O centauro no jardim

O centauro no jardim Moacyr Scliar




Resenhas - O Centauro no Jardim


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Yolanda 19/02/2020

Muito bom
Um livro que te faz ficar sem palavras, mesmo. Algo único, com uma leitura fluida, te faz imaginar situações inimagináveis na pele de um centauro, como se isso fosse possível, ou impossível. Muito interessante.
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Valério 06/06/2019

Impactante
O centauro no Jardim é daqueles livros que, quando terminamos de ler, olhamos para o que temos em mão e parece que tudo aquilo que lemos não caberia em tão pouco espaço.
Apesar de ser uma história surreal, meio realismo mágico de Garcia Marquez, há tanta realidade, em um tom tão desassombrado, que passa a dar um ar de verossimilhança mesmo à existência de centauros.
O personagem principal é um homem que vai lembrando de toda a sua vida, desde o nascimento. O choque dos pais ao ver nascer um centauro, e como sua vida foi, obviamente, tão afetada por sua natureza.
A história impressiona, deixa marcas profundas em nossa mente. Um livro forte, que sacode o leitor, estupefato.
Daqueles livros que deveriam entrar na lista de livros que não podem deixar de ser lidos.
Grandioso.
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Wynícius 07/12/2018

Achei que era Julio Verne, mas era algo diferente. Fantástico e diferente.
Sem dúvida um dos melhores livros nacionais já escritos. Toda a sua forma, avidez, curva e escolha de narrativas são únicas e impecáveis, assim como o nosso protagonista na obra.
A qual aprendemos muito sobre várias culturas, mitologias e regiões tal qual em um enigmático romance do Júlio Verne. Mas, aqui temos Scliar, único e magnifico.
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Wagner 03/11/2016

MÃOS INDISCRETAS...


(...) Quando saía, cobria o lombo com uma grande lona, que me descia até os cascos. Explicando que não queria estragar a fantasia de centauro, muito cara, eu na verdade estava me protegendo de mãos indiscretas (...)

SCLIAR, Moacyr. O Centauro no Jardim. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. pp 72
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Amâncio Siqueira 04/05/2016

Seres fantásticos
Em O Centauro no Jardim, Moacyr Scliar dá uma demonstração de sua poderosa imaginação, contando a história de Guedali, um centauro nascido no interior do Rio Grande do Sul, filho de um casal de judeus fugido da Europa. O início do livro remete a outro escritor judeu, Kafka, embora o desenrolar dos fatos leve por outro caminho.

A narrativa não apenas trata de centauros, como também de outras criaturas fantásticas, inclusive seres humanos. A estrutura da narrativa, com a trama principal se desenrolando sem questionamentos por todo o livro e um último capítulo, quase um epílogo, trazendo uma versão mais realista da história, mostra que Yann Martel, autor de As Aventuras de Pi, não se inspirou apenas em Max e os Felinos para tecer seu livro.

Embora o romance de Scliar deixe clara a tentativa de retorno ao frescor do romance pré-século dezenove, buscando traduzir a realidade sem necessariamente ser realista, e consiga ser literatura séria com sua fantasia bem trabalhada, o ponto baixo são as coincidências, que me fizeram pensar estar lendo quadrinhos do Homem Aranha ou programas de humor da Globo em alguns momentos: Guedali foge de casa e encontra um circo, foge do circo e encontra uma centaura, exatamente no único dia em que ela saiu de casa, entra num táxi em São Paulo e o taxista é Pedro Bento, um cara com quem teve problemas na infância na fazenda no Rio Grande, e esse mesmo Pedro Bento torna-se segurança num condomínio em que ele vai morar, além de ter sido namorado da domadora do circo em que ele ficou um tempo, e do qual teve que fugir justamente depois de ter tentado ter relações com ela. E isso é só o começo.

As coincidências apequenam um mundo que deveria se ampliar diante do leitor, repovoado com centauros, esfinges e sereias.

site: https://amanciosiqueira.wordpress.com/2016/05/04/seres-fantasticos/
daniel henrique 25/07/2016minha estante
Concordo contigo. Tantas coincidências que até parecia novela das 8.




Asbel 13/03/2016

"Toma meu exemplo, amigo, parte para o duro combate da vida e fica sabendo que pior que não ter perna é ter cascos, podes crer."
Um livro com altas doses metafóricas.

Apesar da interpretação ser um pouco subjetiva, fica clara a intenção do autor em demonstrar que apesar das diferenças e dificuldades, é possível superar qualquer anomalia, seja física ou emocional.

