Wagner Fernandes 21/04/2022Altos e baixos do Mestre do TerrorAO CAIR DA NOITE
O que achei do livro:
Primeiro conto: "Willa".
Fantasmas, fantasmas...
Nota: 3,0
***
Segundo conto: "A corredora".
Que aflição! Você fica sem fôlego com todo o terror vivido por Emily.
Ótima narrativa, ótima descrição, ótimo desfecho.
Perfeito. Nota 5,0.
Dessa vez o King me surpreendeu.
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Terceiro conto: "O sonho de Harvey".
Terrores urbanos da vida cotidiana. Premonição na mesa da cozinha numa manhã ensolarada de sábado.
Lembra aqueles episódios de "Além da imaginação".
Nota: 3,5
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Quarto conto: "Posto de parada".
Um escritor para num posto na estrada e incorpora seu herói personagem para ajudar uma moça.
Gostei da história. Descobri que as histórias do King que tratam de pessoas comuns passando por situações complicadas são as que mais me agradam. É interessante como uma situação corriqueira (como voltar para casa dirigindo à noite na estrada após uma reunião social) pode inspirar um conto tenso como esse. Comum. Mas o modo como o King escreve nos deixa imersos na cena e queremos saber como acaba. Às vezes termina bem.
Nota: 3,0 para esse. Talvez 3,5 pela trivialidade.
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Quinto conto: "A bicicleta ergométrica"
Até uma consulta médica e uma taxa alta de colesterol fazem o King escrever uma história envolvente! Nada mais trivial do que um homem de meia idade precisar reduzir o peso e fazer exercícios, mas, claro... aqui é uma história contada pelo King! Trivial, mas não simples!
Nota: 3,5
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Sexto conto: "Coisas que eles deixaram para trás". Objetos de vítimas do 11 de setembro assombrando um sujeito de meia idade que perdeu amigos no ataque ao WTC.
Conto bem chatinho. 😕
Nota: 2,0
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Sétimo conto: "Tarde de formatura"
Jovem de ascendência estrangeira (tcheca?) passa uma tarde ensolarada na casa do namorado, filho único de uma típica família de classe alta e esnobe que não vê com bons olhos a "garota pobre" mas inteligente. De repente... BUM!
Conto fraco, porém melhor que o anterior.
Nota: 2,5
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Oitavo conto: "N."
Paranoia com números, TOC, psiquiatra e a "coisa" de olhos amarelos.
Este conto é mais extenso e está bem envolvente. Perturbador tanto para o.paciente quanto para o médico e o personagem que lê o estranho relato.
Como terminará? Será que "a coisa" é "a COISA" de "It, a Coisa"?
Mas que coisa, não!?
"N." também me lembra bastante H. P. Lovecraft e aquele terror primitivo que ele sabia bem escrever. Quem já leu Lovecraft sabe do que falo.
De fato, o King claramente se inspirou nele para este conto. Até o nome "CTHUN" tem referência a "Cthulhu".
"N." é um conto perturbador. Loucura, paranoia, terrores ocultos de eras ancestrais. A narrativa é cativante como um conto de Lovecraft. Impossível não imaginar o cheiro de mofo, madeira velha, umidade, porões escuros, pedras limosas, folhas velhas...
Nota: 4,0
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Nono conto: "O gato dos infernos".
O King tem alguma obsessão por gatos.
Neste conto, um velho numa cadeira de rodas contrata um matador profissional para eliminar... um gato. Mas qual seria o motivo?
Minha nota: 3,5 para o início, que prometia uma história arrepiante, mas o final... 3,0.
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Os contos 10 e 11, "The New York Times a preços promocionais imperdíveis" e "Mudo" começaram razoavelmente bem, mas desandaram pra mesmice chata.
O 12°, "Ayana", foi interessante. Quem leu "À espera de um milagre" vai perceber as referências, e talvez "Ayana" explique de onde vieram os poderes do personagem de daquele livro. Gostei. Poderia ter sido mais explorado. A menininha, o fuzileiro, o protagonista/narrador.
Agora vou para o último conto. Até o momento só TRÊS foram bons pra mim.
1° A corredora: nota: 5
2° "N.": nota 4
3° "Ayana": nota 4
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Décimo terceiro conto: "No maior aperto"
AAAAHHHH! QUE NOJO!
Que situação!
Nesse último conto o King caprichou!!! Kkkkkkk
Que angústia!
Essa história tá uma MERDA! (literalmente!!!)
Esse conto deveria se chamar "O [[*****]]". Não se escandalize. "O [[*****]]" aparece umas cem vezes no texto. E com razão! O que esse sujeito fez com o protagonista vai fazer você querer vomitar! 🤮🤮🤮🤮
O final foi legal.
Nota: 4,0
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Um menção honrosa para as notas de King no final. Interessante saber o que o levou a escrever cada conto.