As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Sophi 29/01/2023

as cem primeiras páginas são pesadíssimas, cogitei até parar a leitura mas depois fica um livro bem gostoso.
a escrita é muito boa e tem várias partes que parecem um poema.
a escrita é bem profunda e te deixa envolvido na história com muita facilidade, te faz pensar. um livro bem completo!
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Allison 29/01/2023

Historia simples para um show de apresentação de personagens
Talvez o que tenha lido e escutado sobre ele tenha me dado uma expectativa que não deveria ter existido, inclusive dentro desta edição há um posfácio que meio que dá uma perspectiva que, talvez, faça sentido a pessoa que o escreveu, porém para o leitor que acabara de ler a historia, fique a impressão de que tenha lido algo diferente.
Como escrevi antes, essa falsa "impressão" que me foi passada pesou demais quando eu me embrenhei nas historias das 3 personagens centrais daqui.
A historia propriamente dite é muito simples, o grande "chã" deste livro é a habilidade da autora de dar vozes as personagens, sem avisar, em muitos momentos, a figura que narra a historia muda, porém, é muito fácil identificar qual das 3 esta narrando.
Há ao menos dois momentos de embrulhar o estomago aqui, um deles inclusive é de dar pesadelos e envolve um argentino boêmio, simplesmente bizarra essa cena.
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stelmanu 28/01/2023

Narrativa simplesmente fascinante, é incrível poder captar pontos em que a própria autora se mostrava viva na história juntos com auqleas garotas. Não vou falar mais nada, pra não estragar a leitura, mas saibam que super vale a pena :)
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Jéssica (@simboraler) 26/01/2023

Me surpreendeu
O enredo se passa envolvendo um trio de amigas universitárias que moram em um pensionato de freiras em São Paulo no período terrível da ditadura militar no Brasil.
Cada uma dessas amigas são de mundos completamente diferentes e enxergam esse período também de jeitos distintos. Lorena é a amiga podre de rica, que ajuda as amigas financeiramente e só está preocupada em terminar seu curso de Direito, ouvir suas músicas, de relaxar em sua banheira com sais de banho, ler poesia e no seu relacionamento com um médico casado. Lia é a empoderada, trancou seu curso e está diretamente ligada ao grupo na luta contra a ditadura, trancou seu curso de Ciências Sociais e está focada em tirar seu namorado da cadeia. Ana Clara passou por muitos problemas na infância, como abuso, e no momento presente da história ela é dependente de drogas, tem um noivo muito rico que quer casar com ela, porém ela também tem um namorado que é traficante, além disso, ela gosta muito de mentir.
Como podem ver, são mundos e pessoas extremamente diferentes. Ana Clara e Lia, pelo que se mostra na história, não se dão muito bem, porém ambas gostam muito de Lorena. Ela acaba se tornando um elo quem mantém o trio junto, o refúgio delas, tanto pessoal quanto seu próprio quarto no pensionato, pois basicamente tudo acontece lá ou as meninas correm para lá quando algo sério acontece.
É importante dizer que as três amigas não se encontram no tempo presente como trio em momento algum durante todo o livro, apenas em lembranças que uma ou outra têm de um momento que já passou, até o último capítulo, quando finalmente elas estão juntas. E nesse capítulo vemos que uma situação as colocam à prova e a personalidade delas se misturam, onde a mais racional deixa a emoção falar mais alto e a mais sonhadora e distraída passa a ser extremamente mais racional e parte para a ação. E devo confessar que me surpreendi muito com esse final!
O fluxo de consciência na narrativa desse livro é bem complexa, cada personagem reflete de um modo. Lorena é um equilíbrio entre o lado sonhadora e o lado razão. Lia tem as narrativas mais firmes e claras de entender, pois ela é muito razão. Já Ana Clara é onde a coisa fica complicada, pois a maior parte do tempo ela está drogada, então sua narrativa pode ser bem confusa, imaginando quando ficar fica após casar com seu suposto noivo ou lembrando de seus abusos (é bem pesado).
Uma coisa para se atentar aqui é que o fluxo da consciência é muito dinâmico, uma hora é a narrativa da Lorena e na mesma frase muda para a Lia e do nada você está lendo a narrativa em terceira pessoa. É algo dinâmico, porém muito claro de notar.
queria dizer que é um livro muito importante, pois trás na íntegra o primeiro relato sobre as torturas feitas nessa época tenebrosa do nosso país.
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Sofia.Navarro 16/01/2023

Como diz a autora, a função do escritor é ?ser testemunha do seu tempo e da sua sociedade?, e acredito que ninguém faz isso melhor que Lygia Fagundes Telles e suas personagens absurdamente reais, que costuram fatos históricos nacionais e internacionais com o cotidiano
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Wacinom 16/01/2023

As tramas de Lygia são sempre um convite para o mergulho no cotidiano não perceptível. As meninas não ppderia ser diferente.
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sabre 16/01/2023

Três jovens mulheres em São Paulo, no ponto auge da ditadura militar: uma rica virgem apaixonada, uma modelo drogada e uma comunista de guerrilha.
Inicialmente é difícil enxergar o que une essas três garotas com traços tão diferentes, a lealdade que há entre elas é um laço muito profundo e indestrutível. O final é muito bom e a escrita da Lygia, como sempre, irretocável.
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Júliaa 16/01/2023

Cara, não sei?
Eu gostei bastante do livro mas talvez eu não tenha maturidade literária para ele (não sei se isso existekkkk). A maior parte da obra tem uma pegada de monólogo das personagens sobre o passado delas que em parte moldam quem elas são no presente. Ele te permite conhecer de verdade as três amigas e entender as relações delas entre si e o resto da sociedade da época. É uma leitura meio pesada, principalmente nas partes da Ana Clara que me davam falta de arkkkk, mas é muito boa e necessária até. O final, para mim, foi totalmente inesperado então achei perfeito, mas ainda não sei descrever a experiência dessa leitura...
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Filósofo dos Livros 14/01/2023

AMADO E ODIADO AO MESMO TEMPO
O livro “As Meninas” foi o meu primeiro contato com a escrita de Lygia Fagundes Telles. Sempre ouvi excelentes referências a respeito da autora. Tomado por curiosidade, decidi que deveria conhecê-la o mais rápido possível. Pensei em “Ciranda de Pedra”, pois assisti a uma novela na infância que me marcou muito. Porém, no decorrer da compra de minha lista de livros, acabei batendo meu olhar sobre “As Meninas”. Não sei explicar o motivo, mas o título simples me despertou a curiosidade. No fim, acabei adquirindo um exemplar.

Antes de iniciar a leitura, resolvi fazer algumas pesquisas sobre a história. Descobri que o livro em questão é um dos mais amados e odiado pelos leitores. Parece que é uma obra na qual não existe meio termo, ou o leitor ama, ou ele odeia. Para muitos, o livro favorito da vida. Para outros, uma obra que deveria ser queimada na fogueira.

Fiquei apreensivo e resolvi começar o quanto antes a leitura. Notei que não se tratava de uma leitura fácil. O fluxo de consciência e a mudança de narrador confundem os leitores em vários momentos. A obra é narrada pelas três protagonistas e um quarto narrador não identificado. Todas as mudanças de narração são feitas de maneira brusca. No início, os leitores ficam totalmente perdidos, entretanto, com o decorrer da trama, começamos a nos familiarizar com a maneira de descrever os fatos de cada uma das narradoras e do narrador.

As protagonistas são amigas que ao contarem a história tratam dos temas mais diversos. O fato de que cada uma delas ter uma personalidade totalmente diferente da outra cria perspectivas interessantes sobre a vida humana em seu contexto histórico. Até as descrições dos fatos mais banais revelam singularidades e universalidades da pessoa humana que nos levam a refletir sobre aparências e interioridades.

Por mais dificultosa que seja a leitura desse livro e, muitas vezes maçante em alguns pontos, creio que a obra é extremamente necessária para a compreensão da humanidade, especialmente no que se refere à figura feminina.

Não podemos afirmar que as protagonistas representem todo os tipos existentes de mulheres, todavia, elas nos despertam curiosidades para conhecer outras personalidades femininas e perceber a importância do papel da mulher como geradora de conhecimento e transformadora do mundo.

Lygia Fagundes Telles merece nosso reconhecimento como grande autora e influenciadora feminina. Não importa que ela tenha deixado esse mundo, a sua mensagem é imortal e sempre perdurará, mesmo que necessite de algumas atualizações.

site: https://www.instagram.com/filosofodoslivros1975/
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Pamela.Castro 08/01/2023

As meninas de Lygia
5 estrelas pra esse livro é pouco!
No começo achei o livro um pouco difícil, o narrador muda a todo momento, alternando entre as 3 protagonistas e as vezes um narrador observador, porém a medida que você se acostuma a leitura flui rápido.
Acompanhamos a história de 3 meninas-mulheres em um pensionato de São Paulo na década de 70, com o pano de fundo político do Brasil militar, dividindo entre os pensamentos da vida moderna e os pensamentos tradicionais do Brasil daquela época.
O livro tem um final surpreendente, gostei demais. Entrou pros favoritos da vida.
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halauves 02/01/2023

Esse livro é um amuleto histórico.
Não sei por onde começar falando das coisas incríveis que Lygia trouxe nessa obra.
Três meninas, com personalidades totalmente diferentes e super autênticas, falaram sobre temas nunca abordados antes na época, criticaram políticas, estilos de vida, fizeram-me repensar sobre a história passada e até sobre os dias que vivo hoje.
A história é um tanto confusa, mas possível de acompanhar. Tu entra na cabeça de cada uma das meninas entendendo o porquê são do jeito que são e se colocando na posição delas de acordo com a época narrada.
Essa mulher é SENSACIONAL e é sempre um prazer ler as suas obras.
Declaro esse um dos meus livros favoritos e o melhor que li em 2021.
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esther 31/12/2022

Minha primeira experiência lendo Lygia Fagundes Telles; as várias recomendações do canal Pg. 99 e após o seu falecimento em abril de 2022, soube que não encerraria o ano sem ler uma história obra dela.