Todos, homens ou centauros, buscamos respostas para o sentido da vida.

site: #moacyrscliar #ocentauronojardim
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Valnikson 23/12/2015

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: O Centauro no Jardim
O gaúcho Moacyr Scliar conseguiu unir em sua vida dois caminhos bem diferentes: o da medicina e o da literatura. O primeiro veio com a formação acadêmica e o segundo com a afinidade junto à palavra escrita. Filho de imigrantes judeus oriundos do leste europeu, ele se tornou especialista em saúde pública, atuando na área por vários anos. Ademais, as letras sempre se mantiveram presentes na sua trajetória, resultando à princípio na publicação de contos baseados em sua experiência como estudante. Com o romance 'O Centauro no Jardim', Scliar relacionou a temática das raízes e tradições do povo judeu ao imaginário sul-rio-grandense, apresentando certa dose do realismo mágico característico de textos de cunho fantástico. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2015/10/25/42-o-centauro-no-jardim/
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Carla 05/12/2015

O livro que não deixo de mencionar como um dos mais importantes da minha vida! Li, reli e lerei novamente. Uma mensagem linda e profunda sobre nossa dificuldade de aceitação pessoal. Ótimo!
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Alessandra @talvez1livro 13/09/2015

Gostei
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Louryne 02/07/2015

Bem mais ou menos. Achei muito linear. Embora até tenha uma coisa ou outra interessante sobre as criaturas mitológicas que aparecer, mas enfim...
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eve 12/05/2015

O centauro no jardim
Livro espetacular! Uma história surpreendente que te prede até a última pagina!
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Arsenio Meira 04/04/2015

"Mas na hora mais densa opaca íntima em que um espelho cego cobra o sendo nem glória nem riqueza nem poder: - só interessa mesmo o que lhe falta.""
Em O centauro no jardim a enunciação começa com as lembranças do homem Guedali, filho de um casal de imigrantes judeus, que se encontra num restaurante com sua mulher e amigos a fim de comemorar os seus trinta e oito anos, que rememora as diferentes fases do seu passado. Ao organizar sua memória, relata como nasceu centauro, numa fazenda no interior do Rio Grande do Sul, como galopou pelos pampas, como conheceu a mulher-centauro, Tita, submetendo-se ambos a uma cirurgia no Marrocos para extraírem suas partes equinas.

No entanto, as palavras Iniciais proferidas por Guedali: “Somos, agora, iguais a todos” (p. 07), tal como no conto kafkiano, traem a suposta sensação de fim do processo metamórfico, já que resquícios do passado equino continuam a fazer parte integrante da constituição psíquica e física de Guedali. Após mil e uma aventuras como bom burguês, contrariamente à imagem do cavalo em harmonia com a natureza que corre sem um destino preciso, Guedali inicia uma viagem em busca de si próprio.

Uma viagem que começa numa fazenda em Quatro Irmãos, passa por Porto Alegre, pelas fronteiras do Rio Grande do Sul, vai ao Marrocos, volta a São Paulo, novamente ao Marrocos para, finalmente, retornar ao ponto de partida: a antiga fazenda em Quatro Irmãos. Após todas essas errâncias e o constante exílio, Guedali sente a necessidade de voltar às origens. Não lhe bastou ter se instalado numa cidade, ter se casado, tido dois filhos sem nenhuma deficiência,ocupar um bem sucedido posto de trabalho ou pos­­­­suir uma bela e confortável casa. Todos esses esforços para se assimilar à nova realidade capitalista brasileira não foram capazes de apagar o centauro que vivia nele.

Aqui convivem e convergem para um mesmo fim o real e o fantástico; o humano e o selvagem; a liberdade e a moralidade social; o racional e o irracional. Um grande romance, também fomentado em crítica ao preconceito em geral; no caso de Moacyr, pode ser atribuído ao judaísmo, e ao capitalismo selvagem, bem retratado na figura repugnante do médico marroquino. Riquíssima, é inundada de preciosas informações da cultura judaica, contribuindo notavelmente, para a ampliação do conhecimento universal a respeito de um povo sofrido, cuja inteligência e perseverança são legados tão preciosos, que não dá pra enumerar.

E tudo muito simples, tudo muito natural, numa escrita fluente, como se a bossa nova fosse uma Rolleiflex trilhando fotografias ao lado de Guedali para sempre. Centauros não morrem, ao menos em nossa imaginação.
Nélson 05/04/2015minha estante
Show!
Resenha mais aguardada do skoob nos últimos meses.
Abração amigo!


