As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Lílian 21/01/2024

Belo, delicado, perturbador
?Eis, pois, um livro perturbador, de uma inocência que emociona porque é pura. Que nos toca ainda mais fundo quando contaminada, embora da própria contaminação venha nascer a esperança. Livro tão belo quanto inquietante ? vivo e corajoso testemunho de um tempo com suas perplexidades, suas paixões, sua atmosfera cotidiana de tensão e suspense como se a sorte da própria condição humana estivesse em jogo a cada minuto. Vazado numa linguagem extremamente original e estruturado numa técnica que foge audaciosamente aos padrões consagrados, As Meninas representa, sem dúvida, a experiência mais alta de Lygia Fagundes Telles como ficcionista e vem situar-lhe o nome, em definitivo, na primeira linha dos nossos autores modernos.?
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Clara 19/01/2024

Esse livro acabou sendo meio arrastado pra mim... Claro que o livro é ótimo, tem frases muito reflexivas, mas não li no momento certo e não consegui aproveitar a leitura
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Laura 18/01/2024

Gostei muito muito mesmo. No começo foi difícil entender, mas depois que peguei o jeito gostei muito. Gostei mais ainda da frase do posfácio dita pela própria Lygia: "Eu luto com a palavra. É bom? É ruim? Não interessa, é a minha vocação." ?
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alex 16/01/2024

Resenha crítica: As Meninas (sim, saudades é como um vestido velho do baú)
As Meninas, romance publicado em 1973 pela ilustríssima Lygia Fagundes Telles e premiado com o Prêmio Jabuti em 1974, conta a história de três meninas: Ana Clara Conceição, uma jovem pobre e bonita, estudante de psicologia que sonha em ser modelo, mas acaba entrando no caminho das drogas; Lia de Melo Schultz, filha de uma baiana com um ex nazista, estudante de ciências sociais e militante de esquerda, que possui um namorado preso pela ditadura militar; e Lorena Vaz Leme, a garota de alma feminina e rica, que sonha em se casar com um homem casado. As três vivem no Pensionado Nossa Senhora de Fátima, no qual vivem no contexto da ditadura militar.

Tenho muitas opiniões sobre o livro. Em primeira análise, é possível compreender que o livro se passa em 3 pontos de vista, no qual vão intercalando no livro sem aviso prévio. No início, é difícil distinguir cada ponto de vista, mas ao decorrer do livro se torna evidente. A escrita do livro é bem difícil, precisa estar atento em cada detalhe para entender a história. O ritmo de leitura é bem lento, devido aos detalhes e a falta de pontuação, além da mudança de ponto de vista frequente. No entanto, o livro foi uma ótima experiência, algo muito diferente do que costumo ler. Para ser lido, é necessário atenção máxima ao fluxo de consciência.

Ademais, sobre os personagens, o ponto de vista da Lia foi o que mais me cativou, de fato minha personagem favorita da obra. Linguagem simples, objetiva e sem muitos detalhes, descreveu bem e de forma com que me identificasse com a personagem. A da Ana Clara foi a mais difícil para mim. Por se tratar de uma usuária, tudo que ela fala é incerto, não se pode ter certeza de nada. Com o tempo, a Lorena se torna o foco principal na história: no início parece ser superficial, mas vai tornando um rumo incrível na história.

Destarte, posso concluir que é uma história muito interessante de acordo com o contexto da época, tem frases marcantes e momentos e personagens nos quais não vou esquecer. No entanto, o fluxo de consciência me atrapalhou muito, demorei muito para ler devido a lentidão na história e para captar as informações. Enfim, essas 3 estrelas não vão para o livro em si, mas sim para a história, contexto da época e para a inesquecível Lygia Fagundes, uma das minhas escritoras brasileiras favoritas.
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thsimoesz 12/01/2024

Um livro ousado?
A escrita e inovação da Lygia são incontestáveis, assim o livro é extremamente bem construído. Porém não me prendeu. Acredito que pelo modo de narrativa eu não consegui construir um vínculo maior com o livro
Eu entendo a importância dele e, apesar de não ter amado, recomendo a leitura. Há frases e colocações que só essa escritora maravilhosa poderia colocar e que nos prendem em pensamentos.
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giuliamelissa 03/01/2024

Leitura viva e corajosa ?
Livro de coragem ímpar! Publicado em 1973, em plena ditadura militar e vigência do AI-5, Lygia expõe temas tão sensíveis a partir de variados jogos de perspectiva e fluxos de consciência. Foi uma experiência diferente ler um livro em que se pode conhecer três personagens por meio de suas próprias narrações, também mescladas com um narrador onisciente. Lygia misturou primeira e terceira pessoa numa sinergia inédita para mim.
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Palomas 03/01/2024

As meninas
Ditadura militar contada pelo olhar de 3 amigas em um pensionato, nos mostra o deslocamento estrutural no Brasil, uma problemática, a outra envolvida na luta armada contra a ditadura e a outra intelectualizada de família rica, você ri, chora e sente angústia.
Profundo e maravilhoso!
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Eliane406 01/01/2024

Os confrontos de ser mulher
?Comecei a ler As Meninas e fiquei imersa na escrita de Lygia, não há como ficar inerte à essa escrita tão autêntica, a coragem de falar abertamente em uma época opressiva de censura, sobretudo para as mulheres, foi genial. Três meninas vindas de criações diferentes, se encontram em um momento de passagem para a vida adulta, encarando o contexto da repressão para falar de forma íntima, sentimental e sem banalidades sobre a sexualidade.
Uma narrativa polifônica, que alterna com as histórias de cada personagem, no seu cotidiano e nos seus percalços intimistas, que transporta o leitor para uma sensação real de participar da narrativa, de forma dinâmica e que vem distribuída de forma sincera nos capítulos, fugindo dos papéis que são normalmente dados às mulheres heroínas dos romances da época.

