O centauro no jardim

O centauro no jardim Moacyr Scliar




Resenhas - O Centauro no Jardim


84 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Laura 09/10/2014

Pois bem, demorei quase um ano para pegar esse livro nas mãos novamente! rsrs
Nunca tinha lido nada do Moacyr Scliar, mas tinha curiosidade. Ganhei esse livro no Natal de 2013, comecei a ler um pouquinho depois, e empaquei. Também não tava muito concentrada para uma leitura desse tipo, naquele período de férias, mas prometi para mim mesma que tentaria ler novamente.
Esse mês eu comecei a reler, e acabei com o livro rapidamente! O Moacyr escreve muiito bem! A história, confesso, é um pouco esquisita, mas interessante. Indico para quem nunca leu nada desse autor.
comentários(0)comente



Luiza.Thereza 19/09/2014

O Centauro no Jardim
Guedali, o personagem narrador, começa seu relato num bar, quase bêbado. Enquanto comemora seu aniversário com sua esposa e amigos, ele começa a relembrar sua trajetória, desde seu nascimento como centauro, em uma fazenda no interior do Rio Grande do Sul, até a noite, no bar em que toda a história foi iniciada.
Veja Mais no Soletrando Felicidade

site: http://www.oslivrosdebela.com/2014/09/o-centauro-no-jardim-moacyr-scliar.html
comentários(0)comente



19/02/2014

Decepção
Esperava muito mais do livro, embora seja uns dos livros mais famosos de Moacyr Scliar.
Tudo bem que trata da individualidade e das diferenças, mas a história não me atraiu.
Já li outros livros de Moacyr Scliar, e confesso que os outros são muito melhores.
comentários(0)comente



Juh 29/06/2013

O verdadeiro EU.
Uma parte cavalo e outra humana...Assim, nasce mais um ser misterioso nesse "mundo" chamado, Guedali.
Ao principio, achei o livro super mega desinteressante, mas do nada ele logo mostra a sua verdadeira "fase" um livro rico, e assim começando a ser algo do ao contrário do que disse... Bom, o livro é um mistura total de uma fantasia com um a fundura real.
Essa foi a obra mais notável de de Moacyr Scliar por ter um pretexto belíssimo. Encarando bem a história nada mais do que menos o autor tenta nos mostra através desse romance, que a vida, o nosso destino na verdade não pertence só a nós mesmo e que não existe nenhuma ordem complexa que vai te fazer sofrer, mas sim da forma que você se encaixa na situação que esta vivendo, o sofrimento de Guedali que passou durante muito tempo em sua vida não foi por causa da sua forma física, mas sim por não aceita ele mesmo.
Guedali, passa por várias fases, por todas experiências de vida possíveis tudo isso a busca de seu caminho ... E ele sabe que mesmo com as mudanças ocorridas com tempo ele nunca deixou de ser o centauro a que tanto "temia" diante da sociedade, no fundo ele tem a súbita consciência que sempre foi e que ainda existe dentro dele um verdadeiro cavalo.
comentários(0)comente



Amábile 28/06/2013

" Quando e a fantasia e a realidade incrivelmente acontecem ao mesmo tempo"
A obra mais famosa de Moacyr Scliar definitivamente tem seus motivos para ser muito bem aclamada em qualquer local do globo. Através de uma narração em primeira pessoa do protagonista, a obra conta a história de Guedali, filho de um casal judeu - humano - na qual inexplicavelmente nasceu homem da cabeça ao tórax, sendo o resto com corpo de cavalo.
Sendo o fundo narrativo o Brasil - precisamente o Rio Grande do Sul - em meados de 1937, Guedali cresce escondi dos outros, e mesmo morando numa fazenda isolada, certas situações ocorrem ao jovem mitológico que o faz, funto de sua família, arriscar a cidade grande.
O centauro aqui colocado pelo autor remete à singularidade do povo judeu, junto de todos os desafios que a história e o preconceito proporcionaram para os descendentes de Abraão, assim como o protagonista possui uma grande luta durante toda a sua história de vida.
Incrivelmente, Guedali vive todas as experiências mundanas possíveis, buscando superar o obstáculo que é sua forma, e Scliar relata suas vivências fielmente, detalhe por detalhe. Com uma personalidade explosiva, típica daqueles que agem por impulso, acompanhamos Guedali aprender a tocar violino, brincar, sofrer por sua forma, buscar por um amigo, se apaixonar, sofrer novamente, aprender, virar um homem e aquilo que o faz encontrar aquela que irá mudar seu destino: a coragem e determinação de um verdadeiro cavalo.
comentários(0)comente



