Ana Ceci 15/04/2022
Ótima adaptação!
Acho que é difícil alguém não ter ouvido falar na clássica distopia de Bradbury, em que acompanhamos a vida de Guy Montag, um bombeiro cuja função não é acabar com incêndios, mas sim começá-los. Ele deve atear fogo em livros para isso, já que estes são objetos proibidos que perderam espaço para as telas e a tecnologia. Montag nunca questionou seu trabalho até conhecer a jovem Clarisse, que lhe mostra o mundo de outra forma, e até lidar com o desaparecimento da jovem e com o colapso mental de sua esposa. Assim, Montag vai ter sua vida virada de cabeça para baixo, começando a questionar valores essenciais do ser humano.
Bom, gostei MUITO dessa adaptação, tanto que a li em um dia, por ser curta e extremamente fiel ao original. Peguei algumas passagens para comparar as obras e os trechos são quase idênticos. Pude enxergar toda a tensão vivida por Montag em cores vivas e ilustrações divinas! Os tons alaranjados e avermelhados que predominam durante todas as cenas que envolvem o fogo (e são muitas!) mostram a essência da trama: urgente, assustadora e chocante! Já as páginas com tons azulados, para representar a noite e, acredito eu, os dilemas pessoais e internos de Montag, fizeram o contraponto ideal para entender os acontecimentos!
Como não podia deixar de ser, o final é realmente semelhante ao livro e, a partir das imagens, me deu aquela sensação incômoda que toda distopia tem o poder de causar! Enfim, recomendo muito para amantes dos quadrinhos e dessa história genial de Bradbury. Inclusive, sua própria introdução para essa obra ficou impecável, com contextualizações e reflexões!
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