Igor (@igormaneiro_) 29/03/2024
Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por senti-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti
Um dos meus livros favoritos. Foi bom reler depois de mais velho, pois tive uma visão bastante diferente.
Desta vez o Mersault não se tratou de um depressivo, ou um psicopata. Ele gosta de café, não gosta de prostíbulos, e percebeu, talvez tarde demais, que sua vida era feliz.
Tarde demais pra ele, mas talvez não seja para nós.
No final das contas, Camus é um grande otimista, e amava a vida, apesar de não ter nenhum sentido em si própria.