Débora 28/05/2013

O melhor da nossa literatura
Para o trabalho da aula de literatura escolhi este livro mais pelo fato de constar na lista de leituras obrigatórias do vestibular da UFRGS. E, por acaso, é o melhor livro de literatura que eu já tenha conhecido.

"Guedali, um centauro, nasce de pais normais no interior do Rio Grande do Sul e por muitos anos vive lá, longe de tudo, recebendo amor da família mesmo sendo diferente. Quando a família se muda para Porto Alegre e Guedali passa a conhecer livros, revistas, pesquisas e passa a observar pessoas, ele decide sair de casa. Ele conhece Tita, uma centaura, e juntos vão em busca da normalidade."

Um livro cheio de fantasia, escrito de um modo compreensível, quase moderno, que envolve o leitor. Além de ser um livro de leitura fácil, é também muito útil nos vestibulares, ao menos no Rio Grande do Sul!

Fica aí a dica e a recomendação...
comentários(0)comente



Iami 02/01/2013

O Centauro no Jardim: um resumo
O romance O centauro no jardim, de Moacyr Scliar, mistura em sua narrativa provocante, elementos que a tornam indefinível. Nela, se combinam as características de narrativas tipicamente fantásticas e fabulosas, como a presença perturbadora e talvez imaginária do cavalo alado: “Volta e meia acordo à noite com a sensação de ter ouvido um ruído estranho (o ruflar das asas do cavalo alado?)” (Scliar, 2011:9) que sempre agita as certezas do personagem principal.
Além disso, há marcações típicas de diários, como por exemplo, o inicio dos capítulos que sempre vem com as datas e os nomes dos lugares nos quais Guedali viveu suas experiências mais marcantes: (“São Paulo: restaurante tunisino Jardim das Delícias 21 de setembro de 1973”; “Casa no bairro de Teresópolis, Porto Alegre 1947 a 1953; “Circo 1953 a 1954”). Além do mais, o narrador personagem ao longo da história, insere seus pensamentos ou imagina outras possibilidades de ocorrência dos acontecimentos por ele relatados. Observe o exemplo a seguir:
Quando anoitece, saímos. Coloco o corpo de Zeca Fagundes sobre o lombo,
(estivesse vivo, o estancieiro sem dúvida me empregaria como peão; eu seria soberbo, no amarrar uma tropilha; imbatível, nas carreiras de cancha reta; e, quando estivesse velho, poderia puxar uma charrete – e não precisaria de ninguém às rédeas: boleias vazias, tais como as das carruagens fantasmas que deslizam, silenciosas, em meio ao nevoeiro) (Scliar, 2011:76)

Percebemos nesse trecho a imaginação de Guedali em ação, inventando outra possibilidade, dando ao romance aquele ar confidencial de diário, oscilando entre os acontecimentos e a imaginação. Essas marcas traduzem muito bem legitimação da pluralidade apresentada por Antonio Candido, pois percebemos no romance de Moacyr Scliar “textos feitos com a justaposição de recortes, documentos, lembranças, reflexões de toda a sorte. (...)” (Candido, 1987:209).
O narrador em O centauro no jardim parece manter um contato pessoal e íntimo com seu receptor. Parece que ao ler, o leitor se depara com uma espécie de diário, onde alguém escreve os momentos mais importantes de sua vida, seus medos, seus anseios, suas idealizações. E isso ocorre porque, de acordo com Antonio Candido,

o escritor atual (...) deseja apagar as distâncias sociais, identificando-se com a matéria popular. Por isso usa a primeira pessoa como recurso para confundir autor e personagem, adotando uma espécie de discurso direto permanente e desconvencionalizado. (Candido, 1987:213)

