As meninas

As meninas Lygia Fagundes Telles




Resenhas - As Meninas


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Mi_ 24/03/2023

As meninas, Lygia Fagundes
Telles.
Para quem gosta de fluxo de consciência este livro é um prato cheio, eu amo.
Publicado em 1973, foi uma obra ousada frente a censura imposta durante o período da ditadura militar no Brasil, Um dos grandes exemplos nesse contexto é a ampla descrição do episódio de uma sessão de tortura e das repressões sofridas por quem se opunha ao regime.
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Beatriz 24/03/2023

Deus vomita os mornos
Esse livro é de uma perfeição que não sou capaz de descrever. O carinho, a honestidade, a sensibilidade e a paixão que a Lygia consegue nos passar em cada página dessa obra nunca vão sair de mim. Não foi uma leitura fácil, por ter me dado muito para refletir, mas valeu cada segundo. Comecei o livro pensando que detestaria Lorena, e terminei me identificando mais com ela do que com as outras meninas. Temos ou já tivemos um pouquinho de cada uma delas dentro de nós. Apenas leiam e apreciem.
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anaclarabcruz 23/03/2023

"Se eu não falasse tanto em fazer amor, se Ana Clara não falasse tanto em enriquecer, se Lião não falasse noite e dia em revolução."

A escrita da Lygia me surpreende cada vez mais, mas nesse romance sua eloquência é assustadora. Com muita dureza e maestria, ela tece a história dessas 3 jovens, abordando suas vivências durante a ditadura militar. São altos e baixos, doçura e as ilusões da juventude se contrastam com um realismo de coming of age e a escuridão do momento político.
Fiquei perdida com a narração algumas vezes, até conhecer as personagens e saber distinguir a voz narrativa, por isso tirei meia estrela - o que foi feito de maneira impecável, não creio que seja um defeito, só pode ser um pouco desagradável até se acostumar.
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Mariana Rodrigues 15/03/2023

As Meninas
Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de família quatrocentona, nutre veleidades artísticas e literárias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, linda como uma modelo, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso. As meninas colhe essas três criaturas em pleno movimento, num momento de impasse em suas vidas. Transitando com notável desenvoltura da primeira pessoa narrativa para a terceira, assumindo ora o ponto de vista de uma ora de outra das protagonistas, Lygia Fagundes Telles constrói um romance pulsante e polifônico, que capta como poucos o espírito daquela época conturbada e de vertiginosas transformações, sobretudo comportamentais.
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Alexsander.Rosa 13/03/2023

Por que o delírio não haveria de corresponder a uma realidade?
A escrita da Lygia é encantadora, você lê aquilo e fica impressionado com tamanha habilidade. Nessa história, acompanhamos a vida de três jovens universitárias: Lia, Lorena e Ana Clara. Somos apresentados a essas personagens tão únicas, e o foco narrativo transita em cada uma das três, o quê no começo pode ser confuso, mas ao decorrer da narrativa vamos nos acostumando e começando a identificar quem é quem.
Apesar da bela escrita e da boa história, não foi um livro que me cativou muito, mas não significa que eu não tenha gostado de ter lido (e eu amei a experiência dessa leitura). Gostei da construção dessas personagens tão complexas.
Eu adorava quando o foco era na Lia, ela é minha personagem favorita deste livro e seus capítulos eram quais eu devorava; os da Ana me causavam uma aflição, tristeza, preocupação; e os da Lorena me faziam outra hora adorar ela e em outra xingar ela de todas as formas (principalmente quando ela não prestava atenção pois estava pensando no M. N.).
É um livro um pouco difícil de ler, ainda mais por causa do fluxo de consciência e nessa troca de narradores, mas que quando se pega o ritmo pode se tornar uma boa experiência literária.
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Julia Maciel 05/03/2023

Alguns livros não se findam
Tenho que admitir que, no começo da leitura, não estava muito engajada com a história, de maneira que demorei para estabelecer um vínculo com as personagens. Porém, estabelecida essa ligação, é impossível se afastar dessas personagens, que parecem estar em um movimento frenético, embora não saiam do mesmo lugar de uma maneira interna.

Eu acredito que o grande valor da literatura é o que fica após a leitura, e, inegavelmente, desse livro ficará muita coisa. Será impossível não lembrar de Lore, Lião ou até mesmo da irritante Ana Clara, pois elas estão em nós ou nas pessoas ao nosso redor que gostamos. É maravilhoso o que Lygia faz com o desenvolvimento dessas personagens, com o mundo e consigo mesmas. Além disso, o final possui um simbolismo que ainda estou tentando digerir, e com certeza, ainda irei pensar muito sobre ele.

Recomendo fortemente a leitura. É uma das grandes obras da literatura brasileira.
pampamcviana 06/03/2023minha estante
Comecei hoje. Após sua resenha, estou mais empolgada ainda para adentrar o mundo dessas 3!




Gabryella27 23/02/2023

"A memória tem um olfato memorável."
As meninas é o meu primeiro contato com a escrita da Lygia e que escrita lascinante, sensível, inefável. Lygia consegue nos passar tanto sentimento por meio da sua maneira de escreve, esse fluxo de consciência te prende toda história pela vida dessas três meninas com realidades completamente diferentes mas que acabam se completando.

Elas contam suas vidas na 1º pessoa do singular, com o intuito de faze-las contarem as próprias histórias, delimitada pelo modo que cada um vê e sente aquilo que narra. No decorrer do romance as narradoras-protagonistas criam formas diferentes de autoconhecimento na intenção de lidarem com situações reais por meio de um jogo de perguntas e respostas que se estruturam quase como diálogos consigo mesmas e também interagindo com o interlocutor.

