por que livros eram queimados daquela maneira. Até que ele conhece uma menina chamada Clarisse, que tem a mente completamente diferente. Ela questiona. E Montag começa a pensar na sociedade em que está vivendo e no que ele realmente está trabalhando. Ele começa a questionar. E começa a ver o que realmente acontece, por trás de tudo que a população é influenciada a pensar.
Ele pergunta a seu chefe por que tudo isso começou e dizem a ele que quando as pessoas começam a ler muito, elas começam a se perguntar o porquê das coisas. E isso é muito ruim, porque quem pergunta muito o porquê que as coisas acontecem, acaba se tornando muito infeliz. E o fato de algumas pessoas saberem mais que outras estava causando muitos conflitos, e então isso é eliminado. E o governo diz que quer apenas a felicidade da população. A harmonia entre as pessoas. Querem que as pessoas sejam felizes. Quem não quer ser feliz?
A única forma de ‘diversão’ que as pessoas têm é através das televisões. Onde fica passando programas sem conteúdo, programas que não vão fazer as pessoas pensarem. Eu acho isso instigante nos livros distópicos. Quando se tira o pensamento crítico, quando se tira a capacidade de analisar a situação e de questionar das pessoas, elas aceitam qualquer coisa. Elas acreditam em qualquer coisa que lhes digam. E elas viram alvos muito fáceis. Elas são controladas e influenciadas a pensarem da maneira como o governo quer.
Os livros são como uma arma poderosa. Porque fazem as pessoas pensarem, fazem as pessoas quererem mudar e quererem pensar. Alguns livros, como Fahrenheit 451, mudam as pessoas. E as pessoas mudadas, podem querer mudar o mundo. Livros são armas de verdade. Armas que mudam a forma de pensar e armas que fazem pensar. Cortando o mal pela raiz, na sociedade fictícia de Ray Bradbury, eles foram proibidos. É um livro maravilhoso, que impacta a vida do leitor de alguma forma. E sim, é um livro que faz pensar. Recomendo de olhos fechados. Acho que é uma leitura obrigatória para todo mundo.
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Carlos Aires 10/07/2012

Original !
Da loucura total, à reflexão do mundo em que vivemos, Ray Bradbury nos transforma em um de seus personagens e nos faz viver e sentir um mundo não tão distante do nosso, onde pessoas que buscam o conhecimento são taxadas como loucas e rebeldes. Em uma sociedade onde o governo quer somente pessoas alienadas e submissas, um simples bombeiro, Montag, cuja profissão é queimar livros e prender pessoas que os guardam, vê sua "vida" ser totalmente "incinerada" ao começar a despertar um desejo profundo de descobrir o que há de tão precioso nos livros que faz com que as pessoas de sua sociedade preferem morrer em meio as chamas juntos aos livros, do que se render à tirania imposta pelo mundo na qual vivem. A leitura pode parecer confusa no início, mas nada que não possa ser esclarecido nas páginas seguintes. O escritor cria pequenos detalhes que fascinam o leitor em tamanha complexidade. Pense em um mundo na qual você não pode saber mais do que o governo quer que você saiba. Pense que quando mais tolo e alienado você é, mais o governo sorri na visão de cidadãos "escravos" e controlados. Pense em .... Farenheit 451 !
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MENINALY 12/04/2012

Sem palavras
Terminei de ler o livro e estou sem palavras..Estoria bem elabora, o livro passa tantas informações, tantos pensamentos, tantas verdades.Fiquei por 2 horas analisando tudo que eu acabei de ler, me autoanalizando...
Poucas paginas, mas o suficiente para explodir sua cabeça.
Mas do que recomendado, uma obrigatoriedade.
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- J. 27/02/2012

Ray Bradbury dispensa apresentações, então nem vou botar um título
Em um mundo futurista em que os livros são proibidos, as ciências humanas quase não existem e o governo sutilmente controla o país com mão de ferro, os bombeiros agora não trabalham mais para apagar incêndios, mas sim para começá-los, e sua importante tarefa é livrar a sociedade do mal trazido pelos livros.

