Como curar um fanático

Como curar um fanático Amós Oz




Resenhas - Contra o Fanatismo


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Celso 01/01/2018

Edição desnecessária
Amós Oz fascina com sua percepção da realidade. Seu posicionamento é um extrato de sua humildade. No entanto, este livro não é para quem quer conhecer Amós Oz, mas para quem quer colecioná-lo. Esperta a editora em reunir textos de suas palestras, culpada pela repetitiva exposição de suas ideias, que desgasta essa coletânea. Leu um texto, leu praticamente todos. O leitor que der um intervalo de dias entre um capítulo e outro pode ter a sensação de estar repetindo a leitura. Pela ação da editora, Amós Oz se resume a mais um nome em evidência utilizado para vender livros, só pra isso.
Ana 27/06/2018minha estante
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Thaís 14/01/2024

Um ensaio lúcido sobre a questão da disputa territorial entre Israel e Palestina que levanta pontos importantes sobre os dois lados do conflito. Não sei quão relevante ele permanece nos tempos atuais, dada as novas circunstâncias na região, mas vale a leitura para aprofundar e complexificar nossas perspectivas.
Louise F 15/01/2024minha estante
eita como resenha!!!!!




Jardim de histórias 27/08/2022

O mundo necessita de amor, respeito e paz ?? ??
Um discurso sutil e, ao mesmo tempo visceral. Um soco no estômago do fanatismo. Uma dialética sem (preâmbulos) narrada com total conhecimento de causa. Amós-oz., transita confortavelmente em contextos filosóficos, abordando influências Comunistas, Fundamentalistas, capitalistas, no contexto fanático. Enfim, uma leitura para abrir nossa mente.

Quando li essa obra fantástica, pude transitar superficialmente na visão de quem esteve bem de perto dos conflitos históricos envolvendo Israel e Palestina. 
É evidente que tal fato histórico, embora contextualmente explique muitas coisas, jamais explicará a estupidez humana e suas consequências. Paz!
Mais livros, mais respeito e menos armas!
Jardim de histórias 10/10/2023minha estante
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Mauricio Gonçalves 02/07/2021

Bom, mas com muitas falhas
O livro é bom quanto às definições de fanatismo. Traz pensamentos simples e divertidos sobre a natureza dos fanáticos e suas crenças/ideologias, fazendo o leitor relacionar rapidamente com pessoas do seu círculo social.
O autor também busca a solução para o conflito Israel-Palestina de maneira muito coerente e realista, sabendo que vai ser ruim para os dois lados, mas que pode ser um passo em direção à paz.
Compramos esse livro, eu e minha esposa, devido ao cenário político de extremos que vivemos atualmente; nem sabíamos que tratava do conflito mencionado. Por isso o título pareceu um pouco superestimado/sensacionalista.
O que não me agradou no livro foram algumas questões. A primeira: um lado um pouco hipócrita do autor, quando ele afirma que todos os humanos tem um gene mau e que o povo Israelense ou Palestino não deve ser generalizado como invasor ou terrorista, mas ao mesmo tempo ele generaliza a Europa, culpando-a pelas condições atuais dos dois povos, por serem oprimidos por eles no curso da História. Faz o leitor entender que todos os europeus, sem exceção, tem culpa, uma visão muito "dívida histórica" que contradiz com o que ele mesmo prega.
O segundo incômodo vem, acredito, que do responsável pela compilação de palestras/ensaios/entrevistas presentes no livro. Existe muita repetição de argumentos, fazendo o autor parecer raso em bagagem argumentativa, como se tivesse decorado 15 frases prontas e as soltasse ao longo dos discursos. Pra quem não tem um conhecimento abrangente sobre o autor, suas obras e ideias, como é o meu caso, fica essa impressão negativa.
Por último, achei que, por mais que tentasse, o autor não consegue ser tão imparcial quanto alega, sempre amenizando as criticas ou melhorando os elogios quando fala de Israel em relação à Palestina.
Katia Rodrigues 02/07/2021minha estante
Ótima resenha! Estava em dúvida se iria ler ou não, mas agora resolvi dar uma chance a ele.




Serge 23/06/2009

Retrato do conflito
Amós Oz é meu escritor favorito não só por ser excelente romantista e tratar dos sentimentos solitários do homem com maestria, mas por ser um profundo vivente e conhecedor dos conflitos no Oriente Médio.

Nas palestras transcritas para este livro, ele analisa com bastante lucidez, imparcialidade e sensibilidade um conflito que ultrapassou as barreiras da religião e se transformou numa causa político-territorial. A partir da ótica do fenômeno fanatismo, além de apresentar uma definição e discorrer didaticamente sua visão sobre o que é um fanático, ele o transforma em um fenômeno comparado e comparável e também coteja-o com a figura do traidor.

Sua idéia-chave para a solução da querela Israel vs. Palestina é propor não um "casamento" entre os dois Estados, mas sim um "divórcio", pois são inconciliáveis.

