Os Trabalhadores do Mar

Os Trabalhadores do Mar Victor Hugo




Resenhas - Os Trabalhadores do Mar


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Sidney.Prando 18/07/2021

O HOMEM EM DESARMONIA COM SI E EM HARMONIA COM O MAR
Os Trabalhadores Do Mar, um clássico para toda a vida.

O livro é parte de uma trindade escrita pelo escritor, Victor Hugo, durante seus 15 anos de exílio. As três obras representam 3 lutas, as quais são também as 3 grandes necessidades do homem (a luta do homem contra a religião, O Corcunda De Notre-Dame; a luta do homem contra a sociedade, Os Miseráveis; a luta do homem contra a natureza, Os Trabalhadores Do Mar).
Sendo esse escrito pelo principal nome do Romantismo francês do século IX, não há pontas soltas a serem atadas.

Somos introduzidos a história com a descrição de um dia de natal em Guernesey, uma das ilhas da Mancha. Não é de início que notamos o gênero quase épico, mas é ao desenrolar dos fatos que conhecemos o “herói” Gilliatt. Gilliatt é um homem desinteressante e um pouco oculto por ter a fama de feiticeiro pelas más línguas da região. O que esperar de um personagem assim? Afinal, ele mora na “casa do diabo”. Logo que o barco a vapor de um nobre da região é naufragado nos rochedos Douvres, pelas mãos de Clubin (um capitão metido a vilão), é iniciada a odisseia de Guilliatt para resgatar a alma ferrosa desse maquinário que não só é uma máquina, mas também um organismo monstruoso.
Entretanto, o que levaria alguém como Guilliatt que tem tanta má reputação arriscar a própria vida em uma missão suicida dessas? Bom, o motivo é o mesmo que leva os homens a fazerem essas loucuras, o amor. Após ser estabelecido como prêmio, pelo resgate do coração da máquina a vapor, a mão de Déruchette (sobrinha do nobre), Gilliatt não perdeu tempo. Assim, nosso herói parte em direção a um mar furioso; a um céu tempestuoso e a uma inevitável prova de resistência adaptativa. Como se não fosse pouco, terá ainda que lutar contra um monstro do mar. Mas será que ele vai conseguir resgatar a máquina e ter a mão de sua amada? Bom, vocês terão que ler para descobrir rs.

Para mim, a obra é o ponto de partida para não só iniciar os grandes clássicos franceses, mas para enriquecer-se literalmente. A narrativa de Hugo é repleta de um sentimentalismo gótico, evidente no trecho abaixo:
“Gilliatt era moço, a ferida cicatrizou. Naquela idade as carnes do coração tornam a unir-se. A tristeza, dissipando-se-lhe a pouco e pouco, misturou-se à natureza em redor dele, tornou-se uma espécie de encanto, atraiu-o para perto das coisas e longe dos homens, e amalgamou cada vez mais aquela alma e a solidão”.
Além do mais, o final é um final e tanto, digno de algumas lágrimas para os sentimentais, ou para você que se envolve em uma boa leitura. Entretanto, não há como fugir das digressões do escritor, um ponto a mais para você que gosta de detalhes, um ponto a menos para você que gosta de cenas rápidas. No entanto, ao sentar-se com nosso herói nos rochedos dessas páginas, tudo se esclarece e sabemos que por mais atordoante que tenha sido a jornada, algo nos diz que valeu a pena.


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Francisco 23/06/2021

Gilliatt e seu destino de abnegação
No vilarejo de Saint-Sampson, na Ilha de Guernesey, na região da Normandia, na França, Gilliatt leva uma vida tranquila e solitária como pescador. Porém é tido por todos os habitantes da ilha como um feiticeiro em razão de sua origem desconhecida.

Além de Gilliatt, há como relevantes personagens são Mess Lethierry e sua filha Deruchette, por quem Gilliatt nutre certo amor. Lethierry é proprietário de um barco a vapor intitulado "Durande" que leva e trás passageiros e mercadorias até a ilha e é tido pelo religioso povo de Guernesey como demoníaco . A figura de um antagonista da história está no criminoso Rantaine e no pérfido Clubin.