Lorena Vaz Leme: Lena tem a constante necessidade de expressar aquilo que sente/pensa conversando consigo mesma ou por meio de diálogos impossibilitados, com a mãe ausente, com uma amiga que esta constantemente bêbada e drogada ou irmão que sempre está viajando. Ela amplia os fatos de sua vida para que os mesmos sejam heroicos e tenta resolver seus problemas com soluções que não passam de imaginárias mas ela já não vê suas próprias fantasias como imaginárias, mas sim como fatos reais. Lorena busca alienar-se de parte de sua realidade.

Lia de Melo Shultz: Lião é uma militante da esquerda revolucionária que lutou contra ditadura civil militar, não se moldava a certos valores da sociedade patriarcal como, a passividade feminina. Lia, nos narra os horrores que se passaram nesse período, a brutalidade do regime, o autoritarismo, seções de torturas e mortes de seus amigos.

Ana Clara Conceição: Ana teve uma infância muito conturbada, cheia de abusos e traumas, é filha de uma prostituta e não conhece seu pai. No decorrer de sua vida criou uma grande dependência em drogas e álcool, afim de fugir de si mesma, das suas memórias e a angústia presente, fazia de tudo para não estar sóbria e sozinha com a própria mente que a torturava constantemente. Acredita que o dinheiro seria a cura de todo esse inferno que passa e passou durante toda vida e Ana é uma personagem extremamente preconceituosa, principalmente com a população negra.
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rute.b 16/02/2023

Não recomendaria esse livro para qualquer um. Tem que ter muita paciência para sentir o prazer em cada página do livro, visto que primeiro teria que entender cada personagem.
É interessante como a autora auterna a narração com as três personagens e sem aviso, mas que não é confuso quando já se acostumou ao longo das páginas.
O livro é interessante, o estilo dele não é um dos meus preferidos, por isso, não tenha gostando tanto dele, mas não desfaz de sua qualidade que é linda
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Gabybadgirl 12/02/2023

Esse foi meu primeiro contato com a autora e confesso que não gostei muito,achei a história com alguns diálogos confusos com a trama,o acerto da autora foi no fluxo de consciência que ela inseriu no texto, porém,não pretendo ler mais nenhuma obra dela,pois não funcionou comigo.
Ariane 17/03/2023minha estante
Achei muito chato, não consegui nem terminar de ler




pinzinho 12/02/2023

Que depressão
Meu deus q depressão que soco no estômago esse final o livro inteiro vai se criando um clima terrível pra no final vc levar um soco no estômago. meu deus do cey
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mavi47 08/02/2023

li a primeira vez em 2014 e ele foi tão importante para mim.
lembro de ficar horas na biblioteca da escola lendo, nos intervalos das aulas e quando chegava em casa ficava lendo também.

eu amo os diálogos, a amizade delas, as nuances de uma quase poesia, os pensamentos que uma tem da outra. eu acho um livro belíssimo. e ao mesmo tempo, tão angustiante e perturbador. o final sempre me pega :(
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Manços 05/02/2023

MARAVILHOSO
"Como eu poderia escrever um romance morno em pleno ano de 1970" foi o que a autora falou sobre seu livro. E é isso. A história e um reflexo do Brasil da ditadura ao mesmo tempo em que é muito mais do que isso. Lorena, Lia e Ana Clara funcionam como arquétipos de grupos típicos do Brasil e ao mesmo tempo conseguimos nos identificar e entender cada uma. Digo, sem medo, que Lygia Fagundes Teles é o maior escritor brasileiro (pois é, tenho que por no masculino pra deixar claro que ela ganha fácil deles também)
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breno 04/02/2023

Perfeito
Um dos livros (talvez O livro) mais bem escritos que eu já li. A escrita sensível e real da Lygia é o que dá a essa história a perfeição que ela tem. Os fluxos de pensamento são tão bem escritos que, quando o narrador em terceira pessoa aparecia, parecia que ele estava interrompendo os meus próprios pensamentos. E é isso que faz esse livro fisgar o leitor e fazer com que ele tenha empatia e carinho por essas três protagonistas tão únicas. Tudo é abordado, amarrado e construído com perfeição. Virou um dos meus favoritos da vida.
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LAvia 03/02/2023

O livro é denso, a linguagem causa uma certa estranheza em quem está acostumado com leituras atuais e fluidas, mas é justificável pelo contexto em que foi escrito e pelo objetivo do livro em tratar o cenário de forma cotidiana, embora repressor. Ao decorrer da história você se acostuma com a escrita da Lygia e a leitura vai se desenrolando. As narrações transitam sem avisos, mas é tão intimista que você se familiariza com o jeito das personagens, então essa mudança de vozes é feita de forma extremamente sutil, como uma dança na qual o leitor vai acompanhando. Mesmo quando é escrito em terceira pessoa, o narrador não interfere na história, sendo assim, observador. É complexo, principalmente nas partes da Ana Clara. Alguns capítulos precisam de algumas pausas para ?respirar?. É necessário um tempo para absorver tudo e ler com atenção para interpretar o que está nas entrelinhas. Resumidamente, é um livro fantástico porém requer maturidade literária. Só não gostei do final do livro.
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Camila W 01/02/2023

As meninas
A escrita da Ligia é impecável, você se enxerga dentro de cada uma das meninas vivenciando as angústias, dúvidas, remontando o passado e como reflete no momento atual de cada uma e isso deixa o livro bem denso e em alguns momentos perturbador, principalmente na parte da Ana Clara. Achei a leitura difícil no início, pela alternância das personagens e fluxo de consciência, mas depois engata e o final é arrebatador.
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