As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Mariane.Silva 30/12/2022

Maravilhoso!
É um livro com fluxo de pensamento, que é um pouco mais difícil de acompanhar. Li aos poucos, para conseguir absorver melhor. Mas é uma história maravilhosa, muito bem escrito. Li pela segunda vez porque não lembrava muito bem da história e, mais uma vez, me emocionei com as três protagonistas. Vale muito a pena!
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Raquel 28/12/2022

As meninas de Lygia Fagundes Telles
Nos anos 70, durante a ditadura militar, três amigas vivem num pensionato de freiras católicas: Lorena, estudante de Direito de família rica, de comportamento guiado sobretudo pelo ideal romântico; Lia, subversiva militante de esquerda que estuda Ciências Sociais; Ana Clara, linda estudante de psicologia, assombrada pelo passado marcado por abusos sexuais e pelo presente dominado pelo uso de drogas. As três não são nada parecidas, mas através de seus pensamentos é possível perceber o quanto traumas, medos, angústias e sentimentos fortes em torno do amor, da amizade e da saudade mantém essas três unidas por laços inexplicáveis. Por meio das vozes de Lorena, Lia e Ana Clara, são colocados em pauta assuntos até hoje polemizados, como a emancipação sexual feminina, a homossexualidade, o uso de drogas e o papel do militarismo dentro do Estado. A autora questiona os tradicionais estereótipos que recaem sobre o sexo feminino.

O livro é intimista, explorando a psicologia feminina. O foco narrativo em primeira pessoa desloca-se para o fluxo de consciência de cada uma das personagens. O enredo se dilui no fluxo de consciência das personagens, que, de uma maneira ou de outra, vivem o presente, vivem os seus medos e seus fantasmas, relembram o passado. Todas buscam um futuro que ainda é incerto, vivem sob a sombra do medo, do isolamento e a angústia, como os indivíduos do mundo contemporâneo.

Não é uma leitura fácil, o fluxo de consciência e a mudança de narrador confundem em muitos momentos, mas gostei muito e acredito ser um livro que deve ser lido várias vezes, para que se desvende as mensagens que a autora deixou nas entrelinhas....

“Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim”.
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elen5 26/12/2022

Eu realmente nunca tinha lido um livro tão imersivo nos sentimentos e pensamentos dos personagens. Entender o contexto em que tudo se passa (plena ditadura militar) só comprova o quão intensa essa história sobre três meninas é. No posfácio do livro, é dito algo como: o livro foca na individualidade dessas meninas sob a pressão do Estado. Absolutamente tudo fez sentido depois que assimilei isso.

Ana Clara, perdida no mundo das drogas, com um passado extremamente traumatizante; Lorena, rica e intelectual com uma família conturbada por tragédias; Lião, uma militante anti-capitalista em 1969.

Diferentes personagens sobrevivendo e lutando de diferentes modos em uma época dura e preconceituosa, muitas vezes reproduzindo preconceitos e tendo de encarar seus passados.

Me apaixonei pela escrita e pelo modo como as coisas são abordadas no livro. Lião se tornou minha personagem favorita e eu não sei como lidar com o fim desse livro. O ponto de vista da Ana Clara foi o que mais me causou agonia e desconforto, a autora conseguiu passar TUDO em simples trechos que vinham como respostas.

"As personagens são como vampiros, cravam os caninos na nossa jugular e quando amanhece, voltam aos seus sepulcros até que anoiteça de novo."
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Gabriela 25/12/2022

ana clara, eu te amo
passei boa parte da leitura tentando entender o que ligava as meninas umas a outras e quando cheguei naquele final surpreendente, entendi que o que liga elas é o respeito e lealdade que elas tem pelas outras, um livro fabuloso e extremamente atual, ana clara minha protegida
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Kami 24/12/2022

Muito mais que necessário, este livro é espetacular! Apesar da escrita ser difícil porque, convenhamos, passou pelo gabinete de censura da ditadura, trás reflexões e atos que consagram a Lygia como uma das maiores escritoras brasileiras de todos os tempos. Simplesmente sensacional e arrepiante, com um final totalmente inesquecível e inesperado que me deixou de queixo caído por um bom tempo. É uma história que necessita de calma e pode desanimar pela dificuldade, mas vale totalmente a pena.
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giu 24/12/2022

oriehnid
5 estrelas é pouco para esse livro.

Eu fiquei maravilhada lendo, no começo foi um pouco difícil mas quando se acostuma com a leitura a história flui perfeitamente.

Um retrato fiel do contexto em que foi escrita, a obra retrata 3 meninas muito diferentes mas também muito parecidas. Todas com ambições e histórias próprias, cada uma com a sua peculiaridade, a história entrelaça 3 perspectivas de um Brasil.

Dizer que amei foi muito pouco, queria muito acompanhar a vida das meninas depois do final, mas o final é esplêndido.
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esquadroz 21/12/2022

Esse livro é genial!!! Amei as personagens, o período em que se passa a história e principalmente a forma como Lygia utilizou as palavras.
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Veri 18/12/2022

Consegui terminar, ainda bem!
Para mim foi difícil demais terminar este livro. A leitura foi arrastada e fiquei com vontade de abandonar várias vezes.

O primeiro desafio é entender o que está acontecendo. São três ?meninas? e o narrador é fluido: passa de uma para outra e para a 3a pessoa na linha de baixo sem nenhum aviso. Depois que eu entendi achei esse o ponto forte do livro.