O autor traz nessa obra um fidedigno retrato dos costumes religiosos e da forma de viver dos habitantes de Guernesey, bem como a forma desse mesmo povo lidar com o surgimento de máquinas advindas da Revolução Industrial durante o século XIX. O romance é bastante centrado nos aspectos de Guernesey e de seus habitantes, prova disso são as inúmeras descrições da natureza e da forma de viver do povo de Guernesey.

Quando a Durande de Mess Lethierry tem um problema e fica encalhada em um rochedo em alto mar, a mão de Deruchette é oferecida ao homem que trouxer o barco até Saint-Sampson. Então Gilliatt irá e enfrentará a fome, o mar, as intempéries e inclusive monstros marinhos.

Com certeza essa não é uma leitura fácil, pois há muitas descrições e digressões, mas sem dúvida é uma leitura que recomendo àqueles que são habituados a ler as obras de Victor Hugo.
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Thiago275 07/06/2021

Grandioso
Publicado pela primeira vez em 1866, Os Trabalhadores do Mar é uma homenagem de Victor Hugo à ilha de Guernesey, situada no Canal da Mancha e onde o autor passou muitos anos em auto-exílio.

A trama do livro não poderia ser mais simples: Gilliatt, um rapaz introvertido e marginalizado pelos demais habitantes da ilha, é secretamente apaixonado por Déruchette, sobrinha e filha adotiva de Mess Lethiery, dono do único barco a vapor daquela região. O barco, por certas circunstâncias não de todo naturais, encalha no meio do mar, num lugar terrível, e seu dono promete dar a mão de Déruchette ao homem que conseguir recuperar o maquinário da embarcação, tarefa praticamente impossível.

Estamos falando de Victor Hugo e, em suas histórias, a trama mais simples torna-se grandiosa.

Quem já leu outros livros do autor sabe que ele não economiza nas descrições e digressões. No entanto, tais trechos não são supérfluos. Ali, Victor Hugo coloca muito de si, sua visão da sociedade, suas críticas a comportamentos da época, sua ironia perante a hipocrisia das pessoas.

Nas mãos de Victor Hugo, o mar se transforma em personagem. A tempestade se torna uma batalha. Os rochedos viram labirintos traiçoeiros prontos a engolir o primeiro desavisado que aparecer.

Temos muitas descrições sobre o clima, conchas, cavernas, ventos, animais e monstros marinhos, refletindo o medo e a curiosidade do homem diante do desconhecido.

Sobre o final do livro, obviamente, não vou contar se a aventura de Gilliatt será bem sucedida. Só posso dizer que é um dos finais mais belos e tocantes que já li. Retrata a abnegação e o desprendimento de maneira grande e terrível, exatamente como o mar que os personagens tanto sonham em conquistar.
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Iza 06/06/2021

Eu gostei desse livro, não esperava que ia acontecer tanta coisa em tão pouco tempo, os personagens são bem marcantes e desenvolvidos, alguns momentos do livro foram de partir o coração, e eu achei o final bem planejado.
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Laís Andrade 02/06/2021

Demasiado poético
Amo obras literárias que se enfronham na poesia e perdem-se no lirismo das coisas vãs. O que haveria de mais poeticamente novelesco do que "Ao Farol" de Virginia Woolf? E simplesmente amei essa obra. Digo isso para me defender da possível conjectura de que minhas críticas se reportam à escrita do livro, não a narrativa.

A parte I do livro é absolutamente fascinante. Nos perdemos em amores por Gilliat, nos prendemos com afinco a sua capacidade íntegra de ver a simplicidade do mundo com olhos puros e pueris. A história se desenrola levando-nos a crer numa história de amor impossível, fadada ao fracasso, mas não é bem isso que temos. É, sim, um ode de amor ao mar e às ondas. A furia e o temor que a profundidade azul inspira é envolvente. Mas essa é toda a beleza do livro que , em dado ponto se perde em uma narrativa excessivamente prolixa e sem um ponto de chegada.

