Como curar um fanático

Como curar um fanático Amós Oz




Resenhas - Contra o Fanatismo


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Lara Moreira 16/03/2018

Vitimas do mesmo opressor
Amós Oz é um ativista político israelense que traz em seu livro uma luz de como lidar com o mal do fanatismo. Baseando-se em fatos, ele defende que o conflito não é uma guerra de religiões ou de cultura - ideia muitas vezes disseminada ao redor do mundo-, mas sim uma disputa por terras e faz um breve contexto sobre a origem desse problema. Suas criticas são fundamentais para esclarecer a visão errônea criada sobre esses povos, os quais crescemos achando que um lado é o vilão e o outro é a vítima. Na verdade, como o próprio Amós reforça, ambos são vítimas, ambos tiveram perdas e ainda sofrem com as consequências desses anos de conflitos. O que impede a resolução desse impasse é a dificuldade dos árabes e judeus reconhecerem o território como pertencente historicamente a ambos e, a partir disso, desenvolverem um senso de solidariedade. Amós define como solução para o conflito israelense-palestino um "compromisso doloroso", pois os dois povos perderão território numa possível partilha justa. Com relação ao fanatismo, em resumo, afirma que se for possível injetar em um fanático uma boa dose de senso de humor, compaixão e boa literatura, ele será curado. (...)"A Europa, que colonizou o mundo árabe, o explorou, o humilhou, tripudiou sobre sua cultura, o controlou e usou como um playground imperialista, é a mesma Europa que discriminou os judeus, os perseguiu, os atormentou e por fim os assassinou em massa num crime de genocídio sem precedentes."(...) Recomendo muito essa leitura, tanto pelo estudo da origem desses povos, quanto pela reflexão sobre o fanatismo.
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Chell 07/11/2018

Leve e agradável
Bom livro. Bem simplista, do ponto de vista de propor uma solução para o conflito Israel x Palestina, no entanto, é uma leitura bastante agradável. E é isso que contou para mim. O livro é pequeno, mas poderia ser ainda menor. Basicamente a introdução contém todo o conteúdo do livro... a sensação que tive era quase sempre de relembrança... de "já li isso antes". Mas foi um livro que me deixou bem empolgada com o autor, com vontade de conhecê-lo mais, apesar da simplicidade e repetição.
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Jeanne22 28/11/2018

"A traição não é o contrário do amor, é uma de suas muitas opções. O traidor, penso eu, é aquele que muda, na visão daqueles que não conseguem mudar e não vão mudar e odeiam a mudança e não conseguem conceber transformações, exceto pelo fato de que eles querem sempre mudar você. Em outras palavras, traidor, aos olhos do fanático, é qualquer um que passa por uma mudança." [68]

"Talvez o pior aspecto da globalização seja a infantilização da humanidade: 'o jardim de infância global', cheia de brinquedos e gadgets, balas e pirulitos. Até a metade do século XIX, (...) a maioria das pessoas na maior parte do mundo tinha pelo menos três certezas fundamentais: onde eu vou passar minha vida, o que vou fazer para viver e o que vai acontecer comigo depois que eu morrer. (...) O século XX corroeu e muitas vezes destruiu essas e outras certezas. A perda dessas certezas elementares pode ter sido a causa do meio século mais pesadamente ideológico, seguido do meio século mais furiosamente egoísta, hedonista, orientado para gadgets." [72-73]
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isa.dantas 11/12/2018

Este livro é uma reunião de três ensaios e uma entrevista. O ponto de vista dele eé interessante, mas ao ler apenas um, você já leu todos os três. Os textos são repetitivos inclusive nos exemplos. É interessante, mas não se seria necessário um livro apenas para isso.
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Serge 23/06/2009

Retrato do conflito
Amós Oz é meu escritor favorito não só por ser excelente romantista e tratar dos sentimentos solitários do homem com maestria, mas por ser um profundo vivente e conhecedor dos conflitos no Oriente Médio.

Nas palestras transcritas para este livro, ele analisa com bastante lucidez, imparcialidade e sensibilidade um conflito que ultrapassou as barreiras da religião e se transformou numa causa político-territorial. A partir da ótica do fenômeno fanatismo, além de apresentar uma definição e discorrer didaticamente sua visão sobre o que é um fanático, ele o transforma em um fenômeno comparado e comparável e também coteja-o com a figura do traidor.

Sua idéia-chave para a solução da querela Israel vs. Palestina é propor não um "casamento" entre os dois Estados, mas sim um "divórcio", pois são inconciliáveis.

Leitura fácil e esclarecedora pra quem quer saber mais sobre este infindável conflito.
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Paulo Sousa 07/04/2019