Acho que meu principal problema foi antipatizar profundamente com duas das três meninas? e é muito chato passar tanto tempo com gente que você não gosta? rsrs

Mas por outro lado é um mergulho no mundo dos estudantes que viveram na época da ditadura.

E o final foi excelente. Que bom que eu continuei até o fim.
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Karine 05/12/2022

Um estilo diferente do qual eu leio
Um inicio complexo e difícil de saber quais das meninas está falando mas logo depois de umas paginas fica mais fácil de saber quem que está falando. Uma história que começa bem chatinha de ler e não prende mas pro meio do livro que as coisas ficam mais legal, a amizades delas, os problemas das três meninas e os anos as quais vivam isso foi muito interessante de ler e entender. O final realmente me surpreendeu de uma forma, fiquei chocada. Esse livro é do tipo que eu nunca pegaria pra ler mas como minha professora de literatura fez esse livro uma leitura obrigatória eu li e me impressionei de varias formas.
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Manu 04/12/2022

Lygia eu te venero
gostei muito da escrita da Lygia, a história eh bem monótona mas as personagens compensam isso.
não esperava muito do livro mas me surpreendeu bastante!
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Emilly 01/12/2022

As meninas (1973)
O tanto que eu fiquei fascinada e encantada com esse livro é brincadeira.

Aquela mudança de narrador no meio do capítulo, que no começo pode até parecer confuso, acabou parecendo um charme para mim. Me apaixonei pelos diálogos, por cada menina apresentada. Cada uma tem aquele seu jeito especial, sobre a Lorena sou suspeita a falar pois virou minha preferida. Imaginar cada capítulo, cada ambiente e cena não foi nada difícil, na verdade foi um prazer imaginar o cantinho da Lorena onde as meninas recorrem para um chá ou um bom bate papo. Apesar dos pesares, todas tem aquele fiozinho de amizade que ainda as ligam.

O final só não me deixou de boca aberta porque já tinha conhecimento antes. O fim levou as três meninas para caminhos diferentes, literalmente. Creio que pode chocar muitos que lerem ainda. Não concordei mas o que me restou foi aceitar, de qualquer forma, a Lygia foi espetacular. Mulher incrível!
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Elleeen 20/11/2022

Bom
O começo foi meio confuso pra mim mas depois me acostumei. Mesmo que seja diferente doq costumo ler gostei demais. Livro muito bom
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erbook 19/11/2022

Escrita envolvente e corajosa
No auge do regime militar, em 1973, na vigência do Ato Institucional n. 5, de 1968, Lygia Fagundes Telles publica o romance ?As meninas?, que corajosamente descreve um depoimento explícito de tortura. Porém, a par dessa cena, o livro transcorre num ritmo tranquilo e envolvente sob as perspectivas de Lorena, Lia e Ana Clara, jovens universitárias que moram no pensionato Nossa Senhora de Fátima, dirigido por freiras liberais. De fato, o enredo não é narrado de forma linear e cronológica, uma vez que descobrimos as pistas sobre a sociedade que vivia nessa época por meio das entrelinhas nas falas das personagens.

Até por isso, a leitura deve ser atenta, pois a autora altera da primeira pessoa (com fluxos de consciência das personagens) para a terceira e vice-versa ao longo do texto, às vezes no mesmo parágrafo ou página, o que torna a experiência mais fluida, porém mais fragmentada da realidade.

Lorena é a amiga mais rica, descendente de bandeirantes, cuja mãe se envolve com homens mais jovens. Ela estuda filosofia e é apaixonada por M.N., homem casado que a trata como uma jovem angelical, sem desejo carnal; enquanto aguarda seu amado, mantém-se virgem. Lorena é quem dá o apoio financeiro às demais nos momentos mais difíceis.

Lia é a amiga mais bagunceira, filha de baiana e de alemão. Ela se envolve na luta armada contra o regime militar, vê o namorado ser preso e sonha em ser escritora. Lia se preocupa muito com as questões sociais.

Por fim, Ana Clara é a amiga mais pobre das três; quer se casar com homem rico, mesmo sem amá-lo, para melhorar de vida e ascender socialmente. Ana se incomoda por não possuir nome de família e não conhecer seu pai; é a mais bela das três e é apaixonada pelo traficante Max, com quem faz uso de drogas ilícitas e muito álcool.

Não dá para contar mais, pois vale a pena se enveredar nos bate-papos divertidos, filosóficos, sociológicos e confidenciais realizados por essas três personagens tão distintas e possíveis.
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Mari.Mari 15/11/2022

A complexidade da juventude
Simplesmente INCRÍVEL, no começo tive certa dificuldade pois a história alterna entre uma narrativa em primeira pessoa e uma narrativa em terceira pessoa, talvez por isso a minha leitura foi mais lenta, mas a história.... É indescritível como o enredo te prende, te apresenta realidades tão distintas e cheias de amor, traumas, vícios, alegrias, tristezas etc, mas que juntas trazem certa harmonia. Os dilemas pessoais se misturam com os dilemas coletivos da época e no meio disso tem um vínculo estabelecido entre 3 jovens, não é um vínculo perfeito, mas é humano e se tratando de humano não há a necessidade de perfeição, elas apenas estão ali vivendo e convivendo e isso basta, isso é simples e, por isso, é lindo.
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