O narrador quebra a distância com o receptor, fazendo-o se sentir parte da construção narrativa. Faz parecer que ele [narrador] e nós [receptores] estamos sentados à mesa de um bar ou restaurante, conversando sobre assuntos triviais, quando ele decide contar sobre sua própria vida. Sua função parece essencialmente modalizante, visto que ao longo da leitura, sentimos a presença de sentimentos e emoções do narrador-personagem, como no exemplo a seguir:

"Vagueio pelo campo tocando violino. A melodia se mistura ao sussurro do vento, ao canto dos pássaros, ao chiar das cigarras; é uma coisa tão bonita, que meus olhos se enchem de lágrimas; esqueço de tudo, esqueço que tenho patas e cauda, sou um violinista, um artista". (Scliar, 2011:31-32)

Percebemos neste trecho que o narrador passa seus sentimentos àquilo que está contando, característica típica do tipo homodiegético, cuja perspectiva passa pelo ponto de vista do próprio. Nesse modelo de narrativa, há a “combinação típica das autobiografias, confissões e relatos nos quais o narrador conta sua vida retrospectivamente” (Reuter, 2002). E é exatamente o que ocorre no romance em questão, pois se percebermos, o início da história se dá numa espécie de final, e nos capítulos seguintes, Guedali começará a contar sua história, inclusive seu nascimento, o que parece absurdo.
Outro ponto importante, remetendo à citação de Antonio Candido feita agora pouco, há uma “confusão” entre autor e personagem ou narrador e personagem, pois no romance, por vezes o narrador homodiegético se subtrai de sua posição, adotando uma espécie de consciência universal ou coletiva, que pode ser, por exemplo, quando o Guedali imagina algo que irão imaginar dele, tal como ocorre no seguinte episódio:

No entanto, meu pai sabe, um dia seu filho Guedali sentirá tesão por mulher. Tesão irresistível. E o que acontecerá então? Meu pai não quer nem pensar no que poderá ocorrer numa noite de setembro.
Véspera do décimo segundo aniversário de Guedali.
Noite muito quente. Mesmo para setembro. Calor insuportável.
Nessa noite o rapaz não conseguirá dormir. Inquieto, o rosto afogueado, rolará de um lado para outro no colchão de palha. (É a tesão: é o grande pênis ereto, latejante. Que fazer? (...). Não se agüentando mais, Guedali sairá porta afora para o campo. Se esfregará em árvores, se atirará ao riacho, nada o acalmará. (Scliar, 201136)

É como se Guedali soubesse dos medos de seu pai, ou até mesmo, que compartilhasse deles de uma maneira inconsciente. Como se o medo que habita o (in)consciente de Leão Tartakovsky, também habitasse o inconsciente do jovem centauro.

Enfim, O Centauro no jardim é um romance magistralmente escrito, causando em seus leitores, talvez, um primeiro impacto, mas que, posteriormente, nos leva a um passeio inesquecível e maravilhoso. Embora o romance seja belíssimo, ele pertence a uma safra sem parâmetros de julgamentos, no qual “não se cogita mais (...) produzir (nem de usar como categorias) a Beleza, a Graça, a Emoção, a Simetria, a Harmonia. O que vale é o Impacto, produzido pela Habilidade ou a Força.” (Candido, 1987:214). Nele o que encontramos é a essência perturbadora do mundo contemporâneo: a sensação de deslocamento e a identidade em construção permanente.

Gostaria de citar um trecho do romance de Moacyr Scliar: “Como um cavalo alado, prestes a alçar vôo, rumo à montanha do riso eterno, o seio de Abraão. Como um cavalo, na ponta dos cascos, pronto para galopar pelo pampa. Como um centauro no jardim, pronto a pular o muro, em busca da liberdade.” (Scliar, 2011:218)