Arsenio Meira 05/04/2015minha estante
Nélson, devo a vc, sobretudo, o incentivo para ler o Scliar, um escritor inesquecível, profícuo, e que jamais cairá no esquecimento. Era um escritor que demorei, por omissão, a conhecer. Mas agora não mais, já comprei um lotes de romances e contos dele.
Valeu pelas palavras generosas!
Um abraço do amigo Arsenio




Jefferson Pessôa 19/10/2014

Meio cavalo e meio humano. Nem de um mundo, nem de outro. Um animal ou um homem? É nesse dilema e suscitando perguntas como essa, que O Centauro no Jardim inicia. Assim nasce o misterioso Guedali, um centauro criatura metade cavalo e metade homem.

...Os gritos cessam. Há um momento de silêncio meu pai levanta a cabeça e logo um choro de criança. O rosto dele se ilumina:
É homem! Aposto que é homem! Pelo choro, só pode ser homem!
Novo grito. Desta vez um berro selvagem, de horror. Meu pai se põe de pé, num salto. Fica um instante imóvel, aturdido. E corre para o quarto.
A parteira vem-lhe ao encontro, o rosto salpicado de sangue, os olhos arregalados: ah, seu Leão, não sei o que aconteceu, nunca vi uma coisa dessas, a culpa não é minha, lhe garanto, fiz tudo direitinho.
Meu pai olha ao redor, sem compreender. As filhas estão encolhidas num canto, apavoradas, soluçando. Minha mãe jaz sobre a cama, estuporada. Mas o que está acontecendo aqui, grita meu pai, e é então que me vê.
Estou deitado sobre a mesa. Um bebê robusto, corado; choramingando, agitando as mãozinhas uma criança normal, da cintura para cima. Da cintura para baixo: o pelo de cavalo. As patas de cavalo. A cauda, ainda ensopada de líquido amniótico, de cavalo. Da cintura para baixo, sou um cavalo. Sou meu pai nem sabe da existência desta entidade um centauro. Centauro. (Pág. 12)

Originalmente publicado em 1980, O Centauro no Jardim começa com Guedali (protagonista) no restaurante tunisiano Jardim das Delícias, comemorando seu 38º aniversário, onde o próprio narra sua história.
Guedali Tratskovsky conta que nasceu no seio de uma família judia de imigrantes russos; e devido sua condição, era mantido escondido, como um segredo sujo.

A narrativa corre bem, o suficiente para instigar o leitor a virar cada vez mais as páginas, uma vez que a leitura é dinâmica e divertida. Scliar mistura realidade e fantasia, sem abusar, de forma magistral, dando um ar de que aquilo realmente poderia acontecer (ou ter acontecido). Os personagens são incríveis, muito bem construídos dentro do que a narrativa propõe; destaque para Tita e para o próprio Guedali. Os diálogos são adequados e igualmente verossímeis.

Moacyr Scliar usa a metáfora do centauro de forma para melhor se discutir o preconceito e todos os conflitos internos e externos, leia-se, psicológicos e sociais, que este, carrega para a vida em sociedade. Tendo Moacyr Scliar abordado em diversas de suas obras a imigração judaica e coisas relacionadas ao tema, não é de mal tom imaginar que o simbolismo usado nessa obra seja um pano de fundo para tratar da questão do homem judaico imerso numa sociedade intolerante (seja consciente disso ou não).

Ademais, o drama vivido pelo protagonista, nada mais é que o drama vivido por todo ser humano: a busca do ser humano por sua essência, por sua verdadeira faceta.

Considerações finais...

O Centauro no Jardim é uma obra-prima da literatura brasileira. O livro reflete diversos assuntos, passando por seus pormenores, de forma simplista e discreta, sem maiores alardes e apelações. Aos poucos o leitor entra em Guedali, assim como Guedali entra no leitor. No fim do livro, não há mais Guedali, nem leitor, há uma coisa só, que sofre junto e se alegra junto. É um livro reflexivo e pesado pela sua conotação social, mas ao mesmo tempo aventureiro, para quem preferir. Um livro que tanto exerce papel de catalisador, como de entretenimento.

Nota: O título O Centauro no Jardim, provavelmente veio como homenagem a um conto do autor e humorista James Thurber, chamado O Unicórnio no Jardim.

Endereço: http://leitorcabuloso.com.br/2014/07/resenha-o-centauro-jardim-moacyr-scliar/
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