O bombeiro Guy Montag é um homem simples. Ele se contenta com coisas como o cheiro de querosene, os vários aparelhos de tv e a visão das chamas consumindo páginas e mais páginas. Até que sua vida sofre uma mudança drástica com a chegada de uma garota que lhe mostra o mundo como ele nunca viu antes, um mundo em que as coisas que importam não precisam ser destrutivas, e que não se precisa viver contentado quando pode-se viver feliz.

Ray Bradbury constrói belamente um mundo terrível, traçando um paralelo perfeito em uma sociedade que, ao mesmo tempo imaginária e futurista, com diferenças que nos mantém tranquilos pensando "ufa, que bom que esse não é o meu país!" ao mesmo tempo contém semelhanças tão assustadoras com o mundo em que vivemos que é impossível não se sentir incomodado e pensar que, talvez, esse seja mesmo o lugar em que você vive, e que essas pessoas, tão estranhas, sejam exatamente como você.

Guy, nosso protagonista, percebe isso, e seu trabalho se torna cada vez mais insuportável. Com descrições belas que, mesmo que longas, jamais se tornam enfadonhas, o autor nos carrega através de sua mente mostrando a tortura de um homem em conflito entre tudo o que ele sempre acreditou ser verdade e o que ele passou a ver como verdade.
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Jess 30/08/2011

Muito bom para ser tão compacto
Fahrenheit 451 é um clássico da distopia escrito por Ray Bradbury e fala de uma sociedade em que os livros são proibidos, além disso, quando se encontra um exemplar ele é queimado pelos bombeiros que ao invés de combater, produzem incêndios.

Para quem é apaixonado pela leitura chega a ser completamente absurdo que eles sejam proibidos e queimados, mas conforme a história decorre, é explicado o porquê de isso ter chegado a esse ponto e nos mostra exatamente como a sociedade viveria se isso acontecesse.

Normalmente as distopias clássicas são atemporais, qualquer época em que ela é lida, conseguimos identificar que a história poderia acontecer nos dias de hoje, isso torna o livro mais interessante e atrativo.

No geral, os livros de Bradbury são sci-fi e nesse só existe um elemento desse gênero, o Sabujo, um cão que fareja pessoas que possuem livros e as denuncia, isso pode desagradar um pouco os fãs dele, mas mesmo assim a história é fantástica.

Os diálogos são ótimos e bem elaborados, mas em compensação a narrativa deixa um pouco a desejar por dois motivos, o primeiro é que ela enrola demais e o segundo é a repetição de palavras. Muitos escritores usam o recurso da repetição, mas isso pode confundir a leitura e fazer com que nos perdemos na história.

Muitas vezes no decorrer do livro pode acontecer de você não entender o que aconteceu e como chegou naquele ponto da trama, é preciso voltar um pouco e ler com mais calma para entender o que ocorre. Devido à lentidão da narrativa acabamos nos distraindo e perdendo o ponto em que toda a história começa.

Montag, o personagem principal de Fahrenheit, é uma pessoa muito fácil de ser influenciada, geralmente as pessoas demoram um pouco para se revoltar contra o sistema, não com ele, é muito rápida a mudança dele de opinião sobre o sistema de governo da sociedade em que vive e ele se questiona pouco sobre as mudanças, isso incomoda um pouco.

Apesar da repetição e da lentidão, o livro é pouco detalhista, talvez se tivesse mais detalhes na trama não sentiríamos que o personagem é tão fraco em suas convicções.

Pode parecer, falando desse jeito, que o livro é ruim, mas é completamente o contrário. Fahrenheit 451 é um livro que deve constar na lista de livros a serem lidos, ele faz analisarmos (como todas as outras distopias) o mundo em que vivemos e o que pode acontecer se não tentarmos mudar algumas coisas. Além disso, o livro é de leitura rápida e prende o leitor apesar dos defeitos apontados.

Assim como mostra no final do livro, não podemos nos deixar levar pela maioria, devemos ser firmes no que acreditamos. Não existe isso de que uma pessoa não pode mudar o mundo, pode sim e é preciso que se tente de tudo para mostrar aos outros as suas ideias e não deixar elas abandonadas ou escondidas em um sótão.
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