Não sei dizer se amei ou odiei, mas me marcou pelas sensações criadas, aquela sensação de ter o pé afundado na areia e sentir-se diante da imensidão selvagem da criação divina.
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Linhares 20/04/2021

Victor Hugo é um autor fantástico, mas na minha opinião, ele exagerou em algumas descrições nesse livro, o que deixa a leitura um pouco maçante e pouco fluida. Gilliat é um personagem incrível, obstinado e implacável. Mas fiquei bem decepcionado com o desfecho do livro. Li as últimas páginas com certa indignação. Ainda sim acho válido a leitura, principalmente pelo embate do protagonista com a natureza.
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Luzia67 17/04/2021

O mar e o amor
Quem ele ama mais?
Foi de repente que ele a viu. Mas uma tragédia aconteceu. Ele encarou o mar, um tufão para ficar com ela.
A escrita de Vitor Hugo é difícil, mas a história vale a pena. Recomendo.
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Sayuri 26/03/2021

Cadê meu óculos, ninguém sai
Caramba, incrível como o mar é realmente uma das estrelas do livro, levando fortuna e prosperidade pra um, uma prova e possibilidade de casamento pra outro, fim da ganância para outro. E o final?..... Eu meio que já tinha sacado mas poxa, pensei que o protagonista teria um outro final.
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Hugo 18/03/2021

Um livro de meu escritor francês favorito o Victor Hugo, com tradução de meu autor brasileiro predileto Machado de Assis tinha tudo pra ser uma obra-prima.
Mas infelizmente não passa de um livro meia boca.
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Gromo 10/03/2021

Amor em amar e não em ter
Se você deseja ler este livro, um aviso: Victor Hugo se perde em suas próprias explicações. Por vezes, parece que o livro foge da narrativa para dar lugar às reflexões do autor, ou suas longas descrições de cenários, sentimentos, momentos e coisas. Um feito que por si só compõe a grande maioria do livro. Sem esses longos trechos, o livro certamente não teria passado de um folhetin de jornal. Um detalhe que exalta a beleza de muitos lugares fotografados por Hugo na história, pode facilmente deixar a páginas tediosas e as palavras difíceis de entender depois de certo tempo.
Chorei como nunca antes durante uma leitura. Esse sentimento tão nobre e humano, difícil de acreditar ser possível, que Victor Hugo colocou nos parâmetros da realidade, é sufocante. Eis o motivo para este ser meu livro favorito: por me fazer chorar com o seu final dramático.
Boa leitura!
Racestari 23/03/2021minha estante
Gostei da descrição...li Os Miseráveis e achei isso...muita contextualização e cultura, mas gostei.




Ana 01/03/2021

Só restava o mar...
Fazia algum tempo que um livro não me arrancava lágrimas, cada sentimento demonstrado ao longo da história é inigualável. É definitivamente um livro que todos devem ler.
"A vida é a viagem, a ideia é o itinerário. Sem itinerário, para-se."
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gabzsch 24/02/2021

Finalmente terminei.
Vou dar duas estrelas por causa do Gilliatt e pela história. Não queria usar o fato do livro ser antigo como um motivo do meu desgosto, mas infelizmente não tem como. Simplesmente detestei o estilo de escrita do Victor Hugo; ele usou umas 10 páginas pra descrever um sentimento sendo que já dava pra entender com dois parágrafos. Tem vários momentos extremamente entediantes - que só consegui passar sem me importar graças a leitura coletiva - que te dão uma vontade imensa de abandonar. Fora que a edição que eu li é horrível. São quarenta linhas por página - num livro que já é suficientemente largo -, ou seja, se ele fosse numa edição mais bem trabalhada, ele pegava fácil umas 500 páginas. Tendo até outras edições dele com 700 páginas. Enfim... o Gilliatt é o que salva, junto da história que é legal, anexado ao plot twist no final.
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Aysla.Lourrana 23/02/2021

A leitura é muito maçante. Há momentos em que algo insignificante é explanado demais. O final foi muito, muito triste. Há a conexão de vários fatos que fazem com que você consiga enxergar o enredo como positivo, mas a forma como foi escrita não satisfaz. Uma pena, pois tinha tudo para ser uma história incomum e surpreendente.
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