Escolhi ler ?As meninas? por pura empolgação: em novembro me mudei para um pensionato e ao ler a sinopse da obra, automaticamente me fiz uma personagem da autora ? quando se está em outra cidade é muito fácil romantizar *qualquer coisa*. Mas como definir esse livro?

Não há como avaliá-lo sem mencionar a técnica narrativa tecida que faz o leitor passear sobre a mente das 3 personagens sem saber de fato por onde está andando. São raros os momentos em que você sabe para aonde está indo, mas assim que se encontra na narrativa é pura imersão na mente das personagens.

?As personagens são como vampiros, cravam caninos na nossa jugular e quando amanhece, voltam aos seus sepulcros até que anoiteça de novo. O fim do livro seria a pedra que ponho sobre esses visitantes. Definitivamente? Não. Um dia, de repente, com outro nome e outras feições e em outro tempo volta mascarada a mesma personagem, elas gostam da vida. Como nós.? (Personagens gostam da vida, como nós - Lygia Fagundes Telles).

Mais do que se apaixonar pela obra e pelas personagens, é impossível não se apaixonar pela escritora, que claramente se compromete em ?ser testemunha do seu tempo e da sua sociedade?.
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Mariane.Silva 30/12/2022

Maravilhoso!
É um livro com fluxo de pensamento, que é um pouco mais difícil de acompanhar. Li aos poucos, para conseguir absorver melhor. Mas é uma história maravilhosa, muito bem escrito. Li pela segunda vez porque não lembrava muito bem da história e, mais uma vez, me emocionei com as três protagonistas. Vale muito a pena!
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Raquel 28/12/2022

As meninas de Lygia Fagundes Telles
Nos anos 70, durante a ditadura militar, três amigas vivem num pensionato de freiras católicas: Lorena, estudante de Direito de família rica, de comportamento guiado sobretudo pelo ideal romântico; Lia, subversiva militante de esquerda que estuda Ciências Sociais; Ana Clara, linda estudante de psicologia, assombrada pelo passado marcado por abusos sexuais e pelo presente dominado pelo uso de drogas. As três não são nada parecidas, mas através de seus pensamentos é possível perceber o quanto traumas, medos, angústias e sentimentos fortes em torno do amor, da amizade e da saudade mantém essas três unidas por laços inexplicáveis. Por meio das vozes de Lorena, Lia e Ana Clara, são colocados em pauta assuntos até hoje polemizados, como a emancipação sexual feminina, a homossexualidade, o uso de drogas e o papel do militarismo dentro do Estado. A autora questiona os tradicionais estereótipos que recaem sobre o sexo feminino.

O livro é intimista, explorando a psicologia feminina. O foco narrativo em primeira pessoa desloca-se para o fluxo de consciência de cada uma das personagens. O enredo se dilui no fluxo de consciência das personagens, que, de uma maneira ou de outra, vivem o presente, vivem os seus medos e seus fantasmas, relembram o passado. Todas buscam um futuro que ainda é incerto, vivem sob a sombra do medo, do isolamento e a angústia, como os indivíduos do mundo contemporâneo.

Não é uma leitura fácil, o fluxo de consciência e a mudança de narrador confundem em muitos momentos, mas gostei muito e acredito ser um livro que deve ser lido várias vezes, para que se desvende as mensagens que a autora deixou nas entrelinhas....

“Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim”.
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elen5 26/12/2022

Eu realmente nunca tinha lido um livro tão imersivo nos sentimentos e pensamentos dos personagens. Entender o contexto em que tudo se passa (plena ditadura militar) só comprova o quão intensa essa história sobre três meninas é. No posfácio do livro, é dito algo como: o livro foca na individualidade dessas meninas sob a pressão do Estado. Absolutamente tudo fez sentido depois que assimilei isso.

Ana Clara, perdida no mundo das drogas, com um passado extremamente traumatizante; Lorena, rica e intelectual com uma família conturbada por tragédias; Lião, uma militante anti-capitalista em 1969.

Diferentes personagens sobrevivendo e lutando de diferentes modos em uma época dura e preconceituosa, muitas vezes reproduzindo preconceitos e tendo de encarar seus passados.

Me apaixonei pela escrita e pelo modo como as coisas são abordadas no livro. Lião se tornou minha personagem favorita e eu não sei como lidar com o fim desse livro. O ponto de vista da Ana Clara foi o que mais me causou agonia e desconforto, a autora conseguiu passar TUDO em simples trechos que vinham como respostas.

"As personagens são como vampiros, cravam os caninos na nossa jugular e quando amanhece, voltam aos seus sepulcros até que anoiteça de novo."
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