O trecho escolhido, para mim, além de ser belíssimo, produz um efeito de síntese da obra. Se fosse proposto um trecho que resumisse o romance em questão, seria o citado acima. A presença do cavalo alado, do vôo, da liberdade, forma uma imagem grandiosa e infinita, o que de certa maneira acontece no romance. Ele não termina no sentido restrito da palavra, não tem um fim fechadinho, não apresenta uma solução. O romance termina mostrando para os leitores que todos convivem com a sensação de uma instabilidade de pertencimento e de identidade, onde nós todos, às vezes, nos sentimos partidos ou incompletos, com uma ânsia de algo mais. Independentes de quem somos, ou a que círculos de amizades pertençamos, ou em que meio familiar convivamos, ou a que costumes ou regras nos apegamos... Não importa. A sensação de quebrar as regras, abandonar os costumes, trapacear o cotidiano soam aos nossos ouvidos como um canto sedutor; como um ruflar de asas, inaudível, mas existente e insistente, soprando de nós aquilo que nos esforçamos por manter sempre nos mesmos lugares. Esse ruflar de asas convida-nos para pular o muro e sair do lugar que conhecemos. Aventurar-nos no desconhecido, na desordem, na incerteza, pois é somente quando nos aventuramos no desconhecido é que nos sentimos completos como seres humanos.

comentários(0)comente



Leh 17/12/2012

Foi o pior livro que já li em toda a minha vida!
Andrezza 20/12/2012minha estante
kkkk realmente é chato,o começo é bom, dps vem a zoofilia e nao presta mas hahaha




Denise 12/09/2012

O livro conta a busca da identidade de um jovem centauro, mistura o real, a história e o fantástico de maneira leve e imperceptível. O enredo é envolvente, quase leva o leitor a crer que tudo realmente aconteceu. O jovem centauro sofre com todos os males da adolescência acrescidos do fato de ele ser metade homem metade cavalo...
comentários(0)comente



Canafístula 31/03/2012

O Centauro no Jardim, de Moacyr Scliar
“O Centauro no Jardim” é um dos livros mais legais da lista de leituras obrigatórias da UFRGS. Não digo que é o mais legal porque estou lendo outros que também estão sendo bem interessantes, como “Feliz Ano Novo” do Rubem Fonseca e “O Filho Eterno” do Cristovão Tezza. Mas sem dúvida escolheram um ótimo livro e um ótimo escritor para ajudar o Simões Lopes Neto a representar o Rio Grande do Sul nessa lista.

O livro, como todos os demais do Scliar, possui uma linguagem bem clara e objetiva, que não cria empecilhos ao longo da leitura. O livro pode ser fantasioso demais em alguns trechos, mas é cheio de reviravoltas e conflitos que sem dúvida prendem o leitor até a última página!

Eu achei a história, como um todo, simplesmente genial. Scliar conseguiu encaixar fantasia e realidade com grande maestria neste livro. Para quem olha de longe e percebe que se trata da história de um centauro que nasce numa família judia vinda da Rússia, pensa: “mas que loucura!”. Admito que também pensei assim quando li a sinopse do livro, mas ao me aprofundar mais na história e ir lendo a trama se desenrolar ao longo das páginas, não teve como não me sentir envolvida. Foi um dos livros mais legais que já li e também uma surpresa, pois foi uma leitura de vestibular e todos conhecem a fama que as leituras do vestibular possuem, não é mesmo?

Apenas não curti muito o final. Ficou meio subentendido, sabe? Do tipo “tire a conclusão que quiser.” Não curto muito final assim... Gosto de finais claros, objetivos, onde o autor deixa bem claro e explícito o que aconteceu com cada personagem, qual final eles tiveram e etc... Infelizmente não é bem assim o final de “O Centauro no Jardim”. Mas tirando isso e algumas partes que também não me agradaram muito – que não posso revelar quais são porque estaria fazendo spoiler – o livro é muito bom. Leitura mais do que recomendada!

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/
comentários(0)comente



ProPaixao 08/03/2012

O centauro indomável
Guedali, um judeu, desde criança sofreu com a deformidade antromófica. Nascera centauro.
O livro é uma espécie de diário, onde narra a vida cheia de frustrações pela qual o jovem passou. Nunca fora à escola, nunca teve amigos, somente na fase adulta. Ainda jovem, fugiu de casa, perambulou pelo mundo até parar num circo, tornando-se atração principal. Perdeu sua virgindade com a domadora de leões, nesse mesmo dia foge do circo quando esta descobre que o centauro era realmente de verdade e com um membro gigantesco!
Eis que quando adulto conhece uma centaura, Tita, que também é infeliz por ser mulher/cavalo, mas pela primeira vez ambos fazem amor de forma equina.
O sonho de Guedali de tornar-se totalmente humano se realiza quando ele vai para o Marrocos com Tita para operar-se, contudo a vida dá muitas reviravoltas e ele sente saudades de quando galopava nos pampas gaúchos.
Eis que se revela na história ora sutil ora escrachado erotismo, mas nota-se que o fundo moral da história não é o sexo animal, mas sim a psique do protagonista que sendo desajustado na sociedade, tanto lutou pra moldá-la aos padrões ditos sociais e que qdo isso aconteceu, sua vida perdeu o sentido, porque o verdadeiro sentido da vida é ser original.
Se foi um centauro, se foi um tumor, se Lolah, sua amante era uma esfinge, não se sabe, só sabe-se que Guedali era judeu, nasceu e viveu no Sul do Brasil.
comentários(0)comente



Julinha 29/01/2012

Pornografia mítica. Eca. Ok, você pode dizer que no final existe uma reviravolta que muda o rumo da estória, mas isso não salva o livro. Sem contar que o tipo de reviravolta que acontece é muito clichê. E não faz a gente esquecer aquele monte de sexo entre os seres mais esquisitos do mundo. Altamente não recomendável.
Karla 19/03/2012minha estante
Tambem não precisa exagerar neh...eh um bom livro apesar de não ser muito explicativo kkk ateh agora não fikei sabendo pq ele nasceu centauro mas tudo bm...


Stephanie 03/07/2012minha estante
No livro eles interpretam como se a mãe do Guedali tivesse visto muitos animais em sua gravidez,quando ainda moravam na fazenda. Mas não dão muita enfase se tratando sobre isso mesmo!




Lílian 04/01/2012

Não terminei de ler... Uma família russa, se não me engano, de origem judaica se muda para o interior do RS. A matriarca pare um centauro e a família não sabe o que fazer com a criatura. O centauro por sua vez, tenta levar uma vida normal, cresce, se casa, viaja... Não sei como termina a história...
comentários(0)comente



Marcos Faria 01/01/2012

Todas as resenhas que encontrei de “O centauro no jardim” (edição de 2011 da Cia. de Bolso), de Moacyr Scliar, viam a história de Guedali como uma fábula sobre o difícil equilíbrio entre integrar-se a uma cultura diferente e manter as tradições. E essa leitura vinha sempre, de forma mais ou menos explícita, com o carimbo de “literatura judaica”, uma estrela de Davi amarela pregada na lombada. É verdade que isso está lá. Mas, na minha opinião, as memórias do (ex-)centauro são principalmente um romance de formação, clássico, com o qual é muito fácil qualquer um se identificaro . A inadequação do personagem não vem somente do fato de ter nascido com torso e patas de cavalo. Ele sabe que nunca vai se encontrar, qualquer que seja o caminho que tome. E só uma aceitação de si mesmo permitirá fazer as pazes com o mundo.

Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/01/01/meninos-eu-li-18/
comentários(0)comente



JH 10/12/2011

Quem nunca sentiu ser um desajustado? Quem nunca quis encaixar-se? Afinal, nascemos bárbaros, selvagens, e receber educação significa justamente podar nossas "partes ruins" e vestir o uniforme que o meio nos costura. Por isso ninguém quer estar nu no meio de gente bem vestida.
Mas, como Guedali, quem também nunca desejou voltar ao princípio? Quantas vezes você ou eu afrouxamos nossos colarinhos sufocantes e desejamos correr descalços pela grama do jardim, como se o animal em nós ainda estivesse ali, em todos os momentos, oprimido e exasperadamente dormente?
E, acima de tudo, quando vamos deixar de ignorá-lo, temê-lo e nos envergonharmos dele, para que galope, uma vez mais, livremente pelo pampa?
comentários(0)comente



84 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR