Os Trabalhadores do Mar

Os Trabalhadores do Mar Victor Hugo




Resenhas - Os Trabalhadores do Mar


147 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Deireádh 22/02/2021

Confesso que antes de ler, imaginei que o rumo seria completamente diferente do que o livro tomou. Em algumas partes da história, achei que algumas descrições foram prolongadas, mas toda frustração é recompensada no restante do livro.

O desenvolvimento do cenário, enredo e personagens, sem dúvidas, é impecável!
O romance por trás da conflitante situação em meio ao mar, onde o protagonista se encontra, no fim, me levou ao choro.

Recomendo essa obra-prima para todos os leitores.
comentários(0)comente



Daniel.Dias 19/02/2021

? let him follow the bonnets o' Bonnie Dundee ?
Devo admitir que julguei esse livro "pela capa". Não o conhecia, mas quando ouvi falar de uma obra escrita por Victor Hugo, traduzida por Machado de Assis e com uma temática marítima (uma das minhas paixões), não pestanejei muito para comprar.
A história começou amena para mim mas ganhou força com o passar do tempo, e até o final da primeira parte estava bem empolgante.
A partir da segunda, a leitura passou a ficar um pouco mais cansativa e, até mesmo, maçante, em razão de alguns capítulos inteiramente dedicados a descrições geográficas. De certa forma, Victor Hugo me perdeu nesse momento.
A terceira parte conseguiu recuperar um pouco do vigor inicial que me foi causado, mas não o suficiente para tornar o livro tão memorável quanto outros que já li.
Em suma, é uma história interessante, surpreendente e comovente. O fato de o personagem "principal" não ser revelado rapidamente é um ponto positivo, por fugir do convencional. A tradução do nosso grande Machado também merece elogios.
Mas me decepcionei um pouco por não ser tão cativado quanto acreditei que seria. Dias após terminar a leitura, ela não permaneceu comigo. De qualquer forma, pretendo dar uma outra chance ao livro no futuro, afinal, não é sempre que encontramos uma combinação Victor-Machado por aí.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Zuca 08/01/2021

Os Trabalhadores do Mar
Ao contrário de outros autores de clássicos marítimos (Herman Melville em Moby Dick, Júlio Verne em Vinte mil léguas submarinas, Ernest Hemingway em O velho e o mar, etc.) Victor Hugo não alça o mar e seus atores à categoria de protagonistas; simplesmente os usa como pano de fundo para um romance em sua definição mais literal e (quase goticamente) trágica.

Ainda assim Os trabalhadores do mar pode interessar ao público que tem preferência por esta temática pela competência com que Victor Hugo pormenoriza detalhes geográficos, biológicos, náuticos e, especialmente, humanos – tripulantes diversos são esmiuçados em seus perfis psicológicos, inclusive com usos narrativos de thriller moderno que surpreendem pelo frescor que emprestam à obra mesmo 150 anos depois de sua publicação. Afora este público específico, quem suportar o que hoje seria considerado “excesso descritivo” vai encontrar aprofundamentos em temas muito específicos resultantes da polaroid daquele momento: o contraste entre franceses e ingleses devido à localização de Guernesey (ilha no Canal da Mancha onde o romance se passa e onde o autor viveu exilado); o início da revolução industrial, representada pela chegada de barcos à vapor; as superstições ainda vivas nos povos isolados dos grandes centros; e sobretudo o humanismo na observação do flagelo e pobreza de pessoas marginalizadas – tema caro ao autor de Os miseráveis.

Por si só Os trabalhadores do mar seria um romance comum como outros de sua época: uma estória de amor com ingredientes trágicos e épicos. Mas a capacidade de observação do autor somada a um certo ceticismo cínico tipicamente francês eleva a obra a outros patamares.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
comentários(0)comente



Ana Bellot 03/01/2021

A devoção acima de tudo.
Uma obra sobre crenças. Crenças tão fortes que são capazes de fazer com que se abre mão do que deseja pela felicidade do outro ou capaz de fazer com que se construam mentiras e enganos para viver acima de tudo e de todos. Recomendo muito.
comentários(0)comente



carolina :) 14/08/2020

Obra-prima da literatura;
O livro me surpreendeu muito, o que acontece durante a história é maravilhoso, me apaixonei pela forma que o livro traz romantismo e reflexão.
comentários(0)comente



Edna 07/08/2020

Natureza
É esse o efeito das existências esvaziadas. A vida é a viagem, a idéia é o itinerário. Sem itinerário, para-se. Perdido o Alvo, morre a força."

Essa é uma das frases literárias mais copiadas da Literatura Francesa.

Em outubro de 1855, Victor Hugo chegou a Guernsey, em busca de refúgio. Opositor do Segundo Império de Napoleão III, foi primeiro banido de sua terra natal, a França, depois da Bélgica e da ilha de Jersey. Buscou exílio na minúscula ilha, também no Canal da Mancha, o escritor precisava desesperadamente de asilo.

E ali o encontrou, esse cenário que seria seu lar durante mais de quinze anos, como escreveu na dedicatória:

"Dedico este livro ao rochedo de hospitalidade e de liberdade, a este canto da velha Normandia onde vive o nobre e pequeno povo do Mar, à ilha de Guernesey, severa e branda, meu atual asilo, meu provável túmulo."

"O exílio não me afastou só da França, mas sim do mundo", ele escreveu numa carta. Nesse retiro isolado e selvagem, uma dependência britânica a pouco mais de 40 quilômetros da Normandia, no litoral da França, Hugo passou o período mais produtivo de sua vida.

Guernesey o Cenário do livro é ? um lugar de contemplação silenciosa, caminhadas vigorosas à beira dos penhascos e baías sedutoras ? ainda está presente, como estão também os elementos da vida do Autor.

"Ser impotente é uma força. Diante das nossas duas grandes cegueira, o destino e a natureza, é na sua impotência que o homem acha o ponto de apoio, a oração."

Victor Hugo escreveu que são três as lutas do homem e as suas necessidades:

A RELIGIÃO como Ele descreve a hipocrisia e a deturpação por trás da mesma, equivalendo ao tempo e o que cada um faz com o seu na terra ? na sua grande obra O Corcunda de Notre-dame.

A SOCIEDADE e o como o homem pode contaminar e destruir em sua Obra mais conhecida ? Os Miseráveis

A NATUREZA Do ponto de vista humano a luta pela sobrevivência tanto do ponto de vista físico e espiritual, qual busca de cada um e o que ele empenha em busca de suas realizações, lembrando que cada ser é único mas que cada um compreenda que independe de sua vontade, sempre à uma força que os rege, o mistério natural.

Neste romance que Ele diferentemente romantizou quando criou um Personagem no estilo herói tanto em força física como extremamente invejável em suas atitudes como humano e ainda com um espírito livre e aventureiro.

Gilliatt um órfão que habita um casarão um tanto sombrio e que os moradores da Ilha atribuem o fato dele pertencer a uma gerações de bruxos, não é muito sociável,
vive no seu mundo isolado entre a casa e o Mar.

Deuruchette a garota que escreveu o nome de Gilliat na neve e que o despertou de sua solidão, e ela é tão infantil que no calor das emoções pela tristeza e o choque do Tio Mess Lethierry um homem dominador e torturado pelas rasteiras que a vida deu, e ter perdido a Durande a Chalupa, que ficou encalhada em um lugar quase impossível de resgate, promete se casar com quem o resgatasse e entra o nosso herói.

E o miolo do livro, vamos acompanhar a Luta homem e natureza que em uma linguagem marítima vamos desvendando os segredos e mistérios do Mar, eu gosto muito e vi comentários que isso deixou o livro cansativo, sim é descritivo mas me encantou saber sobre o murmúrio, sobre a as cores que compõe uma majestade crepuscular até os espectros que dela emana, realmente amei mergulhar nessa grandeza misteriosa, das esferas solares, do vento de sua força, da tempestade até os ventos invisíveis no fundo dos oceanos. São fenômenos inexplicáveis.

Em todo o tempo que durou o resgate da Chalupa um momento escruciante foi a luta com o Polvo, Gilliatt tinha um pensamento em Deruchette, apostou todas as fichas em um ser humano que como a maioria pela manhã pensa algo e à noite já não mais o avalia, a natureza humana a mais incompeendida no mundo e temos um final poético, doloroso mas tão humano que fará o leitor retornar e reler as últimas páginas.

#Bagagemliteraria
#Ostrabalhadoresdomar
#VictorHugo
#Bookstagram
#Clássico
#Amoler
comentários(0)comente



Tofofo 05/07/2020

Metros com barreiras
Para começar, o livro é excelente. O enredo é bem construído e bem contado, os personagens são envolventes, Victor Hugo é um ótimo escritor e Machado de Assis é um bom tradutor. Se não o avalio com 4.5 ou 5 estrelas, é porque não gosto de avaliar livros dessa maneira.

Pelo bem das comparações, imagine-se a forma narrativa deste livro como uma joia bruta que, se partida e lapidada, transforma-se em Grande Sertão: Veredas e Cem Anos de Solidão. O livro é dividido em três partes. A primeira é caracterizada por narrações vagas e pontuais entrelaçadas com grandes trechos detalhados que contam ao leitor muitas informações interessantes a respeito da ilha em que a história se passa, sempre com muitas máximas filosóficas e ponderações quase metafísicas. No fim da primeira parte e em toda a segunda, o enredo fica grosso e passa a ser muito mais presente. Na terceira, que parece mais curta que as outras, há a linda e triste conclusão da jornada.

Pois bem, o livro é ótimo, Victor Hugo é ótimo, mas não posso deixar a análise por aí. Estes próximos pontos são aqueles de que eu não gostei tanto.

Primeiramente, a linguagem do livro é inconsistente. No início, quando vi o vocabulário popular do livro, fiquei animado: não são muitos os escritores clássicos que conseguiam se expressar muto bem com vocabulário comum, que é o mais difícil. Entretanto, sinto que caí numa armadilha. O livro alterna de forma aparentemente aleatória entre vocabulário popular, vocabulário culto e linguagem extremamente técnica de navegação.

E, por falar nisso, eis o segundo ponto: o público-alvo deste livro é limitado. Para apreciá-lo totalmente, é necessário ter um conhecimento anormal sobre engenharia naval, e não estou disposto a aprender isso no momento, muito obrigado. Além disso, as fases descritivas do livro falam muito sobre a geografia local da ilha em que o livro se passa; se o leitor não souber nada sobre isso, muitas páginas não farão sentido algum.

O último ponto, para mim, é o mais importante: as longas reflexões filosóficas, sociais e geográficas, tão bem-vindas na primeira parte, não o são nas outras, nas quais o enredo é mais importante. Especialmente na segunda, as reflexões são muito invasivas e atrapalham o fluxo da história. Por exemplo, justamente no clímax da segunda parte, Victor Hugo pensa que seria uma ótima ideia fazer uma imensa reflexão de dez páginas sobre tempestades, sendo uma delas uma mera enumeração de várias correntes de ar do mundo inteiro. Quando se volta à história, o leitor está cansado e desinteressado.

Nada disso torna o livro ruim ou medíocre: é uma grande obra, mas estranha. Ler esse livro é como ir correr 100 metros rasos e acabar correndo 100 metros com barreiras: corri 100 metros, que era o que eu queria fazer, mas precisei passar por obstáculos cuja presença eu não entendi muito bem.

Com esse aviso, recomendo este livro.
comentários(0)comente



Paula 08/06/2020

?A inteligência é invencível, mas o elemento é indomável?
Livro bem descritivo, com longas passagens e densas, mas faz com que o leitor visualize a força da natureza e embarque na história. Precisa de um pouco mais de perseverança devido a alguns trechos mais maçantes.
comentários(0)comente



Felipe 02/06/2020

Victor Hugo e o Elemento Natural
A história de Os Trabalhadores do Mar se passa em meados do século 19. Gilliatt é um estranho habitante da ilha de Guernesey, no canal da Mancha. Tido como feitiçeiro pela supersticiosa população local, ele leva uma vida solitária e reclusa até se apaixonar por Deruchette, a sobrinha do famoso armador local, Mess Lethierry. Quando Durande, o navio a vapor de Lethierry, vai a pique, Gilliatt empreende uma jornada improvável a fim de resgatar sozinho o motor da embarcação e obter, assim, a mão de sua amada.

Publicado em 1866 pelo aclamado escritor francês Victor Hugo, Os Trabalhadores do Mar compõe a tríade de seus mais famosos romances, ao lado de Os Miseráveis e Notre-Dame de Paris. Como o próprio autor disse, a obra retrata a relação conflituosa e tensa entre homem e natureza. Nessa senda, mostra que, apesar de este dispor de enormes capacidades e poderoso engenho, é ainda deveras impotente diante dos caprichos naturais, os quais podem subjuga-lo sem esforço. Não obstante, há espaço para conquistas, estas reservadas aos bravos e intrépidos espíritos. Gilliatt é um desses, e é capaz de lutar contra os priores elementos a fim de obter aquilo que mais almeja: o amor de Deruchette.

O livro inicia despertando a curiosidade do leitor a respeito do peculiar povo da ilha de Guernesey. A história se torna cada vez mais interessante, ainda que não se apresente um enredo central bem definido. À medida que se aproxima da metade, o enredo toma forma e o descritivismo que domina praticamente oitenta por centro da obra é intensificado.

Vários recursos de linguagem são utilizados, como a gradação, assíndeto, metáforas e prosopopeias, a fim de estabelecer uma ilustração de como se dá o imaginário daquele povo insular. Importa destacar que o autor viveu em um período de exílio em Guernesey, podendo ser o livro interpretado como uma espécie de homenagem aos seus habitantes.

O principal ponto negativo do romance e o descritivismo extenso. Seria possível abreviar um pouco a obra, retirando um pouco desse peso, sem que houvesse empobrecimento. Essa característica acaba por tornar a leitura forçada e enfadonha aos leitores que não são apreciadores do lirismo típico do autor, poeta por excelência. Para compensar, vale dizer que o final é surpreendente e tocante.

Por fim, compete ressaltar o valor que a obra possui, tanto para expor as reflexoes acerca da relação homem/natureza, quanto como uma descrição sociológica do pensamento de um povo. Ademais, o livro claramente serviu de inspiração a outras obras primas, como o excelente 20 Mil Léguas Submarinas de Julio Verne, estabelecendo um marco na literatura classica francesa.
comentários(0)comente



Leila.Cavalcante 10/04/2020

Eu gostei do livro. Ele fala, como sugere o título, de trabalhadores do mar, logo, marinheiros, e não é uma temática que me atrai, normalmente, sinceramente, as descrições detalhadas (características nas obras de Victor Hugo), dos barcos me deixa com um pouco de preguiça. Mas gostei dos personagens. Gilliatt chegou a me dar pena, porque ele tinha uma mistura de brutalidade com gentileza bem tocante; tem uma cena que eu achei bem interessante, onde o Gilliatt tá todo sujo, de barba grande, cheio de feridas, e a moça com quem ele deveria se casar até desmaia assombrada com a ideia, sendo que ele tinha acabado de mover o mundo por ela, o que contrasta bem essa dualidade da personalidade dele.
Mas o que me chamou a atenção nesse livro foi a tradução e eu não poderia deixar de comentar sobre isso. Geralmente, a gente pega um livro pra ler e nem se preocupa com quem traduziu (hoje em dia eu presto atenção a isso, mas antes era indiferente). Pois bem, chegou um momento que eu estava lendo e pensei: parece muito com o estilo de Machado de Assis, até a ironia do narrador, então me deu o estalo de ver o nome do tradutor, que não era outro senão o próprio Machado! Victor Hugo e Machado de Assis juntos é uma combinação boa demais pra ser verdade, no entanto existe, e só esse detalhe já vale a leitura.
comentários(0)comente



Lethycia Dias 24/03/2020

Excesso de descrições
Na pequena ilha de Guernesey, no litoral noroeste da França, Mess Lethierry é o bem-sucedido dono do primeiro navio a vapor a navegar pela região, e ganha a vida com o transporte de passageiros e cargas entre Guernesy e a França continental. Os amores de sua vida são seu navio, a Durande, e sua sobrinha criada como filha, que se chama Déruchette.
Quando a Durande naufraga de forma suspeita em uma região perigosa e repleta de rochedos, Mess Lethierry oferece a sobrinha em casamento a quem for capaz de resgatar dos destroços a parte mecânica do navio. Gilliat, um homem pouco respeitado na ilha, porém apaixonado por Déruchette, se oferece para fazer o que todos consideram impossível.
Esse é o terceiro livro de Victor Hugo que eu leio, depois de "Os Miseráveis" e "O Corcunda de Notre Dame". Muitas pessoas falam sobre o estilo descritivo do autor e como ele torna certas passagens de seus livros cansativas. Embora eu goste desse estilo nos outros dois livros, preciso dizer que nesse, as descrições excessivas desviaram a minha atenção e me desmotivaram bastante.
Boa parte do livro é composta de descrições psicológicas sobre os personagens e descrições físicas sobre lugares, especialmente no início. Para ter uma ideia sobre como isso atrasa a história, o acontecimento que move a narrativa, isto é, o naufrágio da Durande, só é contado depois de 150 páginas de apresentação de personagens. Depois disso, a história passa a ter mais ação, e acompanhamos o trabalho de Gilliat na mais absoluta solidão, enfrentando chuvas constantes e fome, pela esperança de se casar com Déruchette.
De modo geral, é uma história boa, porém narrada de uma forma pouco envolve, cansativa e que já não se pratica mais na escrita. Essa edição recupera uma tradução feita por Machado de Assis em 1866 e atualizada de acordo com a ortografia atual, e praticamente não tem notas de rodapé ou materiais de apoio, o que faz muita falta. Eu não leria esse livro de novo, mas para quem quiser ler, recomendo que busque uma edição mais nova, com uma tradução atual e textos complementares.
comentários(0)comente



André 24/02/2020

Victor Hugo dizia que essa obra compõe "a terceira luta que pesa sobre a humanidade" - a natureza. A primeira - a religião, presente em "O Corcunda de Notre Dame" e a segunda - a sociedade, presente em "Os Miseráveis". O livro tem início com descrições do local e dos personagens isoladamente e a medida que se vai desenvolvendo a história a vida dos personagens vão se encontrando entre as relações humanas, relação criador-criação e humano-natureza, especificamente o mar que circunda a Ilha de Guersney, onde o autor passou parte de sua vida exilado. O personagem Gilliatt enfrenta os desafios do mar motivado por um propósito que assim como na sociedade e na religião, tornam cada etapa de perdas e ganhos uma contribuição para a evolução humana.
comentários(0)comente



Julia 10/02/2020

null
"O homem é o paciente dos acontecimentos. A vida é um perpétuo sucesso, imposto ao homem. O homem não sabe de que lado virá a brusca descida do acaso. [...] Nada pode ser previsto. Vivemos de atropelo. A consciência é a linha reta, a vida é o turbilhão. O turbilhão atira à cabeça do homem caos negros e céus azuis. A sorte não tem a arte das transições. Às vezes a vida anda tão depressa que o homem mal distingue o intervalo de uma peripécia a outra e o laço de ontem a hoje." (p. 348)

Primeiro livro que li do Victor Hugo, e que automaticamente despertou meu interesse em ler outros. O livro não apenas apresenta uma história fantástica, mas também impressiona pela eficiência do autor para contar essa história. O livro se divide em seções relativamente curtas, que o autor vai costurando pouco a pouco para montar um quadro completo e bem amarrado. Desta forma, prende o leitor do início ao fim, instigado a prosseguir com a história, ao mesmo tempo em que mal percebe o quanto está avançando no livro. Contando com os capítulos curtos (em média 10 págs), a cada "só mais um pouquinho" quase não se dá conta de que o livro está chegando ao fim. Livro incrível, ganhou um espaço entre meus favoritos!
comentários(0)comente



Anienne 10/11/2019

Os Trabalhadores do Mar
Ao ler esse livro, corre-se o perigo de achá-lo monótono e até enfadonho.

O livro divide-se em três partes: a primeira conta sobre o lugar, Guernesey, uma ilha do arquipélago anglo-normando da Mancha, além de descrever a vida de seus habitantes; a segunda parte vai trazer com mais detalhes o personagem principal Gilliat e seu feito heróico, esta foi a mais cansativa para mim e a terceira é um fechamento, na qual Victor Hugo traz uma certa dramaticidade, percebida também por mim, em "O corcunda de Notre Dame".

A história acontece na primeira metade do século XIX, o que é muito diferente da atualidade e como estou numa vibe muito interessante para ler sobre a vida e o viver de verdade, no duro (hehe), agradou-me bastante, pois é algo que está bem distante da minha própria realidade. Gosto de mergulhar nesses mundos opostos ao meu, talvez por buscar meu ponto de equilíbrio, meu fluir, equilibradamente, com a vida. Isso é uma questão bem pessoal, enfim...

O livro é leve e toda a história segue numa só melodia. E até o final, que tem esse tom mais dramático, consegue ser delicado e tranquilo.

"Na viagem da vida, a ideia é o itinerário." (Os trabalhadores do mar, Victor Hugo).
comentários(0)comente



147 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR