As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Lua 07/11/2022

Legalzinho
Interessante, mas a leitura é cansativa. A história é integrante e te prende um pouco. Ela é narrada em 1° e 3° pessoa. Você fica um pouco perdida mas depois entra com tudo na história.
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Vitoria 31/10/2022

As Meninas foi publicado em 1973. E Lygia incluiu no meio da obra o registro de um episódio real de tortura, sob as barbas do regime. Há quem diga que o livro foi autorizado porque o censor não conseguiu ir além das primeiras páginas, confundido pela brilhante narrativa que, sem aviso prévio, alterna o foco de Lorena para Lia, adiante para Ana Clara, e intercala com um narrador em terceira pessoa que contextualiza algumas cenas e ajuda a costurar os fatos.

A história se desenrola em dois dias nas vidas das três jovens estudantes, que têm pouco em comum além do fato de morarem em um pensionato religioso. Ao longo da leitura somos apresentadas a dilemas que envolvem o apelo do sexo e das drogas, diferentes perspectivas sobre a ditadura, desigualdades sociais, machismo.
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anaartnic 30/10/2022

Leia 'As meninas' antes de ler 'Mulherzinhas'
Este foi o primeiro livro de Lygia que li e, desde as primeiras páginas, eu já compreendi o porquê de ser uma grande obra literária.

Como o título já descreve, o livro conta a história de meninas, três meninas universitárias que vivem em um pensionato católico em São Paulo. Lia, Ana Clara e Lorena são muito diferentes entre si: Uma militante comunista de origem nordestina, uma aspirante a modelo viciada em drogas em drogas e uma jovem rica e culta.

A construção de cada uma das personagens é feita com maestria pela autora, bem como a forma que é externada a relação de cumplicidade entre elas. É uma história da vida comum na sociedade brasileira da época, com todos os seus conflitos e moralismos.

O que mais me impressionou foi a forma que a narração se dá, ocorre uma transferência da primeira pessoa entre as três protagonistas, havendo também uma narração em terceira pessoa que organiza os acontecimentos. Isso foi bem confuso para mim no começo, mas depois se tornou a característica que mais deu encanto na obra.

O livro se passa em um curto espaço de tempo (dois dias!!), mas mesmo assim é possível ter uma grande profundidade e delineamento da sociedade da época. Eu fiquei me perguntando como este livro passou na censura.

Por fim, é possível ver nesta obra um recorte muito interessante dos papéis do estado, elite e religião, isto a partir de diálogos bem cotidianos e os anseios destas três jovens.

Vale muito a leitura e a minha dica é ter paciência no começo, pois o estilo de narração pega um pouquinho no começo mesmo.

Lião, Lena e Ana Turva entregaram tudo, amei conhecer essas meninas.
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Maria Eduarda 18/10/2022

Ave, Lygia!
Este livro é sobre uma ?pirâmide-sustentáculo? de histórias, denúncias e testemunhos. Por meio de uma estrutura inovadora e única (Lygiana, eu diria), Lorena Vaz Leme, Lia de Melo Schultz e Ana Clara Conceição têm suas vidas entrelaçadas pela amizade, pelo tempo e pelo espaço.
Brasil de 1969: eis o terreno do enredo. Tempo em que a vida dos indesejáveis era lama viva, ou melhor, lama morta. Tempo em que a repressão e a censura eram sólidas, substâncias de vilificação do outro. Nesse triste contexto histórico, Lygia dá luz a um dos primeiros depoimentos de tortura e a grandes tabus da sociedade ? a virgindade feminina, a masturbação, o sexo, as drogas, os movimentos sociais, o envelhecimento...
Por meio de fluxos de consciência (por vezes, de inconsciência) e de uma narrativa que transita entre primeira e terceira pessoa, todos esses temas emergem na voz de mulheres, de jovens universitárias que vivem em um pensionato de freiras. E é nessa atmosfera que o leitor, a cada página lida, a cada pensamento compartilhado, consegue desvelar e desembrulhar as personagens na sua inteireza, mas não na sua completude. Há sempre aquele vago espaço Lygiano para que as personagens (frágeis e brutas, opacas e transparentes) retornem ?com outro nome e outras feições e outro tempo?, pois ?elas gostam da vida. Como nós.?
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Tetê 08/10/2022

As meninas
Comecei a ler por conta de um trabalho de redação na escola, e pô acho q não passei da página 57 mt chato, não me agrada mt, a narrativa é extremamente difícil de entender
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pagina_liter 29/09/2022

Tão belo quanto inquietante
Sinto que esse livro vai permanecer muito tempo comigo.
Sabe aquela velha historia, do livro estar há cinco anos na sua estante e quando vc finalmente o pega para ler, vc ama, e fica se perguntando porque demorou tanto para lê-lo. Pois é, esse segundo semestre percebi que vinha lendo poucos nacionais, assim entrei em um projeto pessoal, de ler mais nacionais, a começar pelos nacionais que já tenho na estante. As meninas foi o primeiro deles.

