Léia Viana 07/07/2012
Não existem diferenças, e sim, semelhanças.
Sempre quis ler a versão masculina nos relacionamentos, de como um homem se sente, o que pensa e como age com o fim de um namoro, casamento, escolha errada em uma profissão, a não satisfação de sua vida. Tinha curiosidade em saber se homens e mulheres se comportavam da mesma maneira.
“Alta Fidelidade”, traz como protagonista Rob Fleming, 35 anos, solteiro, dono de uma loja de discos, “Championship Vynil”, à beira da falência, viciado em pop desde menininho, especialista em fazer listas das cinco mais. Rob adora fazer listas sobre bandas, músicas, filmes, livros o que dá a leitura, um “ar” mais cultural e intelectual.
O romance é escrito na primeira pessoa, e, por isso, gira em torno dele mesmo. Rob, é um homem triste, um pouco amargo com a sua vida. Logo percebemos que é um cara frustrado, que vive uma vida da qual não gosta nem um pouco e tem praticamente quase as mesmas reações que uma mulher tem. Sem novidades.
A vida de Rob é agitada e ao mesmo tempo beira a monotonia, com gostinho de dor de cotovelo rodando feito mosca no doce. É de uma sazonalidade enorme. No entanto, a leitura para mim não fluiu. Achei a narrativa chata e enfadonha. A única coisa que me agradou foram as listas de Rob, que me deixaram curiosa e me motivaram a pesquisar algumas coisas.
A minha curiosidade, a respeito do comportamento masculino, sobre os imprevistos e rompimentos da vida, ficou satisfeita. Descobri que o sexo é a única coisa diferente entre um homem e uma mulher, os sentimentos, as frustrações e a reação, são bem parecidos para ambos, mas cada indivíduo é único e reage de acordo com sua experiência de vida.