Karol 20/06/2012
De volta para o passado
Antes de qualquer coisa, já aviso: esta resenha é para MENINAS.
Porque, sério, meninos não vão aguentar toda a melação que eu vou depositar aqui e todos os elogios ao mocinho da série e todos os suspiros e... Ai ai... *.*
Tenho que dizer que fazia tempo que não me apaixonava tão completamente por um mocinho, mesmo os da Nora Roberts e, nesse momento, se eu sair na rua e topar com um ruivo dos olhos azuis, o arrasto para o altar sem nem perguntar seu nome!
Todo esse meu encanto meloso é direcionado a Jamie Fraser, o mocinho de A Viajante do Tempo, da americana Diana Galbadon. Do fundo do coração, tenho que dizer pra vocês: Não consegui largar o livro. Um negócio de insanidade mesmo, sabem? Eu me ofendia MUITO quando qualquer indivíduo interrompia minha leitura, eu SONHEI com o livro, eu gastei R$ 60,00 nele e não me arrependo de um centavo.
O livro se passa, de início, na década de 40 nos traz a história de Claire, uma inglesa – casada, enfermeira de guerra, meio maluquete – que certo dia, depois de assistir um ritual de magia em um lugar bonitinho na Escócia, é jogada 200 anos de volta no tempo. Ela aterrissa na Escócia do Século XVIII, dominada pelos grandes Clãs de kilts e homens grandes e fortes que a confundem com uma prostituta inglesa – e depois com uma bruxa.
Com uma ligeira dificuldade de adaptação e um azar que só protagonistas de romances tem, Claire começa a chamar mais atenção do que deveria e, para livrar-se de um tirano maluco que pretende torturá-la, ela casa-se com Jamie (ooowwwwnt *.*), um jovem escocês sem posses nem nome, mas com uma boa dose de mistérios para deixa-la maluca de curiosidade.
A história gira totalmente em torno da relação de Claire com Jamie. Primeiro suas dúvidas, pois, mesmo que tenha voltado no tempo, ela é casada e ama seu marido. Conforme vai conhecendo o novo esposo melhor, seus sentimentos começam a ficar confusos. Mais: ela sabe o que acontecerá naquele lugar no futuro e se depara com a difícil decisão entre abrir o jogo e contar a seus novos amigos o que irá acontecer ou esquecer o que conhece do futuro e não tentar mudar os rumos da história.
O romance é narrado de uma maneira intensa, mas não tão descritiva como o estilo Nora Roberts – sim, é de sexo que estou falando. A autora, ao fazer com que Claire vá conhecendo as várias facetas da personalidade de Jamie aos poucos, nos leva nesse ritmo também, e garanto para você, é um dos mocinhos mais cativantes que pude acompanhar – e dos mais sofridos também. Sério, não aguentava mais ler sobre todas as surras e abusos que ele sofreu, podem ir se preparando.
Mas, mesmo que a história seja ótima, o livro tem defeitos. E são defeitos físicos mesmo: erros de revisão, erros de português e valor altíssimo. Fala sério, Editora Rocco, será que por R$60,00 não dá pra fazer um livro sem erros não? Trabalhinho muuuito mal feito.
Aqui cabe uma observação: o casamento de Claire e Jamie, ponto central do livro, é destacado logo de cara na sinopse do livro. No entanto, ao ler a história, percebi que seria muito melhor para o leitor que NADA FOSSE DITO. Que nós pudéssemos descobrir com a leitura que eles serão obrigados a casar e tal. Porque, sério, isso estraga. Quem ler vai notar que Claire, de início, simplesmente não vê Jamie como homem e contar isso logo na sinopse estraga a surpresa. Paciência.
De qualquer maneira, recomendo MUITO a leitura. A história é linda, romântica, engraçada e looooonga, mas te prende do início ao fim. E vai te deixar mais romântica que o normal também, suspirando pelos cantos. Nos dias seguintes à leitura recomendo firmemente evitar encontros com pessoas ruivas, que falem inglês ou que usem qualquer coisa que seja meramente parecida com um kilt. Pode causar danos irreversíveis.