?"...Ser ou estar. Não, não é ser ou não ser, essa já existe, não confundir com a minha que acabei de inventar agora.Originalíssima. Se eu sou, não estou porque para que eu seja é preciso que eu não esteja. Mas não esteja onde? Muito boa a pergunta, não esteja onde. Fora de mim, lógico. Para que eu seja assim inteira (essencial e essência) é preciso que não esteja em outro lugar senão em mim.[...]" página 198, capítulo nove, Lorena
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Giovana 31/12/2023

RESENHA - AS MENINAS
Um livro único, com personagens que refletem, inspiram, chocam e são como nós mesmas. Em as meninas, acompanhamos, dentro de um riquíssimo contexto histórico dos anos 70, a vida de Lorena, Ana Clara e Lia. Três ilustres e complexas personalidades que, ao meu ver, se traduzem, respectivamente, na: "filosofia e preocupação com o eu", "vontade de ascensão" e "desejo de revolução" aspectos, muitas vezes, unidos dentro de nós. Gostei muito, bastante poético, diferente e inovador. Fechando o ano com chave de ouro
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anafieg 31/12/2023

Saudade é um vestido velho no baú
"sabia que não ia voltar mas continuava pensando com tanta força. como quando se tira um vestido velho do baú, um vestido que não é para usar, só para olhar. só para ver como ele era. depois a gente dobra de novo e guarda mas não se cogita em jogar fora ou dar. acho que saudade é isso."
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30/12/2023

As meninas
Particularmente, tenho dificuldade com livros com estilo de fluxo de consciência. Demorei a individualizar cada uma das personagens e a me conectar com a história.
Aos poucos, fui entendendo que a escrita corrida e confusa era Ana Clara, visto o uso de drogas e seu entorpecimento; a mais diáfana e poética era Lorena, mais distante da realidade; Lia foi a leitura mais fluida para mim, pois era bem marcada e calcada na realidade, visto sua personalidade e luta.
Gostei muito da construção da história e o final achei bem simbólico.
Lygia é enorme.
Marina 30/12/2023minha estante
Yeeey!!! Viva!!




JosA225 30/12/2023

As Meninas
Lygia Fagundes Telles escrevendo como as moças são criadas na época da ditadura militar, cada uma com seu interesse. Uma preocupada com a situação do país, uma estudiosa e outra pensando em ser modelo.
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haasscreams 30/12/2023

Ser ou estar? Sentir
Esse é um livro para ser sentido. Não sei mais o que fazer com minha vida. Essa história me pegou tanto, a escrita mágica de Lygia me hipnotizou e a história toda me fez sentir tantas coisas. A forma que ela usa as palavras parece música e, mesmo sem apontar claramente qual das meninas está narrando, entendemos perfeitamente. Isso porque as personagens tem personalidades próprias e bem estruturadas, são profundas e únicas.
Entrar na vida de Lorena, Lia e Ana Clara foi uma experiência indescritível. Elas são minhas amigas, e sinto que participei da vida delas durante esse livro. Senti suas dores, compartilhei de suas frustrações, abracei suas peculiaridades. Me senti em casa na concha, tive vontade de somar à luta de Lião, quis ajudar Ana Turva como pudesse, mesmo que não pudesse.
É um livro de conforto, mas não é confortável. É pesado. Doído. Machuca. Ambienta-se no Brasil sob regime ditatorial, e carrega todas as dores desse período. Aborda de forma crua e direta vários assuntos pesados, como aborto, drogas e tortura, que contrastam com as conversas leves (mas não superficiais) sobre amizade e sexo. É uma história para quem tem estômago, não é leve, deixa sua marca em diversos sentidos. Obrigada, Lygia.
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Henrique 29/12/2023

Lygia e o fluxo de consciência
Pela primeira vez tive contato com esse forma de escrita, onde a autora escreve aquilo que o personagem está pensando, e se o pensamento muda de foco a escrita acompanha, não importando o assunto que se esteja pensando.

O livro parece arrastado, às vezes é difícil identificar quem está em cena, mas com o andar da obra a gente vai quase que conseguindo entender o jeito de cada uma das personagens de construir seu pensamento.

Pode parecer cansativo para muitos, mas você vai encontrar um trecho que faz entender porque essa canseira está ali: talvez para cansar mesmo os censores da época, que deixaram passar os trechos de denúncia da ditadura mais importantes do texto.

Recomendo para quem tiver interesse em ter contato com essa forma de escrita e acompanhar uma narrativa pela história recente do Brasil.

Nota: ????
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