Leitura fácil e esclarecedora pra quem quer saber mais sobre este infindável conflito.
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Sol Belchior 13/01/2016

Incrível!
Cada parágrafo, cada pensamento, faz com que tenhamos uma amplitude da problemática que Israel e Palestina vivem há cem anos. Não há errado. Há visões diferentes. E Oz explica com mestria seu ponto de vista.
Livro pra ler e recomendar!
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Luiz.Wilfrido 04/02/2016

COMO CURAR UM FANÁTICO? BOA LITERATURA NELE!
Ainda me surpreendo com o extremismo /fanatismo que tem tomado conta do mundo nos últimos tempos. Seja no debate (se é que isso existe...) político brasileiro, seja nas notícias sobre terrorismo, xenofobia e quetais pelo mundo afora. É difícil prá mim acreditar que, em pleno século XXI, persista tanta burrice, tanta gente de pensamento estreito e cheio de ódio ao que é diferente de seu (raso) modo de pensar e sentir o mundo. Aí ontem me deparei com um livro que, já pelo título, me chamou a atenção: "COMO CURAR UM FANÁTICO". Como assim? Será que isso é possível? Quando vi quem era o autor, o grande escritor israelense Amós Oz (que conheço de outras leituras), fiquei mais instigado ainda. Como esperado, a proposta de Oz é de fato muito interessante: ele diz que se você conseguir injetar em um fanático uma boa dose de senso de humor, compaixão e boa literatura, ele será curado. Bingo! "Nunca vi um fanático com senso de humor", diz Oz. E é verdade! O fanático é, geralmente, aquela pessoa que leva tudo muito a sério e não ri de si próprio. Ou seja, nunca se questiona a respeito das coisas e de si mesmo. Outra sugestão de Oz é expor o fanático à compaixão por meio da boa literatura. Diz ele: "Fanáticos sempre generalizam. Bons romances nos ensinam a ver nuances. Assim, quando um leitor se depara com um personagem de má índole num livro, mas sente empatia por ele, aprende a ser mais tolerante. A má literatura é aquela que pinta um mundo em branco e preto. É aquela que leva o leitor a querer que o mocinho mate o bandido, e então tudo estará resolvido." Na mosca de novo, meu caro Amós! E ele ainda completa: "O mundo tem se tornado cada vez mais complexo, e as pessoas têm buscado respostas mais simples para suas dúvidas. E os fanáticos sempre têm a resposta mais fácil." Não é bem por aí? Claro que tudo isso é apenas um exercício de bom senso, um ensaio sobre uma possibilidade quase utópica. Afinal, nenhum fanático/ extremista irá se deixar "contaminar" por ideias e atitudes que não sejam aquelas que ele pré-estabeleceu como "verdades" e/ou "valores" universais. Como observa o autor: "Um fanático acredita que uma coisa ruim tem que ser destruída. Ele quer purificar as coisas". E esse livro, com certeza, será tido como "impuro" por um fanático. Então, recomendo a leitura para os já "convertidos": prás pessoas que procuram enxergar o mundo e a si mesmas para além das proposições simplistas do "senso comum". Com certeza irão se divertir com a abordagem algo humorada do autor sobre esse tema tão candente na conjuntura atual. E agradecerão aos céus pela leitura de todos aqueles fantásticos livros que abriram as portas de um mundo enorme, complexo, misterioso e, por isso mesmo, MARAVILHOSO. Ficarão até com dó dos fanáticos. Eles não sabem o que perdem.
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Mauricio.Alcides 03/07/2016

Um pouco de serenidade em nossa sociedade.
Amos Oz é uma voz serena em um mundo perturbado por tantos extremistas, infelizmente a formula que o autor julga ser necessária para curarmos um fanático é algo extremamente raro em nossa sociedade (…) Curiosidade e bom humor andam escasso por aqui.

Nota: 7,9
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skuser02844 26/04/2024

Decidi ler este livro para compreender melhor o conflito entre Israel e Palestina. Eu sei que ainda tenho que ler outros relatos e livros mais aprofundados sobre o tema, mas por enquanto, optei por este devido ao seu tamanho e por ser escrito por um israelense, o que chamou minha atenção.

A opinião de Amós Oz sobre o conflito me intrigou bastante, especialmente sua proposta de criação de dois estados distintos. Espero em breve ler mais sobre esse tema, para ter uma visão mais ampla desse conflito.
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Lara Moreira 16/03/2018

Vitimas do mesmo opressor
Amós Oz é um ativista político israelense que traz em seu livro uma luz de como lidar com o mal do fanatismo. Baseando-se em fatos, ele defende que o conflito não é uma guerra de religiões ou de cultura - ideia muitas vezes disseminada ao redor do mundo-, mas sim uma disputa por terras e faz um breve contexto sobre a origem desse problema. Suas criticas são fundamentais para esclarecer a visão errônea criada sobre esses povos, os quais crescemos achando que um lado é o vilão e o outro é a vítima. Na verdade, como o próprio Amós reforça, ambos são vítimas, ambos tiveram perdas e ainda sofrem com as consequências desses anos de conflitos. O que impede a resolução desse impasse é a dificuldade dos árabes e judeus reconhecerem o território como pertencente historicamente a ambos e, a partir disso, desenvolverem um senso de solidariedade. Amós define como solução para o conflito israelense-palestino um "compromisso doloroso", pois os dois povos perderão território numa possível partilha justa. Com relação ao fanatismo, em resumo, afirma que se for possível injetar em um fanático uma boa dose de senso de humor, compaixão e boa literatura, ele será curado. (...)"A Europa, que colonizou o mundo árabe, o explorou, o humilhou, tripudiou sobre sua cultura, o controlou e usou como um playground imperialista, é a mesma Europa que discriminou os judeus, os perseguiu, os atormentou e por fim os assassinou em massa num crime de genocídio sem precedentes."(...) Recomendo muito essa leitura, tanto pelo estudo da origem desses povos, quanto pela reflexão sobre o fanatismo.
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Chell 07/11/2018

Leve e agradável
Bom livro. Bem simplista, do ponto de vista de propor uma solução para o conflito Israel x Palestina, no entanto, é uma leitura bastante agradável. E é isso que contou para mim. O livro é pequeno, mas poderia ser ainda menor. Basicamente a introdução contém todo o conteúdo do livro... a sensação que tive era quase sempre de relembrança... de "já li isso antes". Mas foi um livro que me deixou bem empolgada com o autor, com vontade de conhecê-lo mais, apesar da simplicidade e repetição.
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isa.dantas 11/12/2018

Este livro é uma reunião de três ensaios e uma entrevista. O ponto de vista dele eé interessante, mas ao ler apenas um, você já leu todos os três. Os textos são repetitivos inclusive nos exemplos. É interessante, mas não se seria necessário um livro apenas para isso.
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Tatiane 09/02/2019

Curemo-nos!
Título bastante sugestivo para o que estamos vivendo nos últimos meses no Brasil - com os nomes que eram cotados (e se confirmaram!) para os Ministérios e as ideias ("princípios" e "valores") que se desejam impor goela abaixo - o livro, na bancada de entrada da Livraria Travessa, se abriu rapidamente aos meus olhos, logo após a morte do autor, Amós Oz, em 28 de dezembro de 2018.

Como curar um fanático é composto por dois ensaios, uma palestra, um artigo e uma entrevista com o autor. Pequenos - e de fácil e rápida leitura -, os textos nos mostram o quanto somos patéticos em nossas visões limitadas de mundo, em que o certo está de um lado e o outro precisa ser mudado, curado, salvo de seus erros e convicções. Ele afirma que "o fanatismo muitas vezes origina-se na vontade imperiosa de modificar os outros pelo próprio bem deles". E acrescenta que "com mais frequência do que o contrário, o fanático é um grande altruísta: está mais interessado em você do que nele mesmo". (p. 27)

Oz aponta alguns remédios para curar o fanatismo. Um deles, e muito interessante aos meus olhos, é a Literatura: "a característica que define a boa literatura, ou a arte, é a capacidade de fazer se abrir um terceiro olho em nossa testa. Que nos faça ver coisas antigas e batidas de um modo totalmente novo. 'Mesmo uma visão antiga tem um instante de nascimento', como expressou o grande poeta israelense Nathan Alternam". (p. 13) Mas o autor chama atenção também para o oposto. Ele diz que há poemas e histórias que "têm sido usados para inflamar o ódio e inflamar uma autopercepção de sua suposta justiça nacionalista" (p. 77). Apesar disso, há inúmeros outros que podem ajudar a ver o mundo e as consequências das ações e escolhas humanas de forma a mudar concepções estritas. E ele acredita na força superior disso. Como possibilidades, cita Shakespeare, Gogól, Kafka, William Faulkner, Yehuda Amichai.

Outro antídoto contra o fanatismo seria o senso de humor. Oz afirma que nunca viu um fanático com senso de humor. Para ele, "fanáticos são frequentemente sarcásticos. Alguns deles têm um senso de sarcasmo muito agudo, mas não de humor. O humor encerra em si a capacidade se rirmos de nós mesmos". (p. 78-79)

Amós Oz faz uma boa sugestão que, em tempos de imposições como Escola Sem Partido, seria fundamental:

"Talvez já seja tempo de toda escola e toda universidade começar a ministrar um curso sobre fanatismo comparado. / Eu acredito que o violento embate global de nossa época não é entre ricos e pobres (...) Nem é uma 'guerra entre civilizações'. (...) Acredito que a síndrome de nossa época é a luta universal entre fanáticos, todos os tipos de fanáticos, e o resto de nós. Entre os que creem que seus fins justificam os meios, todos os meios, e o resto de nós que julga que a vida humana é um fim em si mesma." (p. 26-27)

Enfim... mais uma leitura maravilhosa para a conta!

tatiandoavida.com
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