O primeiro capitulo já me ganhou, quando percebi que a autora muda de voz narrativa no meio do capitulo. Eu gosto de narrativas não usuais, essa é feita em 4 narradores: as três meninas, personagens principais (em primeira pessoa e com bastante Fluxo de Consciência) e mais um narrador em terceira pessoa. A amizade entre essas meninas é algo sensacional, mas também há um forte sentimento de opressão que sentimos em relação ao grupo de guerrilheiros da Lia, ao se verem lutando por uma mudança que tarda chegar.
Durante o governo de Medici (1969-1974) ocorreu no Brasil uma ditadura de direita de longa duração, cujo o epicentro aconteceu na metade da década de 1970, a história se passa no auge do movimento.
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Ludmill4cost4 27/09/2022

LEIO E RELEIO DESDE MUITO JOVEM
E acho que eu não saberia responder o motivo de ser meu livro de cabeceira. A Lygia constrói os focos narrativos como ninguém, não existe no mundo além faça melhor que ela, isso me encanta, mas a conexão que tenho com esta obra é sobrenatural, tenho certeza.
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Denise Ximenes 23/09/2022

Vinho tinto de sangue
Mulher incrível: assim defino a autora desse clássico, escrito em 1973, em plena atmosfera política, que garantiu sua permanência entre os melhores!

Não por acaso, muita gente passa pelo que passei: tentar ler As Meninas, largar, tentar de novo até conquistar. É isso!

Com audácia (no sentido literal da palavra), Lygia cria um enredo repleto de fluxos de consciência - nosso contato com os fatos se dá por meio dos pensamentos das personagens. Uma loucura!!!

Pairam, em toda a obra, pensamentos de gente grande: Sartre, Marx e Simone de Beauvoir fazem parte da construção dessas personagens, que desmistificam a sexualidade feminina e polemizam a estrutura política brasileira - denunciando, inclusive, os horrores promovidos pela ditadura militar. Chico Buarque diria a essa altura: "Como beber dessa bebida amarga?"

Comecei com náuseas e pensando em largar (de novo) a leitura... e termino com a sensação de ter lido um dos melhores livros da literatura brasileira!!!
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letAcia550 21/09/2022

o livro é composto por três pontos de vista diferentes e o mais legal é que dá pra identificar quando eles mudam. o que mais me impactou foi o da ana clara, que tem um pov super confuso e desconfortável. a personagem tem muitas alucinações e nunca dá pra saber o que é verdade ou o que é fruto da imaginação.
o pov da personagem lia tem um fluxo de pensamento mais organizado, mas não deixa de ser impactante também, principalmente as passagens sobre a ditadura.
o mais tranquilo é o da lorena, que é a mais privilegiada das três, mas é interessante também porque como a ana clara, as vezes lorena dá uma viajada e o leitor fica "hmmm sera que isso aí é verdade mesmo".
essa alternância de pontos de vista foi o que me fez amar esse livro! deu pra ver com muita clareza o que cada uma estava pensando e sentindo e me conectei com cada personagem aos pouquinhos.
sbllmrn 21/09/2022minha estante
tô muito curiosa pra ler!!! Juninho tbm falou bem


letAcia550 22/09/2022minha estante
confia no juninho ele entende




Bella 20/09/2022

As meninas que são mais que "só" meninas...
O livro permite que a gente entre dentro da cabeça das"meninas" e aí vemos que elas são mais que só meninas lidando com seus problemas cotidianos pois cada uma delas carrega em sua mente o seu "próprio mundo", um mundinho interno que construirá a visão que elas tem do "mundo externo" e como irão lidar com ele.
Ainda preciso de um tempo digerir o final do livro. Não me conformo de o livro terminar deixando uma questão em aberto que pode ser fundamental na maneira de como interpretamos um certa personagem e, por sua vez, o livro todo, principalmente esse final frenético!
Já estou pensando na releitura...
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najuliass 06/09/2022

"Ana Clara, não envesga! - disse Irmã Clotilde na hora de bater a foto - Enfia a blusa na calça, Lia, depressa. E não faça careta, Lorena, você está fazendo careta!"
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Thalia 05/09/2022

Forte e impactante
Contando a história de três meninas, Ana Clara, Lia e Lorena. Lygia nos põe dentro da cabeça de suas personagens, através do fluxo de consciência e está troca de perspectiva as vezes é tão sutil que fica um pouco difícil de identificar com quem está a narrativa, porém avançando na leitura e conhecendo as distintas personalidades fica mais fácil acompanhar. As personagens são extremamente complexas, cada uma a seu modo.
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Paula.Costa 05/09/2022

Pra mim, um livro difícil e genial! Confesso que comecei e parei algumas vezes. Não é uma leitura fluida e simples, precisa de uma concentração maior, em comparação aos outros livros aos quais eu estava habituada, mas valeu o esforço inicial. Acredito que a maior dificuldade está no tipo de narrativa, que é a chamada fluxo de consciência, o que faz com que não seja algo limpinho e organizadinho, com diálogos muito delimitados.
Mas que delícia ir descobrindo as nuances e características de cada personagem, que construção rica, complexa. São 3 amigas com história densas, com personalidades muito distintas, e com um desfecho totalmente inesperado.
Terminei com um monte de perguntas, com vontade ler de novo e orgulhosa de ter insistido, mesmo com a dificuldade inicial, pois, que obra de arte!
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Antony.Trindade 31/08/2022

Quebrando tabu em plena ditadura
Ótimo livro!
O livro é narrado pelas 3 personagens, o leitor entra dentro do pensamento das 3 meninas.
São 3 universitárias que moram em um pensionato de freiras durante o período da ditadura militar.
Lia faz parte da guerrinha armada, Lorena é de uma família burguesa e não liga para a política do país. Ana Clara é modelo, enfrenta problemas com álcool e drogas, na infância sofreu abusos sexuais.
Leitura necessária para falar sobre esse período da década de 70.
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julha 23/08/2022

?gosto muito das pessoas mas essa necessidade voraz que as vezes me vem de me libertar de todos. Enriqueço na solidão.?
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