Como curar um fanático, de Amós Oz
Título lido: Como curar um fanático
Título original: How to Cure a Fanatic: Israel and Palestine - Between Right and Right
Autor: Amós Oz
Tradução: Paulo Geiger
Editora: Companhia das Letras
Anos de lançamento: 2004
Ano desta edição: 2016
Páginas: 104
Classificação: 3.5/5
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"A batalha entre judeus israelenses e árabes palestinos não é uma guerra religiosa por essência, embora os fanáticos em ambos os lados estejam tentando com grande empenho transformá-la numa guerra religiosa. É um embate entre o certo e o certo, entre duas poderosas, muito convincentes reivindicações do mesmo e pequeno país" (Posição no Kindle 71%).
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Em tempos polarizados, onde está mais que insurgente no Brasil uma odorenta atmosfera de intolerância e ódio, viralizada pela Internet principalmente, foi bom ter encontrado este pequeno livro, uma leitura mais que apropriada para estes tempos tenebrosos.
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Amós Oz, autor israelense falecido recentemente, é dono de uma notável obra literária, cujos livros, belos e engajados, sempre apontam para o caminho da tolerância e para a possibilidade de uma coexistência pacífica. Sua escrita simplória mas cheia de semânticas que tocam o leitor, flertam com a prosa poética, tamanha é a força de suas frases. Dele li "Cenas da vida na aldeia", coletânea de contos e, mais recentemente, o excelente "A caixa preta", um romance epistolar sobre o embate entre um casal que, uma vez separado, discutem a relação por meio de uma profusa correspondência.
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"Como curar um fanático" reúne três palestras dadas pelo autor, um apenso aos Acordos de Genebra, além de uma entrevista concedida pelo autor. A temática gira sempre em torno da questão do fanatismo, onde Oz aponta possíveis soluções para se repensar o fanatismo dentro do ponto de vista dos envolvidos - e não pela visão europeizada vigente. Além disso, Oz, em sua fala, defende soluções viáveis para promover a coexistência entre palestinos e israelenses, duas das nações mais complexas do mundo.
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Apesar de curto, este é um livro que faz pensar. Na sua exposição do que é e como nasce um fanático, Amós Oz aborda esta questão tão complexa com uma simplicidade notável. Para ele, autor consagrado de livros belos e profundos, uma das saídas para a "cura" do fanatismo estaria na própria literatura, remédio disponível para todos e amplamente acessível. De qualquer forma, o livro se agiganta como um manifesto em prol da conscientização de que é possível viver junto sem haver agressão, que na visão de Oz, é o motivo primevo para a eclosão das guerras. Uma bela aula sobre como se pode defender seu ponto de vista sem agredir a quem possua opinião contrária. Vale!
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Litchas 20/12/2019

Humor e curiosidade
Eis a receita de Amos Oz.. é necessário ser curioso.. se permitir rir de si mesmo... aceitar q há diferentes modos de ver a vida... a empatia, a imaginação, a leitura também ajudam. Não é possível amar a todos mas é possível fazer contratos de paz e respeito.
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Letuza 21/01/2020

Para fanáticos e não fanáticos
Não podia terminar uma leitura melhor no último dia do ano... Amós Oz, escritor incrível, inteligentíssimo, sagaz, corajoso, morreu em 2018 e deixou muitas ideias sobre paz. Nesse livro, Como curar um fanático, ele faz algumas colocações que nos fazem olhar para nós mesmos e pensar sobre um tema que parece estar tão longe... O Fanatismo.
- Todos nós, carregamos um gene de fanatismo, assim como carregamos um gene do mal. - Existem gradações de fanatismo, assim como existem gradações do mal.
- A melhor arma contra o fanatismo é o bom humor. Não o sarcasmo, que é muito diferente. Mas a capacidade de rir de si próprio.
- É imprescindível que nos coloquemos no lugar do outro para evitarmos que o fanatismo tome conta de nossas vidas.
Qualquer um de nós pode ser, já foi ou é um fanático. Antitabagistas, veganos, atletas, capitalistas, comunistas, cristãos, secularistas, ambientalistas.... qualquer um pode tornar-se um fanático. Ter opiniões embasadas e firmes não nos torna fanáticos, mas querer, a qualquer custo ?converter? os outros ao seu ponto de vista, à suas crenças, faz de nós fanáticos. O debate das ideias, a mudança de opinião, a escuta do argumento alheio fazem parte da vida e nos ajudam a crescer e melhorar. Assim como o pluralismo e a diversidade também são fundamentais para a evolução do ser humano. São ideias muito especiais para resumir aqui! Já que estamos começando um novo ano, que ele seja mais diverso e sem fanatismos de qualquer espécie!
Leiam! Vale demais a leitura!
#amósoz #comocurarumfanático #amoler #livros #leitura #livroseleitura #vamosler #pluralidade #diversidade
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Catarina.Fumagali 08/03/2020

Literatura atual
Apesar do livro abordar sobre a experiencia do autor em relação ao conflito Israel e Palestina, a abordagem do autor sobre "como curar um fanático" pode ser utilizada em vários âmbitos nos dias atuais (infelizmente). O importante é sempre manter o bom humor e a curiosidade, e nos tempos de informações fáceis, sempre questionar as fontes.
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Sil 29/04/2020

Bem humorado
Apesar do tema ser complicado, o autor consegue explicar a situação de uma forma leve e bem humorada.
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Sabrina 06/05/2020

Quem é o fanático?
O livro tem como tema central o conflito Israel-Palestina, mas ele vai muito além disso. Vivemos hoje em um mundo bipolar, onde a raiva pela oposição se sobressai ao diálogo e este livro se encaixa perfeitamente nos dias atuais.

Cheio de reflexões, questionamentos e ensinamentos, "Como curar um fanático" deveria ser leitura obrigatória na formação de qualquer ser humano. Afinal, o fanático é altruísta e quer o bem da humanidade mais do que a si mesmo
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Marques 14/05/2020

Primoroso!
Atual nos conceitos e nas soluções.
Deveria ser leitura obrigatória para nunca deixamos o ?gene do fanatismo? se manifeste em cada um de nós.
Seja idealista, não seja um fanático.
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Paula 05/06/2020

Muitas reflexões
Pra mim, um dos melhores autores que já existiu. O livro é composto de pequenos ensaios e palestras sobre a questão palestina, além de uma entrevista com Amos Oz. Recomendo muito
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fpavarin 07/06/2020

"O fanático... No final, ou está morto ou vira uma piada."
Apesar de Amós ter vivido para escrever sobre a Palestina, o fanatismo não tem época ou local específico, pode-se facilmente ser implementado em qualquer democracia que flerte com autoritarismo ou certo fascismo. Quanto mais correto você é, mais engraçado você fica.
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