As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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AnaA29 06/05/2023

?Mas não quero resposta, quero ficar só. Gosto muito das pessoas mas essa necessidade voraz que às vezes me vem de me libertar de todos. Enriqueço na solidão: fico inteligente, graciosa e não esta feia ressentida que me olha do fundo do espelho. Ouço duzentas e noventa e nove vezes o mesmo disco, lembro poesias, dou piruetas, sonho, invento, abro todos os portões e quando vejo a alegria está instalada em mim.?
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Stasi 28/04/2023

Cada um com seu gosto, mas indignado com quem desgostou
Não é um livro sobre trama, plot twist, teorias mirabolantes. É um livro (uma aula) sobre construção de personagem. Fluxo de consciência que nos aproxima de cada uma dessas meninas, temas pesados tratados com leveza, me vi gargalhando em diversos momentos. O final não poderia ser outro.

"Hoje em dia ja saturamos de histórias assim" pois leia com a cabeça da época e perceba como lygia foi disruptiva!
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Camila 24/04/2023

As Meninas
Primeira obra que leio de Lygia Fagundes Telles. E que deleite foi esta experiência. Nunca havia lido uma obra com tantos narradores e perspectivas não necessariamente identificados. Mas aos poucos o leitor sabe exatamente quem está falando/pensando/narrando. Um exercício de escuta ativa ler este livro. Nossos pensamentos são tão ágeis e voláteis que somente uma autora da envergadura de Lygia Fagundes poderia tê-los registrado de forma tão pungente e corajosa. Um livro escrito na ditadura sobre jovens mulheres que são tudo menos aquilo que a sociedade lhes impõem. Incrível.
?
?Com a duração de um presente indeterminado, onde refluem horas longínquas e horas futuras, amalgamadas numa só vivência sem início nem fim, As Meninas é a obra aberta que, tal como a vida cósmica, flui no movimento incessante e eterno. E é principalmente a juventude, desnorteada ou não, que muito tem a descobrir nos caminhos deste mundo belo/terrível que a escritora paulista constrói com a sua palavra criadora?. - Nelly Novaes Coelho.
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Gihwest 23/04/2023

Esclarecedor
Bom, ouvi muitas criticas à esse livro, mas ele é de fato maravilhoso, amo o jeito que cada personagem é único e mesmo que não seja claro as partes de cada um, quando você conhece o personagem fica muito fácil saber quem é quem. É perfeito e devastador, pelo fato de que se passa em uma época muito difícil para o Brasil, e as pessoas que tem começavam a sonhar com liberdade.
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Alana 14/04/2023

"Agrupar é conspirar e transpirar." como ela foi grandona!!
"Mas tem um tipo ao lado engraxando os sapatos, que cor de graxa o cavalheiro prefere?"
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iris 09/04/2023

Brilhante, poderoso e íntimo
Nada me preparou para o final desse aqui... fiquei em transe quando o que acontece acontece!! de um ponto de vista lógico não é exatamente chocante, mas narrativamente é um soco no estômago. Ainda preciso refletir sobre por um tempo para conseguir digerir. E sem dúvidas preciso/quero reler. Me senti assim também com Cem Anos de Solidão e O som e a fúria, por motivos diferentes, porém semelhante sensação de letargia quando terminei
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Hamilton* 05/04/2023

Por pura preguiça
Demorei a escrever essa resenha por pura preguiça e por não ter gostado tanto deste livro quanto achei que gostaria. Não sei se por que comecei com um expectativa significativa (por causa da autora que só ouvi falar bem) ou foi por ter ido sem saber absolutamente nada da história, mas não gostei tanto quanto esperei.
Ele é um livro com muuuuuuuuito fluxo de consciência, que é um negócio que por causa dele mesmo descobri que não é de longe um aspecto que aprecio na literatura.
Ainda quero ler livros específicos da autora (como Verão no Aquário), mas não tenho tanta pressa, talvez eu espere um bom tempinho até esse gosto grudento sair do paladar.
Eduardo Rockwell 22/04/2023minha estante
Recomendo ler um livro de contos da autora, já que é o gênero que mais lhe deu renome... "Antes Do Baile Verde" ou "Mistérios" são maravilhosos!




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mwahgeo 28/03/2023

As meninas
Estou fascinada. nunca li nada assim antes, e, caramba, preciso ler mais. preciso ler tudo que a Lygia escreveu. já li os contos de O Baile Verde e me apaixonei, mas agora estou em um estágio além da paixão por sua escrita.
não é um livro fácil de ser lido, mas é tão profundo. as transições de personagens, as frases tão características dela.
um dos melhores livros que já li, lindo do início ao fim.
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pampamcviana 26/03/2023

Muito bom!
A história se passa na época da ditadura. Se não tivessem me contado sobre isso, e se não tivessem traços dela no livro (como alguns comentários e, também, descrição de torturas em algumas falas e pensamentos da Lia), poderia dizer que é uma história atemporal. A ditadura não é o centro da história e, creio, a autora fez isso de propósito. Para que dar palco a algo que estava sendo combatido e criticado? Nunca poderia ser o centro das atenções, pois já o era na vida real. Lygia decidiu focar na vida de três "meninas", colocadas aqui de modo inocente, e talvez eram, e bem poderia, também, ser a história de qualquer mulher (inclusive a minha).

Outra coisa que me chamou a atenção foi ter acesso aos pensamentos das personagens principais. Como? Através da troca de narração. Existem, pelo menos, 4 narradores no livro: o narrador de fato, Lia, Lorena e Ana Clara. Eles trocam de posição sem avisar, e no início, fica confuso. Ao conhecer melhor as personagens, logo se acostuma com esta troca e facilmente conseguimos reconhecer quem está "falando". Além disso, achei muito inteligente a forma que a autora usa para escrever sobre os pensamentos das "meninas". Eles não têm uma sequência, como qualquer pensamento, e cheguei a conclusão que perdemos muitas oportunidades de poesia e crônica quando não os colocamos no papel. Outra coisa importante: nenhuma delas, como narradoras, são confiáveis.

Gostei muito das questões do universo feminino colocadas em pauta: relacionamentos amorosos, o papel da mulher na sociedade, aborto, carreira, status/aparências, abusos, feminicídio. Também existem vestígios de distúrbios mentais, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo. Inclusive gostaria de transcrever uma frase com a qual me identifiquei muito: "O chato é que quando leio um livro sobre doenças mentais, descubro em mim os sintomas de quase todas, uma psiquiatra por dentro demais da loucura." Lorena, Lorena, como tenho carinho por você! Das três, com certeza seria aquela com a qual mais me identificaria.

Por fim, a história não acaba quando o livro acaba. Quem morre, naturalmente, não é quem você espera. E o maior spoiler que eu posso colocar aqui é que não existe final, somente continuidade. Qualquer final é possível.

Recomendo este livro para pessoas que tenham paciência, gostem de degustar um livro aos poucos, e que tenham apreço pelas nuances.
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Mi_ 24/03/2023

As meninas, Lygia Fagundes
Telles.
Para quem gosta de fluxo de consciência este livro é um prato cheio, eu amo.
Publicado em 1973, foi uma obra ousada frente a censura imposta durante o período da ditadura militar no Brasil, Um dos grandes exemplos nesse contexto é a ampla descrição do episódio de uma sessão de tortura e das repressões sofridas por quem se opunha ao regime.
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Beatriz 24/03/2023

Deus vomita os mornos
Esse livro é de uma perfeição que não sou capaz de descrever. O carinho, a honestidade, a sensibilidade e a paixão que a Lygia consegue nos passar em cada página dessa obra nunca vão sair de mim. Não foi uma leitura fácil, por ter me dado muito para refletir, mas valeu cada segundo. Comecei o livro pensando que detestaria Lorena, e terminei me identificando mais com ela do que com as outras meninas. Temos ou já tivemos um pouquinho de cada uma delas dentro de nós. Apenas leiam e apreciem.
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anaclarabcruz 23/03/2023

"Se eu não falasse tanto em fazer amor, se Ana Clara não falasse tanto em enriquecer, se Lião não falasse noite e dia em revolução."

A escrita da Lygia me surpreende cada vez mais, mas nesse romance sua eloquência é assustadora. Com muita dureza e maestria, ela tece a história dessas 3 jovens, abordando suas vivências durante a ditadura militar. São altos e baixos, doçura e as ilusões da juventude se contrastam com um realismo de coming of age e a escuridão do momento político.
Fiquei perdida com a narração algumas vezes, até conhecer as personagens e saber distinguir a voz narrativa, por isso tirei meia estrela - o que foi feito de maneira impecável, não creio que seja um defeito, só pode ser um pouco desagradável até se acostumar.
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