As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Alana 14/04/2023

"Agrupar é conspirar e transpirar." como ela foi grandona!!
"Mas tem um tipo ao lado engraxando os sapatos, que cor de graxa o cavalheiro prefere?"
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iris 09/04/2023

Brilhante, poderoso e íntimo
Nada me preparou para o final desse aqui... fiquei em transe quando o que acontece acontece!! de um ponto de vista lógico não é exatamente chocante, mas narrativamente é um soco no estômago. Ainda preciso refletir sobre por um tempo para conseguir digerir. E sem dúvidas preciso/quero reler. Me senti assim também com Cem Anos de Solidão e O som e a fúria, por motivos diferentes, porém semelhante sensação de letargia quando terminei
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Hamilton* 05/04/2023

Por pura preguiça
Demorei a escrever essa resenha por pura preguiça e por não ter gostado tanto deste livro quanto achei que gostaria. Não sei se por que comecei com um expectativa significativa (por causa da autora que só ouvi falar bem) ou foi por ter ido sem saber absolutamente nada da história, mas não gostei tanto quanto esperei.
Ele é um livro com muuuuuuuuito fluxo de consciência, que é um negócio que por causa dele mesmo descobri que não é de longe um aspecto que aprecio na literatura.
Ainda quero ler livros específicos da autora (como Verão no Aquário), mas não tenho tanta pressa, talvez eu espere um bom tempinho até esse gosto grudento sair do paladar.
Eduardo Rockwell 22/04/2023minha estante
Recomendo ler um livro de contos da autora, já que é o gênero que mais lhe deu renome... "Antes Do Baile Verde" ou "Mistérios" são maravilhosos!




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mwahgeo 28/03/2023

As meninas
Estou fascinada. nunca li nada assim antes, e, caramba, preciso ler mais. preciso ler tudo que a Lygia escreveu. já li os contos de O Baile Verde e me apaixonei, mas agora estou em um estágio além da paixão por sua escrita.
não é um livro fácil de ser lido, mas é tão profundo. as transições de personagens, as frases tão características dela.
um dos melhores livros que já li, lindo do início ao fim.
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pampamcviana 26/03/2023

Muito bom!
A história se passa na época da ditadura. Se não tivessem me contado sobre isso, e se não tivessem traços dela no livro (como alguns comentários e, também, descrição de torturas em algumas falas e pensamentos da Lia), poderia dizer que é uma história atemporal. A ditadura não é o centro da história e, creio, a autora fez isso de propósito. Para que dar palco a algo que estava sendo combatido e criticado? Nunca poderia ser o centro das atenções, pois já o era na vida real. Lygia decidiu focar na vida de três "meninas", colocadas aqui de modo inocente, e talvez eram, e bem poderia, também, ser a história de qualquer mulher (inclusive a minha).

Outra coisa que me chamou a atenção foi ter acesso aos pensamentos das personagens principais. Como? Através da troca de narração. Existem, pelo menos, 4 narradores no livro: o narrador de fato, Lia, Lorena e Ana Clara. Eles trocam de posição sem avisar, e no início, fica confuso. Ao conhecer melhor as personagens, logo se acostuma com esta troca e facilmente conseguimos reconhecer quem está "falando". Além disso, achei muito inteligente a forma que a autora usa para escrever sobre os pensamentos das "meninas". Eles não têm uma sequência, como qualquer pensamento, e cheguei a conclusão que perdemos muitas oportunidades de poesia e crônica quando não os colocamos no papel. Outra coisa importante: nenhuma delas, como narradoras, são confiáveis.

Gostei muito das questões do universo feminino colocadas em pauta: relacionamentos amorosos, o papel da mulher na sociedade, aborto, carreira, status/aparências, abusos, feminicídio. Também existem vestígios de distúrbios mentais, como depressão, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo. Inclusive gostaria de transcrever uma frase com a qual me identifiquei muito: "O chato é que quando leio um livro sobre doenças mentais, descubro em mim os sintomas de quase todas, uma psiquiatra por dentro demais da loucura." Lorena, Lorena, como tenho carinho por você! Das três, com certeza seria aquela com a qual mais me identificaria.

Por fim, a história não acaba quando o livro acaba. Quem morre, naturalmente, não é quem você espera. E o maior spoiler que eu posso colocar aqui é que não existe final, somente continuidade. Qualquer final é possível.

Recomendo este livro para pessoas que tenham paciência, gostem de degustar um livro aos poucos, e que tenham apreço pelas nuances.
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Mi_ 24/03/2023

As meninas, Lygia Fagundes
Telles.
Para quem gosta de fluxo de consciência este livro é um prato cheio, eu amo.
Publicado em 1973, foi uma obra ousada frente a censura imposta durante o período da ditadura militar no Brasil, Um dos grandes exemplos nesse contexto é a ampla descrição do episódio de uma sessão de tortura e das repressões sofridas por quem se opunha ao regime.
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Beatriz 24/03/2023

Deus vomita os mornos
Esse livro é de uma perfeição que não sou capaz de descrever. O carinho, a honestidade, a sensibilidade e a paixão que a Lygia consegue nos passar em cada página dessa obra nunca vão sair de mim. Não foi uma leitura fácil, por ter me dado muito para refletir, mas valeu cada segundo. Comecei o livro pensando que detestaria Lorena, e terminei me identificando mais com ela do que com as outras meninas. Temos ou já tivemos um pouquinho de cada uma delas dentro de nós. Apenas leiam e apreciem.
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anaclarabcruz 23/03/2023

"Se eu não falasse tanto em fazer amor, se Ana Clara não falasse tanto em enriquecer, se Lião não falasse noite e dia em revolução."

A escrita da Lygia me surpreende cada vez mais, mas nesse romance sua eloquência é assustadora. Com muita dureza e maestria, ela tece a história dessas 3 jovens, abordando suas vivências durante a ditadura militar. São altos e baixos, doçura e as ilusões da juventude se contrastam com um realismo de coming of age e a escuridão do momento político.
Fiquei perdida com a narração algumas vezes, até conhecer as personagens e saber distinguir a voz narrativa, por isso tirei meia estrela - o que foi feito de maneira impecável, não creio que seja um defeito, só pode ser um pouco desagradável até se acostumar.
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Mariana Rodrigues 15/03/2023

As Meninas
Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de família quatrocentona, nutre veleidades artísticas e literárias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, linda como uma modelo, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso. As meninas colhe essas três criaturas em pleno movimento, num momento de impasse em suas vidas. Transitando com notável desenvoltura da primeira pessoa narrativa para a terceira, assumindo ora o ponto de vista de uma ora de outra das protagonistas, Lygia Fagundes Telles constrói um romance pulsante e polifônico, que capta como poucos o espírito daquela época conturbada e de vertiginosas transformações, sobretudo comportamentais.
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Alexsander.Rosa 13/03/2023

Por que o delírio não haveria de corresponder a uma realidade?
A escrita da Lygia é encantadora, você lê aquilo e fica impressionado com tamanha habilidade. Nessa história, acompanhamos a vida de três jovens universitárias: Lia, Lorena e Ana Clara. Somos apresentados a essas personagens tão únicas, e o foco narrativo transita em cada uma das três, o quê no começo pode ser confuso, mas ao decorrer da narrativa vamos nos acostumando e começando a identificar quem é quem.
Apesar da bela escrita e da boa história, não foi um livro que me cativou muito, mas não significa que eu não tenha gostado de ter lido (e eu amei a experiência dessa leitura). Gostei da construção dessas personagens tão complexas.
Eu adorava quando o foco era na Lia, ela é minha personagem favorita deste livro e seus capítulos eram quais eu devorava; os da Ana me causavam uma aflição, tristeza, preocupação; e os da Lorena me faziam outra hora adorar ela e em outra xingar ela de todas as formas (principalmente quando ela não prestava atenção pois estava pensando no M. N.).
É um livro um pouco difícil de ler, ainda mais por causa do fluxo de consciência e nessa troca de narradores, mas que quando se pega o ritmo pode se tornar uma boa experiência literária.
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Julia Maciel 05/03/2023

Alguns livros não se findam
Tenho que admitir que, no começo da leitura, não estava muito engajada com a história, de maneira que demorei para estabelecer um vínculo com as personagens. Porém, estabelecida essa ligação, é impossível se afastar dessas personagens, que parecem estar em um movimento frenético, embora não saiam do mesmo lugar de uma maneira interna.

Eu acredito que o grande valor da literatura é o que fica após a leitura, e, inegavelmente, desse livro ficará muita coisa. Será impossível não lembrar de Lore, Lião ou até mesmo da irritante Ana Clara, pois elas estão em nós ou nas pessoas ao nosso redor que gostamos. É maravilhoso o que Lygia faz com o desenvolvimento dessas personagens, com o mundo e consigo mesmas. Além disso, o final possui um simbolismo que ainda estou tentando digerir, e com certeza, ainda irei pensar muito sobre ele.

Recomendo fortemente a leitura. É uma das grandes obras da literatura brasileira.
pampamcviana 06/03/2023minha estante
Comecei hoje. Após sua resenha, estou mais empolgada ainda para adentrar o mundo dessas 3!




Gabryella27 23/02/2023

"A memória tem um olfato memorável."
As meninas é o meu primeiro contato com a escrita da Lygia e que escrita lascinante, sensível, inefável. Lygia consegue nos passar tanto sentimento por meio da sua maneira de escreve, esse fluxo de consciência te prende toda história pela vida dessas três meninas com realidades completamente diferentes mas que acabam se completando.

Elas contam suas vidas na 1º pessoa do singular, com o intuito de faze-las contarem as próprias histórias, delimitada pelo modo que cada um vê e sente aquilo que narra. No decorrer do romance as narradoras-protagonistas criam formas diferentes de autoconhecimento na intenção de lidarem com situações reais por meio de um jogo de perguntas e respostas que se estruturam quase como diálogos consigo mesmas e também interagindo com o interlocutor.

Lorena Vaz Leme: Lena tem a constante necessidade de expressar aquilo que sente/pensa conversando consigo mesma ou por meio de diálogos impossibilitados, com a mãe ausente, com uma amiga que esta constantemente bêbada e drogada ou irmão que sempre está viajando. Ela amplia os fatos de sua vida para que os mesmos sejam heroicos e tenta resolver seus problemas com soluções que não passam de imaginárias mas ela já não vê suas próprias fantasias como imaginárias, mas sim como fatos reais. Lorena busca alienar-se de parte de sua realidade.

Lia de Melo Shultz: Lião é uma militante da esquerda revolucionária que lutou contra ditadura civil militar, não se moldava a certos valores da sociedade patriarcal como, a passividade feminina. Lia, nos narra os horrores que se passaram nesse período, a brutalidade do regime, o autoritarismo, seções de torturas e mortes de seus amigos.

Ana Clara Conceição: Ana teve uma infância muito conturbada, cheia de abusos e traumas, é filha de uma prostituta e não conhece seu pai. No decorrer de sua vida criou uma grande dependência em drogas e álcool, afim de fugir de si mesma, das suas memórias e a angústia presente, fazia de tudo para não estar sóbria e sozinha com a própria mente que a torturava constantemente. Acredita que o dinheiro seria a cura de todo esse inferno que passa e passou durante toda vida e Ana é uma personagem extremamente preconceituosa, principalmente com a população negra.
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